Poesias

terça-feira, 3 de novembro de 2020

A FOME

Voragem das horas que não cessam
O tempo caminha descompassado
Abrupto
Com suas longas barbas hirsutas
Tenho pressa

As horas não cessam, lentas
Ainda tenho o que fazer
Por onde começo?

Divagações
Pensamentos dispersos
Idéias esparsas no cipoal da imaginação
A colacionar concreções

Sinto o corpo cansado
Que poderei fazer?
Que belo começo terei?

Desesperação do balanço das horas
Do tremular de um vento fresco
Idéias volatizadas a se materializarem

O mundo que internalizamos
A se corporificar em realidades
A vida é o que dela fazemos

Quantas leituras
Sonhos entrevistos
Nas páginas de um belo livro
Quanta delicadeza em suas páginas
Quantos bons conselhos em suas linhas

Histórias eternizadas
Amigo nas horas ociosas
Admiro-te!

Amor beletrista
Musas das mais belas artes
Musas e faunos, a inspirar artistas
Na mais bela, das árduas tarefas
A embelezar o mundo
Exalçar de alegrias inspiradoras

Mistério a sondar
Reveladoras palavras
A dessedentarem as almas

Refrigério do mundo nas angústias
O entendimento da vida
Ó insondável mistério!
Quanta magia a ser revelada

Voragem do mundo a nos rondar
A fome do conhecimento se faz notar
Quantas palavras benditas
Quantas cenas ricas, descritas
Belos cenários mencionados

A beleza de um mundo imaterial
Materializado em nossa mente
Virtudes e mal-querenças a desfilarem
Diante de nossos olhos maravilhados

Divina Comédia Humana
Em que muitas vezes, nos vemos representados
As dores, as cores e os amores
Exemplificados

Vividos em cada página de um romance
Histórias a se evadirem das páginas de um livro
A perfilarem em nossas lembranças
Maravilhas de um mundo mentalizado!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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