Em 1831, com a criação da Guarda Nacional, os coronéis nordestinos começaram a
aparecer.
Em plena crise da regência, a Guarda Nacional nasceu para garantir a ordem interna
nas províncias e áreas longe do poder central.
Seus comandantes, que atingiram até a
patente de coronel, eram os grandes proprietários rurais, que recrutavam os milicianos entre
empregados, agregados e população pobre em geral.
Eles combateram quilombos,
perseguiram negros fugitivos e expulsam posseiros e índios das grandes fazendas.
Com a
República, a Guarda Nacional foi extinta, mas os Coronéis mantiveram o poder em suas
terras e em áreas de grande influência.
Eles garantiam a eleição de candidatos ao governo
federal e estadual, fizeram propaganda, controlaram o voto não secreto e a apuração.
Trocaram favores por votos, prática que se apoiava nas velhas relações paternalistas
nascidas na sociedade colonial.
Isso fez dos Coronéis, peças fundamentais para o sucesso
da Política dos Governadores, esquema montado pelo Presidente Campos Salles.
Todo esse
poder só começou a se extinguir com a urbanização e a industrialização do país, que teve
início a partir de 1930.
Luciana Celestino dos Santos
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