CAPÍTULO 80
Com isso, depois de ouvirem as muitas lendas que os nativos tinham para contar, Lúcio, Fábio, Flávio, Felipe e Agemiro, foram se recolher.
Isso por que, muito embora tivessem ido dormir tarde, tinham que, antes de partir, conhecer o Lago do Cuniã.
Assim o fizeram.
Logo ao se levantarem, trataram de se vestir e despedir do povo hospitaleiro que os acolheu tão bem.
Depois, por meio de barco, pelo mesmo Rio Madeira, continuaram a percorrer as matas, até que finalmente avistaram a reserva biológica, possuidora de uma grande variedade de peixes.
Em seguida, passaram por formações rochosas, cordilheiras e cachoeiras.
Nesse ponto aproveitaram para parar um pouco e fazerem alguns mergulhos.
Por fim, retornaram de barco para o ponto de partida.
Porém, no percurso, qual não foi a surpresa dos rapazes, ao verem uma linda procissão fluvial. Curiosos, tentaram se aproximar para saber do que se tratava.
Contudo, não conseguiram se aproximar muito.
Mas apesar disso, conseguiram descobrir do que se tratava.
Era uma procissão em homenagem a São Pedro e percorria o Rio Madeira, bem como o Rio Mamoré.
E assim, muito embora tenham sido convidados para acompanhar a procissão, os mesmos gentilmente declinaram do convite.
Estavam exaustos com a viagem que fizeram.
Mas não o suficiente para não observarem um pouco a procissão.
Os pescadores, vestidos de branco, enfeitavam seus barcos especialmente para a ocasião.
E com isso faziam uma linda procissão.
Porém, para os cinco turistas, já era mais do que hora de voltarem, para Porto Velho.
Além de descansar, precisavam conhecer o Porto e depois seguir viagem.
E assim o fizeram.
Ao completarem os planos de viagem pela região, prosseguiram viagem para outras localidades.
Ao largo do Rio Amazonas, a bordo de um monomotor, também puderam ver povoações ribeirinhas acomodadas em regiões elevadas, em áreas não inundadas pelas enchentes.
As construções embora simples, pareciam resistentes.
Deslumbrados, puderam ver ainda, uma vasta área de floresta aquática.
Uma visão impressionante.
Também avistaram a Rodovia Transamazônica, ou pelo menos trecho dela.
Durante o percurso, desceram no município de São Gabriel da Cachoeira, onde conheceram o Morro da Fortaleza.
Neste museu, encontram-se trincheiras do forte de 1763.
A atração é a pedra da Anta e seus estranhos desenhos em alto relevo.
Nestes desenhos tem: vísceras de animais, um pernil e pegadas humanas.
Algumas lendas alusivas ao local, esclarecem que se tratam de restos petrificados de uma anta que regalou uma tribo faminta que vagava pela região.
Conheceram também, o Morro da Boa Esperança.
Na subida deste morro, painéis de azulejos na rocha relatam a via-crúcis.
No alto estão as Capelas de Nossa Senhora Auxiliadora e do Cristo Crucificado.
Ao lado delas, duas pedras gigantescas se equilibram em outras menores.
Estas pedras foram trazidas do Rio Negro por dois índios que disputavam quem era o mais forte, diz a lenda.
Na Serra da Bela Adormecida, as montanhas desenham o perfil da bela do referido conto de fadas, com seus seios fartos e cabelos compridos, que adormece longe da cidade esperando pacientemente pelo príncipe.
Esta é uma bela formação natural que pode perfeitamente ser apreciada da fortaleza.
O que os cinco turistas fizeram.
Depois, foram a Praia, no Rio Negro.
De areia branca e águas geladas por causa dos riachos que descem do Pico da Neblina, não era nem um pouco convidativa para um mergulho.
Não bastasse isso, o rio, apesar de aparentemente manso, possuí uma correnteza forte e traiçoeira.
Contudo, perto dali, estava a Palhoça da Graça, que serve aperitivo e cervejinhas.
Lá sentados, enquanto bebiam e beliscavam uns petiscos, os cinco rapazes aproveitavam para se deslumbrarem com a bela paisagem do local.
Depois, dando continuidade ao passeio, chegaram num ponto conhecido como Linha do Equador.
Na estrada, uma placa e um bloco de concreto revelam onde passa a linha imaginária que divide a terra em duas partes, e que também demarcam o Parque Nacional do Pico da Neblina.
Com isso, os turistas, impressionados com a capacidade do ser humano de criar soluções para os problemas do cotidiano.
Puderam observar que os raios de sol que incidem sobre a região, estão sempre em linha reta.
Em seus passeios pela região, os turistas também conheceram, a Aldeias Tucanos, onde Ianomâmis e Banivas vivem no Alto Rio Negro.
Nestas aldeias são mantidos os antigos costumes dos primeiros indígenas.
Assim, por meio das voadeiras – como são conhecidos os barcos com motor de popa que circulam pela região –, os turistas puderam ver de longe os indígenas e as aldeias.
Também, aproveitando o passeio, puderam apreciar toda a natureza da região.
Era realmente uma paisagem repousante.
Muito embora os habitantes da região fossem conservacionistas, nada impedia visitas ao lugar.
Porém, para visitarem o lugar, necessária se faz autorização da Funai.
Coisa que os cinco viajantes providenciaram logo que chegaram a região.
Aproveitando a viagem os cinco viajantes não perderam a oportunidade de conhecer mais sobre o folclore da região.
Por isso, quando um dos moradores do lugar se aproximou para contar sobre a ‘Lenda da Cobra Grande’, os turistas ouviram atentamente a narrativa.
A lenda era sobre a cobra gigante, que fora mais tarde petrificada, e hoje serve como lombada, que não deixava ninguém cruzar o Rio Negro, e engolia os valentões da tribo.
Com isso, os índios, percebendo que não adiantava medir forças com a estranha criatura, tiveram a seguinte idéia: amarraram um matapi – arapuca de tala de madeira –, caçaram o monstro e ele virou pedra.
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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