CAPÍTULO 35
Ao falar sobre o ‘Cavalo do Rio’, o pajé disse:
É um cavalo encantado que domina o rio São Francisco.
Tem um poder quase igual ao Caboclo do Rio, perseguindo embarcações, virando-as, alagando a carga, empobrecendo aqueles a quem dedica sua antipatia.
Ouvem-lhe os relinchos atordoadores e a bulha rítmica das patadas nas margens.
O melhor amuleto afugentador do Cavalo do Rio, é sua própria representação na proa da embarcação.
Falando nisso, na “embarcação, pesadíssima muitas vezes, com a guarnição, o toldo, a cordoalha, a carga e a cabeça de cavalo, recurva e grotesca, a desafiar, guiadora, os maus-olhados da viagem.”37
DICIONÁRIO:
cordoalha - substantivo feminino
1. reunião de cordas de vários tipos; cordame, cordoada.
2. comércio de cordas; cordoaria.
37 Noraldino Lima alude a essa crendice (No Vale das Maravilhas, 127, Belo Horizonte, 1925).
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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