Poesias

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Festa da Ressurreição

Consoante o que está exposto nas Escrituras Sagradas, a Paixão e Morte de Cristo coincidiu com a festa em que os judeus comemoravam a libertação do cativeiro egípcio, e com isso, vários costumes e símbolos daquela festa passaram a fazer parte dessa festa cristã. A origem do nome Páscoa, vem do equivalente hebreu Pesah. Entre os saxões, o nome indica uma associação com o Eostur-monath, mês de abril, data em que se comemorava a morte do inverno e a recuperação da vida, portanto culto intimamente ligado a Ressurreição. 

Com relação a alguns rituais, os teutônicos são provavelmente responsáveis por certos costumes populares pascais como o Ovo de Páscoa. Antigamente os ovos eram considerados símbolos da vida e da fertilidade. No entanto, o costume de oferecer ovos como presentes nessa época remonta aos antigos égípcios. 

Na Rússia, no catolicismo ortodoxo, os ortodoxos se saúdam nesse dia com as palavras “Cristo Ressuscitou” e a resposta “Ressuscitou realmente”.

Entretanto, vários costumes da liturgia pascoal, como o acender o primeiro fogo nesse dia, desapareceram com a perda do sentido simbólico deste ritual por parte da civilização ocidental. 

No início da civilização cristã, um Concílio, denominado Cesaréia, realizado nos idos do 197 da Era Cristã, definiu que a aludida data seria comemorada no domingo seguinte ao décimo quarto dia da lua de março. E ainda, nas primitivas igrejas onde se professava o catolicismo, era o Domingo, o dia de batismo e comunhão dos catecúmenos, e que mais tarde evoluiu e se transformou na celebração por nós conhecida, como O Dia da Páscoa. 

No Sábado Santo, o tema “Luz”, e “Trevas” é expresso na extraordinária melodia gregoriana do Exultet. Evoca-se nessa ocasião a luz da criação, o combate da luz (Israel), a luz da palavra de Deus e a luz da Ressurreição.

Ademais, esta aludida efeméride que conforme a evolução dos tempos, passou a ser definida como Páscoa, é considerada a celebração de uma dos maiores acontecimentos da liturgia cristã, qual seja, a Ressurreição de Cristo. Cristo este que morrera crucificado numa cruz, segundo as práticas da época, e que ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus. No Catolicismo ele é cultuado como o messias, enviado por Deus, para ensinar aos homens o mister do amor ao próximo. Período este que se inicia com uma remota preparação, até se chegar a um luminoso momento. Por isso é precedido remotamente pela Quaresma, que se caracteriza por um período de quarenta dias de penitência, e mais proximamente pela Semana Santa. A preparação imediata inicia-se no Domingo de Ramos, quando é celebrada então a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ovacionado pela mesma multidão que posteriormente o verá crucificado no final desta semana. Nesse Domingo anterior a Páscoa, nas cerimonias religiosas dos templos, são entregues aos fiéis, um ramo que é benzido pelo padre, autoridade incumbida de realizar a missa, e que fica guardado durante um certo tempo nas casas dos cristãos. 

Com isso, a Igreja Católica, empenha-se cada dia mais, a restituir o esplendor desse dia, conforme se pode ver com as representações da Crucificação de Cristo nos rincões do país. A missa que se celebrava no Sábado de Aleluia, (onde ainda persiste o costume ibérico de malhar os Judas confeccionados especialmente para a ocasião, ou mesmo criar os “Judas de Ocasião”, pessoas odiadas no momento), passou a celebrar-se à meia-noite, na passagem para o domingo. 

Por fim, trata-se de um momento de renovação espiritual, o qual deverá ser sempre lembrado. Isso porque, após a Última Ceia, tão celebrizada em pintura artísticas, Jesus deixou como derradeira mensagem que sua pregação não fosse abandonada e que a grande lição que O Pai deixou nunca fosse esquecida que é : “Amai-vos uns aos outros assim como a vós amo”.

Luciana Celestino dos Santos 
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