Poesias

terça-feira, 26 de maio de 2020

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 37

CAPÍTULO 37

Em Abrolhos, os turistas, encantados com a beleza da região, mergulharam de cabeça num imenso aquário azul.
Detentor da maior diversidade de corais do Brasil, o seu mar é um deslumbre.
De julho a outubro, as acrobáticas baleias jubarte namoram na região e lá mesmo se acasalam.
O ano inteiro, cardumes de sardinhas, manjubas, meros, garoupas, caçõezinhos e budiões, desfilam diante dos olhares intrusos.
Colorindo tudo surgem pequenos parus marron-dourados, frades negros com pintas amarelas, paulistinhas listados de azul e amarelo, lancetas azuis brilhantes e ciliares transparantes como o vidro.
Além disso, o coral-de-fogo, vermelho, branco e laranja, forma verdadeiras esculturas, as quais podem ser apreciadas mesmo de longe.
De repente, lá vem a barracuda, feia que assusta, com o maxilar inferior maior que o superior e couro feito um escudo.
Não ataca, mas os turistas ao verem-na saíram nadando assustados.
Traiçoeiro é mangangá.
Imóvel, camuflado à semelhança de uma pedra, ao ser pisado, este peixe injeta um veneno dorido em sua vítima.
Por isso se faz necessário o equipamento de mergulho.
Abrolhos tem esse nome, por que os portugueses, ao navegarem nesse trecho repleto de recifes, alertavam aos que nunca tinham vindo por estes mares navegado:
‘Quero que quando te aproximares da terra, abra bem os olhos’.
Com o acento típico dos portugueses, a expressão ‘abra os olhos’, acabou dando nome ao lugar.
Dias depois, ao passearem pela Chapada Diamantina, conheceram um lugar repleto de cachoeiras cristalinas, grutas, cavernas, morros esculpidos em pedra e matas densas enfeitadas de orquídeas.
Quando chove por lá – e caí tempestade grossa –, os riachos brotam nos pés da serra e serpenteiam vales e montanhas perfumadas pelas flores.
Em 1985, os cento e cinqüenta e dois hectares da Serra do Sincorá, viraram parque nacional.
Nesse lugar contudo, a maior atração é a cachoeira da Fumaça.
Em quatrocentos metros de queda livre, a água dança com a força do vento e seus jatos produzem sucessivos arco-íris.
Na região de Lençóis, conheceram a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário.
Construída sobre pedras, exibe imagens barrocas.
No Casario da Rua Sete de Setembro, herança do ciclo do ouro, no qual está o sobrado onde funcionou o Consulado da França.
Na Gruta do Lapão, está uma das maiores cavernas de quartzito do Brasil, com belíssimos salões e galerias.
Cautelosos e sequiosos por conhecer a região, os turistas levaram lanternas para a aventura.
No Salão de Areias, uma gruta rochosa multicolorida, estão as mais belas areias utilizadas em artesanato (as quais são utilizadas para fazer desenhos dentro de garrafas).
Em Serrano, antigo garimpo, os turistas conheceram crateras que são deliciosos piscinões.
Já no Ribeirão do Meio, visitaram um tobogã natural de águas límpidas.
Em Cachoeirinha, conheceram inúmeras e lindíssimas cachoeiras.
No Rio Mucugezinho, os turistas puderam se banhar e fazer mergulhos nos tobogãs próximos ao Poço do Diabo, a quatro quilômetros da cidade.
Na Cachoeira do Sossego, num cânion do Rio Ribeirão, avistaram uma linda região, cercada de verde por todos os lados.
Já na Praia Zaidã, uma conhecida Prainha do Rio São José, bem na entrada da cidade, os turistas puderam se divertir em suas águas.
Na Gruta Azul, a setenta quilômetros de Lençóis, o Rio Branco avança sobre a montanha na Gruta Pratinha.
Suas águas, refletidas pelo sol, ficam imensamente azuis.
De passeio pela região, assistiram a Festa de Xangô, em homenagem a São Cosme e a São Damião.
Na Marujada, grupos vestidos de marinheiros dançam alternando passos e marchas.
É um espetáculo inesquecível!
Na Festa Rei de Bois, grupos fantasiados de bichos e comandados pelo ‘boi’, visitam as casas da cidade cantando e dançando, ao ritmo de uma bandinha.
Mais tarde, os viajantes aproveitaram para comprar esculturas de pedra dos estudantes da Oficina da Arte, e as garrafas de areia dos artesãos da cidade.
Na região do Rio de Contas, os turistas visitaram a Igreja da Matriz.
