Durante os anos de 1894 à 1898, o Republicano Histórico Prudente José de Moraes
e Barros governou o país, inaugurando as fases dos governos civis e a sucessão dos
presidentes eleitos pelo Partido Republicano Paulista.
Formado pelas oligarquias paulistas,
mineira e fluminense, o núcleo central controlava as eleições, fazia presidentes e dominava
o país.
Durante a República Velha, dois partidos tinham importância: o Partido
Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano Mineiro (PRM).
Até 1930, eles se
revezavam no poder, num arranjo conhecido, como política dos governadores.
Foi nesse cenário que surgiu a República do Café-com-Leite.
Com a importância
econômica do café produzido em São Paulo e do leite de Minas Gerais, surgiu uma aliança
que sustentou esta famosa política, na qual paulistas e mineiros se revezavam no poder.
Durante a República Velha, nem o governo do Marechal Hermes da Fonseca (1910 à 1914), dominado pelo Senador gaúcho Pinheiro Machado e seu programa de salvações
nacionais, conseguiu minar essa aliança.
Diante disso, surgiram os primeiros abalos em
1918, quando o paulista Rodrigues Alves, eleito para suceder o mineiro Venceslau Brás,
morreu antes da posse.
Isso por que, paulistanos e mineiros não chegaram a um acordo para
sua substituição.
Por conta disso, lançaram o paraibano Epitácio Pessoa, que governou até
1922.
O seguinte, foi o mineiro Artur Bernardes, que também não alcançou unanimidade
entre paulistas e mineiros.
Ele governou o país sob Estado de Sítio, tendo de enfrentar as
Revoltas Tenentistas.
No entanto, esta política só acabou quando o presidente Washington Luís, lançou o
paulista Júlio Prestes como candidato a sua sucessão, no lugar de um mineiro, e abriu
caminho para a Revolução de 1930.
No ano de 1898, o paulista Campos Salles foi eleito para presidente e governou até
o fim do mandato, em 1902, montando o esquema conhecido como Política dos
Governadores.
Por meio deste, o Presidente dava suporte aos candidatos oficiais nas
disputas estaduais e os Governadores apoiavam seu indicado, nas eleições presidenciais.
Luciana Celestino dos Santos
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