CAPÍTULO 70
Na região do Mar de Dentro, os turistas visitaram a Praia dos Golfinhos.
Só que ali, diferente de outros lugares, não se pode mergulhar.
Isso por que o lugar é só dos golfinhos e fica dentro do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
Na Praia da Baía do Sancho, os turistas descobriram, que na maré alta, chega-se por degraus encravados na falésia de quarenta metros de altura, com um cabo de aço para ajudar.
É local de desova das tartarugas aruanãs e ideal para mergulhos.
De fevereiro a junho ganha duas cachoeiras formadas pelas águas das chuvas, que despencam das falésias.
Ao passarem pela Praia da Baía dos Porcos, os turistas encontraram dificuldades para chegar até lá.
Porém, chegando lá, os turistas ao se depararem com uma areia dourada e aquários naturais povoados por cações, mariquitas e sargentos, e esqueceram-se completamente das dificuldades que enfrentaram para chegar.
Contudo, não puderam mergulhar na piscina principal, posto que é proibido.
Na Praia da Cacimba do Padre, os turistas descobriram que o nome se deve em razão de sua nascente ter sido descoberta por um padre.
No melhor estilo Fonte de Trevi, quem beber de sua água um dia voltará.
Na Ilha Dois Irmãos, rochedos pontudos chamados pelos ilhéus de Fafá de Belém e Lílian Ramos, ficam em frente.
Na Praia do Bode, a força das ondas atende à energia dos surfistas e abastece de água e peixes as piscinas naturais.
Já na Praia do Americano, os turistas descobriram que a mesma abrigou tropas norte-americanas durante a Segunda Guerra Mundial.
Porém além disso, os cinco rapazes se esbaldaram com sua areia fofa e suas ondas calmas.
Na Praia do Boldró, ondas de cinco metros e piscinas naturais, atraem surfistas e mergulhadores.
Os turistas também.
Além disso, interessados em um agito, aproveitaram o Forró animado do Bar Mirante.
Na Praia da Conceição, os turistas se depararam com muitos surfistas.
O Rugido do Leão, caverna que ruge quando bate a porta, fica perto.
Os guias chamam o lugar de Curva do Tamborello ou Pavarotti.
Mais tarde, ao passearem pela Praia do Meio, próxima a Vila dos Remédios, os turistas perceberam que a mesma é recomendada para quem está deveras cansado, ou mesmo acabou de chegar.
Porém, quem disse que estavam cansados?
Dessa forma, prosseguiram o passeio.
Foi então que foram conhecer a Praia do Cachorro.
Ali constataram que nove entre dez pessoas que acabam de chegar à Vila dos Remédios, se batizam nas águas do arquipélago neste lugar.
É a praia dos habitantes e dos surfistas, com bares e lojas de artesanato.
Ao caminharem pela Praia de Santo Antônio ou do Porto, os viajantes conheceram uma perfeita combinação.
Boa para banhistas, mergulhadores e surfistas atentos à paisagem.
As ruínas do Forte de Santo Antônio ficam por ali, assim como os destroços do navio grego Astúria naufragado na década de trinta.
Depois os rapazes foram conhecer a Ponta da Sapata/Enseada do Portão.
De difícil acesso, está quase do mesmo jeito que estava quando Américo Vespúcio descobriu as ilhas, em 1503.
Com isso, ao lá chegarem, os turistas se divertiram a valer.
Ao se depararem com formações rochosas, começaram a imaginar o que as mesmas representariam.
Para eles, uma se parecia com uma múmia, a outra tinha o perfil de Ulysses Guimarães.
Já aquele ‘portão’ lembra o mapa do Brasil ou da África?
No Mirante da Baía dos Golfinhos, os cinco viajantes se depararam com o maior espetáculo do gênero.
Do mirante no alto das escarpas é possível ver, das cinco e meia às dez horas, o Show dos golfinhos rotadores, saltando para fora d’água e fazendo movimentos de rotação, no maior aquário natural da espécie.
É aqui que eles brincam, amamentam seus filhotes e namoram.
A cinco quilômetros da Vila dos Remédios.
Já no Mirante da Baía do Sancho, os forasteiros apreciaram a belíssima paisagem a quatro quilômetros e meio da Vila dos Remédios.
Ao verem o mar verde-esmeralda, entenderam sua perfeita tradução.
O apelido do arquipélago de ‘Esmeralda do Atlântico’, agora se justificava.
No Mirante do Boldró, os viajantes se deslumbraram com mais um panorama antológico numa ilha repleta deles.
Já no Morro do Pico, os turistas descobriram que este é considerado o Everest local.
