Poesias

sábado, 14 de março de 2020

A Guarda Nacional

Em 1831, com a criação da Guarda Nacional, os coronéis nordestinos começaram a aparecer.
Em plena crise da regência, a Guarda Nacional nasceu para garantir a ordem interna nas províncias e áreas longe do poder central.
Seus comandantes, que atingiram até a patente de coronel, eram os grandes proprietários rurais, que recrutavam os milicianos entre empregados, agregados e população pobre em geral.
Eles combateram quilombos, perseguiram negros fugitivos e expulsam posseiros e índios das grandes fazendas.
Com a República, a Guarda Nacional foi extinta, mas os Coronéis mantiveram o poder em suas terras e em áreas de grande influência.
Eles garantiam a eleição de candidatos ao governo federal e estadual, fizeram propaganda, controlaram o voto não secreto e a apuração.
Trocaram favores por votos, prática que se apoiava nas velhas relações paternalistas nascidas na sociedade colonial.
Isso fez dos Coronéis, peças fundamentais para o sucesso da Política dos Governadores, esquema montado pelo Presidente Campos Salles.
Todo esse poder só começou a se extinguir com a urbanização e a industrialização do país, que teve início a partir de 1930.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário