CAPÍTULO 32
Assim, em de passagem pela maravilhosa região do Nordeste, Fábio, Felipe, Flávio, Lúcio e Agemiro, visitaram a Bahia.
Caminhando pelo Pelourinho, os turistas conheceram o maior conjunto colonial da América Latina, considerado Patrimônio Cultural da Humanidade.
Restaurado e novinho em folha, o Pelô exibe trezentas e cinqüenta e quatro construções dos séculos dezessete e dezenove restauradas.
À noite é programa obrigatório.
Perambulando pelas ladeiras, os turistas puderam ver praças e calçadas repletas de atrações musicais.
Por sorte nesse dia, os cinco turistas afortunados, encontraram alguns músicos e grupos famosos da região.
No dia seguinte, foram mais do que depressa visitar a Catedral Basílica, na Praça Terreiro de Jesus.
Construída em cantaria de lioz de Lisboa, é portuguesinha da silva.
Em uma das celas da catedral, morreu no dia 18 de julho de 1697, o veemente Padre Vieira, cujos sermões o levaram à condenação pela Santa Inquisição.
Porém, a pena final foi anulada.
Ademais, a cadeira de jacarandá, na qual ele costumava meditar, retornará à sacristia assim que terminar a atual reforma.
Em seguida, os turistas visitaram a Igreja e Convento de São Francisco, na Praça José de Anchieta.
A construção é uma das mais ricas e espetaculares igrejas do Brasil, prova definitiva de que a fé – ser humilde na reverência –, cobre-se de ouro para demonstrar no que se crê, se glorifica ou se teme.
A fachada barroca de 1723, esconde verdadeiros tesouros em seu interior.
Nele, painéis portugueses reproduzem a lenda do nascimento de São Francisco, e sua renúncia aos bens materiais.
A nave central, cortada por outra menor, forma a cruz do Senhor.
As pinturas do forro têm a forma de estrelas, hexágonos, octógonos, e exaltam Nossa Senhora.
Na sacristia, há dezoito painéis a óleo sobre a vida de São Francisco.
Os dois púlpitos laterais são talhados com folhas de videira, pássaros e frutos colhidos por meninos e recobertos de ouro.
Com isso, depois de se encantarem os detalhes arquitetônicos e estéticos da igreja, os turistas foram visitar mais duas igrejas.
A primeira, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, é vizinha da outra Igreja de São Francisco, que é de 1702.
A fachada recuada e exuberante, remete ao barroco espanhol.
Suas belas pinturas nos tetos, criadas em 1831 por Franco Velasco, são magníficas.
No convento há painéis de azulejos que retratam as núpcias do filho primogênito de Dom João V, o infante Dom José, realizadas em 1729, e como era Lisboa antes do terremoto de 1755.
A segunda, foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no largo do Pelourinho.
Esta igreja foi construída, em homenagem aos escravos, que suavam de dia servindo aos amos, e à noite servindo a Deus.
Por conta disso surgiu a igreja, em 1710, tingindo de azul o coração do Pelourinho.
Nesta construção, estão três imagens do século XVIII, de Nossa Senhora do Rosário de Cartegerona e de São Benedito.
O retábulo do altar-mor é obra prima do entalhador João Simão de Souza.
Nos fundos da igreja, há um antigo cemitério de escravos.
Após, foram conhecer a Fundação Casa de Jorge Amado.
Situada no Largo do Pelourinho, possuí em seu acervo, comendas, documentos, filmes, vídeos, fotos e edições de seus livros, publicados em sessenta países dos cinco continentes.
Em seguida, ao visitarem o Museu da Cidade, os turistas admiraram figuras do candomblé em tamanho natural, além de carrancas e obras de Castro Alves.
Na Casa de Benin, também no Largo do Pelourinho, os turistas apreciaram o exterior colonial da construção.
Depois, ao entrarem na casa, constataram que seu interior, concebido por Lina Bo Bardi, era totalmente diferente da fachada externa.
Isso por que, preocupada em mostrar os laços que ligam a África a Bahia, a arquiteta criou um ambiente totalmente inovador.
Nesse local está uma coleção de artesanato só encontrado em Cotonou, República Popular do Benin.
Depois, os turistas foram conhecer o Museu Abelardo Rodrigues.
Pérola arquitetônica de 1701, o Solar do Ferrão guarda um tesouro artístico.
São mais de oitocentas peças de Abelardo Rodrigues.
Ao visitarem a Antiga Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus, os turistas puderam conhecer a primeira escola de medicina do Brasil.
Nesse local, serviu como bedel, a personagem de Pedro Arcanjo, do livro ‘Tenda dos Milagres’, de Jorge Amado.
Este local também abriga três museus.
No Museu Afro-Brasileiro, repleto de arte sacra africana, afro-brasileira e vinte e sete painéis de Carybé sobre os orixás.
Já ao Museu de Arqueologia e Etnologia, inúmeras pinturas, objetos, fotos e funerárias indígenas, compõe seu acervo.
Por fim, no Memorial de Medicina, há livros e teses sobre o tema.
Mais tarde, os turistas, encantados com a beleza da cidade, foram conhecer a famosa Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.
A mais popular igreja baiana foi concluída em 1772.
