Capítulo 5
Nestas missões também havia alguns militares alemães.
Francisco, Cassiano, Glauco, André, Severo, e outros militares, discutiam como o Capitão de
Fragata, senhor Clodoaldo, as estratégias para os combates.
Prestimosos, os rapazes realizaram um importante papel em inúmeros combates.
Por conta disto, o Capitão Clodoaldo, resolveu chamar os principais envolvidos nas missões, para
conversar.
O primeiro a ser chamado foi Francisco.
Elogiando-o, mandou entrar e sentar-se.
Dizendo que sua atuação fora de suma importância para
o sucesso da missão, comentou que alguns militares receberiam novas patentes.
Clodoaldo comentou que toda a tripulação do navio lutava com bravura.
Contente, comentou que jamais em sua vida se deparou com militares tão unidos em torno de uma causa.
Satisfeito relatou que com poucos recursos, estavam conseguindo realizar um ótimo trabalho.
Clodoaldo elogiou especialmente Francisco, Cassiano, Glauco, Severo e André pelo bom trabalho
executado.
A tripulação conseguira afundar alguns navios inimigos que estavam em águas internacionais.
Navios alemães inclusive.
Francisco agradeceu o elogio, e dizendo que não fazia mais do que sua obrigação, comentou que
todos os tripulantes do navio, mereciam receber novas patentes, inclusive, o próprio capitão.
Clodoaldo, sem jeito, comentou:
- Deixemos disso.
- Está bem. – respondeu Francisco.
O Capitão respondeu então, que infelizmente nem todos os que mereciam a honraria, receberiam
novas patentes, mas que os militares que as receberiam, estavam mais do que qualificados para
isto.
Francisco, sem entender claramente o que o militar queria dizer, comentou que acreditava que a
escolha seria justa, em que pesem os poucos escolhidos.
Dizia isto, sem imaginar que ele próprio receberia uma nova patente.
Clodoaldo não deixou isto claro em nenhum momento.
Dizendo apenas que mais tarde se pronunciaria publicamente a respeito dos escolhidos, pediu que
Francisco, chamasse Cassiano, Glauco, André e Severo para uma conversa.
O militar despediu-se do capitão.
Em seguida, os quatro rapazes comparecerma ao gabinete do Capitão de Fragata.
Também tiveram seus desempenhos elogiados.
Os jovens agradeceram o elogio.
Dessarte, foram informados pelo Capitão sobre a cerimônia de recebimento de novas patentes por
alguns militares, na cidade de Santos.
Comunicando que tornaria pública a escolha dos nomes, comentou que dentro de alguns dias, se
pronunciaria a respeito.
Mais tarde, os rapazes se despediram de Clodoaldo.
Curiosos, todos especulhavam quem seriam os escolhidos.
Contudo, só vieram a saber de fato, quando o Capitão finalmente conclamou todos os militares a
aguardarem no convés do navio.
Lá, instalado em uma espécie de palco improvisado, o homem comentou que todos estavam de
parabéns pelo excelente desempenho nos combates travados.
Dizendo que diante dos escassos
recursos, todos os tripulantes estavam fazendo grandes feitos, os quais entrariam para a história
do Brasil.
Comentou que todos faziam parte de uma nobre raça, forte aguerrida, a qual não fugia a luta.
Tanto que escolheram consagrar suas vidas a uma das mais nobres carreiras que um homem
poderia aspirar: a carreira militar.
Disse mais.
Infelizmente, nem todos os que ali estavam, embora merecedores de tal honraria,
poderiam receber novas patentes.
Clodoaldo acrescentou ainda, que os escolhidos para tal mister
foram Severo, Glauco, André, Cassiano, Francisco, e mais outros três militares.
Todos alçariam o posto de Segundo Tenente.
Surpresos, os cinco rapazes foram aplaudidos pela tripulação.
Clodoaldo mais tarde, aproximou-se dos moços, parabenizando-os pelo feito.
Os cinco rapazes agradeceram.
