Poesias

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

OS SONS QUE A GENTE OUVE – A CANÇÃO NO TEMPO ANOS SESSENTAS – NOS EMBALOS DA GUARDA GUARDA

Capítulo 7

Glória e Sandro, por sua vez, estavam cada vez mais próximos.
Em um de seus primeiros encontros, a moça, querendo impressionar o rapaz, usou um vestido
azul.
Tímida, foi até a praça onde eles iriam se encontrar.
Sandro, já aguardava ansioso a sua presença.
Ao vê-la tão bem vestida, comentou:
- Como está linda!
- Gostou? – perguntou ela mostrando o bonito vestido.
- Muito! – respondeu o rapaz, embevecido.
Nisto, Glória começou a se exibir. Começou a cantar:
“Estava na tristeza que dava dó
Vivia vagamente e andava só
Mas eis que de repente
Me apareceu um brotinho lindo
Que me convenceu...

Dizendo que eu devia
Vestir azul
Que azul é cor do céu
E seu olhar também

Então o seu pedido
Me incentivou...
Vesti Azul!
Minha sorte então mudou
Vesti Azul!
Minha sorte então mudou...

Passei a ser olhada com atenção
E fui agradecer pela opinião
Então senti que o broto
Estava todo mudado
Parecia até
Que estava apaixonado

Então eu fiz charminho
E acrescentei
Só vim aqui saber
Como eu fiquei

E aquele olhar do broto
Me confirmou
Vesti Azul!
Minha sorte então mudou
Vesti Azul!
Minha sorte então mudou...(2x)
Vesti Azul!
Minha sorte então mudou
Vesti Azul!
Minha sorte então mudou...(2x)
Vesti Azul - Composição: Nonato Buzar"

Sandro disse então:
- Lindo vestido!
Glória segurou as mãos do moço.
O casal saiu caminhado pelos arredores.
Avistaram uma casa ampla, com um grande quintal e muitas árvores.
Da rua puderam ver um pé de limão.
Sandro comentou que aquela paisagem lhe fazia lembrar sua infância. Das tardes em que brincava
ao redor das árvores, escala os pés de fruta, e comia frutas embaixo de sua sombra.
Lembrou que em sua casa havia pés de laranja, de limão, e de outras frutas.
Saudoso, o moço cantou:
“Meu limão, meu limoeiro
Meu pé, meu pé de jacarandá
Uma vez eskindolêlê iê iê
Outra vez eskindolálá

Meu limão, meu limoeiro
Meu pé, meu pé de jacarandá
Uma vez eskindolêlê iê iê
Outra vez eskindolálá
La la la la la la la
La la la la la la la la...
Meu Limão, Meu Limoeiro - Wilson Simonal - Composição: folclore”

Glória abraçou o rapaz.
O casal prosseguiu na caminhada.
Mais tarde o moço deixou-a em casa.
Glória estava nas nuvens.
Sandro também parecia contente.
Saiu até assobiando.
Ana por sua vez, quase terminou o namoro com Marcos.
Todavia, em que pese o fato do rapaz haver beijado sua amiga, acreditou que poderia fazê-lo se
apaixonar por ela, e assim, continuou a insistir no erro.
Até que um dia, conforme já mencionado, ela se cansou.
Para a reconciliação de Lorena e Ronaldo, Glória precisou pressionar Marcos.
Auxiliada por Sandro, descobriram que Marcos é quem roubara o beijo.
Ronaldo por sua vez, só se convenceu disto, quando o próprio Marcos confessou-lhe o fato.
Nisto, o moço arrependido, foi ao encontro de Lorena.
Dizendo que havia descoberto a verdade, pediu desculpas a moça.
Lorena perguntou então, como ele havia descoberto a verdade. Afinal de contas, ele não havia
deixado ela explicar-se.
Sem jeito, o moço repetiu a história de Marcos.
A garota percebeu então, que o próprio Marcos havia lhe contado tudo.
Lorena comentou que estava chateada, que esperava mais confiança da parte dele.
Ronaldo insistiu no pedido de desculpas.
Lorena parecia impassível.
O moço foi ficando nervoso.
A moça por fim, depois de um certo suspense, respondeu que sim, que o desculpava.
Nisto, o casal se reconciliou-se.
Mais tarde, o casal resolveu noivar.
Natália e Francisco ficaram muito felizes.
Durante a festa de noivado, o moço cantou para Lorena:
“O meu primeiro amor
Encontrei o meu primeiro amor
O meu primeiro amor
Encontrei o meu primeiro amor

Demorei mas encontrei o meu primeiro amor
Encontrei o meu primeiro amor
Para mim tudo na vida agora tem valor
Tudo na vida agora tem valor
O meu primeiro amor
Encontrei o meu primeiro amor
Que eu tanto quis, enfim
Chegou pra mim, chegou pra mim

Como é bom a gente ter, na vida alguém pra amar
A gente ter na vida alguém pra amar
Tudo agora é tão lindo eu vivo a cantar
É tão lindo eu vivo a cantar

Foi só no primeiro olhar
E eu senti então, senti então
Bateu forte como nunca o meu coração
Encontrei o meu primeiro amor
Encontrei o meu primeiro amor
Meu Primeiro Amor – Renato e Seus Blue Caps”

Lorena ficou encantada com a demonstração de afeto.
Mais tarde, o moço teria uma nova oportunidade de demonstrar sua afeição.
Quando o pai de Lorena faleceu, Ronaldo ficou o tempo todo do lado de Lorena e sua família.
O homem morrera dormindo, enquanto a moça estava no colégio, estudando.
Quando foi informada, ainda na escola, que seu pai falecera, a moça entrou em desespero.
Somente Ronaldo conseguiu consolá-la.
O enterro foi realizado com toda as solenidades decorrentes de sua patente de Capitão de Corveta.
Amigos de Francisco, cantaram “A Valsa da Despedida”:
“Adeus, amor, eu vou partir
Ouço ao longe um clarim
Mas, onde eu for, irei sentir
Os teus passos junto a mim

Estando em luta, estando a sós
Ouvirei a tua voz
A luz que brilha em teu olhar
A certeza me deu
De que ninguém pode afastar
O meu coração do teu

No céu, na terra, aonde for
Viverá o nosso amor
Valsa da Despedida - Compositor: Robert Burns
Versão: Alberto Ribeiro e Braguinha (João de Barro)”

Natália e Lorena choraram copiosamente.
Nara, Laura, Andréa e Francisco – o filho – também sentiram a morte do militar.
Ronaldo cumprimentou Natália, acariciou os cabelos das crianças e abraçou Lorena.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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