Poesias

sábado, 18 de abril de 2020

A história de Rio Grande da Serra

Os desbravadores percorriam toda a extensão da Serra do Mar e, aos poucos as
primeiras povoações foram surgindo no Planalto de Piratininga.
Naquele tempo, mantimentos e alimentos chegavam no Porto de São Vicente, e eram levados por caravanas, até as cidades e povoados.
O sal tornou-se uma mercadoria valiosa.
Aportava em São Vicente e, era transportado para o topo da serra, passando pelo povoado de "Alto da Serra", hoje Paranapiacaba.
As sacas de sal eram transportadas em lombos de burros, em comitivas guiadas pelos tropeiros.
Por volta de 1640, a Vila de Mogi das Cruzes foi fundada, tornando-se rapidamente um dos maiores povoados.
Logo, os tropeiros dirigiram-se para lá com suas cargas de sal.
Eles utilizavam o "Caminho do Mar", passando pelo "Alto da Serra", até a região conhecida por "Zanzalá".
Um dos locais preferidos para as paradas das tropas era as margens do Rio Grande.
Além de consumirem a água de um dos maiores rios da região, os tropeiros
aproveitavam os pastos próximos.
Numas dessas paradas e andanças, morreu um dos membros mais velho das tropas.
Segundo a lenda, foi sepultado num local próximo a parada, onde posteriormente, foi marcado por uma cruz de madeira.
Para homenagear o companheiro, a tropa resolveu construir uma morada, que mais tarde foi substituída por uma capela, e que hoje é a atual "Antiga Capela de São Sebastião".
Após alguns anos, o lugarejo passou a ser chamado de Santa Cruz.

Curiosidades: Lírios e Copos de Leite

A família Nishikawara chegou em Rio Grande da Serra, em fevereiro de 1947.
Junto com outros imigrantes japoneses, estabeleceu-se na Fazenda Joaquim,
iniciando na região o plantio de flores, principalmente rosas.
A neblina constante, contribuiu também para o cultivo de outras espécies, como o copo de leite e o lírio.
As flores eram enviadas para São Paulo, e chegaram a ser despachadas para o Rio de Janeiro.
Ao longo dos anos, como o clima não era muito favorável ao desenvolvimento das flores, plantações de verduras e legumes tomaram conta das propriedades.

Rio Grande
Os índios chamavam o rio de Jeribatiba ou Geribatiba.
Num tempo em que ainda corria livre (hoje forma a represa Billings), o Rio Grande era caminho natural pelo qual seguiam em batelões, as tropas que conduziam as mercadorias entre Santos, no pé da serra, Mogi das Cruzes e o interior.
Jeribatiba foi a terceira aldeia organizada dos jesuítas, depois que chegaram ao
litoral paulista.

Carnaval Comportado
Sempre reunindo um grande número de participantes, as festas carnavalescas de Rio Grande da Serra eram comemoradas na rua, junto à Estação Ferroviária.
No final da década de 30, os bailes eram realizados no armazém da estação.
Era comum, os foliões começarem os festejos em Rio Grande, tomarem o trem, e se apresentarem em Ribeirão Pires.
Além do Carnaval de rua, que começou entre 1911 e 1914, marcado principalmente pela disputa entre os blocos, o armazém da estação era preparado para os bailes noturnos.
Durante o dia, moças lavavam o galpão, e jogavam fubá e cera de vela no chão,
transformando o local numa pista de dança.
Os bailes de Rio Grande eram famosos na região, principalmente pelas orquestras que conduziam o Carnaval.
Fantasias típicas eram a marca registrada dos imigrantes italianos, alemães e japoneses, além de churrascos e vinho à vontade.

Informações extraídas da internet.
Site da Prefeitura de Rio Grande da Serra, e do Jornal Diário do Grande ABC.
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Luciana Celestino dos Santos

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