E a menina cresce.
Vivendo com a família que acredita ser a sua, Andressa, aos seis anos de idade, passa a freqüentar uma escola que está a poucos quarteirões de sua casa.
Acompanhada de Andréia, a menina passa a ter contato com seus primeiros coleguinhas.
Assustada, a menina resiste a idéia de ir a escola, mas Juscelino, carinhoso, lhe explica que ela precisa ir.
Dizendo que ela está crescendo, comenta que ela precisa conviver com outras crianças.
Pessoas da mesma idade.
Andressa contudo, está temerosa.
É quando Juscelino pega-a no colo e diz:
-- Você está com medo?
-- Sim. – responde ela timidamente.
-- Não tenha. Você vai ver. Daqui a pouco não vai querer outro lugar. Vai ser escola, casa dos amiguinhos. Vai ser uma briga você querer ficar conosco.
Andressa não acreditou.
Juscelino insistiu:
-- Vai sim, você vai ver!
Quando a menina viu seu pai proferir estas palavras, finalmente acreditou no que ele estava dizendo.
Sim por que desde que se entendia por gente, seu pai nunca mentiu para ela.
Criancinha de colo, sempre que ela pegava e ela sentia medo de cair, ele respondia:
-- Não precisa ter medo. Eu não vou te derrubar.
Andréia sempre que via a cena, ficava preocupada.
Temendo que o marido derrubasse a menina, pedia sempre para colocá-la no chão.
Juscelino atendia a esposa.
Andréia, mais sossegada, aproveitava para repreender.
O homem ouvia tudo pacientemente.
Paulina, por sua vez, depois de se casar com Antenor, deu luz a Jorge – em 1981 – e Cristina, no ano seguinte.
Nessa época, a mulher raramente se lembrava da filha que abandonara.
Vivendo uma vida de rainha, Paulina só pensava em cuidar de seus filhos e viver bem com Antenor.
Estava com o futuro assegurado.
Marina e Antônio, casados há alguns meses, passaram então, a se preocupar com a
chegada de um herdeiro.
Foi assim, que com quase um ano de casados, tiveram os gêmeos, Marta e Marcos.
Otávio, que acompanhara a gravidez da filha desde o início, ao saber que sua filha teria gêmeos, ficou exultante.
Isso por que, no seu entender, seria avô por duas vezes.
Quem não ficou nem um pouco feliz com a novidade foi Adélia, que preocupada com a situação da filha, só ficava a pensar em como eles fariam para cuidar de duas crianças.
Otávio, ponderado, ao perceber que a preocupação da esposa, tinha razão de ser, procurou tranqüilizá-la.
Dizendo que para tudo se dá um jeito, o homem disse, que fosse preciso, ele empregaria parte de sua aposentadoria para cuidar dos netos.
Adélia ao ouvir isso, censurou-o.
Isso por que o valor que ele recebia de aposentadoria não era nenhuma fortuna.
Mas Otávio, dizendo que poderia economizar, comentou que ainda poderia ajudar sua família, se fosse necessário.
Adélia então calou-se.
A seguir, Cleide e Claudionor, tiveram seus filhos.
Primeiro, viera Luana, que nasceu em 1982, alguns meses depois dos gêmeos Marta e Marcos.
Mais tarde, veio Rodrigo, que nasceu em 1983.
O casal de filhos veio consolidar esta família que já era feliz.
Com os filhos, a felicidade se tornou maior.
Tiago, a essa altura, já morava há dois anos no interior.
Ricardo, sentindo que seu casamento não tinha mais futuro, preparava-se para a separação.
Eleonora que nessa época já estava casada há quase quatro anos, ao constatar que não havia possibilidade de convencer seu marido a viver a vida que tanto queria ter, decide
que não quer continuar nesta situação.
Disposta a se separar, comunicara Ricardo de sua decisão.
Como não havia filhos, a dissolução do casamento seria menos traumática.
Contudo, tal separação não se deu antes haver muitas brigas e desavenças.
Eugênia já não agüentava mais tanta confusão.