Ao lá chegarem, os turistas viram as pinturas da nave central e as peças de carpintaria.
Uma beleza!
No Prédio da Cadeia, os viajantes conheceram histórias horripilantes do prédio onde funcionou a mais temida prisão baiana.
Ao visitarem o Arquivo Municipal, os cinco rapazes conheceram os originais de provisões reais, pregões de venda de escravos, e cartas de alforria.
No Teatro São Carlos, o mais antigo do Estado, os viajantes, puderam ver seu palco, onde se apresentaram, nos idos de 30, companhias francesas e italianas.
Ao passarem pelo Arraial da Barra, os turistas conheceram um antigo quilombo.
Lá o povoado preserva muito de sua cultura original.
No Povoado de Mato Grosso, habitado por descendentes de portugueses, os turistas puderam conhecer pessoas que lutam para preservar sua cultura original.
Em Cachoeiras do Fraga, os cinco rapazes avistaram uma sucessão de quedas e corredeiras formadas pelo Rio Brumado.
Já em Curriola, num dos trechos do Rio Brumado.
Os turistas puderam descansar e fazer um piquenique.
Lá há área para camping e muito o que se ver.
No Pico das Almas, haja energia para escalar seus dois mil metros.
Porém, a despeito da altura, dá para subir e ir se refrescando nas muitas nascentes de montanhas.
Os cinco rapazes, cautelosos, antes de partirem para o passeio, trataram logo de contratar um guia.
No Mirante do Bittencout, os viajantes puderam fazer caminhadas ecológicas.
Não bastasse o passeio, ao chegarem no mirante propriamente dito, puderam ter uma bela vista da região.
No Alambique de Abaíra, os turistas aproveitaram para beber um pouco.
Depois, foram assistir a Festa da Pastorinha.
Lá, meninas vestidas de camponesas louvam o Deus-menino na matriz local.
Mais tarde, acompanhadas de uma bandinha, visitam de casa em casa, os presépios domésticos.
Na Festa do Bom Jesus do Morro, os viajantes puderam observar a romaria à Igrejinha de Bom Jesus do Morro.
Dias depois, na Festa de Santana, participaram de novenas, leilões, procissão e queima de fogos em louvor a Nossa Senhora de Santana.
Na Festa do Santíssimo Sacramento, na véspera de Corpus Christi, ocorre um concerto da Filarmônica Lira dos Artistas, e leilão na porta da matriz.
No dia de Corpus Christi, acontece a missa ao alvorecer e procissão pelas ruas atapetadas de flores à tarde.
Após, os viajantes foram comprar calçados e jóias confeccionadas por ourives nas casas dos artesãos locais.
Em Mucugê, os turistas foram ver o Vale Monte Azul.
Na Serra Continguibá, é um refúgio para os descolados, especialmente para os casais de namorados.
Na Cachoeira da Sandália Bordada, no Rio Mucugê, os viajantes puderam constatar que este parece um rio invertido, onde em suas margens, florescem de bromélias à orquídeas.
Por fim, os turistas foram conhecer o Cemitério de Mucugê.
Lá, seus túmulos são erguidos na rocha.
Por isso, tem-se a impressão de se estar num reduto bizantino.
Em Palmeiras, os turistas foram conhecer o Morro do Pai Inácio.
Considerado o cartão postal da Chapada.
No mirante, a mil e duzentos metros, pode-se ver boa parte da região.
Ao conhecerem o Morrão do Tambor, os turistas se depararam com encostas íngremes, mas, dispostos a encarar o desafio, puderam mais tarde, para espantar o cansaço, tomar um belo banho no lago, que fica no topo do morro.
Na Cachoeira da Fumaça, os turistas se deslumbraram com uma corrente de água de quatrocentos metros que mal toca o solo: vaporiza-se na queda.
Além disso, os ventos constantes produzem verdadeiros chuveiros naturais.
Na Cachoeira do Riachinho, com quinze metros de queda, os turistas puderam se banhar em águas que formam uma verdadeira piscina natural.
Ao visitarem a Torre do Castelo, Morro na Serra do Esbarrancado, os turistas tiveram que caminhar por uma trilha do Riacho de Água Boa para chegar ao topo.
Já, na Praia do Rio Grande, os turistas puderam admirar, águas ferruginosas mas transparentes.
Por fim, assistiram ao Baile Pastoril.
Lá, artistas locais dramatizam a adoração dos Reis Magos ao menino Jesus.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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