Poesias

domingo, 8 de março de 2020

A Guerra do Paraguai

Entre 1865 à 1870, irrompeu a Guerra do Paraguai entre a aliança formada pelo Brasil, Argentina e Uruguai.
Os conflitos na região ocorreram em razão da disputa pela estratégica região do Rio da Prata.
Em dezembro de 1864, o ditador paraguaio Francisco Solano Lópes, ordenou a invasão da província de Mato Grosso.
O primeiro ano da guerra foi de ofensiva paraguaia, que abriu várias frentes na fronteira com o Brasil – do estado de Mato Grosso até o Rio Grande do Sul.
Contando com a neutralidade da Argentina, Solano Lópes rumou em direção ao Uruguai.
Mas, em 1865, Brasil, Argentina e Uruguai firmaram o Tratado da Tríplice Aliança.
Daí em diante o Império Brasileiro contra-atacou.
Solano Lópes recuou, e o Paraguai foi invadido em 1866 pelo General argentino Bartolomeu Mitre.
A contra-ofensiva cresceu nos dois anos seguintes, sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
Em 1869, os soldados da aliança entraram em Assunção, capital do Paraguai.
Solano Lópes foi morto no ano seguinte em Cerro Corá, no norte paraguaio.
Nessa terrível batalha, a maior guerra da América do Sul, quase dois terços da população foram dizimados.
No tocante aos Voluntários da Pátria, estes eram homens pobres, mulatos e negros, que formaram os famosos batalhões.
Convocados para combater como soldados, participaram os escravos da nação – africanos trazidos ilegalmente para o país –, que estavam sob a guarda do império e receberiam a alforria, para serem transformados em soldados.
Esse esforço de mobilização foi necessário, por que o Paraguai a princípio, tinha efetivos maiores que as forças da aliança.
Os caudilhos da Argentina e do Uruguai e as elites dirigentes do Império Brasileiro, haviam se unido e usavam o conflito para consolidar seu poder interno.
Todavia, terminado o maior conflito armada da América do Sul, os negros brasileiros vitoriosos, se recusaram a permanecer na condição de escravos.
Esta resistência deu grande impulso ao movimento abolicionista.

Luciana Celestino dos Santos
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