O Capitão de Fragata por sua vez, respondeu que não havia feito nada, e que aquela honraria era
pura e simplesmente, mérito deles.
Nisto, em Santos, acompanhados de suas respectivas famílias, Francisco, Glauco, Severo, André
e Cassiano, receberam as novas divisas, portando suas melhores fardas.
Clarisse e Natália acompanharam seus maridos.
Ao verem seus homens recebendo as divisas, ficaram emocionadas.
Sabiam, que este eram um grande momento para os dois.
Celina por sua vez, cuidava da neta em São Paulo.
As moças dançaram com os novos Segundo Tenente.
Beberam champagne, conversaram.
Quando tocou a canção “Aquarela do Brasil”, Francisco segurou o braço de Natália e chamou-a
para dançar.
Enquanto o crooner da orquestra cantava a canção, Francisco cantava no ouvido de
Natália:
“Brasil
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Ô Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingá
Ô Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Brasil!
Prá mim... prá mim...
Ô, abre a cortina do passado
Tira a Mãe Preta do serrado
Bota o Rei Congo no congado
Brasil! Brasil!
Deixa cantar de novo o trovador
À merencória luz da lua
Toda canção do meu amor
Quero ver a “Sá Dona” caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil! Brasil!
Prá mim... prá mim...
Brasil
Terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiscreto
Ô Brasil, verde que dá
Para o mundo se admirá
Ô Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Brasil!
Prá mim... prá mim...
Ô, esse coqueiro que dá côco
Oi, onde amarro a minha rêde
Nas noites claras de luar
Brasil! Brasil!
Ah, ouve essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincá
Ah, este Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil! Brasil!
Prá mim... prá mim...
Aquarela Do Brasil - Composição: Ary Barroso”
Exímios dançarinos, acabaram por captalizar as atenções.
Ao término da dança foram aplaudidos.
Francisco agradeceu.
Sem jeito, Natália sugeriu que eles voltassem a mesa.
O homem concordou.
Com isto, Francisco e Natália ficaram conversando com os amigos Glauco e Clarisse.
Mais tarde, os dois casais voltaram para São Paulo.
Fizeram a viagem de trem.
Conversaram e apreciaram a paisagem, as matas.
Animados, comentaram do baile no clube militar.
Estavam felizes com a extravagância, já que nos últimos tempos só se falava em racionamento.
Glauco e Clarisse elogiaram a dança do casal.
Clarisse comentou que eles arrasaram.
Natália riu.
Francisco, todo convencido, respondeu que aquilo não era nada.
Todos riram.
E assim, prosseguiu a viagem.
Ao chegar em casa, Natália quis logo saber onde estava sua filha.
Celina respondeu-lhe que a menina estava dormindo, e que embora ela não tenha perguntado,
estava bem.
Natália então, pediu desculpas pelo mal jeito.
Dizendo que estava preocupada com a filha, não cumprimentara a mãe, ao chegar.
Nisto, abraçou Celina, que logo esqueceu-se do lapso.
Francisco cumprimentou a sogra.
Celina retribuiu o gesto.
Em seguida, o homem perguntou se estava bem, e se tudo havia transcorrido bem.
Celina comentou que sim, estava tudo bem, e que Lorena não havia lhe dado trabalho.
Natália agradeceu os cuidados da mãe.
Celina por sua vez, parabenizou o genro por sua nova patente.
Comentou que logo logo ele chegaria a capitão.
Francisco sorriu.
Nisto, Francisco retomou sua rotina doméstica.
Longe dos mares, estava a salvo.
Natália estava feliz.
Enquanto aguardava a volta do marido, acompanhou o último capítulo da rádio novela, “A Flor
do Deserto”.
O sheik Ali, estava muito feliz por haver reencontrado, ainda que por acaso, sua amada Yasmin.
Conversando com a moça, descobriu detalhes sobre sua origem.
Que seu pai era homem muito pobre, que vivia de pedir esmolas.
