Poesias

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

DESIDÉRIO

E o mar salpicado de barcos
Rico contraste com a água azul do mar
Não me deixes entregue a este eterno desterro
Labéu do esquecimento
Desdita em nossas memórias
Ancoradouro de nossas melhores esperanças
Das eternas viagens de nossas lembranças

Memórias afetivas
Num mar singelo de outras plagas
Um barquinho solitário a enfrentar o mar
Sai do rio em meio a pedras
Que ladeiam o acesso a caminho do mar

Do lado oposto, casas poucas
E algumas gentes a ocuparem as areias da pequena praia
O barco balança e sobe, desce
Ondeando os caminhos do mar

Os caminhos, a chuva
A saudade da maravilhosa cidade
O Corcovado, aproximado de um Velho Cosme
Com seu Cristo Redentor, de braços abertos
Jardim Botânico, com suas palmeiras colossais, imperiais
O Pão de Açúcar e seu bondinho, a nos mostrar os melhores cenários
De uma cidade cinematográfica!

Lindo mar, belas praias,
Construções magníficas a rivalizarem as montanhas
A natureza pródiga em suas belezas
Construções antigas, Centro Histórico

Petrópolis, com seus casarões
Museu Imperial, com sua imponente sala de jantar
Louça, prataria, castiçais
Móveis, sofisticados, elaborados
Carruagens, e objetos de toucador, berços
Chuva e plantas, flores

E do alto do Pão de Açúcar
As praias, o mar salpicado de barcos
Passeios nas praias de Peruíbe,
Muitas águas a caírem dos céus
As chuvas a obstacularem os passeios

Na tevê, esportivas competições
E as moças bonitas, com seus laços de fitas
Jogam o carretel de fitas, coloridas
A enfeitarem o ar de efeitos, formas e cores
Com as meninas a agitarem seus carretéis de fitas
A envolverem seus corpos
E a desenharem o ambiente de nítidas formas
Dançam e embalam as fitas
Das moças com suas lindas roupas brilhantes
Apresentando-se lindamente para a platéia
Ondeando o laço de fitas no ar

E a bela menina com laço de fita
A emoldurar o tablado de formas
Curvilíneas formas
A dançar, saltear pelo tablado
Fazem par com as salteadoras jovens
A desenharem os ares com seus pulos acrobáticos

E o tempo frio e a chuva
A atrapalhar as caminhadas a beira mar
O passeio litorâneo adiado para melhores tempos
E o tempo dos trabalhos a se aproximar
Correria para melhor se acomodar,
Nos assentos e bancos, do trem da vida
Repletos das gentes,
Assaz ocupadas com seus pensamentos

Quero a companhia de uma brisa fresca
O sol a aquecer nossos corpos
A água azul e límpida das frias águas,
Envolvidas em fria ventania
Os chapéus de praia, a circundarem o gramado,
Ladeados por quiosques
Imagens em movimento,
A nos contarem histórias de outros tempos
Belas histórias de outras épocas

Além de muita música a ouvir no som
Rede a balançar, tendo a frente um lindo jardim
Com novas plantas,
A fazerem companhia a velhas companheiras
Pés de morango a oferecerem seus frutos,
Calanchoes, mini crisântemos, gerânios, rosas

E as dálias a resistirem
O pé de ipê a nos mostrar suas flores primeiras
E o manacá verdejante
Na entrada da casa dos sonhos,
Uma árvore com sua copa arredondada,
Ladeada por uma bonita primavera,
Repleta de flores vermelhas,
Que quando caem,
Formam um bonito tapete de cor, na pequena calçada
E a rosa pérola, a resistir em sua exuberância,
De flores, desabrochada
E o vento e a chuva, a repelirem os passantes
E assim a vida segue

Até o regresso a diária carreira
Lépido fim, das tardes fagueiras
Desidério, vontade de novas férias
E o ano no fim, a acabar
E outro plano de viagens realizar!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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