Poesias

domingo, 26 de abril de 2020

Temário Sem Assunto

Palavras perdidas no tempo
Falta de ter o que dizer
Sem saber a qual caminho escolher
Difícil caminho para se trilhar Divagações...

A lua a desaparecer por completo
Uma estrela solitária a brilhar no firmamento
Como uma criança a brincar solitária
Sem decerto saber,
O que fará com seu tempo de ócio

A contemplar os pequenos seres,
Que partem fazem, da natureza
Mil aventuras empreendidas
Como as formigas, em suas colônias a viver,
E a passear pela flor da terra,
A buscar alimentos para dias futuros
E os pequenos insetinhos a voar...
E agora aqui, sem saber o que fazer
Sem conseguir o pensamento direcionar

A dedilhar o teclado,
Sem uma conclusão encontrar,
Sobre o que está a pensar?
A mente sem idéias criativas,
A recordar-se da infância,
E dos ensinamentos passados

A brigar com as letras e símbolos do teclado
Computador a mostrar sua tela,
E uma página digital em branco
E a vida lá fora a acontecer

Pessoas apressadas a caminhar para o trabalho,
Outras tantas,
Encerradas em escritórios, repartições, lojas, oficinas
E o dia triste a sorrir lá fora

O céu cinza, frio
Crianças estudando,
Pessoas ociosas, outras tantas a cuidar de seus afazeres
Vida, embora pulsante ou não,
Ainda assim, vida ...
E nela a se entender
Quantos ensinos controversos,
Pois ao se crescer, constata-se
Que nem tudo o que nos fora ensinado,
Condiz com a fria realidade do mundo,
Para nós demonstrado

 Quantos sonhos desfeitos,
Ilusões abandonadas,
Projetos deixados de lado
A decepção com as gentes ter,
E a duras penas aprender,
Que as pessoas não são obrigadas a de nós gostar
E que não devemos disto fazer,
Uma fonte de aborrecimentos
Devemos sim, aprender com todos viver
Pois com o ser humano não é fácil conviver!

Com o tempo aprendi, a somente gostar
De quem de nós gosta,
E a ignorar os mal feitos, maledicência,
E os venenos da humanidade
Pois quem nos maldiz,
Pouco tem a fazer com sua vida
Digno pena este ser é
E somente devemos lamentar sua pobreza de espírito
Devendo prosseguir com nossas vidas,
Sempre evitando nos ocupar do que não vale a pena
Muito embora esta premissa seja assaz difícil de se acompanhar

Não obstante este fato, farei desta,
A bandeira de minha luta!
Com o passar dos dias, aprendi ainda,
A valorizar o tempo,
E perceber tantas expectativas desfeitas
Diante do contato com a fria realidade
Decepções momentâneas,
Reconstruídas com novas esperanças,
Novos desejos, novos alentos
A viver um novo sonho,
E assim, a construir uma nova realidade

E a aproveitar melhor os minutos de minha existência
Pois o tempo, o tempo
Este senhor de longos cabelos brancos
A tudo consome, a tudo devora
Não deixando nada sem sua marca,
Externa ou interna

Nestes momentos, fico a pensar
E a relembrar da criancinha a brincar,
Na praça, de boneca, de casinha,
Bolinhas de gude
Os insetinhos a se abrigarem das chuvas,
Suas asas transparentes
 A pousarem sobre os móveis, as mesas
Adentrando das casas

O cachorrinho a latir
No imenso quintal de minha infância
Mundo rico em imaginação
Como somente crianças são capazes de criar
A imaginar viagens de trem, de navio,
Luxuosos hotéis

A imaginar-se personagem nas histórias da tevê
A brincar de mil diferentes profissões
A brigar com a comida,
A se divertir em uma piscininha de plástico
Algumas árvores, rosas várias,
Áreas gramadas, o pinheirinho na parte frontal do lar
Aos fundos, imenso quintal

Papéis de carta,
Com suas lindas e delicadas figuras,
Pálidas ou não, a decorar o papel especial
Carrinho de pedreiro empurrar,
Martelo para o dedo martelar
As formigas muitas, a passear
Minhocas no jardim
A me balançar por longas horas,
No brinquedo improvisado na garagem da casa
A dispersar-me nos estudos,
Imaginando mil mundos na escola,
E durante as aulas,
Imaginar-me em outras paragens
O tempo a passar,
Coisas novas a se aprender
Novos ensinos na escola formal,
E também na mais intensa das escolas,
A doutrina que ensina a viver!

