Poesias

segunda-feira, 20 de julho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 82

CAPÍTULO 82 

No Amapá, visitaram a Igreja São José.
A mais antiga da cidade, erigida em 1761.
A edificação, possuí traços coloniais na versão mais despojada dos jesuítas.
Ao avistarem o Trapiche, os turistas puderam ver o centenário ancoradouro de madeira que avança quinhentos metros sobre o Amazonas.
À sua volta, inúmeros bares.
No Marco Zero, os turistas subiram no monumento em honra à Linha do Equador.
Colocando um pé de cada lado, se fica nos dois hemisférios ao mesmo tempo.
Ao passarem pela Fazendinha, os turistas conheceram uma vila enfeitada com praias do Amazonas.
As águas calmas, boas para banho, foram convidativas para os viajantes.
Mais tarde, os cinco rapazes aproveitaram para passar num dos inúmeros bares e quiosques de palha que haviam no lugar.
No dia seguinte, foram visitar o Forte de São José.
Concluído em 1872, após dezoito anos de trabalho índio e escravo, é um dos cartões postais da cidade.
No Sítio Arqueológico do Pascoval, objetos domésticos e urnas funerárias de uma civilização indígena extinta, encantaram os turistas.
Depois, os turistas passearam pelo Curiaú.
Durante a construção do forte, os escravos formaram um quilombo, hoje a Vila de Curiaú, onde moram somente negros, com cultura quase intacta.
O lugar preserva um pedaço da floresta, com suas aves e plantas exóticas.
Lá, há um enorme lago de águas rasas, bom para banhos, onde se criam búfalos.
No Oiapoque, a noventa minutos de avião do Amapá, palafitas e ruas de terra na selva, estão marcadas por tradições indígenas, e envolvidas por florestas e rios verdes e transparentes na fronteira com a Guiana Francesa.
Lá índios, Galibis, Palicus e Caripunas desfilam com relógios digitais, jeans e camisetas.
É ali que fica o marco histórico, onde se lê ‘Aqui começa o Brasil’.
De barco, os rapazes chegaram à Cachoeira Gran Roche.
O lugar possuí piscinas naturais, corredeiras e praias.
Aproveitando o passeio, os turistas desceram o Rio Oiapoque, banhando-se em seus igarapés.
Na vizinha San Georges, na Guiana, vinhos e perfumes franceses estão expostos à venda.
No Laguinho e em Curiaú, um ritual de origem africana num ritmo cadenciado por tambores rústicos de madeira cavada, dão início ao Marabaixo.
Este ritual, mistura carimbó, baião, cantiga de roda e faz todo mundo dançar.
Nesse ritual, as mulheres cantam e rodopiam em vestidos coloridos, com uma flor na mão, tomadas por algum espírito brincalhão.
Já os homens jogam o corpo, em passos de capoeira.
O auge da folia é na Páscoa.
Na Festa de Santiago, a encenação da luta entre mouros e cristãos na África portuguesa, no século XVIII, atraí muitos turistas.
Lúcio, Fábio, Agemiro, Flávio e Felipe, aproveitando a oportunidade, também foram observar o espetáculo.
Nessa festa, os mouros dão alimentos envenenados aos cristãos e comemoram a vitória.
Disfarçados, os cristãos vão ao Baile de Máscaras para devolver o presente.
No dia seguinte ocorre a batalha.
Depois, os atores saem num grande círio.
Dias depois, os turistas, antes de prosseguirem em sua viagem pelo Brasil, conheceram mais uma das variantes sobre a ‘Lenda do Boto’.
Os macapenses, diziam que, em dias de festa, à meia-noite, ele vira um homem bonito e sensual.
Vestindo-se de branco e usando chapéu, seduz uma menina-moça e some.
É responsável por casamentos desfeitos e apontado como pai dos filhos de mães solteiras.
Logo após, partiram.
O próximo destino era Roraima.
Assim o foi.
Ao longe viram o cerrado, o Monte Roraima, o Lago Caracaranã e muitas fazendas.
Das alturas, também viram praias de água doce, em muitas delas haviam uma profusão de cajueiros, o que tornava o local bem pitoresco.
