Poesias

sábado, 14 de março de 2020

A Intentona Comunista

Em 1935, ex-tenentes, comunistas, socialistas, líderes sindicais e liberais, excluídos do poder, criam no Rio de Janeiro a Aliança Nacional Libertadora (ANL).
Lideranças políticas democráticas e de esquerda, reproduziram o modelo das frentes populares européias, para enfrentar o Facismo na Europa, e o Integralismo no Brasil.
A ANL aprovou um programa de reformas sociais, econômicas e políticas, que incluíam o aumento de salário, nacionalização das empresas estrangeiras, proteção ao pequeno e médio empresário, e defesa da liberdade pública.
Luís Carlos Prestes, foi convidado para a Presidência de Honra da organização.
Aproveitando o apoio popular à causa antifacista, Prestes lançou um manifesto, pedindo a renúncia de Getúlio Vargas.
O governo reagiu, decretando a ilegalidade da Aliança, que, impedida de atuar publicamente, se enfraqueceu.
O presidente manteve o país sob Estado de Sítio, com suspensão dos direitos constitucionais, e forte repressão policial, justificadas como defesa do país, contra o Comunismo.
Nisso, no mesmo ano, o Partido Comunista Brasileiro (PCB), com a ajuda de Luís Carlos Prestes e a adesão de simpatizantes, em importantes unidades do exército, preparou uma rebelião político-militar.
A intenção era derrubar o Presidente Getúlio Vargas, e instalar um governo de caráter socialista.
O levante nos quartéis, seria o sinal para um levante geral, e o início da revolução popular.
A revolta, que ficou conhecida pelo termo depreciativo, como Intentona Comunista (Intentona – vem de evento louco e irresponsável), começou precipitadamente nas cidades de Natal (capital do Rio Grande do Norte) e do Recife (capital de Pernambuco), nos dias 23 e 24 de novembro de 1935.
Isso fez com que os líderes do movimento, apressassem a mobilização no Rio de Janeiro.
O palco das revoltas foi o 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha, e a Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos, na madrugada do dia 27.
No entanto, o governo estava preparado.
Com o apoio das Forças Armadas, dominou os rebeldes no mesmo dia.
Com isso, revoltosos e simpatizantes foram perseguidos e presos, em todo o país.
Alguns líderes, foram torturados e mortos.
Prestes, ficou na prisão entre os anos de 1936 à 1945.
Sua mulher, a judia alemã Olga Benário, mesmo grávida, foi entregue à polícia da Alemanha nazista, a Gestapo, e morreu num campo de concentração daquele país, em 1942, algum tempo depois de dar à luz uma menina.

Luciana Celestino dos Santos
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