No ano de 1904, o movimento popular conhecido como Revolta da Vacina, teve início
no Rio de Janeiro, após a aprovação da lei, que tornou obrigatória a vacinação contra a
varíola.
Cinco dias após, a oposição criou, a Liga Nacional contra a Vacina Obrigatória.
Surgiram conflitos entre populares, principalmente do Morro da Saúde, e a força policial.
Na raiz da revolta, estava a reurbanização do centro da cidade, feita pelo Presidente Pereira
Passos, com o apoio do Presidente Rodrigues Alves.
A falta de saneamento básico do Rio de Janeiro, na época a maior cidade brasileira,
deixava os 720 mil habitantes vulneráveis a epidemias de febre amarela, varíola e outras
moléstias.
Por esta razão, uma reforma sanitária foi conduzida pelo cientista Osvaldo Cruz,
Chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública.
Com isso, parte da população foi
removida dos cortiços e morros centrais para bairros distantes e reagiram às medidas.
Os
cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se rebelaram contra o governo federal,
que ordenou o bombardeio dos Morros da Saúde.
Em 16 de novembro, o Presidente revogou a lei e, no dia seguinte, a polícia, com a
ajuda do Exército e da Marinha, ocupou o local, acabando com a revolta.
Luciana Celestino dos Santos
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