Sim por que sempre que o casal aparecia nas festas da família, brigavam.
Eugênia, Cleide, seu marido e seus filhos, mesmo que não quisessem, eram obrigados a presenciar as brigas terríveis do casal, que não poupavam nem um detalhe de sua vida conjugal.
As cenas eram constrangedoras.
Eleonora, dizendo que seu marido não era homem de verdade, abandonara-a.
Sem disposição para o casamento, sem vontade de ter filhos, só a fazia sentir cada vez mais sozinha.
Ricardo retrucava.
Dizendo que ela não era o que ele esperava, insistia na idéia de que ela fora um erro.
A mulher não fazia por menos.
Chamando-o de covarde, em uma das inúmeras discussões que travara com Ricardo, Eleonora jogou bebida no rosto.
Não fosse a intervenção de Eugênia e ele teria batido na esposa.
Eugênia percebeu então, que não adiantava tentar fazer os dois se entenderem.
A separação era iminente, e pior, seria ruidosa.
Foi o que se deu.
Brigando pela casa em que morava com Ricardo, Eleonora ficou com a única propriedade do casal.
Isso por que Ricardo, disposto a se separar a todo custo de Eleonora, prometeu-lhe que daria tudo o que tivesse para se livrar dela.
A mulher, ao ouvir isso, exigiu a casa em que morava.
Ricardo tentou discutir, mas, percebendo que esta atitude resolveria sua vida, concordou.
E assim, a separação se deu.
Quando Eleonora se tornou a única proprietária da residência, tratou logo de vendê-la e se mudar dali.
Decepcionada com Ricardo, a mulher não queria nem ouvir falar em seu nome.
Por conta disso, sumiu no mundo.
Cleide e Eugênia, nunca mais ouviram falar no nome dela.
Nisso, Andressa passa todos os dias a ir a escolinha.
Lá conhece outras crianças.
Aprende novas coisas.
De vez em quando, visitava seus coleguinhas e brincava com eles.
Era pega-pega, esconde-esconde, brincadeiras de roda, etc.
Até aí, tudo ia bem.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Vivendo com a família que acredita ser a sua, Andressa, aos seis anos de idade, passa a freqüentar uma escola que está a poucos quarteirões de sua casa.
Acompanhada de Andréia, a menina passa a ter contato com seus primeiros coleguinhas.
Assustada, a menina resiste a idéia de ir a escola, mas Juscelino, carinhoso, lhe explica que ela precisa ir.
Dizendo que ela está crescendo, comenta que ela precisa conviver com outras crianças.
Pessoas da mesma idade.
Andressa contudo, está temerosa.
É quando Juscelino pega-a no colo e diz:
-- Você está com medo?
-- Sim. – responde ela timidamente.
-- Não tenha. Você vai ver. Daqui a pouco não vai querer outro lugar. Vai ser escola, casa dos amiguinhos. Vai ser uma briga você querer ficar conosco.
Andressa não acreditou.
Juscelino insistiu:
-- Vai sim, você vai ver!
Quando a menina viu seu pai proferir estas palavras, finalmente acreditou no que ele estava dizendo.
Sim por que desde que se entendia por gente, seu pai nunca mentiu para ela.
Criancinha de colo, sempre que ela pegava e ela sentia medo de cair, ele respondia:
-- Não precisa ter medo. Eu não vou te derrubar.
Andréia sempre que via a cena, ficava preocupada.
Temendo que o marido derrubasse a menina, pedia sempre para colocá-la no chão.
Juscelino atendia a esposa.
Andréia, mais sossegada, aproveitava para repreender.
O homem ouvia tudo pacientemente.
Paulina, por sua vez, depois de se casar com Antenor, deu luz a Jorge – em 1981 – e Cristina, no ano seguinte.
Nessa época, a mulher raramente se lembrava da filha que abandonara.
Vivendo uma vida de rainha, Paulina só pensava em cuidar de seus filhos e viver bem com Antenor.
Estava com o futuro assegurado.
Marina e Antônio, casados há alguns meses, passaram então, a se preocupar com a
chegada de um herdeiro.
