Poesias

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

HABITUAL

Os sons a ecoarem pelos ambientes
Em imagens luzentes em tela de computador
Sons e imagens
Ou sons apenas
Sempre a nos fazer companhia nos momentos diversos da vida
A imaginar histórias
Os dramas contados nas canções

Quem sabe melhor ventura terão os poetas?
As notícias várias, correndo o mundo
Tanta tristeza, tanta desdita
Dos tumultos da vida, às vezes as voltas ...
Prefiro não acompanhar

Tentativas de leituras, em meio ao cansaço
Noites recostadas em seu leito
Ouvindo as canções,
Acompanhadas de suas apresentações,
Que me trazem tanto alento

Com a cabeça recostada em travesseiros
Acompanhando os movimentos da tela de cristal
Onde mil mundos se mostram para mim

Arrumar-se para dormir
Olhos pesados a acompanhar
No restinho de dia, um pouco de fantasia
A despeito do dia de belezas e maravilhas concretas

Em contraste a um mundo de imagens na tela de um computador
A natureza lá fora a nos convidar a contemplá-la
Lantanas floridas e cada vez mais coloridas,
Mostrando sua discrição em tons brancos

Plantas trepadeiras com muitas folhagens e poucas flores
Roxas
Sete léguas

O sol a amanhecer seus raios sobre a areia e as águas do mar
Clareando o dia e aquecendo as horas
Ora encoberto de nuvens
De formato arredondado
Lindo luzeiro

Longo caminhar, de suaves passadas
A contemplar leito de pedras a margear duas praias
E o leito de pedras a fazer ondas
Como que a formar uma pequena praia
Lagunas de águas claras,
A compor um lindo azul a fazer par com a areia
Em dias de movimento, os barcos a saírem pelo canal

Gaivotas a voarem sobre o mar
Aves brancas voando em bando
Diferentes penugens, plumagens brancas,
Ou mescladas de negro e branco

Gaivotas a brincarem nas águas
Permanecendo em pequenos bandos
Aves a voarem por sobre a faixa de areia
Ao lado da nativa mata preservada

Banhos de mar
Ondas fortes
Nas águas bravias do mar

As cidades iluminadas do alto das serras
Desvendadas entre um abrir de olhos e outro
Os brilhos eternos da cidade
Eternos por que nunca mudam
Embora mudem as cidades

A noite, em meio ao breu e a escuridade,
Tudo é indiviso
Quantos mistérios a nos espreitar

Em meio a um cotidiano
Quase sempre sem atrativos
Não fosse nos focar, nos belos momentos da vida
Nas coisas importantes,
Ao menos para nós

E tudo seria sem razão
Sem sentido,
Mas não!

Nosso modo de ver a vida, a tudo muda
E assim nos focando, vivemos melhor
Desta forma, o habitual, pode se tornar excepcional

Luciana Celestino dos Santos 
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

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