Pensamento que voa longe,
Nos levando a diversas reflexões
E a pensar no que escrever ...
A dedilhar, agora avidamente as teclas do teclado,
E o computador a responder com letras,
Que combinadas com outras letras,
Formam palavras,
Palavras estas, que agrupadas,
Formam um conjunto de idéias,
Um texto singelo, com idéias próprias!
E assim, a retomar o pensamento

Confesso que o tempo,
O trabalho me ensinou a entender e,
Aprender que a velhice não torna ninguém mais sábio,
A menos que o idoso em questão se disponha a isto,
Pois o que se vê, na maior parte das vezes
São idosos impacientes e intolerantes,
Ou que não conseguem se adequar ao mundo em que vivem
Isto por que, a velhice apenas deixa mais evidente,
Os defeitos e os vícios da juventude

E assim, um jovem mal educado,
Dificilmente se transmudará
Em um idoso cordato e bem educado
E em assim sendo, a sabedoria
Trata-se de uma busca para toda a vida,
Não necessariamente em sendo,
Um dom da velhice,
Muito embora,
Quem se disponha a enxergar,
O mundo com positividade
Dela possa usufruir na velhice,
E creio eu, um pouco também, na mocidade
Pois se a juventude ou a velhice,
São conceitos relativos,
Dada a incomensurabilidade do tempo,
Por que só podemos sábios ser, na madureza?

A vida ensina a todos os que vivos estão,
Aqui estão para aprender uma valiosa lição
E que depende de cada um de nós,
Independente da idade
Melhor viver!
Por isto, nem todos os jovens são imaturos,
Tampouco irresponsáveis
Pois há muitos homens e mulheres maduros,
Despreparados para a vida,
Até mais do que muitos jovens
E muitos jovens e crianças,
A ensinarem grandes lições aos mais velhos
Lições que os mesmos,
Não foram capazes de aprender em toda sua existência
E agora são instados a aprender,
Um novo viver!

Fatos estes, os quais relativizam,
Muitos dos ensinamentos que a nós foram passados
Em criança,
 Aprendi que não se deve falar com estranhos,
Mas em assim o sendo,
Como iniciar uma amizade,
Ou pedir uma informação?
Em um lugar onde a ninguém se conhece,
O que se faria em se aplicando tão antigo preceito?
Com o tempo,
Nós temos é que a aprender a desfazer preconceitos,
E respeitar diferentes formas de viver

A entender que nem todos concordarão,
Com nossa maneira de pensar
E que devemos ter nossa opinião respeitada,
Ainda que não se chegue a um consenso
Não devendo o campo da idéias, e da opinião,
Se transmutar em palco de batalhas estéreis

Neste esteio,
E a despeito de todos os ensinamentos maternos
Ao se lançar na vida,
E descobrir que nem tudo o é que preciso saber,
Pode ser ensinado
Por esta razão a vida ensinando
Através de suas mais diversas realidades
E eu vivendo,
E muitas vezes aprendendo as lições,
Das mais duras formas

Em casa, não nos é passada,
A exata dimensão da aridez do mundo,
A dureza do coração das gentes,
Embora nos bancos de escola,
Tenhamos um grande contato com a amizade,
E também com a maldade humana
Brincadeiras cruéis, provocações
Muito embora eu, raras vezes,
Desaforo pra casa levasse
O triste de todo o processo de viver,
É descobrir a cada dia,
O quanto o ser humano,
É capaz de descer na escala da degradação humana,
E a prosseguir em sua maldade sem limites
Ainda assim, mesmo em meio a muitas maldades,
A descobrir um oceano de esperanças,
Com pessoas determinadas a de alguma forma,
A melhorar o mundo em que vivemos,
A criar grandes ou pequenas maravilhas

Progressos científicos, em meio a escassez de recursos
Belezas a nos encantar os olhos
Na pintura, escultura,
Dramáticas artes, na música
Bem como modelos de utilidade,
Comodidade no uso cotidiano
Em sociais questões,
Implemento de boas idéias nas administrações
Em contraponto as medíocres gentes,
Pessoas fantásticas e dispostas a mudarem suas realidades,
E a vida de quem as cerca
Transformam o mundo com seus múltiplos talentos!
Gente altruísta, outras nem tanto
Mas muitas delas, idealistas,
Batalhadoras, trabalhadoras!

