Poesias

sexta-feira, 10 de julho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 62

CAPÍTULO 62 

Com isso, Felipe juntamente com seus amigos, continuou sua viagem pelo Brasil. 
Sequioso de conhecer o folclore da Região Norte e Centro-Oeste, Felipe, tratou de continuar sua incursão pela região. 
Assim, desejosos de conhecer novas paragens, os cinco rapazes partiram em um monomotor alugado, em direção a tão afamadas regiões. 
Estavam todos tão animados com a viagem, que entre nuvens e paisagens aéreas, puderam vislumbrar a exuberante natureza que fazia parte da região. 
Assim, avistaram grandes matas, florestas aquáticas e grande números de animais, aves em revoada, entre outras coisas. 
Foi nesse momento, no meio da floresta Amazônica, que decidiram pousar e conhecer umas das mais tradicionais festas do lugar. 
A famosa festa de Parintins. 
A cidade fica na Ilha de Tupinambarana, no Rio Amazonas. 
Situada a 420 quilômetros de Manaus, é palco de uma disputa de dois Bois Bumbás. 
O Boi Caprichoso e o Boi Garantido. 
Este espetáculo, conhecido como Festival Folclórico de Parintins, chega a levar cem mil pessoas ao delírio. 
No Bumbódromo – a famosa passarela em forma de boi onde desfilam os dois bois bumbás – todos os que assistem o espetáculo, ficam encantados com a apresentação. 
De cada lado, mais de dez mil participantes, vestidos de iaras, curupiras, serpentes gigantes, rainhas e príncipes encenam a história do boi bumbá – mistura de bumba-meu-boi nordestino com as lendas indígenas. 
O boi, morto para satisfazer o desejo da grávida Catirina, que queria comer a língua do boi, é ressuscitado pelo padre e pelo pajé há setenta anos. 
Muito mais que isso, cada vez mais a festa vem se sofisticando com efeitos especiais e carros alegóricos. 
Além disso o enredo e as luxuosas fantasias mudam a cada ano, e ninguém resiste à passagem da marujada, a conhecida bateria do bumbá. 
O povo animado, ginga no ritmo bunda-de-boi, dois pra lá, dois pra cá. 
Além disso, a cunha-poranga – moça bonita – encanta a todos com sua simpatia. 
Ademais, no restante do ano, o povo amazonense não esquece o boi bumbá. 
Muito pelo contrário, dança o passo do boi nos currais, e danceterias rústicas e improvisadas espalhadas por todas as cidades da região, as quais os turistas foram conhecer. 
Acolhidos pelo gentil povo do lugar, os nativos logo lhes ensinaram os passos da dança, os quais, dedicados, não demoraram muito para aprender. 
Assim, em algumas horas já dançavam a dança do bumbá, como se o fizessem há muitos anos. 
Por conta disso, foram bastante aplaudidos pelos moradores do lugar. 
Gentis, agradeceram a acolhida. 
E assim, ao final de alguns dias, retomaram a viagem. 
Mais uma vez, sobrevoaram a paisagem amazônica. 
Pela janela avistaram o Rio Amazonas, e inúmeras gaiolas – forma como as embarcações da região são conhecidas. 
Embora das alturas parecessem pequenos pontos, os turistas, conhecedores dos meios de transporte fluvial da região, sabiam muito bem que do se que tratava. 
Contudo, não é isso o que importa. 
O importante, é que, impressionados com as dimensões do rio, das alturas puderam então perceber por que falavam que este é o maior rio do mundo. 
Dos céus, avistaram inúmeros igarapés, bem como inúmeras clareiras abertas na floresta. 
Felipe e Fábio ao perceberem isso, ficaram penalizados. 
Chegaram até a comentar: 
--Por conta da ambição os homens são capazes de destruir as coisas mais belas. 
Das alturas, os turistas puderam também se deslumbrar com Rio Amazonas. 
Filho mestiço do amarelo Rio Solimões e do Rio Negro, num acasalamento de doze quilômetros de extensão, que enfinda quando suas águas se misturam, ele segue se destino até chegar ao Atlântico. 
Senhor do maior volume de água do mundo, o rio é tão caudaloso, tão cheio de vida que seria capaz de fornecer a cada vinte e oito segundos, um litro de água para cada habitante da terra. 
Da janela da aeronave, os turistas viram ainda, o porto flutuante de onde partem as expedições pelo rio. 
Aproveitando isso, os cinco rapazes desceram do monomotor e fizeram um passeio de barco. 
De longe os turistas atiram moedas no rio. 
Isso por que, se conseguissem atingir a linha nítida que separa o amarelo do preto, teriam sorte redobrada. 
Por fim, quando os dois rios viram um só, os motores dos barcos são desligados e soam alto os hits do Boi-Bumbá, cantando o encontro das águas. 
Nesse ponto, a selvagem Ilha de Marapatá fica para trás e a próxima paisagem a ver vista é o Parque Ecológico de Janauary. 
