Poesias

segunda-feira, 25 de maio de 2020

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 36

CAPÍTULO 36

No dia seguinte, os cinco rapazes foram visitar a Praia de Taperuã.
A praia, badalada, possuí dezenas de pousadas, quiosques, coqueiros e areia branca.
As barracas Vira Sol e Barramares têm bar, restaurante, lojinhas de artesanato, palco e pista de dança e operam somente durante o dia.
O Vira Sol, tem show diário do travesti Margô, e lugar para duas mil e oitocentas pessoas sentadas.
Barramares, na temporada, tem até posto do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, e atende mil e duzentos turistas, em suas mesas e quiosques na areia.
A atração é Grace Jones, instrutor de lambaeróbica.
A noite é uma criança na barraca Axé Mois, a única que funciona à luz da lua.
Os turistas então se fartaram de tanto se divertir nas inúmeras barracas.
Dias depois, ao passarem por Ponta Grande, souberam apreciar o sossego do lugar.
A praia, de ondas fracas e areia grossa, juntamente com as Barracas Ponta Grande e Porto Paraíso, pequenas e tranqüilas, são um convite ao descanso.
Ao se aproximarem do Clube de Ultraleve, Lúcio e Fábio, decidiram fazer um passeio de ultraleve pela orla marítima.
Mais tarde os cinco forasteiros, animados com a viagem, resolveram aproveitar o Carnaval da cidade.
Lá trios elétricos, blocos e cordões levam de arrastão milhares de turistas na Passarela do Álcool e nas barracas das praias.
Ademais, as frenéticas sessões coletivas de lambaeróbica, nas barracas gigantes à beira-mar, e a passarela do álcool, com uma fileira quilométrica de barzinhos, ajudam a agitar a cidade.
Com isso, mesmo com a invasão de turistas, a cidade preserva paisagens intocadas, quase como eram na época do descobrimento.
Na cidade existe até um ambicioso projeto para criar um museu a céu aberto protegendo uma área de quase mil quilômetros quadrados.
Nisso, os turistas, aproveitando os ares da região, foram conhecer o Parque Nacional de Monte Pascoal.
O monte, redondo e com quinhentos e trinta e seis metros de altura, foi o primeiro ponto de terra firme avistado pela esquadra de Cabral em 1500.
Além disso, uma área de vinte e dois mil e quinhentos hectares ao redor, virou parque nacional em 1961 – um dos últimos trechos de mata atlântica do Nordeste –, tem restinga, mangue, litoral selvagem e uma reserva dos índios pataxós.
Ao passarem por Santa Cruz Cabrália, os turistas visitaram o local, onde segundo os historiadores, foi realizada a primeira missa no Brasil.
Lá, passando pela região os turistas conheceram os índios pataxós que continuam no local, agora vendendo artesanato.
Além disso, passeando pela região, os turistas puderam conhecer a Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Construída em 1630, no alto do morro, o lugar é conhecido como mirante da coroa e oferece a vista mais bonita da foz do Rio João de Tiba e das praias.
Mais tarde, ao conhecerem a Praia da Coroa Vermelha, os turistas avistaram uma cruz de pau-brasil que marca o local oficial da primeira missa rezada pelo frei Henrique de Coimbra.
Ao lado da praça, fica a aldeia dos índios pataxós.
Itambé, venerável ex-cacique e aprendiz de pajé, capricha nos colares, arcos e flechas.
Aproveitando o passeio, os turistas mais do que depressa, realizaram um passeio de escuna pelo Rio João de Tiba.
O barco vai do cais até as piscinas e aquários naturais da Coroa Alta, formação de corais e de areia amarelada a dezesseis quilômetros.
Ao passarem pela Ilha do Paraíso, os turistas resolveram dar uma parada para comprar alguns quindins, com Dona Ivone.
No Arraial da Ajuda, os turistas se deslumbraram com suas praias selvagens e clima de liberdade.
Ao visitarem a aldeia colonial, construída pelos jesuítas, constataram que o local é bastante sofisticado.
Centro de turismo elegante, já deixou muitos famosos de boca aberta.
Isso em razão de um bom punhado de belezas naturais, uma boa porção de simplicidade e uma boa pitada de exotismo.
A começar pela travessia de balsa pelo rio Buranhém, que a separa de Porto Seguro, o passeio é um espetáculo à parte.
Com isso, prosseguindo com o passeio, nos telhados das casas e barracas feitas de tabuinhas – que ficam prateados à luz do sol –, os viajantes puderam se deslumbrar com a criatividade de seus moradores.
Além disso, aproveitando as festas que animam as madrugadas, perceberam que lá, todo dia é dia de festa.
Ademais, curtindo o passeio pela região, visitaram a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda.
Pequena e rústica, foi construída no alto do morro pelos jesuítas em 1549.
Cercada pelo casario do século XVI, foi lá que, em 1550, o Padre Manoel da Nóbrega celebrou a Primeira Missa do Galo no Brasil.