E assim a demonstrar,
Que a mudança do mundo
Não se realiza em grandes gestos,
E sim em pequenas práticas,
Que se transformam ao longo do tempo
Um pequeno gesto em um dia,
Somado com outro gesto do dia posterior,
E dos vindouros,
Transformam realidades e vidas

Afinal, um projeto,
Dificilmente se realiza do dia para a noite
Um livro demora meses para ser escrito,
Um filme, meses para ser produzido,
Projetos, muito tempo se gasta em pesquisas,
E assim por diante...
E geralmente as melhores coisas,
Precisam ser gestadas ao longo do tempo
E mesmo o que aparentemente surge de improviso,
Ou de célere forma,
Levou anos para ser elaborado
Pois o ser, é um eterno projeto em construção,
E todas suas experiências vividas,
Um somatório são,
De um futuro projeto a ser realizado!
Dizem que o simples é difícil,
E muitas vezes de fato o é,
Pois o simples é a essência das coisas,
Sendo o que poucas vezes conseguimos alcançar

Com o tempo,
A descobrir que a felicidade,
Não é algo que devemos buscar,
Ávidos, no elevado cume de uma montanha
Como a encontrar uma flor rara,
Típica de ambientes rarefeitos
A felicidade, este ser inconstante e efêmero,
Esteve e está, o tempo inteiro dentro de nós,
Pois somente nós mesmos,
Somos capazes de buscar nossa felicidade,
E proporcionar felicidade a nossas vidas,
Sendo agentes de nosso dia-a-dia,
De nossos passos, de nosso futuro

Amigos e amores,
Somente nos ajudam a mostrar,
O que está dentro de nós,
Seja o que se tem de melhor ou o pior
Não devemos portanto,
Depender dos outros para sermos felizes

Descobri que ninguém,
Consegue ser o tempo inteiro feliz
Por mais que as coisas corram bem
E que faz parte da vida, sofrer contratempos,
Deparar-se com percalços, vicissitudes, e dores
Constatar que de fato,
A felicidade plena não existe
Que sim, existem momentos mágicos, felizes,
A encher nossas vidas de belas recordações,
E que se não há bem duradouro,
Também não há mal que permaneça
Pois tudo na vida passa
E que quando sofremos,
A impressão termos, de que o mal nunca vai passar,
Para após, agradecer o bem recebido,
A recompensa da paz finalmente alcançada!
Aprendi que a vida de ninguém é fácil
Cabendo a cada um, sua cota de dissabores

Que as crianças também seus problemas,
E que algumas tem, problemas tamanhos,
Que não sei se eu em seus lugares,
Seria capaz de suportar
Que enquanto muitos choram, outros sorriem
Enquanto uns nascem,
Outros namoram, noivam, se casam, e morrem...

Caramba!
Como a vida passa rápido!
Quem poderia imaginar que aquela criança,
Ávida por crescer, se tornaria adulta, tão rápido?
Ontem eu freqüentava o SESI de Araraquara,
Hoje tenho faculdade,
Algumas experiências,
Um pouco de conhecimento...
Muita vontade de aprender,
E entender o que estou fazendo aqui,
Por que a minha vida é do jeito que é,
E se provavelmente,
Chegarei eu em algum lugar, ou para onde irei...
Pois é, divago!

