No ano de 1885, o governo cedeu mais um pouco à pressão da opinião pública,
aumentada pela decisão do Ceará que decretou o fim da escravidão em seu território, em
1884.
Foi assim que foi promulgada a Lei dos Sexagenários, a qual libertava os escravos
com mais de 65 anos, mediante compensações aos seus proprietários.
Com isso, do exterior, principalmente da Europa, chegaram apelos e manifestações
favoráveis ao fim da escravidão.
Assim, aos 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, assinou a
lei que extinguiu definitivamente a escravidão no Brasil.
Chamada de Lei Áurea, ela
encerrou um movimento social e político que se fortaleceu a partir de 1870.
Embora a escravidão tenha começado a declinar em 1850 com o fim do tráfico dos
escravos, somente a partir da Guerra do Paraguai (1865 a 1870) que o movimento
abolicionista ganhou impulso, com o retorno de milhares de ex-escravos vitoriosos, muitos
até condecorados, que se recusaram a voltar à condição anterior, e sofreram pressão de seus
antigos donos.
Com isso, o problema social transformou-se em questão política para a elite
dirigente do II Reinado.
A abolição desagradou os fazendeiros, que exigiram indenizações
pela perda, do que consideravam suas propriedades.
Como não foram bem sucedidos,
aderiram ao movimento republicano como forma de pressão.
E assim, ao abandonar o regime escravagista, o Império perdeu sua última base de
sustentação política.
Luciana Celestino dos Santos
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