Possuía muitos irmãos, e frequentemente passava fome.
Com isto, ao receber a oferta da família de Mustafá de levar a moça para servir como empregada
da casa, seu pai acabou concordando com a oferta.
Como moeda de troca, alguns poucos víveres para se manterem durante alguns meses.
Investigando a história, Ali descobriu que o pai da moça havia sido morto em um briga com
comerciantes, após ser acusado de furtar algumas mercadorias.
A mãe da moça, havia se perdido pelo mundo, assim como seus irmãos.
Alguns morreram de desnutrição, outros se espalharam pelo Oriente.
O sheik não conseguiu descobrir o paradeiro dos mesmos.
Ao saber da morte do pai, Yasmin ficou perplexa.
Contudo, não chorou.
Dizendo que não possuía afeto por aquela família, argumentou que eles a entregaram a um
carrasco pior do que a fome e a miséria.
O homem, ao ouvir tais palavras, pediu para a moça explicar o que estava querendo dizer.
Yasmin então, calou-se.
Estava constrangida.
Ali no entanto, insistiu para que ela continuasse.
A moça disse então, que nunca tivera amor de mãe, ou qualquer noção do que fosse uma família
estruturada.
Vivendo com seus pais, era como se fosse uma estranha.
Vivendo junto a família de Mustafá, comentou que era tratada como escrava, sempre a apanhar
pelo menor deslize.
Trabalhava muito e pouco tinha tempo para se ocupar de si.
Nervosa, Yasmin revelou que costumava fugir do palácio da família, para visitar lugares da
cidade.
Um dia ao perceber que havia uma festa em dos castelos, resolveu ficar observando.
Como os guardas não gostaram de sua presença, Yasmin contou que fingiu ir para o outro lado
da cidade.
Caminhou.
Escondendo-se, adentrou os jardins do palácio, vindo a observar a festa de longe.
Até que fora descoberta por ele.
Ali impressionou-se com a boa educação da moça.
Yasmin contou-lhe que como servia as moças da família – irmãs de Mustafá, fora instruída para
se mostrar educada aos convidados da casa.
A moça contou-lhe que sabia contar histórias, cuidar do serviço doméstico, e que vestia-se
razoavelmente bem, para fazer boa figuras as visitas, e para acompanhar as moças em suas
incursões pela cidade.
Os trajes esfarrapados, serviam apenas para fazê-la passar despercebida pela família de Mustafá,
que vivia procurando-a quando davam conta de sua ausência.
Yasmin revelou que ao ser pega, costumava apanhar.
Condoído com o relato, Ali perguntou-lhe:
- Por que não pediste ajuda?
Yasmin argumentou que não sabia se poderia confiar nele.
Revelou que só sentiu inteira confiança nele, quando o viu enfrentando Mustafá para defendê-la.
Sem nem ao menos saber de quem se tratava, Yasmin deu-se conta que se tratava de um gesto
desinteressado.
Ali comentou então, ao descobrir que a vítima de Mustafá era a moça a quem tanto procurava,
ficou perplexo.
Perplexo e feliz ao constatar que suas buscas haviam cessado.
O sheik abraçou a moça.
Mais tarde, o Grão Vizir visitou-lhe novamente.
Dizendo que sua busca havia cessado, comentou que ele seria muito feliz com sua eleita.
Intrigado, Ali perguntou se ele conhecia Yasmin.
O homem respondeu que conhecera sua história de sofrimentos através de mercadores da cidade,
e da busca que Ali vinha fazendo por todo o Oriente.
Comentando que somente um amor muito grande justificava tanta procura, tanta avidez por um
novo encontro, relatou que eles estavam predestinados.
Ali disse-lhe então:
- Um dia dissestes que o que estava procurando estava muito perto de mim e que eu não
enxergava. Razão pela qual estava distante de mim.
O Grão Vizir sorriu então para ele.