Cem anos depois, ganhou azulejos brancos portugueses.
Situada numa colina, é cantada pelos fiéis, que a reconhecem como sagrada.
Sua fachada é rococó e o interior neoclássico.
Os anjos, os homens e as nuvens cósmicas do teto foram pintados entre 1818 e 1820, por Franco Velasco, o mesmo que pintou o retrato de Dom Pedro I, quando ele foi à Bahia em 1826.
No altar-mor, a imagem de Nosso Senhor do Bonfim – o santo que cura doenças, salva vidas.
O testemunho de seus poderes está na Sala dos Milagres, um museu de ex-votos, com cabeças, pernas e braços de cera, madeira, ouro, prata e pedras preciosas.
A voz que canta é a da zeladora e soprano do coral da igreja, Conceição da Silva, que está treinando para a missa de domingo.
Na rua, é infernal o assédio dos vendedores de fitinha de Nosso Senhor do Bonfim.
Nisso, os turistas, interessados em conhecerem mais lugares da cidade, foram visitar a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia.
Esta igreja, levou oitenta e um anos para ser montada.
Em 1739, decidiu-se erguer uma igreja com pedras de cantaria portuguesa, que chegariam numeradas de Lisboa, para evitar confusão.
Nisso o mestre-de-obra começou a montar o quebra-cabeça, mas as peças custaram tanto a chegar, que ele morreu de velho.
Em virtude disso, o filho do velho continuou a construção, e também morreu de velho.
Assim, só em 1820, o filho do filho acabou o trabalho.
Na Capela Santo Cristo, está a sepultura de irmã Dulce.
Ao saberem disso, os turistas ficaram encantados.
No Mosteiro de São Bento, os turistas admiraram a igreja que guarda duas belas imagens em tamanho natural, de Nossa Senhora das Angústias e do Senhor Morto.
O mosteiro tem uma das maiores bibliotecas do Brasil, trezentos mil volumes.
Entre as raridades, incunábulos (livros do início da arte da impressão) e um Evangelho de 1504.
Ao visitarem o Museu de Arte Sacra, os turistas puderam apreciar uma das maiores coleções de arte sacra do país.
Lá viram esculturas de Frei Agostinho da Piedade, entre elas a de ‘São Pedro Arrependido’.
No dia seguinte, visitaram o Museu de Arte Moderna.
A arquiteta Lina Bo Bardi restaurou o Solar do Unhão, do século XVI, e o trouxe de volta ao século XXI.
Nele estão expostas telas de Di Cavalcanti e Cândido Portinari.
No Museu da Ordem Terceira do Carmo.
Os cinco viajantes admiraram a prataria do século XVII ao XIX.
Destaque para ‘Cristo Atado à Coluna’.
A seguir, passeando pelas ruas da cidade, avistaram o Elevador Lacerda, e foram logo fazer um passeio nele.
O famoso elevador, com suas quatro cabines, interliga desde 1930 os setenta de dois metros da Praça Tomé de Souze, na cidade alta à Praça Cairu, na cidade baixa.
O sobe e desce, carrega vinte e oito mil pessoas por dia.
No Mercado Modelo, ainda na Praça Cairu, os turistas, admiraram a construção, que desde 1971, abriga o comércio.
Suas fachadas amarelas, já serviram como entreposto comercial.
Em 1984, pegou fogo e foi reformado.
O famoso mercado, possuí mais de trezentas barracas, onde se pode comprar desde artesanato e arte baiana, até freqüentar, restaurantes.
Lá tem dois, o Maria de São Pedro e Camafeu de Oxossi.
No espaço onde fica o mercado, tem ainda, bares com bebidas típicas e tira gosto.
As arcadas descobertas no porão, estão abertas ao público.
Do lado de fora, tem samba de roda e capoeira.
Em seguida, os cinco rapazes foram visitar o Forte de São Marcelo.
Originalmente construído em madeira em 1549, para encarar os holandeses, foi todo reconstruído em alvenaria em 1624.
Em 1650 ganhou a definitiva forma circular.
Seu principal acesso, é feito por barco na Praça Cairu.
Passeio este, que os turistas mais do que interessados, fizeram.
Depois, foram visitar outro forte, o Forte de Mont Serrat.
Compõe-se de um hexágono irregular, construído entre 1583 e 1587, e é uma das mais importantes obras militares do Brasil colônia.
Posição estratégica: no alto do outeiro, fecha a Baía de Todos os Santos.
O local, sede do Museu da Armaria, possuí canhões e metralhadoras da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.
Mais tarde, foram conhecer o Forte de Santo Antonio da Barra.
Primeira fortaleza erguida na entrada da baía.
Abriga o Museu Hidrográfico – que possuí em seu acervo mapas e maquetes de navios antigos.
De passagem pela Praia do Flamengo, os cinco turistas mais do que depressa, foram mergulhar em suas águas.
A praia, localizada depois do Farol de Itapuã, possuí coqueiros, recifes, dunas e ondas fortes para os surfistas.
É a mais procurada pelos turistas.
Em Stella Maris, seu trecho final, é bem badalada.
Os turistas, ao saberem disso, combinaram de no dia seguinte, visitar esse trecho da praia.
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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