Como na banal e clássica questão:
Quem somos, de onde viemos, para onde vamos?
Acrescentaria: Onde estamos?
Pois o mundo é de fato o que pensamos?
Ainda tenho tantas questões para resolver!
Mas também tenho realizações para comemorar
Embora a vida não seja fácil,
E o dinheiro seja curto!
Estou buscando realizar alguns sonhos
Pois não quero olhar para trás,
E ter a sensação de vida desperdiçada
Posto, que se não temos a vida com que sonhamos,
Devemos fazer o melhor que pudermos,
Com a vida que temos
Ainda me permito sonhar
Pois sonhar é o combustível para se viver
Sendo os nossos passos,
A alavanca necessária,
Para colocar os sonhos em prática

E estes, de alguma forma se concretizando,
Para não tornarem-se apenas devaneios
Descobri que a felicidade,
Não está em um cenário cinematográfico
Mas nas coisas mais simples,
Como observar um ipê florido,
Colorido, com seus galhos repletos de flores
O tapete de flores a cobrir o chão
E por fim,
Os galhos e ramos, sem folhas e flores

A apreciar um belo luar,
As formas diversas da lua;
A admirar o amanhecer,
E o pôr-do-sol;
A contemplar,
A natureza, as árvores, as flores, o mar;
Um céu azul,
As nuvens a se movimentarem nos céus;
A beleza remanescente,
Nas construções abandonadas
Nas histórias vívidas nas antigas casas,
Velhos prédios, e suas envelhecidas fachadas,
Como a simbolizar que o tempo a tudo consome
Em tudo se assemelhando,
Com ossos ao redor do ninho da coruja,
Nos poéticos dizeres de Guimarães Rosa,
Imponente escritor mineiro
A desbravar as grandes veredas,
Do sertão bravio das almas muitas,
Indômitas e ávidas por encantamento!
E embora o tempo não possa ser medido,
Ao menos,
Não com nossa limitada percepção
Sentimos o devir, a mudança, o movimento
E as coisas a se modificarem,
Nem sempre da forma como gostaríamos

Mas voltando a felicidade...
Conforme já dito,
A constatar que,
Ninguém é somente feliz,
E tampouco, somente triste
Pois a todos são concedidos momentos de dor,
Mas também, momentos de felicidade
O que acontece,
É que nem todos percebem estas nuances
E deixam a felicidade, entre seus dedos escapar
Como a areia, ou a terra a escorrer entre as mãos

Muitas vezes,
Ficamos a buscar a felicidade onde ela não está,
Ou pior, onde ela não existe
Sob a ilusão de falsos enganos
 Pois a felicidade está dentro de nós,
E não em um templo remoto,
Em estranhas paragens
Descobri,
Que pensamentos negativos,
Atraem situações negativas
E pensamentos positivos,
Melhoram a atmosfera espiritual a nossa volta
Que o nosso mundo,
É aquilo que construímos para nós
Então, se queremos um mundo cercado de belezas,
Devemos observar a beleza,
Nas pequenas coisas,
E entronizar a beleza em nossa existência
Isto se faz observando a beleza do existir,
A natureza,
Se é que ela ainda nos cerca,
Nesta selva de concreto que são as cidades;
Ouvindo boa música;
Lendo bons livros,
Procurando se informar,
Sendo os meios, os mais diversos;
Conhecer coisas interessantes;
E pessoas interessantes
O que é ruim e degradante,
Devemos também conhecer,
Para saber do que devemos nos defender,
Mas não se envolver com o que nada nos acrescenta

Devemos saber,
Que no mundo existe miséria,
Pessoas passando fome e sede, frio,
Sem terem para onde ir,
Outras tantas, em viciosos hábitos,
A muito beberem,
A se drogarem, jogarem ...
Aos poucos se destruindo
Neste mundo de desalento,
Gentes muitas, mulheres crianças e homens,
A sofrer os mais diversos tipos de violência,
As maiores ignomínias,
Com as quais, não devemos compactuar
Fazendo o possível,
Para esta triste realidade mudar

Devemos isto tudo saber,
Para nos auto determinarmos,
 Dizendo que não queremos isto para nós
E cientes que quem o mal pratica,
Receberá o mal como resposta!
Outra grande verdade que venho descobrindo!
Descobri que transformar nossa vida,
De marasmo, rio de tédio,
Em algo interessante,
Depende de nós,
E que cada um é o que é

Que as pessoas,
Divertem-se de diferentes maneiras
E assim,
Enquanto uns se divertem com filmes de ação,
Outros se divertem com filme de arte,
Outros com comédia romântica...
Que alguns gostos são heterogêneos
E que nem sempre os opostos se atraem
Pois quando as diferenças são muitas,
Não se consegue estabelecer coisas em comum
E as diferenças acabam por afastar,
Ao invés de aproximar!

