CAPÍTULO 37
Cresce-Míngua.
É o fantasma mais popular, porque existe em todos os países conhecidos, e não há relação ou pesquisa folclórica que deixe de registrar sua amável presença assombradora.
Em Caracas havia uma variante, o Enano de la Torre, que aparecia pequenino e sereno, e bruscamente ficava da altura da torre da catedral, fazendo perder os sentidos às raras testemunhas dessa elástica e sobre-humana personalidade.
Entre os africanos que vivam no Brasil do séc. XIX e princípios do XX falava-se em Gunucô, que tinha a mania de aparecer num bamburral, estirando-se como um coqueiro e minguando como um pé de coentro.
Na capital de São Paulo o Cresce-Míngua é duplo.
“São dois homens pequeninos que ficam nas estradas junto às porteiras.
Quando alguém deles se aproxima, eles aumentam de tamanho, chegando a atingir oito metros de altura, e desaparecendo nas curvas.
Consta que as pessoas que o vêem terão má sorte.”39
39 Em Teresina (Piauí), na Praça Conselheiro Saraiva (antiga “das Dores”), há ou havia um Cresce-Míngua, chamado Não se pode.
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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