Poesias

domingo, 31 de maio de 2020

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 42

CAPÍTULO 42

Em passagem pela região do Rio São Francisco, ao passear de barco pelo rio, os cinco viajantes se depararam com um rio impressionante.
Nascido na Serra da Canastra, a cerca de mil metros de altura, logo ao deixar a serra, despenca duzentos metros na Cachoeira Casca d’Anta, desce em degraus e, entre Pirapora – Minas Gerais – e Juazeiro – Bahia – , flui suavemente, permitindo que barcos de todos os tamanhos naveguem suas águas.
E esse era o trecho percorrido até então pelas famosas gaiolas.
Hoje, o Parque Nacional da Serra da Canastra, preserva a nascente do grande rio, guarda vales de excepcional beleza, florestas nativas, campos e, para arrematar, tamanduás, tatus-canastra e lontras, ao vivo, em cores.
O velho Chico, como é conhecido o Rio São Francisco, caminha para o mar, irriga a terra árida e realiza o milagre de dar vida ao sertão.
Quem diria que alguns olhos d’água escondidos pela vegetação baixa e ressecada do Chapadão da Zagaia, Serra da Canastra, Minas Gerais, geraria um dos maiores rios do Brasil, o rio da unidade nacional.
Quatro estados nordestinos recebem suas águas generosas, que atravessam dois mil quilômetros de cerrado, até chegar à caatinga, e serve como divisa entre Minas e Bahia, Bahia e Pernambuco, Bahia e Alagoas, Sergipe e Alagoas.
Por fim, depois de Propriá – Sergipe – e Penedo – Alagoas –, deságua no mar.
É fácil navegar entre Pirapora – Minas Gerais e Juazeiro – Bahia.
Daí para a frente, só incorporando o espírito de aventura de Richard Burton – diplomata e escritor inglês, que se aventurou pela região.
Isso por que, é necessário se aboletar numa canoa e torcer para que tudo dê certo.
O Rio São Francisco, percorre as cidades de Januária, Bom Jesus da Lapa, Xique-Xique, Petrolina, Juazeiro, Propriá e Penedo, mas também as hidrelétricas que produzem seis milhões de kilowatts (Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso, Xingó), além de três milhões de hectares agricultáveis, minas de ferro e ouro, garimpos de diamantes e outras pedras preciosas.
Em se plantando tudo dá, como provam melões, uvas e demais frutas cultivadas na região.
Os turistas encantados, trataram é claro, de verificar a grandiosidade da natureza.
As velhas carrancas que enfeitavam os barcos na região, agora só são encontradas nas lojas de artesanato, já que estes monstros, que com três gemidos avisariam o barqueiro do naufrágio iminente da embarcação, viraram uma disputada peça de decoração.
Porém, voltemos ao rio.
De repente, este é represado no maior lago artificial que existe, o de Sobradinho, dá uma guinada para o leste, e despenca na Cachoeira de Paulo Afonso.
É nesse momento que começa a agonia, da chegada à foz, um território ermo entre Piabaçu e Brejo Grande, três mil e cento e sessenta e um quilômetros depois de deixar a nascente.
Então, o espetáculo principal, consiste em ver, por um bom tempo, aquelas águas barrentas atingirem as águas verdes do mar.
Quando a cor e o sabor da água perdem as características originais, o rio do sertão virou mar.
No entanto, além da beleza do lugar, pode-se também aproveitar, para ouvir muitas de suas lendas.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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