Poesias

segunda-feira, 20 de julho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 83

CAPÍTULO 83

 Ao sobrevoarem a Ilha de Marajó, avistaram grandes campos verdejantes, bem como vaqueiros cavalgando nesta paisagem.
Nessa oportunidade, o piloto aproveitou para comentar com os passageiros que esses vaqueiros eram em grande parte, fazendeiros.
Vestidos com trajes típicos, são característicos da região.
Além disso, os turistas puderam ainda, avistar uma criação de bufálos, numa das inúmeras fazendas da região.
Os turistas também puderam conhecer o Lago do Arari, e o Rio de mesmo nome.
Segundo informações do próprio piloto da aeronave, o lago está condenado ao desaparecimento.
A ilha, localizada na foz do Amazonas, possuí uma topografia tranqüila, sem grandes acidentes geográficos.
Na porção oriental da ilha, puderam conhecer o que muitos chamam de Delta interior do Amazonas.
Este delta compreende, a região dos Furos de Breves, que faz a ligação entre os rios Paraná e Amazonas, a região do Aramá e do Codajás, e a região de Laguna e das baías, que mantém contato somente com o Rio Pará.
Com isso, ao término de alguns dias, retomaram a viagem prosseguindo em direção ao Pará, terra de grandes festas e manifestações culturais.
Das alturas, puderam se dar conta da beleza da região que imediatamente os encantou.
Das alturas puderam ver o Rio Trombetas, afluente do Rio Amazonas, que nasce na Serra Acaraí, no Pará.
Do monomotor puderam avistar ainda, a região da Serra dos Carajás, onde é feita a extração de minério de ferro, bem como o beneficiamento do material.
Nessa mesma região, puderam ver de longe, uma usina de beneficiamento de minério de manganês.
Ademais, viram também a Estrada de Ferro Carajás.
Quando finalmente desceram, puderam visitar o Porto bem como o Mercado de Ver o Peso, à margem da baía do Guajará, importante atração turística da cidade de Belém.
Nesse ponto da cidade, uma ampla área verde se descortina, convidando os turistas para um gostoso passeio pela região.
Além disso, neste mercado se encontra muitos objetos de cerâmica popular á venda, por preços bastante acessíveis.
Por esta razão Lúcio e Flávio, interessado em levar lembranças para seus familiares, fizeram questão de comprar algumas das cerâmicas.
Destarte, caminhando por mais alguns lugares, conheceram várias ruas da cidade velha de Belém.
O lugar, repleto de casarões antigos, levava os turistas para uma viagem pela história do Brasil.
Em Santarém, conheceram um magnífico casarão, todo decorado com azulejos.
Passeando pela região, os turistas conheceram a Catedral de Nossa Senhora da Conceição.
A edificação, começou a ser construída em 1791 e foi modificada ao longo dos anos.
Possuí o famoso crucifixo de ferro doado em 1846 pelo cientista alemão Von Martius, um dos maiores estudiosos da flora brasileira.
Com um metro e sessenta e dois centímetros de altura, o crucifixo foi a forma encontrada por Von Martius, para agradecer o fato de ter escapado de um naufrágio no Rio Amazonas, perto de Santarém.
A seguir, os cinco viajantes foram conhecer a Igreja São Raimundo Nonato.
A igreja, simples, foi erguida entre os anos de 1926 a 1940, traz resquícios do estilo colonial em seus traços.
Na praça há um modesto mas bonito monumento em homenagem aos índios e escravos santarenos.
No Solar do Barão de Santarém, os turistas puderam vislumbrar uma construção do início do século XIX, com três andares, portas e janelas arredondadas, e considerado um dos edifícios coloniais mais antigos da cidade.
Aproveitando a oportunidade, os turistas foram ver a loja de artesanato Muiraquitã, ao lado, construída na mesma época, com relógio de sol no alto.
No Porto de Santarém, os rapazes puderam ver os barcos que vão para Manaus, assim como os navios que viajam pelo mundo inteiro.
Neste porto, sempre há muita madeira para ser embarcada para a Europa.
Ao fundo, vê-se a Ponta Negra, última nesga de terra que separa os Rios Tapajós e Amazonas.
Caminhando pela orla da cidade, os turistas se aproximaram do Rio Tapajós.
