A seguir, eclodiu a Revolução de 30, ocorrida no mesmo ano.
Tratava-se de um movimento político-militar que derrubou o Presidente Washington
Luís, e acabou com a República Velha, levando Getúlio Vargas ao poder.
Durante a década de 20, a mobilização do operariado, as Revoltas Tenentistas e as
dissidências políticas, enfraqueceram as oligarquias, ameaçando a aliança entre São Paulo
e Minas Gerais.
O paulista Washington Luís, então Presidente, enfrentou o endividamento
interno e externo e a retração das exportações.
Alegando defender interesses da cafeicultura,
lançou como candidato à sua sucessão o governador de São Paulo, Júlio Prestes, e rompeu
com a Política do Café com Leite.
Em represália, o Partido Republicano Mineiro (PRM)
passou para a oposição e formou a Aliança Liberal, lançando a candidatura do gaúcho
Getúlio Vargas à Presidência.
Em março de 1930, os candidatos da chapa oficial ganharam, e a oposição se desmobilizou.
Em julho, no entanto, o paraibano João Pessoa, candidato a Vice-Presidente de
Getúlio Vargas, foi assassinado num crime passional, e os aliancistas atribuiram motivos
políticos ao crime.
Em resposta a isso, uma rebelião foi organizada e, em outubro, deflagrou
no Nordeste.
No final do mês, os ministros militares depuseram Washington Luís e, em 3 de
novembro, Getúlio Vargas chegou ao Rio de Janeiro, vindo do Rio Grande do Sul, e assumiu
o Governo Provisório.
Após a Revolução de 1930, que encerrou a primeira fase da República, e levou Getúlio Vargas ao poder, num Governo Provisório, o eixo da política econômica
assumiu caráter mais nacionalista.
O Presidente Vargas anunciou a determinação de
implantar a indústria de base, o que permitia ao país reduzir a importação, estimulando a
produção nacional de bens de consumo.
Também suspendeu o pagamento da dívida externa, e criou o Conselho Nacional do Café.
Para reduzir a oferta e melhorar os preços, mandou
queimar o produto estocado, e erradicar cafezais, pagando pequena indenização aos
produtos.
A chamada Era Vargas seguiu até 1945.
No ano de 1932, o Novo Código Eleitoral, instituiu o voto secreto, e o direito das
mulheres de votar e serem votadas.
Luciana Celestino dos Santos
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