Poesias

segunda-feira, 9 de março de 2020

A República do Café com Leite – República Velha

Durante os anos de 1894 à 1898, o Republicano Histórico Prudente José de Moraes e Barros governou o país, inaugurando as fases dos governos civis e a sucessão dos presidentes eleitos pelo Partido Republicano Paulista.
Formado pelas oligarquias paulistas, mineira e fluminense, o núcleo central controlava as eleições, fazia presidentes e dominava o país.
Durante a República Velha, dois partidos tinham importância: o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano Mineiro (PRM).
Até 1930, eles se revezavam no poder, num arranjo conhecido, como política dos governadores.
Foi nesse cenário que surgiu a República do Café-com-Leite.
Com a importância econômica do café produzido em São Paulo e do leite de Minas Gerais, surgiu uma aliança que sustentou esta famosa política, na qual paulistas e mineiros se revezavam no poder.
Durante a República Velha, nem o governo do Marechal Hermes da Fonseca (1910 à 1914), dominado pelo Senador gaúcho Pinheiro Machado e seu programa de salvações nacionais, conseguiu minar essa aliança.
Diante disso, surgiram os primeiros abalos em 1918, quando o paulista Rodrigues Alves, eleito para suceder o mineiro Venceslau Brás, morreu antes da posse.
Isso por que, paulistanos e mineiros não chegaram a um acordo para sua substituição.
Por conta disso, lançaram o paraibano Epitácio Pessoa, que governou até 1922.
O seguinte, foi o mineiro Artur Bernardes, que também não alcançou unanimidade entre paulistas e mineiros.
Ele governou o país sob Estado de Sítio, tendo de enfrentar as Revoltas Tenentistas.
No entanto, esta política só acabou quando o presidente Washington Luís, lançou o paulista Júlio Prestes como candidato a sua sucessão, no lugar de um mineiro, e abriu caminho para a Revolução de 1930.
No ano de 1898, o paulista Campos Salles foi eleito para presidente e governou até o fim do mandato, em 1902, montando o esquema conhecido como Política dos Governadores.
Por meio deste, o Presidente dava suporte aos candidatos oficiais nas disputas estaduais e os Governadores apoiavam seu indicado, nas eleições presidenciais.

Luciana Celestino dos Santos
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