Lá conheceram um pouco da história da região.
Isso por que, ao lado do rio, há sobrados geminados 58 construídos no século XIX, com fachada de azulejos portugueses, platibandas e cores vivas.
Porém, de vez em quando se vê uma construção moderna.
Do outro lado do rio há uma animada feira livre com peixes e produtos regionais.
Feira essa que os turistas fizeram questão de conhecer.
No Centro Cultural João Fona, na Praça de Santarém, os turistas se admiraram com uma construção de 1867.
Nessa época, passou a ser a sede da Câmara Municipal.
Com as sucessivas reformas, foi perdendo suas características originais para se adaptar ao presídio, fórum, prefeitura e outros órgãos que sediou até virar espaço cultural, com acervo de cerâmicas tapajós arqueológicas.
Lá estão peças com até dez mil anos de idade.
Há ainda, uma urna funerária indígena ainda com restos mortais.
Passeando pelo Mercado Ano 2000, os turistas encontraram peixes.
Entre eles, tucunaré, pirapitinga, aracu, tambaqui, pirarucu, surubim e centenas de outros.
Além de frutas como acerola, taperebá, inajá e dezenas de espécies de bananas.
No Mirante do Tapajós, situado no topo de uma colina no centro da cidade, uma fantástica vista se descortina do encontro das águas do Rio Tapajós e Amazonas.
De lá, os turistas também puderam ver a Ilha do Meio, formada por sedimentos trazidos dos dois rios.
Em Alter do Chão, os turistas conheceram a praia mais procurada do Rio Tapajós, a duas horas e meia de Santarém, de barco.
Lá tem ainda, uma pequena vila ribeirinha de apenas mil habitantes e fica encravada ao lado do enorme e calmo Lago Verde, formado por dois igarapés, que logo em seguida despejam suas águas no rio.
Na península de areia muito branca, se vê muito verde.
Lá, quem gosta de praia agitada fica na margem, nos bares.
Se a preferência for mais amena, como era o caso dos turistas, é o caso de se pegar uma canoa e ir até a ‘ilha’, que fica no encontro das águas do Tapajós e do Amazonas.
Além da aventura, o passeio reserva a opção de banhos de água morna (no Tapajós) ou fria (no Amazonas).
Conta a lenda que nas águas do Lago Verde podem ser achados muitos muiraquitãs.
Mais tarde os turistas foram visitar o Centro Cultural de Preservação das Artes Indígenas.
Trata-se de um interessante museu, que reúne objetos de mais de setenta tribos amazônicas, entre elas Caiapós, Carajás, Nhambiquaras, Txucahamães (a qual pertence o cacique Raoni), Ianomâmis e Jurunas.
Todo o acervo é original, feito por índios não aculturados.
As redes, cerâmicas, armas, cocares e muitos outros utensílios resumem a cultura das tribos da região.
Como era época do Festival Folclórico de Sairé, os turistas não perderam a oportunidade de conhecer a festa que se inspira no ritual indígena para saudar os navegadores portugueses e cujo símbolo é o sairé, um semicírculo de cipó torcido com três cruzes.
Esta foi a forma encontrada pelos índios para imitar os mastros das naus portuguesas e se aproximar dos colonizadores.
Os festejos começam com o Hino Nacional cantado em Tupi-Guarani, enquanto se fixa o mastro.
Depois é a vez da dança do Cruzador Tupi, uma representação da chegada portuguesa.
Além disso, há procissões acompanhadas de ladainhas, encenações de passagens bíblicas e competições esportivas.
A festa termina com almoço de confraternização só com comidas típicas da região.
Depois, os cinco rapazes foram visitar a Fordlândia e Belterra – duas criações de Henry Ford, que sonhou com um novo oeste americano em terras tupis.
Porém os caboclos não gostaram nem um pouco dos americanismos trazidos pelo empresário e se rebelaram.
Hoje Fordlândia é uma cidade fantasma e Belterra, uma pacata cidade do interior.
Por fim, os turistas, ao encerrarem o passeio pela cidade, aproveitaram para comprar cerâmica artesanal marajoara e artesanato indígena feito com palha de tucumã (palmeira da região), brinquedos de balata (espécie de borracha), plantas aromáticas, como o patchuli, na loja Muiraquitã.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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