CAPÍTULO 18
A seguir, o pajé começou a conta a ‘Lenda da Mãe-da-Peste’:
Para os indígenas todas as coisas, entidades e forças têm origem feminina, uma mãe, a Ci e é natural que as calamidades não escapem à lógica folclórica.
Há indicação da Mãe-da-Peste, em Belém, quando uma epidemia de febre amarela invadira a região.17
“Algumas pessoas contaram que durante várias tardes sucessivas, antes de irromper a febre, a atmosfera era densa, e que um escuro nevoeiro, acompanhado de forte bodum (mau cheiro), que ia de rua em rua.
Este vapor inútil, procura dissuadi-los da convicção de que ele fosse precursor da pestilência”.18
17 Henry Walter Bates ainda encontrou, na cidade de Belém, em 1851, referências a esta entidade.
18 O Naturalista no Rio Amazonas, 1.º, 371, S. Paulo, 1944.
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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