Poesias

terça-feira, 23 de junho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 48

CAPÍTULO 48

Agora no barco de Seu Nô apreciando as belas paisagens dos lugares próximo a vila de pescadores onde estavam hospedados, os turistas tinham que aproveitar todos os espetáculos que estavam sendo exibidos diante de seus olhos, e filmá-los e fotografá-los com o todo o cuidado para que ficassem para sempre registrados.
Como algumas várzeas estavam inundadas, os turistas puderam avistar algumas palafitas quase que pairando sobre as águas, lado a lado com o barco onde estavam.
Era uma imagem impressionante.
Com isso, algumas embarcações, como a montaria, apareceram no meio do percurso.
Rudimentares, traziam três pescadores dentro.
Também passearam por alguns iguarapés – pequenos braços do rio, entremeados por vegetação.
Como forma de celebrar a vida, alguns cetáceos, como o famoso boto cor-de-rosa, e alguns golfinhos, apareceram na região para se apresentar aos turistas.
E durante cerca de quinze minutos, fizeram uma exibição magnífica, para todos os que passavam de barco.
Extasiados com tanta beleza, os cinco turistas mal podiam acreditar que havia ainda algo a ser conhecido por eles.
Nisso, inesperadamente, surgiu, a uma certa distância, uma inacreditável figura de mulher, que entoava uma linda canção.
Curiosamente, a moça, parecia ter nascido nas águas, tamanha a destreza com que mergulhou, depois de algum tempo.
Horrorizado, Seu Nô, pescador de profissão, e morador da Vila de Itamaracá, assim que viu a misteriosa aparição, tratou de imediatamente, mudar a rota do barco.
Os turistas, ao perceberem que o pescador fugia da estranha mulher, foram logo o interrogando.
Afinal de contas, do que se tratava a estranha figura?
E assim, desnorteado, sem saber o que responder, acabou dizendo:
-- Eu não sei ... acho que era a Iara.
Ao ouvirem isso, ficaram todos estupefatos.
Afinal de contas, diante de tudo o que puderam ver, não poderiam mais dizer que não acreditavam de todo nessas crendices.
Até porque, poderia não ser a Iara de que tanto falavam, mas, o que justificaria a presença de uma bela mulher nadando naquela profundidade e ... sozinha?
Realmente, só poderia ser uma figura mítica.
Nenhum ser humano seria capaz de nadar naquela profundidade com tanta destreza e segurança, mesmo em meio a uma fraca correnteza, como todos viram.
Tal proeza, não era um ato humano.
Diante disso, não restou outra alternativa aos cinco turistas, senão acreditarem que se tratava da Iara, uma figura lendária que habitava as águas da região do amazonas.
E assim, voltaram para o povoado e comentaram admirados, que tiveram a impressão de terem visto algo parecido com a Iara, Mãe d’água.
Impressionados, os habitantes do vilarejo então lhes disseram:
-- Então agora vocês acreditam, que tudo o que nós contamos, não são somente lendas. São acontecimentos verdadeiros.
-- Sim, acreditamos. Talvez não seja de todo equivocada, a idéia que vocês fazem sobre certas tradições. – comentou Fábio, um dos turistas. -
- Vocês estavam certos. Realmente algo muito estranho aconteceu em nossa travessia de barco pelos rios da região. E o que aconteceu, não era humano. – emendo Felipe, impressionado.
-- Desculpem-nos. Não tínhamos o direito de fazer troça com suas crenças. – continuou Agemiro. Com isso, diante dos formais pedidos de desculpas, os moradores da Vila de Itamaracá, mais que depressa concordaram com estas, e passaram a contar outros ‘causos’, para os visitantes.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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