CAPÍTULO 3
Com isso, ao término da história, calmamente contada pelo pajé, todos deveriam ir para suas ocas e dormirem.
Contudo, os curumins, sequiosos por novas histórias, teimavam em não ir para suas moradas.
O pajé, percebendo isso, advertiu-os de que se não o fizessem, não poderiam ouvir as novas histórias que ele ía contar no dia seguinte.
Diante disso, temerosos de que o castigo se aplicasse, os indiozinhos trataram logo de ir para suas ocas, acompanhados de seus pais, e lá ficaram a dormir, o sono dos inocentes.
E a sonhar com mais um dia de brincadeiras e banhos no ribeirão.
Sonhavam também com as caçadas que algum dia iriam fazer.
Enfim, esperavam ansiosos, esperando o dia em que deixariam de serem simples crianças, para viverem como grandes índios.
O dia em que cumpririam o rito de passagem.
Mas isso era apenas um sonho distante.
Nisso, no dia seguinte, novamente tudo se repetiu.
As mulheres cuidaram das ocas, olharam as crianças e fizeram trabalhos artesanais com palha e barro.
Já os homens saíram para pescar, e também caçar.
O pajé tomou conta da aldeia e alguns auxiliares, cuidaram da plantação.
Os indiozinhos maiores, auxiliaram suas mães nos cuidados com os irmãos menores, e também ajudaram em algumas atividades domésticas.
E, ao cair da tarde, se dirigiram para o rio e lá ficaram a se banhar a tarde inteira.
Alegres, brincavam na água.
E este foi o momento de reunião de todos os curumins da aldeia.
Algumas vezes, os homens, retornando de suas caçadas, resolviam entrar também nas águas do rio e se banharem.
E assim, ficam a fazer companhia as crianças.
Contudo, conforme mudava a posição do sol no horizonte, que neste momento estava se pondo, todos se deram conta de que já era hora de retornarem a aldeia.
Era hora de voltarem.
Logo deveriam se recolher.
Mas antes, cearam e ouviram uma nova lenda, que foi contada pelo pajé.
Assim, só depois de cumprirem esta rotina, é que poderam se recolher.
E novamente, depois da ceia, o pajé reuniu todos os índios ao redor de uma fogueira, e começou a lhes contar uma história.
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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