Com trezentos e vinte e cinco metros, esta impressionante formação vulcânica é vista de qualquer ângulo da ilha.
Contudo, a despeito de haver uma estradinha de ferro, é proibido aos turistas subirem por ela.
Dias depois, os turistas foram conhecer a região do Mar de Fora.
Na Praia do Leão, os viajantes avistaram dois quilômetros de mar totalmente selvagem, escolhido para a desova das tartarugas aruanãs de dezembro a maio.
Além disso, defronte a Praia, estão as Ilhas da Viuvinha e do Leão.
Por fim, esguichos de dez metros, formados pelas ondas que batem nos recifes, arrematam o espetáculo.
Na Praia da Baía do Sueste, os viajantes se encantaram com a dose dupla de ilhas.
Em Chapéu e Cabeluda, dose dupla de ecologia: lá está o único mangue da ilha e é refúgio das tartarugas aruanãs.
O Projeto Tamar faz estudos no local.
A praia, possuí ainda, mar tranqüilo e areias macias.
Na Praia da Atalaia, descobriram que a verdadeira ‘atalaia’ é a Ilha do Frade, em frente e sempre alerta.
Areia cercada por pedras vulcânicas, com esguichos na maré alta e piscinas baixas.
Funciona como berçário de peixes, e só trinta pessoas por dia podem mergulhar aqui.
E não adianta reclamar, por que o fiscal, daqui é durão.
No Mirante do Leão, os turistas avistaram as Ilhas da Viuvinha e do Leão, que mais parece um leão-marinho deitado.
Logo adiante os viajantes constataram que o azul do mar é mais intenso.
Já no Mirante da Ponta das Caracas, entre as Praias do Leão e da Baía do Sueste, os turistas descobriram que a mesma avança mar adentro e recebe toda a resistência das águas.
Ademais, os turistas, ao nadarem nas piscinas naturais, se encantaram mais uma vez, com a diversidade marinha da região.
No Buraco da Raquel, a água do mar tanto bateu, que furou a rocha, e lhe deu este nome.
Aqui, os banhos estão proibidos.
Isso por que, os peixes desovam aqui.
Segundo as más línguas, era neste lugar que a filha de um comandante vinha namorar os soldados.
Na Ilha da Rata, a segunda maior do arquipélago, é procurada para mergulhos rasos na Ressureta (oito a doze metros) e no Buraco do Inferno (seis a dezessete metros) e profundos nas Cagarras (oito a trinta metros) e Cordilheiras (cinco a trinta e cinco metros).
Os turistas, fascinados com os encantos da ilha, não se furtaram de fazer nenhum desses passeios, os quais foram deveras prazerosos para os cinco rapazes.
Mais tarde, passearam num jipe da Segunda Guerra, por toda a ilha.
Depois, foram passear de barco.
Aproveitando os encantos da ilha, passearam também de bicicleta, por uma das quinze trilhas que existem no lugar.
Após, foram assistir a Festa de São Pedro.
Também chamada de Buscada, é uma tradicional procissão marítima que sai da Capelinha de São Pedro dos Pescadores, no alto do porto, e vai até a Ponta da Sapata, com direito a pequenique e festa em alto-mar.
Quanto a Festa de Nossa Senhora dos Remédios, os turistas se deparam com três dias de orações e quermesses que antecederam a aludida festa.
No dia propriamente dos festejos, a santa tem missa solene, muitos batizados e casamentos, procissão e apresentação de grupos folclóricos.
Mais tarde, Flávio, Lúcio, Agemiro, Fábio e Felipe foram conhecer as Lendas de Noronha, que de tão saborosas, viraram samba-enredo da Mangueira em 1995.
São sempre os ilhéus que as contam, acrescentando constantemente, novos detalhes.
“Como a história da Alamoa, uma loira que aparece em noites de lua cheia, seduz e mata os incautos.
Ou a dos Dois Gigantes, que viviam um amor proibido e foram castigados pelos deuses.
Ele teve seu órgão genital petrificado – o Morro do Pico.
Já ela, os seios – o Morro dos Dois Irmãos.
Pergunte pelo Arthur, ilhéu espirituoso, guia e bom contador de histórias.
Em caso de querer conhecer essas narrativas ‘in loco’, é melhor falar com Lula ou Lucila.
Foi o que os turistas também fizeram.”
E novamente se encantaram com histórias fantásticas.
Muitas das quais já conheciam.
Por fim, foram comprar tubalhau – porções de tubarão salgado e prensado como bacalhau.
A fábrica fica bem em frente ao Porto de Santo Antônio.
Lá também se vende bolinhos, óleo de fígado, e bijuterias trabalhadas em dentes de vértebra de tubarão.
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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