Descobri que não tenho facilidade,
Para gostar das pessoas,
Mas que quando gosto de alguém,
O afeto é profundo
Constatei também, que para gostar de alguém,
Mesmo que seja um colega ou um amigo,
Preciso descobrir algo nesta pessoa,
Que me faça admirá-la
Seja por ser batalhadora,
Por seu espírito lutador,
Por não se curvar diante das adversidades,
Seu gosto pelos estudos,
Pelo conhecimento, sua dedicação, etc.
Sim, o rol é amplo
Pode ser até mesmo pelo carisma e simpatia,
Em sendo possível, embalada com inteligência

Considero um achado,
Encontrar pessoas que gostam,
De algumas coisas que eu também gosto
Admiro questionadores inteligentes,
Que argumentam sem agredirem seu interlocutor,
E sem criarem polêmicas desnecessárias
Isto me faz ter vontade de mais polida ser!
Saliento ainda,
Que quando gosto de algo,
É por que realmente me agradou
E aí, procuro pesquisar,
Debruçar-me sobre o assunto
Exagerando,
Quase viro uma especialista no assunto
Exagero?
Talvez, mas é minha maneira de ser!
Aprendi,
Que o conhecimento não pode nos ser tirado,
De fato,
A tratar-se de uma verdadeira premissa!

Contudo, certos conhecimentos,
Podem ficar ultrapassados,
E de certa forma,
Ser nos tirada a atualidade,
E o senso do mundo
Assim, é preciso constantemente se atualizar,
Para não ter o conhecimento,
De nós tirado
E quem de nós quer,
Atirado ser, em um cipoal de ignorância,
Sem saber viver no mundo em que escolhemos,
Será, viver?

E assim, quem sabe, sábios ser
Pois se viver é dançar conforme a música
Então procuremos,
Nos adaptar a realidade que nos cerca
Para assim,
Não sofrermos com o choque da realidade
Ou pelo menos, não muito,
Já que por mais que teorizemos,
A realidade,
Nunca será adequadamente dimensionada,
Neste ponto
Pois, somente o contato com o real,
Poderá nos acrescer a exata dimensão da vida

Muito embora em alguns momentos,
Tenha conseguido ter uma percepção,
Jamais conseguida em outros momentos
Como na ocasião,
Em que assisti uma matéria sobre filhos adotivos
Logo eu, Que sempre questionei o fato dos filhos adotivos,
Quererem seus pais biológicos conhecer
Achava que quem abandonava,
Não merecia rever o filho rejeitado
Contudo não me atentei,
Para o vazio deixado por esta história interrompida,
E o quanto deve ser dolorido,
Não se saber exatamente o que aconteceu,
Quem são seus verdadeiros pais

Neste momento,
Entendi de masoquismo não se tratar,
E sim de interesse por sua história de vida,
Sua origem!
E eu,
Muito embora não tenha passado por isto,
Também tenho curiosidade,
Em conhecer o passado de meus ancestrais,
Minhas origens
Pois todos o direito tem,
De conhecer o seu passado
Sinto muita vontade,
De entender ao mundo que me cerca,
Embora tenha desistido,
De tentar entender o ser humano
E a despeito do que dizem,
As mulheres,
Não são tão complicadas assim,
Pois em assim sendo,
Deveria se olhar também para os homens,
Seu modo de viver e pensar,
E enfim se constataria,
Que os seres humanos são complicados

O curioso nesta história,
É que as mulheres,
Aceitaram a pecha de complicadas,
Sem a nada questionar,
Como se os homens fossem,
Seres fáceis de se entender!
Oras,
Um ser que teme,
Para um mulher ligar após um encontro,
Sob o fantasma do medo de um compromisso,
Sem querer a ninguém se ligar,
Envolver-se;
Ou por achar que ao retornar o contato,
A mulher vai imaginá-lo,
Como um potencial marido,
É ter um conhecimento muito superficial,
Do que seja uma mulher
Isto por que,
Pelo menos por meu turno,
Não estou a pensar em casar-me,
Com uma pessoa a quem acabei de conhecer,
Pois sou uma pessoa sensata
E depois dizem,
Que as mulheres é que são complicadas?
Homens com medo de assumir compromisso,
A criarem as teorias mais estapafúrdias,
No tocante ao primeiro encontro,
E as mulheres é que são complicadas?
Quem foi a mente brilhante que inventou isto?
A propósito!
Quem inventou,
Que as mulheres são passionais,
E os homens racionais?
Isto por que,
A quantidade de homens,
Que cometem atos bárbaros por aí,
Demonstra exatamente, o contrário!

