Poesias

domingo, 29 de março de 2020

O Retorno do Caudilho

Em 1950, Getúlio Vargas, foi reeleito para Presidente pelo PTB, mesmo sem o apoio de Dutra, que sustentou a candidatora de Cristiano Machado, do PSD.
A UDN lançou novamente como candidato o Brigadeiro Eduardo Gomes.
Vargas também conseguiu o apoio de Ademar de Barros, então influente político de São Paulo, e de seu Partido Social Progressista (PSP).
No ano de 1951, Getúlio Vargas tomou posse e presidiu o país até 1954.
Reprisando a política adotada durante o período ditatorial do Estado Novo, reforçou o caráter nacionalista e populista de seu governo.
Privilegiou medidas que considerou necessárias para a industrialização do país.
Quando a campanha nacionalista “O Petróleo É Nosso” agitava a opinião, enviou ao Congresso projeto para criação de uma empresa petrolífera, a Petrobrás.
Vargas flexibilizou as relações sindicais para atender uma de suas principais bases de apoio, os trabalhadores urbanos.
Isso permitiu a volta dos Comunistas aos sindicatos, e de outros sindicalistas, afastados no governo Dutra.
O exército viveu uma situação de divisão.
De um lado estava os militares mais nacionalistas, que apostaram na industrialização do país como motor do crescimento econômico, e de outro havia uma corrente mais alinhada aos EUA, que pregou o controle da inflação e a atração do capital estrangeiro como alicerce da economia.
Em 1952, Vargas deu continuidade à industrialização do país inaugurando o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDE) e estabilizando a geração de energia elétrica, decidido a lutar pelo que chamava de interesses nacionais.
Um novo decreto impôs limite de 10% para remessas de lucros para o exterior.
Nesse mesmo ano foi criada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que coordenou a ação da Igreja Católica no país. N
o ano seguinte foi criada, também, a Petrobrás, e ficou estabelecido o monopólio estatal na produção do petróleo.
Essa política provocou a reação dos conservadores liderados pela União Democrática Nacional (UDN).
Uma greve geral por reajuste salarial chegou a atingir 300 mil trabalhadores em São Paulo, e durou 24 dias, terminando com acordos separados para várias categorias.
Outra paralizou 100 mil marítimos no Rio de Janeiro.
No processo perderam prestígio os dirigentes sindicais mais ligados ao PTB e a Getúlio.
Vargas escolheu João Goulart para Ministro do Trabalho; Tancredo Neves, da Justiça; e Osvaldo Aranha, da Fazenda.

Luciana Celestino dos Santos
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