O sheik ficou com um ar meditativo. Em dado momento, exclamou:
- Sim, exatamente! A moça que eu estava procurando vivia nesta região, mas como eu não a havia
encontrado, tinha a impressão de que ela estava muito distante de mim. Ledo engano! Estava bem
debaixo do meu nariz, e eu não enxerguei. Precisei que ela viesse ao meu encontro, para ser
despertado, e finalmente ir em busca de minha felicidade. Que burro fui!
O Grão Vizir respondeu-lhe que não fora um tolo, e sim muito ansioso, e que por sua ansiedade,
acabara criando uma pequena confusão.
Contudo, como a vida se encarrega de encontrar um bom
caminho para tudo, o sheik acabou por encontrar sua Yasmin.
Ali agradeceu as palavras do amigo.
Nisto o Grão Vizir novamente partiu.
Dias depois, o sábio acompanhou a cerimônia de casamento de Ali e Yasmin.
Foi uma das mais belas festas já realizadas na cidade.
Para a celebração, toda a cidade fora convidada.
Yasmin estava impecável.
Ao término da cerimônia o Grão Vizir cumprimentou o casal.
Em seguida, dirigindo-se a Yasmin, disse-lhe que era passado o momento das tristezas.
Ao ouvir tais palavras, a moça chorou.
O Grão Vizir disse então, que ela agora, só teria momentos felizes para se recordar.
Que agora que as coisas se encaminhavam bem, Yasmin iria conhecer um outro lado do ser humano, mais
terno, gentil.
Agora ela iria saber o que era uma família, o que era ser amada.
Mais uma vez, a moça chorou.
O Grão Vizir comentou então:
- Não, não chores mais. Agora é chegada a época das alegrias.
Yasmin então, enxugou as lágrimas e agradeceu as palavras do sábio.
O Grão Vizir disse então, que eles formavam um belo casal, que teriam lindos filhos, e que ela
estava a altura de tão grande desafio.
Segurando a mão da moça, desejou-lhe felicidades.
Mais tarde despediu-se.
Nisto a festa prosseguiu.
Cumprimentos, música, dança, alegria.
Em dado momento, Yasmin afastou-se de tudo.
Foi contemplar o jardim.
Ali, ao notar sua ausência da festa, imaginando que ela estaria no jardim, foi ao seu encontro.
E lá estava ela, linda, debruçada sobre os balaustres, observava o jardim.
Ali perguntou-lhe:
- Estava pensando em como tudo começou?
Surpresa, a moça voltou-se para ele.
Ali fez nova pergunta:
- Feliz?
Yasmin respondeu que sim.
Ali comentou que desde aquele encontro percebeu que sua vida mudaria.
Tanto o foi que ele nunca mais foi feliz.
Até reencontrá-la.
A moça sorriu com estas palavras.
Junto, o casal contemplou o céu estrelado.
Durante alguns minutos, permaneceram em silêncio.
Mais tarde, adentraram o palácio, sendo cumprimentados por todos os convidados.
Nisto, o locutor da rádio comentou que aquela era a última transmissão da rádio novela, “A Flor
do Deserto”.
Nisto, ao retornar do Atlântico, Francisco parecia tranqüilo.
A calmaria porém, durou pouco tempo.
A certa altura, cansado de sua rotina, o homem começou a ausentar-se novamente do lar.
Dizia estar cumprindo compromissos profissionais.
Muitas vezes, saía no começo da tarde e só voltava tarde da noite.
Tentando esconder suas escapadas, voltava para casa sem fazer barulho, e deitava-se ao lado da
esposa, quando ela já estava dormindo.
Certo dia, Natália resolveu esperá-lo.
Ao deitar-se na cama, fingiu que estava dormindo.
Desta forma, quando Francisco voltou para casa, Natália pode perceber que já era mais de quatro
horas da manhã.
Foi então que ela percebeu por que o marido permanecia até tarde na cama.
Entendeu também por que ele estava sempre cansado e com muito sono.
A moça porém, não foi tomar satisfações com o moço.