Pelo percurso, saltitantes botos-cor-de-rosa escoltam as embarcações próximas, até que uma sucessão de veias se abre ás margens dos rios rumo à floresta. 
A seguir retornado ao avião, os turistas, deslumbrados com a visão área da Amazônia, puderam ver ainda, os canoeiros seguindo em direção a igarapés e igapós – matas inundadas que só deixam a copa das árvores de fora e onde bóiam, como que adormecidas, vitórias-régias de até dois metros de diâmetro. 
Foi então que o piloto contou que: 
-- O maior herói Manauara é Ajuricaba. 
Não perdoou nem o pai por beber caxiri com os portugueses invasores. 
Por isso foi expulso da aldeia e se escondeu na mata. 
Quando o pai morreu atraiçoado, ele voltou para defender seu povo.
Resultado, acabou preso. 
O militar luso Belchior Mendes de Morais tentou levá-lo para Portugal. 
O índio, porém, não aceitou a humilhação. 
E se atirou no mar. 
Os turistas ficaram atentos ouvindo as lendas da região. 
Foi então que o piloto comentou: 
-- A lua nasceu aqui. 
A índia Iaci não podia casar-se com o irmão e foi morar no céu. 
Com suas flechas, ela construiu uma ponte e subiu ao firmamento. 
Hoje, rege a vida noturna na floresta. 
Quando sua luz é fraca, a cobra Boiúna se disfarça de navio a vela, e devora aventureiros desavisados. 
Na terra, seu rastro se transforma em igarapé. 
Flávio e Agemiro ficaram encantados com a narrativa. 
Em seguida o piloto contou a seguinte história: 
-- Outra índia, enamorada, também, tentou subir ao céu. 
Escalou o mais alto dos montes. 
Era muito baixo. 
Viu Iaci refletida num lago e se atirou. 
A musa, admirada com a valentia, transformou-a na vitória-régia, a ‘estrela d’água’. 
Os cinco rapazes ouviam a tudo com muito interesse. 
Por fim, o piloto narrou a história do Curupira: 
-- O Curupira defende as árvores e os animais da floresta. 
Meio divino, meio diabólico, tem forma quase humana. 
Coberto por pêlos avermelhados, emite ruídos assustadores. 
Quando os caçadores tentam fugir, embrenham-se mais na floresta, no rastro falso do Curupira, cujos pés são virados para trás. 
Pela janela do monomotor, os turistas puderam ver ainda a Serra do Navio, entre outras regiões. 
Pelo monomotor avistaram ainda o Rio Madeira, em Rondônia. 
Em suas várzeas as plantações são feitas durante a vazante, e antes que a cheia cubra tudo com as águas, colhe-se tudo o que foi plantado. 
Ao pousarem em terra firme, conheceram a capital. 
Assim em passeio pela capital, visitaram o Palácio Getúlio Vargas, em Porto Velho – sede do governo de Rondônia. 
No centro, avistaram casarões antigos. 
Também foram conhecer a Catedral Sagrado Coração de Jesus, a construção, em estilo clássico-colonial, possuí vitrais com motivos bíblicos. 
A Praça das Três Marias, com três caixas d’água desativadas no começo do século é referência na cidade. 
Aproveitando as praças da cidade, os cinco turistas visitaram a Praça Madeira-Mamoré. 
Trata-se de uma antiga estação ferroviária transformada em praça. 
Seus galpões abrigam o Museu Ferroviário, no qual estaca-se a locomotiva Coronel Church, a primeira a rodar na ferrovia, e uma garagem com trens quebrados. 
Belíssimo ponto de encontro, fica ao lado do Rio Madeira, que possuí alguns bares flutuantes. 
No Museu de Rondônia, conheceram seu acervo. 
Cerâmicas indígenas, fósseis de animais pré-históricos e animais empalhados. 
Ansiosos por participarem de uma festa, os cinco turistas, mais do que depressa se dirigiram ao Arraial Flor de Maracujá. 
Nesta época, estava havendo um concurso de melhor boi-bumbá e melhor quadrilha. 
Assim, os viajantes não podiam perder a oportunidade de conhecer uma festa típica da região. 
De forma que foram até lá e se divertiram muito. 
Com relação as belezas naturais, os cinco turistas aproveitaram para fazer um passeio pelo Rio Madeira. 
No passeio de uma hora pelo afluente do Amazonas, navegaram no meio da selva entre árvores centenárias, aves exóticas e corredeiras de águas verdes. 
As magníficas visões nos mirantes do rio, impressionaram. 
Além disso, durante o passeio, os cinco rapazes conheceram a Cachoeira de Teotônio. 
Formada por violentas corredeiras no trecho onde o Rio Madeira se alarga, em seu entorno, cortando a região, existe uma pequena vila de pescadores. 
Os viajantes, deslumbrados com a beleza do lugar, aproveitaram para fazer uma pequena visita a região.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

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