Em 1897, após intensos e sangrentos combates, as tropas federais destruíram o
Arraial de Canudos, no norte da Bahia, criado por Antônio Conselheiro.
Depois de passar anos pregando pelo sertão, Conselheiro reuniu um grupo de
seguidores e fundou o Arraial, em 1893.
Enquanto construía a cidade e organizava o sistema
de produção, baseado no trabalho coletivo, o beato continuou sua pregação.
Proclamando
uma nova era, endureceu suas críticas a Igreja Católica e a República.
Recusou o pagamento
de impostos, e rejeitou o casamento civil.
Por conta disso, Canudos começou a ser visto como
um reduto de rebeldes monarquistas e desordeiros, que precisava ser eliminado.
Em razão
disso, duas expedições foram enviadas, pelo governo baiano entre 1896 e 1897.
Ambas
malograram.
Outras duas, organizadas pelo exército, a última com 6 mil homens e artilharia
pesada, destruíram Canudos.
Ao lado de Antônio Conselheiro, morreram milhares de combatentes, restando cerca
de quatrocentos prisioneiros, entre velhos, mulheres e crianças.
Este sangrento episódio deu
origem ao livro ‘Os Sertões’, de Euclides da Cunha.
Reelaborando seus relatos da guerra
para o jornal ‘A Província de São Paulo’ (atual O Estado de São Paulo), o autor denunciou
a ação do governo como massacre, um crime da República.
Luciana Celestino dos Santos
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