Planejando pegá-lo no flagrante, resolveu segui-lo, como fizera antes.
Contudo, desta vez, a moça resolveu não contar nada para Celina e Clarisse.
E assim, seguiu o moço.
Quando Francisco pegou o carro, tratou logo de partir em seu encalço.
Dias antes, recebera novamente uma carta, informando onde o homem poderia estar.
E assim, lá se foi ela atrás de Francisco.
Chamou um táxi e logo chegou ao local.
Ao lá chegar, qual não foi sua surpresa.
Francisco, depois de apertar a campanhia, foi recebido com um abraço pela moça que o esperava.
Depois da longa manifestação de entusiasmo, o casal se beijou em frente a porta, pouco se
importando com o que os passantes iriam dizer.
Natália, ao presenciar a cena, ficou furiosa.
Tomada de ciúmes, dirigiu-se até a porta da casa e começou a estapear a moça.
Por fim, deu um tapa em Francisco.
Dizendo que era a mulher dele, disse-lhe que ela era uma vagabunda.
A mulher, assustada, tratou logo de entrar em casa.
Nisto Natália despediu-se de Francisco.
O homem, tentando justificar a traição, só conseguiu fazer com que ela ficasse ainda mais furiosa.
Tanto que Natália afastou o seu braço, e correndo, entrou no táxi que a levara até o local.
Francisco tentou correr em direção ao veículo, em vão.
Desesperado, entrou em seu carro, e dirigiu até sua casa.
Francisco bateu na porta, implorou perdão, mas Natália estava furiosa.
Revoltada, começou a tirar as roupas do marido do armário, da cômoda...
Num gesto de fúria, arremessou tudo pela janela.
As roupas do homem ficaram espalhadas pela calçada.
Humilhado, Francisco respondeu que aquilo não iria terminar daquele jeito, e que ela ainda iria
se arrepender do gesto.
Natália então, dirigindo-se a janela, comentou que arrependida ela já estava, e que nunca mais ele
colocaria os pés naquela casa.
Dizendo-se arrependida de tê-lo conhecido, comentou que ele era a fonte de toda as suas tristezas.
Revoltada disse que preferia não tê-lo conhecido.
Francisco ficou chateado com aquelas palavras.
Humilhado e ofendido, recolheu suas roupas.
A esta altura, toda a vizinhança acompanhava a cena.
Ao recolher suas roupas, Francisco mandou todos as favas.
Nisto o homem se instalou novamente em casa de amigo.
Cassiano, André e Severo, ao verem o amigo chegando de carro, com as roupas todas amassadas,
perceberam logo que ele havia brigado novamente com a esposa.
Severo chegou a perguntar:
- Quando vocês vão parar de brigar?
Francisco estava muito chateado.
Abatido, no dia que se seguiu, o homem não quis saber de sair de casa.
Depois de alguns dias, quando finalmente saiu da casa, foi até um bar, onde bebeu com Cassiano
e Severo.
Enquanto bebia, chorava.
Só sabia falar de Natália.
Sentia-se injustiçado, considerava a mulher ingrata.
Lamentava-se pela traição.
Chorava implorando perdão a esposa.
Bêbado, começou a cantar:
“Nada além
Nada além de uma ilusão
Chega bem
Que é demais para o meu coração
Acreditando
Em tudo que o amor mentindo sempre diz
Eu vou vivendo assim
Na ilusão de ser feliz
Se o amor só nos causa sofrimento e dor
E melhor bem melhor a ilusão do amor
Eu não quero e não peço
Para o meu coração
Nada além de uma linda ilusão
Se o amor
Só nos causa sofrimento e dor
E melhor, bem melhor
A ilusão do amor
Eu não quero e não peço
Para o meu coração
Nada além de uma linda ilusão
Nada Além – Custódio Mesquita e Mário“
E assim, sentou-se na calçada em frente a casa dos amigos, e começou a chorar.
Cassiano e Severo, sentaram-se ao seu lado tentando consolá-lo.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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