Poesias

segunda-feira, 9 de março de 2020

Lei dos Sexagenários e a Abolição da Escravatura

No ano de 1885, o governo cedeu mais um pouco à pressão da opinião pública, aumentada pela decisão do Ceará que decretou o fim da escravidão em seu território, em 1884.
Foi assim que foi promulgada a Lei dos Sexagenários, a qual libertava os escravos com mais de 65 anos, mediante compensações aos seus proprietários.
Com isso, do exterior, principalmente da Europa, chegaram apelos e manifestações favoráveis ao fim da escravidão.
Assim, aos 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, assinou a lei que extinguiu definitivamente a escravidão no Brasil.
Chamada de Lei Áurea, ela encerrou um movimento social e político que se fortaleceu a partir de 1870.
Embora a escravidão tenha começado a declinar em 1850 com o fim do tráfico dos escravos, somente a partir da Guerra do Paraguai (1865 a 1870) que o movimento abolicionista ganhou impulso, com o retorno de milhares de ex-escravos vitoriosos, muitos até condecorados, que se recusaram a voltar à condição anterior, e sofreram pressão de seus antigos donos.
Com isso, o problema social transformou-se em questão política para a elite dirigente do II Reinado.
A abolição desagradou os fazendeiros, que exigiram indenizações pela perda, do que consideravam suas propriedades.
Como não foram bem sucedidos, aderiram ao movimento republicano como forma de pressão.
E assim, ao abandonar o regime escravagista, o Império perdeu sua última base de sustentação política.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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