Entre 1865 à 1870, irrompeu a Guerra do Paraguai entre a aliança formada pelo
Brasil, Argentina e Uruguai.
Os conflitos na região ocorreram em razão da disputa pela estratégica região do Rio da Prata.
Em dezembro de 1864, o ditador paraguaio
Francisco Solano Lópes, ordenou a invasão da província de Mato Grosso.
O primeiro ano da guerra foi de ofensiva paraguaia, que abriu várias frentes na
fronteira com o Brasil – do estado de Mato Grosso até o Rio Grande do Sul.
Contando com
a neutralidade da Argentina, Solano Lópes rumou em direção ao Uruguai.
Mas, em 1865,
Brasil, Argentina e Uruguai firmaram o Tratado da Tríplice Aliança.
Daí em diante o
Império Brasileiro contra-atacou.
Solano Lópes recuou, e o Paraguai foi invadido em 1866
pelo General argentino Bartolomeu Mitre.
A contra-ofensiva cresceu nos dois anos seguintes, sob o comando de Luís Alves de
Lima e Silva, o Duque de Caxias.
Em 1869, os soldados da aliança entraram em Assunção,
capital do Paraguai.
Solano Lópes foi morto no ano seguinte em Cerro Corá, no norte
paraguaio.
Nessa terrível batalha, a maior guerra da América do Sul, quase dois terços da
população foram dizimados.
No tocante aos Voluntários da Pátria, estes eram homens pobres, mulatos e negros,
que formaram os famosos batalhões.
Convocados para combater como soldados,
participaram os escravos da nação – africanos trazidos ilegalmente para o país –, que
estavam sob a guarda do império e receberiam a alforria, para serem transformados em
soldados.
Esse esforço de mobilização foi necessário, por que o Paraguai a princípio, tinha
efetivos maiores que as forças da aliança.
Os caudilhos da Argentina e do Uruguai e as elites
dirigentes do Império Brasileiro, haviam se unido e usavam o conflito para consolidar seu
poder interno.
Todavia, terminado o maior conflito armada da América do Sul, os negros
brasileiros vitoriosos, se recusaram a permanecer na condição de escravos.
Esta resistência
deu grande impulso ao movimento abolicionista.
Luciana Celestino dos Santos
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