CAPÍTULO 10
Depois, passou a narrar a lenda da Flor-do-Mato.
Segundo ele, este é um dos nomes do Caipora-fêmea no folclore da Paraíba.
Tem os mesmos atributos de guiar a caça e gostar de fumo.
Só favorece ao pobre caçador, quando por sua vez se vê beneficiada em alguma coisa.
Não o sendo, fica irada, e se vinga escondendo a caça, afugentando-a para longe, gostando de brincar, debicando ou fazendo com que o homem se canse e nada consiga.
Depois assobia, vaiando.
Chega até a dar boas e gostosas gargalhadas de deboche...
Para fazê-la mansa, para fazer flor (boa e ajudando gente), é necessário levar no bornal uma lembrança, que se bota num pé de pau e ela vai buscar.
E como se sabe que Flor-do-Mato gosta muito de fumo mapinguinho, o fumo é sempre o que se leva.
Esse mito da mata se apresenta como se fora uma menina de doze anos, toda simpatia, com os cabelos louros e estirados, aparecendo mais comumente nos tabuleiros, quando sai dos seus domínios à procura de mangabas e ameixas adstringentes.
É sempre vista pelos caçadores.
Em geral estes votam-lhe grande admiração e respeito.
As exceções constituem aqueles que se utilizam de pimenta.
É coisa que aborrece Flor-do-Mato.
Mas ela sabe vingar-se.
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário