Poesias

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Sonhos

Recordo-me do sonho de ontem. Foi um sonho que eu tive e que por sinal foi bem interessante, era assim.
Uma bela e imensa construção, que aos que de fora olhavam, a imaginavam média. somente ao entrar nela se podia dava conta de sua grandiosidade.
Por fora da casa, toda pintada de amarelo claro se dava a impressão de ser uma casa de tamanho razoável, realmente, não era muito pequena. Só que ao fundo da construção, se esta pudesse ser visível para quem de fora olhasse, poderia se perceber a magnificência da vasta construção. A casa fora estrategicamente construída para que ninguém pudesse perceber quais eram suas reais dimensões. Nem mesmo quem lá trabalhava, sabia exatamente o seu tamanho. Os únicos que conheciam detalhes da casa, eram os pais da referida moça. Nem mesmo ela conhecia todos os segredos da casa.
Em seu interior, a casa era bem maior do que parecia, tão grande, que mais parecia um labirinto cheio de secretas passagens e muito suntuoso. Cheio de móveis antigos, esculturas que remontam do período grego, grandes pinturas nas paredes, flores, abajour’s caríssimos.
A cozinha por exemplo, abrigava um exército de trabalhadores que preparavam durante todo o dia o ambiente para as refeições da família, suas festas, e seu dia-a-dia. Neste ambiente, cujo piso era de mármore, havia vários fornos, fogões, armários para guardar os utensílios domésticos, e até uma mesa de mármore para preparar as refeições dos patrões. Parecia uma cozinha industrial, tamanha a quantidade de equipamentos que lá havia. Em outro cômodo da casa mais armários guardavam as louças e as pratarias da dona do imóvel. A despensa era imensa, possuía todas as espécies de alimentos que se podia imaginar. Cumpre salientar que esta dependência da cozinha, era de uso exclusivo dos donos da casa.
Atrás da cozinha estava a lavanderia, com vários cômodos. Num deles, inúmeros tanques de lavar roupa. No outro ficava o depósito com armário para guardar os produtos de limpeza, ferros de passar, as tábuas que ficavam escamoteadas no armário, sabões, etc.. Ali também havia um outro espaço para se guardar as roupas passadas e tudo o que fosse necessário, e por último, uma grande área reservada só para os varais, ainda dentro da casa.
Com efeito, resta falar de um depósito de quinquilharias que existia ao fundo da casa, onde estavam guardadas as tralhas imprestáveis da família.
Num imenso corredor que saía da cozinha, se avistavam os quartos de empregados, em torno de uns trinta e cinco quartos. Tais quartos consistiam em: uma entrada e uma sala com sofás de madeira com tecido salmão, com mesa de centro e uma pequena estante com rádio e outros produtos de consumo da época. Lá também havia uma mesa com quatro lugares, para celebrar as refeições do fim do dia, bem com em alguns quartos, havia uma pequena cozinha. No mesmo ambiente, estava ainda o quarto dos filhos, geralmente com duas camas e três aparadores(geralmente), amplos armários, toilet com chuveiro, pia e sanitário, além de uma pequena sala repleta de brinquedos. No quarto propriamente, um ambiente com cama de casal e dois aparadores de cada lado da cama, um sofá de tecido salmão aos pés da cama, penteadeira com cadeira revestida também de veludo salmão, ao fundo um pequeno closet, e um toilet com chuveiro, uma pequena banheira, pia com um grande espelho e sanitário.
Esta é basicamente a composição dos quartos dos empregados, com poucas diferenças. Geralmente quem trabalhava na casa levava sua família junto.
Agora, com relação o local das refeições dos empregados, o piso deste era de um mármore singelo, possuía cerca de umas quarenta mesas de vidro com pés de mármore e quatro cadeiras cada, todas de espaldar alto. Tal cômodo ficava em outro setor da casa, onde ficava também a cozinha onde preparavam a comida que os outros criados da casa iriam comer. Havia também uma imensa dispensa para esta cozinha. Para os serviçais, havia também uma lavanderia, quase do mesmo tamanho da dos patrões, para que pudessem cuidar de suas roupas.
Na área da casa onde ficava a cozinha havia um enorme local para refeições, onde havia fornos especiais para se prepararem pizzas, entre outras delícias, e era onde a família e os amigos eventualmente se reuniam, geralmente em finais de semana. Enfim, a casa era um verdadeiro palácio. Magnifico.
A seguir pude ver outros ambientes na casa: a entrada, suntuosa com grandes esculturas de pedra, colunas de mármore, e piso igualmente de mármore; após, a sala, com sofás de madeira trabalhada e recoberto por fino tecido, além de mesinhas e aparadores cheios de fotos, abajour’s e algumas esculturas. Havia uma mesa de centro também em madeira, onde repousava um imenso vaso com flores e onde se tinha uma vista deslumbrante de um jardim de inverno que ficava dentro da casa.
Ao fundo havia ainda outras salas, uma com lareira, esta adornada com ricas esculturas de gesso como também com móveis de madeira e sofás recobertos de veludo verde e mesinhas e aparadores, como na outra sala. Ao lado desta a sala de descanso, com inúmeros pufes para amparar as pernas cansadas dos moradores do majestoso lar. Quanto a decoração, nada de sofás de madeira recobertos de tecido, e sim de tecido, ricamente revestido de veludo salmão. Ao centro do cômodo um sofá redondo, no mesmo estilo. E ao fundo uma pequena estante com divisórias para as correspondências dos moradores, bem um como um bar com sete lugares, igualmente feito em madeira, e repleto de bebidas, atrás dele, uma adegada climatizada.