Encantados com a paisagem, os turistas não viam a hora de pousar.
Sequiosos de conhecer as construções da capital, Boa Vista, bem como ver as paisagens naturais de perto, os cinco rapazes estavam ansiosos para devassar a região.
 Por isso, quando finalmente pousaram, mais do que depressa, procuraram uma pousada para se hospedarem.
Quando conseguiram um lugar para ficar, exaustos com a viagem, aproveitaram para dormir um pouco.
Mais tarde, aproveitariam para percorrer os principais pontos da cidade.
Com isso, quando finalmente as horas se passaram, os cinco rapazes estavam mais do que prontos para o passeio.
Primeiramente, foram visitar a Catedral Cristo Redentor.
De arquitetura moderna, a nave se afunila no altar, e o teto é convexo – todo em madeira.
Depois de muito admirar a catedral, foram conhecer a Igreja de São Sebastião.
A igreja mais antiga da região, datada do século passado.
Foi capela da Fazenda Boa Vista do Rio Branco.
Em estilo barraco, está muito bem conservada.
Após, passaram pela Praia de Rio Branco.
A praia, de areias muito brancas na seca, é cercada de rica mata nativa, boa para passeios no meio da vegetação.
Com isso, quando os turistas chegaram, ao verem a beleza do lugar, mais do que depressa caíram na água, para depois caminhar no meio da vegetação.
Depois da caminhada, passaram pela Ponte Macuxi, onde puderam admirar a orla da cidade, e das colinas na região limítrofe com a Guiana.
No dia seguinte, passearam pelo Parque Anauá.
Este parque constitui-se em horto florestal com lago natural, parque aquático, pista de bicicross e forródromo.
Neste local, os turistas aproveitaram para passar algumas horas.
Depois rumaram em direção ao Museu de Roraima, onde puderam ver objetos indígenas e instrumentos de garimpo.
Em seguida, com o auxilio de um guia, rumaram em direção ao Monte Roraima.
Como se trata de um ponto muito distante da capital, os turistas tiveram que alugar um carro para percorrer a região.
Este monte na fronteira com a Venezuela e com a Guiana, oval e florido, desponta na selva, com mais de dois mil oitocentos e setenta e cinco metros de altura, quatorze quilômetros de extensão e sete quilômetros de largura.
No lado brasileiro, o monte tem seiscentos metros de parede azulada.
No platô de arenito – de quarenta quilômetros –, o tempo e o vento esculpiram bichos nas rochas e produziram fendas e abismos.
Além disso, segundo o guia, e de acordo com os índios Macuxis, o monte surgiu quando estranhos comeram as frutas de uma bananeira sagrada.
Como castigo, a natureza fez emergir do chão, entre chuvas, raios e trovões, um penhasco ornado por uma coroa de nuvens.
Com isso, depois de conhecerem a região, os turistas fizeram questão de conhecer uma aldeia Ianomâmi.
Percorrendo o rio Urariqüera de carro, seguiram o restante do caminho de barco.
Foram longos três dias de viagem.
Quando chegaram no Uraricaá, puderam presenciar cerimônias indígenas em plena selva.
Também puderam avistar araras coloridas, macacos, aves raras e até onças.
Por fim, conheceram a Pedra Pintada, onde viram a famosa pedra com inscrições milenares e misteriosas.
A pedra, leia-se, bloco de granito gigante, situa-se às margens do Rio Parimé.
Lá se encontram pinturas e inscrições rupestres pré-colombianas.
Alguns, chegam a acreditar que se tratam de inscrições fenícias de 2500 anos.
Depois do longo e demorado passeio pela região, retornaram para a capital.
Lá como último passeio, visitaram o Centro de Artesanato e compraram cestos de cipó e palha de buriti, além de algumas esculturas.
Após, prosseguiram com a viagem.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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