Foi assim, que com quase um ano de casados, tiveram os gêmeos, Marta e Marcos.
Otávio, que acompanhara a gravidez da filha desde o início, ao saber que sua filha teria gêmeos, ficou exultante.
Isso por que, no seu entender, seria avô por duas vezes.
Quem não ficou nem um pouco feliz com a novidade foi Adélia, que preocupada com a situação da filha, só ficava a pensar em como eles fariam para cuidar de duas crianças.
Otávio, ponderado, ao perceber que a preocupação da esposa, tinha razão de ser, procurou tranqüilizá-la.
Dizendo que para tudo se dá um jeito, o homem disse, que fosse preciso, ele empregaria parte de sua aposentadoria para cuidar dos netos.
Adélia ao ouvir isso, censurou-o.
Isso por que o valor que ele recebia de aposentadoria não era nenhuma fortuna.
Mas Otávio, dizendo que poderia economizar, comentou que ainda poderia ajudar sua família, se fosse necessário.
Adélia então calou-se.
A seguir, Cleide e Claudionor, tiveram seus filhos.
Primeiro, viera Luana, que nasceu em 1982, alguns meses depois dos gêmeos Marta e Marcos.
Mais tarde, veio Rodrigo, que nasceu em 1983.
O casal de filhos veio consolidar esta família que já era feliz.
Com os filhos, a felicidade se tornou maior.
Tiago, a essa altura, já morava há dois anos no interior.
Ricardo, sentindo que seu casamento não tinha mais futuro, preparava-se para a separação.
Eleonora que nessa época já estava casada há quase quatro anos, ao constatar que não havia possibilidade de convencer seu marido a viver a vida que tanto queria ter, decide
que não quer continuar nesta situação.
Disposta a se separar, comunicara Ricardo de sua decisão.
Como não havia filhos, a dissolução do casamento seria menos traumática.
Contudo, tal separação não se deu antes haver muitas brigas e desavenças.
Eugênia já não agüentava mais tanta confusão.
Sim por que sempre que o casal aparecia nas festas da família, brigavam.
Eugênia, Cleide, seu marido e seus filhos, mesmo que não quisessem, eram obrigados a presenciar as brigas terríveis do casal, que não poupavam nem um detalhe de sua vida conjugal.
As cenas eram constrangedoras.
Eleonora, dizendo que seu marido não era homem de verdade, abandonara-a.
Sem disposição para o casamento, sem vontade de ter filhos, só a fazia sentir cada vez mais sozinha.
Ricardo retrucava.
Dizendo que ela não era o que ele esperava, insistia na idéia de que ela fora um erro.
A mulher não fazia por menos.
Chamando-o de covarde, em uma das inúmeras discussões que travara com Ricardo, Eleonora jogou bebida no rosto.
Não fosse a intervenção de Eugênia e ele teria batido na esposa.
Eugênia percebeu então, que não adiantava tentar fazer os dois se entenderem.
A separação era iminente, e pior, seria ruidosa.
Foi o que se deu.
Brigando pela casa em que morava com Ricardo, Eleonora ficou com a única propriedade do casal.
Isso por que Ricardo, disposto a se separar a todo custo de Eleonora, prometeu-lhe que daria tudo o que tivesse para se livrar dela.
A mulher, ao ouvir isso, exigiu a casa em que morava.
Ricardo tentou discutir, mas, percebendo que esta atitude resolveria sua vida, concordou.
E assim, a separação se deu.
Quando Eleonora se tornou a única proprietária da residência, tratou logo de vendê-la e se mudar dali.
Decepcionada com Ricardo, a mulher não queria nem ouvir falar em seu nome.
Por conta disso, sumiu no mundo.
Cleide e Eugênia, nunca mais ouviram falar no nome dela.
Nisso, Andressa passa todos os dias a ir a escolinha.
Lá conhece outras crianças.
Aprende novas coisas.
De vez em quando, visitava seus coleguinhas e brincava com eles.
Era pega-pega, esconde-esconde, brincadeiras de roda, etc.
Até aí, tudo ia bem.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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