Ademais,
Homens existem,
De sensibilidade imensa a provar,
Que no tocante ao ser humano,
Não cabem rótulos
E a demonstrar,
Que sensibilidade relação não tem,
Com ser efeminado,
Ou com orientação sexual
Neste sentido,
Há mulheres muitas, agressivas,
E extremamente cerebrais,
A mostrar que nem todas,
Delicadas e emocionais, são!
Também descobri,
Que a pseudo definição de normalidade,
É tão absurda que engessa!
Pois se você não se comportar,
Vestir-se, falar e pensar,
Do jeito que todos esperam,
É alijado, discriminado,
Mal visto sendo,
E louco considerado

Mas entre esta pseudo normalidade,
Onde se está a se comportar,
Dentro de padrões consideramos normais,
E optar por feliz ser,
Prefiro a segundo opção
Pois no sumidouro de nossas existências,
De perto ninguém é normal,
Podendo de longe até se enganar,
Algum incauto observador
Pois de fato,
Ninguém é normal a curta distância!
Outra lição aprendida
Devendo se desconfiar de quem se diz normal ser!

Em hodiernos tempos,
A fundamentar a humana existência
Em seus modos apressados,
Em busca do que nem mesmo se saber o que é
Sucesso em se ser mais,
Do que realmente se é
E dentre outros valores fundamentais, se esquecer
Preocupando-se,
Mais em se divertir,
Não importando de que forma seja
Em contraponto a um viver mais sentido,
A tocar todas as cordas da existência humana!

 A práxis humana,
Processo pelo qual uma teoria,
Lição ou habilidade é executada ou praticada,
Convertendo-se em parte da experiência vivida
Para alguns se convertendo,
No comportamento do indivíduo,
Fundamentado na aristotélica virtude,
Ladeado aos valores pessoais, ethos, denominados,
Sendo elementos determinantes das humanas ações,
A acrescentar a importância dos costumes,
Para a criação e formação dos nossos cotidianos hábitos,
Baseados em uma finalidade
Destacando a cultura como a porta de entrada na ética,
Por meio da formulação de seus valores,
Para a criação do hábito
Afamada práxis
A funcionar nos corporativos sistemas!

Pena que o proceder atual é riquezas acumular,
Sem considerar a interioridade do ser,
O ter, em sendo mais significando que o ser!
A desfrutar de prazeres efêmeros
Em se desconsiderando,
A maior das felicidades,
Que é o poder se entender,
Ou pelo menos tentar compreender,
Que não será possível a tudo saber!
E assim,
As palavras vão encontrando seu caminho,
E um belo sentido,
A preencher as anteriores folhas em branco
Riqueza de aprendizado,
A escola da vida, em seu contínuo aprendizado,
A mostrar que nem tudo é como parecer ser,
Que o ser humano é complexo demais para ser rotulado
Por isto grupinhos,
Nunca boas impressões deixaram,
Amigos sim,
Quanto aos ajuntamentos, não!

As pessoas tem que ser livres,
Para escolherem os caminhos a trilhar
Como nos dizeres da maior cidade do país: Non ducor duco!
Pois não sou conduzida e sim conduzo
Conduzo os meus passos,
Direcionando-me para onde quero ir
Embora não possa determinar,
Acaso, se conseguirei completar a jornada,
Ou onde irei chegar
Mas ao menos posso auto determinar minha vida
Deixar apenas de ser tomada pelos acontecimentos,
Determinando desta forma,
Como minha vida seguirá
Assim que quero e assim será!
E as palavras a sempre enfeitarem o caminho
E as imagens a perfumarem os meus passos
Assim que eu quero, e assim será feito!
Assim espero!
E assim,
O temário sem assunto,
Torna-se fonte de assuntos diversos!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

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