Poesias

segunda-feira, 25 de maio de 2020

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 34

CAPÍTULO 34 

No Arembepe, o conhecido paraíso hippie nos anos sessentas, está preservada a pequena Aldeia de Caratingui, com seus casebres de palha, onde mochileiros e aventureiros montavam acampamento.
No auge da fama, recebeu Janis Joplin e Roman Polanski.
A praia tem um trecho de piscinas naturais e outro, ao norte, de mar violento.
Os turistas, animados com a exuberância do lugar, também aproveitaram para visitar a famosa lagoa formada pelo Rio Capivara.
Mais tarde os viajantes foram visitar o Castelo de Garcia d’Avila.
Situado no topo da colina de Tatuapara, as ruínas do século XVI de um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial brasileira.
Este castelo foi construído em 1551, a mando do aventureiro português que batiza o único castelo feudal das Américas.
Depois, os cinco rapazes foram para as Piscinas do Papa-Gente, que fica a dois quilômetros e meio da vila dos pescadores.
Lá piscinas formadas por bancos de coral, são ótimas para um bom mergulho.
No dia seguinte foram visitar a Reserva Ecológica de Sapiranga.
Trata-se de uma área preservada de seiscentos hectares de mata atlântica, com mais de quarenta espécies de orquídeas silvestres, e abrigo de micos, jacarés-de-papo-amarelo, tatus-bolas e veados.
A seguir, os turistas foram conhecer a Base Principal do Projeto Tamar.
Ao lado do farol na vila dos pescadores, tem um pequeno museu, tanques com tartarugas e ninhos de ovos em incubação.
O projeto de proteção às tartarugas marinhas começou em 1980, e já salvou mais de um milhão e meio de filhotes em todo o Brasil.
De setembro à março o litoral norte baiano é a principal área de desova de cinco espécies de tartaruga-marinha em vias de extinção.
Com mais de duzentos quilos, elas botam nas praias mais de cento e cinqüenta ovos tão redondinhos que parecem bolinhas de pingue-pongue.
Após, os turistas, apaixonados pelo litoral da Bahia, resolveram conhecer seu litoral sul.
Quanto chegaram no Morro do São Paulo, os turistas passaram por várias praias, para conhecer a orla do lugar, na Ilha de Tinharé.
Isso por que, são dezesseis quilômetros de águas límpidas, mornas, enfeitadas de corais, sombreadas por árvores à beira-mar, sobretudo coqueiros.
E quanto maior o número de coqueiros, mais virgem vai ficando.
Não passam carros por ali.
Por isso os turistas que visitam a ilha, consideram o lugar, um sossego.
Todavia, quem mora nela e não vive do turismo, considera a avalanche de forasteiros um inferno.
O lugar, já foi vila de pescadores.
Nisso os turistas, aproveitando a beleza do lugar, trataram também de conhecer o Farol do Morro.
A fortaleza, é um somatório da ruína das muralhas construídas em 1631, para proteger a região dos ataques holandeses.
No Mirante do vilarejo, os turistas puderam avistar o morro inteiro, bem como suas praias.
Realmente o lugar é um deslumbre só.
Contudo, os turistas, tendo muito ainda para conhecer, prosseguiram em sua viagem.
Ilhéus, cantada e decantada por Jorge Amado, foi fundada no século XVI.
Aliás, em homenagem a mais famosa personagem da terra, tudo na cidade passou a ter o nome dela.
Porém, a fase de ouro do cacau já passou.
Também não existem mais os coronéis que mandavam e desmandavam na cidade.
Mas os casarões e igrejas que eles financiaram, estão intactos e atraem mais de cento e cinqüenta mil turistas por ano.
De passeio pela região, os viajantes aproveitaram para conhecer a Igreja Matriz de São Jorge dos Ilhéus.
Considerada a construção mais antiga da cidade, foi edificada em 1556, com pedras de cantaria.
Reformada várias vezes, conserva seu estilo colonial e abriga o Museu de Arte Sacra.
Em meio a beleza de sua arquitetura, destaca-se uma imagem secular de São Jorge, e um painel sobre a história de Ilhéus.
Também conheceram a Catedral de São Sebastião.
A construção, de arquitetura imponente e eclética, mistura vitrais coloridos, colunas e abóbodas.
O estilo é neoclássico e a construção, iniciada em 1931, só foi concluída em 1967.
Ao visitarem o Convento de Nossa Senhora da Piedade, puderam vislumbrar uma construção, que erguida no Alto do Ceará, no cume da cidade, domina a paisagem, com sua arquitetura neogótica iluminada de cor-de-rosa à noite.
Durante suas andanças pela cidade, os turistas puderam conhecer ainda, o Palácio do Paranaguá.
Construção neoclássica onde funciona a Prefeitura, foi erguida em 1907 no mesmo local onde existiam as ruínas de um colégio jesuíta.
No Palacete Misael Tavares, os cinco viajantes, conheceram uma construção de estilo neoclássico, preferida do povo da cidade e que virou sede de uma loja maçônica.
Na Casa de Jorge Amado, os turistas, apreciaram uma construção com grandes salões e escadarias, que foi construída na década de vinte, pelo pai do escritor baiano.
Jorge Amado morou ali, e escreveu aos dezenove anos, seu romance de estréia ‘País do Carnaval’.
O lugar é sede da Fundação Cultural, da Academia de Letras e do Instituto Histórico de Ilhéus.
Em seguida os turistas foram visitar o Vesúvio.
Em 1856 foi pastelaria famosa, transformada mais tarde em bar pelos coronéis do cacau.
Virou principal ponto turístico da cidade ao servir de cenário para o romance de Nacib e Gabriela no romance ‘Gabriela, Cravo e Canela’, de Jorge Amado.
Uma das cozinheiras, Dona Neusa, prepara mais de dois mil quibes por dia no verão, e trabalha com os ex-donos Lurdes e Emílio Maron, casal que, segundo se diz em Ilhéus, inspirou as personagens do autor.
Ao vistarem o Bataclã, os turistas se depararam com o abandono.
O lugar, que já fora um famoso cabaré, agora encontra-se em ruínas.
Mais tarde, os turistas foram conhecer a Fazenda Lagoa Pequena.
A fazenda, aberta a visitas, foi cenário da novela ‘Renascer’, da Rede Globo.
Lá se pode conhecer todo o processo de colheita do cacau, que ocorre de novembro à março.
As amêndoas do cacau primeiro, ficam uma semana numa casa de fermentação.
Depois outra, secando em armazéns conhecidos como barcaças.
Com sorte, os turistas puderam ver à pisa do cacau, quando as amêndoas são pisoteadas ao ar livre para perder o bolor.
Os viajantes, aproveitando o passeio, visitaram a Fazenda Primavera.
Trata-se de outra fazenda centenária aberta a visitação.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

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