Poesias

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Oceano

Oceano, imenso reservatório de água
Repouso da vida marinha
Água repleta de sal
A acolher diversas formas do viver
Lendas e crendices

Siris a fazerem suas tocas a beira mar
Conchas com seus formatos vários
Onde vivem moluscos,
Recém saídos destas

Conchas várias, diversas
A enfeitarem as areias do mar
Mares e vidas, com seus usos e fazeres

Fábrico de canoas,
Com o tronco de apenas uma árvore
Trabalho artesanal,
Cortado com motosserra,
E esculpido com machado
A lembrar antigos dizeres:

Com quantos paus se faz uma canoa?
Como a pesca em suas várias formas
Entre elas:

Acender de luzes, para atrair lulas;
Redes de arrasto para pescar camarões
Onde nesta leva outros seres são pescados

Peixe voador, a ser atraído
Com o óleo lançado sobre ás águas,
Por sua claridade
Peixe exótico,
Cujas ovas são preparadas,
E vendidas como fina iguaria
Caviar de terras brasileiras

Possuí nadadeiras a lembrar asas
Que planam, saltando das águas
Ao sentirem-se ameaçados

Em antiga matéria televisiva
A mostrar como se constrói,
Grandes barcos em madeiras
Processo caro, artesanal, demorado
Mas resultando em magníficas construções

Redes de pesca trançadas,
Fazendas marinhas
Onde são criadas ostras,
Em conchas onde surgem lindas pérolas
Em outras são criados mariscos, vieiras
Vivendo em recipientes,
De onde são retiradas
Quando atingem o tamanho ideal para consumo

Seres criados em ambientes limpos
Pesca artesanal em muitos casos,
A ser orientada por pescadores
Que do alto de montes,
Avisam os pescadores,
Onde se encontram os cardumes de peixes

A competirem com a pesca industrial
Com barcos enormes
Onde se pesca muito mais

E a sofrerem com a desvalorização do preço,
Do produto pescado
De onde retiram,
Módicas somas para o sustento
O qual é vendido a somas vultosas,
Para os consumidores

Oceano de mar aberto,
Águas limpas, azuis, de verde esmeralda
Cercada de paredes de pedra

Canoas, barcos
Pescadores a lançarem suas redes ao mar,
A saírem cedo para pescar
A seguirem por horas mar adentro
Até encontrar um bom local para pescar

Passeios de escunas por ilhas
Com fortes, canhões,
E antigas construções coloniais
A avistar golfinhos

Em mares cariocas,
Pinguins a mergulharem em suas águas
Oriundos da Patagônia
Pinguins de Magalhães

Litorais recortados de pedras
Lanchas e jet skis a ocuparem suas águas
Balsas a transportarem carros

Cidade de construções coloniais
Circundada por um lindo e exuberante mar
Na Lagoa da Conceição,
As rendas de bilro de uma Santa Catarina,
Dunas a encobrirem praias

Em lugares outros,
A existir estrutura para se vender os peixes
Recém pescados

Tendo o canal com os barcos ao fundo
E as embarcações são coloridas
Em caminhadas pela praia
Se pode avistar a iluminação dos barcos,

Ao cair da noite
Avistar suas cores e o seu balanço
Mergulho em meio a cenário de tubarões
E belíssimos cardumes,
De peixes grandes e coloridos

Em outras paragens,
Mergulhos em embarcações afundadas
Repletas de corais e vida marinha

Sendo que de dia já pude avistar vários barcos,

Próximos da praia,

Em Fernando de Noronha,

Lugares alguns visitados pessoalmente,
Outros somente em leituras,
Ou por matérias televisivas
Mas todos igualmente apreendidos e admirados

Quem dera pudesse avistá-los todos
Diante de meus olhos, e ao contato de meus pés
Caiçaras a viverem de modo simples
Em suas casas modestas
A tecerem suas redes de pesca
E a lançarem a trama no mar
A cultivarem algas, pescarem peixes,
Criarem moluscos e vieiras,
A construírem suas barcas

Navegarem por mares bravios
Como em antigas jangadas, canoas
Barcos de pesca, com seus batentes coloridos
E seus nomes sugestivos
A avistarem sereias
As quais segundo dizem,
Nada mais eram que marinheiros,
Descansando de longas jornadas
E surpreendidos pela maré alta
Acabavam por morrerem afogados

História de naufrágios
De passageiros pulando no mar,
Sendo impiedosamente lançados,
Contra os paredões de pedras
E assim inevitavelmente perecendo

Navios objetos de explorações,
Revirados, a servirem de morada de peixes diversos
Corais a enfeitarem as estruturas do barco
Entre outros seres,
Até os temidos tubarões,
E suas mais diversificadas espécies
Histórias de tesouros escondidos,
Assombrações

Invasões de piratas no litoral brasileiro
Oceano de paisagens diversas,
Com muitas lendas e histórias
Muito ainda se tem para contar
Em suas ainda preservadas,
Lindas e imponentes reservas

Manguezais, passeios de barco pela Baía
Projetos de despoluição
Tantos sonhos, tanta coisa por fazer
E um oceano de causos para contar

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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