Atrás da igreja, encostada no morro, uma pequena capela abriga duchas com água da fonte milagrosa, que jorra desde o início da povoação.
No dia 15 de agosto, vira centro de festa para romeiros, que vão tomar banho e pagar promessas.
Mais tarde, aproveitando para se refrescarem, os turistas foram visitar a Praia do Mucugê.
Com piscinas naturais formadas por arrecifes, é a mais movimentada e popular, com muitos bares, pousadas e camping.
Na temporada a Barraca do Parracho é reduto de jovens, quando seus luaus agitam todas as noites.
Depois, foram passear na Praia da Pitinga.
Esta enseada de águas verdes e transparentes, é freqüentada pela fina flor do Arraial e por pessoas chiques.
Na Barraca do Pitinga, os cinco rapazes saborearam peixe na telha, camarão na moranga, ostras e lambretas (espécie de marisco).
Na Praia da Lagoa Azul, os turistas empreenderam uma longa caminhada que começou pela Praia do Taípe.
A praia, encravada nas falésias, possuí uma lagoa que é um poço de água doce muito azul.
Os rapazes então, aproveitando o passeio, fizeram uma mascára de lama no rosto e depois mergulharam na lama.
Pronto, se era verdade o que diziam, a lama seria muito benéfica para a pele dos cinco viajantes.
Mais tarde, voltaram a Praia do Taípe.
Praticamente deserta, possuí falésias de mais de vinte metros, areias douradas e águas cristalinas.
No dia seguinte, visitaram o Bróduei.
Em frente a pracinha da igreja, tem cinqüenta metros de calçadão com bares e mesinhas na rua.
Por fim, visitaram a Galeria e Beco das Cores.
Essas duas galerias, reúnem lojas, bares, restaurantes e os agitos da noite.
Os turistas, ao cearam no Beco das Cores, puderam apreciar o Cine-Bar, que exibe filmes cult e serve drinques, para uma seleta platéia de setenta pessoas.
Ao chegarem em Trancoso, os turistas logo vislumbraram o vilarejo construído pelos jesuítas no século XVI.
Intacto, nos remete as páginas alvissareiras da histórias.
A impressão que se tem é que o Padre José de Anchieta pode reaparecer a qualquer momento.
Trancoso realmente, esnoba os forasteiros.
Quando chove, nenhuma excursão chega até suas praias desertas e selvagens, vestidas de coqueiros, falésias avermelhadas e água que transitam entre os tons esmeralda e turquesa.
No Quadrado, os rapazes constataram que a praça principal é na verdade um enorme retângulo gramado, com dois campos de futebol dominando o platô onde se ergue o povoado.
Ao redor, um pitoresco casario colorido do século dezessete, com mangueiras, cajazeiros e cajueiros sombreando bancos e mesinhas dos barzinhos e restaurantes.
No alto do platô, branquinha e pequenina, vê-se a Igreja de São João, erguida pelos jesuítas em 1656.
Na Praia dos Nativos, os viajantes se depararam com uma belíssima paisagem.
Cenário de coqueiros e areia dourada.
Gal Costa é uma de suas ilustres moradoras.
Na Praia dos Coqueiros, o Rio Trancoso corre paralelo à praia.
Em sua ponta final – Itaquena –, muitos turistas nadam pelados.
Aos 20 de janeiro os turistas puderam apreciar a Puxada do Mastro.
Conhecida Festa de São Sebastião, é nela que o mastro é carregado nos ombros dos homens por toda a vila.
As mulheres dançam e cantam hinos de louvor na porta da Igreja de São João, onde o mastro é fincado.
Mais tarde os turistas, foram comprar lhambeques, sereias, gnomos e peixes do ateliê de cerâmica do Calá, na Praça do Quadrado.
Antigo paraíso de mochileiros e de hippies, o lugar se sofisticou.
Entre os seus quatro mil habitantes, estão artistas, músicos, estrangeiros, muitos paulistas e mineiros.
Em Caraíva, os turistas conheceram uma bela região incrustada entre o Rio Caraíva e a reserva dos índios pataxós.
Primitivo, o vilarejo colonial não tem energia elétrica nem telefone, mas atrai aventureiros pela beleza de sua praia.
A infra-estrutura é simples, com algumas pousadas.
Mas os turistas, ao se depararem com as belezas da região, nem se importaram com isso.
Assim, que puderam, trataram logo de tomar um banho de mar.
À noite se acabaram dançando forró.
Na Ponta do Corumbau.
Os turistas conheceram a ponta de areia, que avança pelo mar azul-turquesa e desponta como um novo paraíso dos andarilhos, e dos amantes da natureza.
Muito procurado para mergulhos e pesca submarina.
A vila é totalmente isolada e ainda mais simples do que Caraíva.
Lá chega-se a pé, ou de barco.
O lugar possuí um único e simpático hotel.
Além disso, como lá não tem restaurantes, come-se na casa dos pescadores.
Com isso, os turistas, aconselhados pelos caiçaras, trataram logo de comprar os chapéus confeccionados por eles.
Quando são novos, os chapéus são bem verdinhos.
Com o tempo, vão secando e ficando ainda mais bonitos.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

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