Poesias

domingo, 29 de março de 2020

Varre, varre vassourinha. Varre, varre a bandalheira...

No ano de 1961, o ex-governador paulista Jânio Quadros, tomou posse em janeiro.
Defendeu uma política externa independente, e a defesa da soberania nacional.
Adotou a política de austeridade econômica ditada pelo FMI, restringiu o crédito e congelou salários.
Na tentativa de fortalecer sua autoridade, iniciou campanha de descrédito dos políticos, mas renunciou em 25 de agosto, num gesto nunca explicado inteiramente.
Os setores militares e políticos não admitiram entregar o poder ao Vice-Presidente, João Goulart, por suas posições mais de esquerda.
Sua posse só foi aceita, com a condição de o Congresso instituir o Parlamentarismo.
A Constituição de 1946, foi reformada e estabeleceu esse regime de governo.
Reduziram-se assim, as prerrogativas do Presidente, e o governo passou a ser exercido pelo Gabinete Ministerial, chefiado por um Primeiro-Ministro.
João Goulart aceitou a solução.
Aceitou porque não tinha saída.
O então Vice-Presidente da República João Goulart, conhecido como Jango, assumiu então o poder.
Tudo em razão da renúncia de Jânio Quadros, causada por pressões militares.
Contudo, antes de Jânio Quadros renunciar ao governo, tentou articular um golpe.
Porém, o mesmo não deu resultado.
Por isso, ao renunciar, Jânio Quadros, creditou à forças o cultas sua renúncia.
Em razão disso, Jango, assumiu o cargo.
Todavia, após algum tempo, ele foi deposto pelos militares, que antes mesmo de tomar posse, já o queriam longe da presidência do país.
Por isso mesmo, os militares tentaram impedir sua posse, enquanto ele estava de viagem a China comunista.
Até mesmo, Jânio Quadros no seu governo, também teve atitudes suspeitas em relação aos comunistas, pois condecorou Che Guevara o líder da Revolução Cubana.
A elite brasileira também não gostou dos comentários elogiosos feitos por Jango, ao governo da China, e assim, não queriam-no na Presidência, em substituíção a Jânio Quadros.
Contudo a despeito de tudo isso, Jango governou o país.
Todavia, João Goulart teve que governar sob pressão durante todo o governo.
Quando finalmente tomou posse, teve aceitar governar o país nos moldes do regime parlamentarista, ou seja, não poderia governar livremente.
Seu governo teria a interferência das autoridades militares.
Mas esta era uma medida provisória.
Isso por que, poderia haver um plebiscito que mudasse a forma de governo, e foi isso que aconteceu.
Em razão da votação, voltou o Regime Presidencialista.
Com isso Jango, executou seu programa de Reformas de Base, tentou a estabilização econômica, mas sua medida de estabilização salarial era impopular, e ele cada vez mais precisava desse apoio, pois a elite não lhe dava respaldo político e os militares o pressionavam cada vez mais.
Com o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social, enfrentou oposição no Congresso e desconfiança do empresariado nacional.
Diante disso, Jango tentou mobilizar a população.
Com as Reformas de Base – agrária, bancária, tributária, fiscal e administrativa, entre outras –, tratadas como essenciais ao desenvolvimento nacional, foi responsabilizado pela carestia e pelo desabastecimento pela oposição.
Não bastasse isso, essa mesma o posição o acusava de preparar um golpe comunista.
Por esta razão, o Presidente João Goulart promoveu um grande comício em frente a Estação Ferroviária Central do Brasil, no Rio de Janeiro, aos 13 de março de 1964, com a presença de 30 mil pessoas.
Seis dias depois, seus adversários reagiram, com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
A tensão cresceu.
No dia 31, tropas de Minas Gerais e São Paulo avaçaram sobre o Rio, onde o governo tinha apoio das Forças Armadas.
Assim, o Golpe Militar destituiu o governo e implantou o Regime Militar.
Com isso, João Goulart se refugiou no Uruguai.
Quanto a esse aspecto, há muito tempo os militares planejavam o golpe.
Jango tentou resistir, mas não havia mais nada a ser feito.
Essa foi a denominada Revolução de 64.

Luciana Celestino dos Santos
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