Na casa havia também uma sala de som, um estúdio para as músicas, um cômodo para guardar filmes, e uma sala íntima, com muitos sofás e de onde se podia avistar um dos inúmeros jardins internos da casa. Num desses jardins existia um pergolado, e várias espécimes de flores, bem uma praça com esculturas e fonte de onde jorrava água.
Na outra sala estava um piano de calda, e também estava adornada a semelhança das salas anteriores. Entre as inúmeras salas pude ver uma colossal escada, e ao me aproximar dela, pude constatar a presença ainda, de uma sala de almoço com umas vinte ou até mais, cadeiras e uma mesa de vidro com pés de mármore, bem como de alguns móveis ao redor do que deve ser a sala de jantar, assim como imensos arranjos de flores e algumas pequenas esculturas clássicas. Ao lado, uma sala de almoço, com uma mesa redonda, umas quinze cadeiras, e uma ornamentação um pouco mais simples.
No escritório havia toilet, uma biblioteca de livros técnicos, sala de espera e uma pequena copa, tudo para que o senhorio pudesse trabalhar em casa. Duas secretárias organizavam sua agenda, em uma sala só para elas, e lá mesmo ele atendia seus clientes.
Pude ver ainda outras duas salas, uma de estudos, com várias carteiras de madeira de lei, uma imensa biblioteca dividida em várias seções e que pelo tamanho devia ter uns trezentos ou quatrocentos metros quadrados. Também pude ver uma farta sala de brinquedos, com tantas bonecas e brinquedos, que mais parecia uma loja. Tudo isso meu pareceu imenso, se fosse calcular a dimensão destes cômodos, acredito eu, que dariam cada um uns cem metros quadrados ou mais.
Pude avistar ainda uma enorme piscina olímpica, assim com os salões de jogos, com área para jogar pingue-pongue e uma quadra poli esportiva, bem como salão de festas, que possuía serviço de cozinha própria, toilet’s separados e tudo mais o que fosse necessário, até um barzinho com cinco lugares cada e com sua própria adega.
Havia ainda sala de ginástica, com vários ambientes, vestiário, e sauna. No ambiente externo havia vestiários para a piscina, churrasqueira, barzinhos, uns três, com oito lugares, várias varandas e alpendres.
A casa possuía ainda uma capela com cem lugares, para os empregados rezarem, assim como os moradores da casa. A capela era tão imponente que possuía inúmeros vitrais, confessionário, e um grande altar com inúmeras imagens de santos. E uma sala de costuras, com três ambientes para que a mãe pudesse se distrair durante o dia. E ainda, uma garagem para uns cinqüenta carros.
Ademais, não posso deixar de esquecer de fazer menção de quem, em todos os ambientes da casa existem toilet’s ou lavabos sem exceção.
Por fim, surgiu o corredor que dava acesso aos quartos, no andar superior da casa, e neste pude ver o magnifico quarto onde a moça repousava, com móveis antigos, trabalhados, em madeira. Nesse quarto, uma imensa janela dava acesso a uma bela vista do lugar (este só visível para quem lá morava), e que poderia ficar escondida pela rica cortina azul que ficava sobre a janela. Ainda neste ambiente havia uma penteadeira, com objetos de uso pessoal e uma cadeira com estofamento em veludo azul, um sofá comum também revestido de veludo na mesma cor, e ao redor da cama de casal, cortinas azuis. Próximo a janela ficava a escrivaninha, acompanhada de uma cadeira de espaldar alto e revestida de azul, e uma estante, com livros e os objetos e estudo. Ao lado da cama, um pequeno móvel de madeira de cada lado com abajour’s trabalhados datando da belle époque. Na saleta que fazia parte do quarto, estavam os sofás de madeira revestidos do mesmo tecido, uma mesa de centro de madeira de lei, com flores, dois pequenos móveis de madeira atrás dos sofás, uma mesa com dois lugares e ao fundo se podia ver a porta do toilet e antes um imenso closet onde havia uma passagem.
Os demais quartos em muito se assemelhavam com esse, e por isso seria desnecessários descrevê-los, só atente para o fato de eram uns trinta quartos ao longo de um imenso corredor, sendo quase todos com varandas e algumas passagens secretas.
No último andar ficava um sótão também mobiliado e com alguns ambientes ricamente decorados e aparentemente abandonados, os quais nem a filha dos donos tem acesso.
Pois bem, nesta casa morava uma jovem moça. E neste sonho, a jovem moça estava procurando algo que eu saberia explicar. Procurou, procurou, chegou a sair de sua casa escondida para que pudesse encontrar o que almejava. Não conseguiu.
Por essa razão, em boa parte do sonho, ela estava fora da casa. Somente no final do sonho é que ela entrou na casa. Ao entrar foi logo recebida por uma empregada que cuidou para não a vissem entrando. Nervosa, a empregada cobriu-a e a levou para o quarto.
A moça, devia viver como uma verdadeira lady neste monumento da arquitetura.
E tudo seguiria calmamente, não fosse o fato de a moça ter um amigo muito impertinente e atrevido. Amigo este que conseguiu adentrar o palácio e se esconder nos aposentos da jovem mulher. Viveu um bom período escondido a lhe fazer companhia, e quase foi descoberto, não fosse sua vivacidade e esperteza ao se esconder numa das passagens escondidas da casa a tempo. Isso porque uns dos empregados de seu pai adentrou seu quarto inesperadamente.

Luciana Celestino dos Santos
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