CAPÍTULO 90
Com isso, os cinco rapazes despediram-se da região, e prosseguiram o passeio rumo a região do Pantanal.
Assim, aproveitaram para passearem de chalana – o barco da região.
Prevenidos que eram, aproveitaram para fazer o passeio logo cedo.
Com isso, antes mesmo do sol nascer, já estavam prontos para o passeio.
O próprio barqueiro aos vê-los esperando no ponto combinado, se surpreendeu.
Isso por que, os turistas haviam chegado ao ponto combinado, antes dele.
Porém, a despeito da espera, os cincos rapazes foram recompensados com um belíssimo passeio.
Logo que o sol nasceu, as aves se aproximaram do rio e uma gama enorme de animais, ficaram a espreitar por detrás das árvores.
Encantados, se admiraram ao ver uma espécie de foca brincando entre os aguapés.
O barqueiro então, percebendo a admiração dos turistas, comentou:
-- É uma ariranha. Tem uma pele macia e marrom. É muito cobiçada pelos caçadores que a utilizam para fazer tapetes e casacos.
E assim o passeio prosseguiu.
No final da tarde, os espetáculos dos ninhais – a revoada dos pássaros de volta aos ninhos – , surpreendeu e encantou a todos.
Neste evento, as garças, os colhereiros e as araras aterrissam em bandos e escolhem uma árvore para passar a noite.
E assim, os cantos, os pios, alaridos e zumbidos vão silenciando conforme caí a noite.
E assim encerrou-se o passeio.
Deslumbrante passeio.
No dia seguinte, animados, passearam de cavalo, acompanhados de um guia, pela região.
Durante o passeio, o guia comentou sobre a região, e também sobre as características do animal.
Para ele, o cavalo pantaneiro é paciente e bom de trote.
Mistura antiga dos andaluzes espanhóis, proporciona agradáveis cavalgadas por entre as baías e salinas – lagoas de água doce e salobra, as quais eram viveiros naturais das aves.
Enquanto falava, ao ver uma carandá – espécie de palmeira que guarda ninhos – pediu para que os turistas prestassem atenção na árvore.
Ao se aproximarem de uma cambará, o guia fez a mesma coisa.
A cambará, é uma árvore grandiosa e com flores amarelas, que mais parecem candelabros. Deslumbrante, de longe já chama a atenção.
Mais tarde, depois de encerrado o passeio a cavalo, e aproveitando um dia de sol, os turistas acompanharam o trabalho dos peões com o gado.
Durante o trabalho, os peões laçam baguás, bois bravos e enfrentam touros.
Por fim, aproveitaram também, para fazer um passeio de jipe.
Com a ajuda do veículo, os turistas conseguiram vencer trilhas que seriam impossíveis de serem percorridas com outro meio de transporte.
Dessa forma, visitaram fazendas e avistaram inúmeras áreas verdes.
Durante o percurso, tiveram o prazer de ouvir a afinadíssima orquestra de bem-te-vis, sábias-do-brejo, colhereiros de plumagem salmão, bicos-de-prata, araras-azuis, e outras centenas de pássaros.
Nesta sinfonia, a saracura macho canta: “Manhã eu vou”.
E a fêmea responde: “Não vem hoje”.
Já a Aracuã fêmea implora: “Quero casar”.
E o macho ameaça: “Para matar”.
A araponga verde, emite um som que mais parece uma bigorna.
O saci, de pescoço fino, topete, cauda longa e larga, produz um canto assim: “Sem fim, sem fim ...” O tuiuiú, ave símbolo do Pantanal, possuí um metro de altura e oito quilos.
Considerada o urubu do lugar, come todos os restos de animais.
Com suas penas azuis, sua cabeça negra e seu pescoço vermelho, impressiona.
Grandiosa, não é a toa que se tornou o símbolo da região.
Os turistas, em meio a natureza, ficaram deslumbrados.
Porém, conforme os dias passaram foi se aproximando o momento de prosseguirem em sua longa viagem.
Os viajantes também precisavam conhecer, o estado de Goiás.
Assim, na hora da partida, aproveitaram para se despedirem dos simpáticos anfitriões.
Sim por que durante as semanas em que passearam e admiraram a linda paisagem do Pantanal, os cinco rapazes foram muito bem recebidos em todos os lugares que passaram.
Fazendeiros e donos de pousadas, sempre os trataram muito bem.
Tão bem que certamente, além da belíssima paisagem da região, os cinco turistas, guardariam na memória a lembranças de todas as pessoas que os receberam bem, nas regiões por onde passaram.
Porém, chegada a hora de partir, os turistas subiram na aeronave e partiram em direção ao estado de Goiás.
Da aeronave, antes mesmo de pousarem, os viajantes puderam se encantar com as paisagens aéreas da cidade de Goiânia.
Ao verem o Rio Araguaia, nas proximidades da Ilha do Bananal, os turistas puderam se deslumbrar com a visão de enormes bancos de areia formados durante o período da estiagem.
Ao chegarem à cidade de Goiânia, verificaram que, com inúmeros prédios, a cidade foi planejada para ser a sede administrativa e política do estado.
E foi com essa imagem que os turistas, interessados em conhecer a cidade mais de perto, pousaram em suas proximidades.
Assim que pisaram em terra firme, foram procurar uma pousada para se hospedarem.
Em seguida, passaram a circular pelas ruas do lugar.
E assim, caminhando puderam constatar o que já haviam visto das alturas.
Que apesar dos inúmeros prédios que circundam a cidade, a região possuí inúmeras áreas verdes.
Dessa forma, caminhando e percebendo inúmeras áreas verdes na região, conheceram a Praça Cívica, lugar de onde irradiam as principais avenidas da cidade.
No Palácio das Esmeraldas – sede do governo estadual - , os turistas puderam conhecer um pouco mais sobre a história da cidade.
Além disso, conheceram o Chafariz da Boa Morte.
Ao visitarem o Monumento às Nações Indígenas, conheceram a grande obra do artista Siron Franco, solicitada pelos indígenas durante a Eco 92.
Constituída por quinhentas colunas colunas de concreto, todas com dois metros e vinte centímetros, contém objetos e inscrições indígenas, da pedra lascada até hoje.
Ademais, a vista aérea desta imponente escultura de seis mil metros quadrados, revela o mapa do Brasil, e de acordo com a hora do dia, a sombra desenha uma nova figura.
Impressionados com a visão do monumento, os cinco rapazes, mais do que depressa, foram visitar o Monumento à Paz Mundial.
Neste lugar, terra dos quatros cantos do mundo, está misturada numa ampulheta de sete metros de altura, estilizada em concreto e vidro, com capacidade para quarenta toneladas.
Nesse monumento, mais de cinqüenta países já estão representados.
Do Japão por exemplo, veio um punhado de areia com grãos em formato de estrela.
Além disso, todo ano, quatro outros países enviam sua terra.
Desta forma, a cerimônia de adesão acontece no dia mundial do meio ambiente.
Nesse dia, as crianças vestem roupas típicas dos países, e depositam a terra no monumento.
Também é uma magnífica obra de Siron Franco.
Ao conhecerem o Monumento às Três Raças, da escultora de Neusa Morais, em bronze e granito, que representa três operários – um negro, um branco e um índio –, simbolizando a miscigenação dos trabalhadores que construíram a cidade, os turistas ficaram encantados.
Depois, foram conhecer o Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás.
A exposição permanente ‘Expressão da Vida’ é uma aula sobre as pesquisas da universidade.
Nesta exposição, o turista pode escolher três circuitos: Cultura Indígena Atual, Arqueologia e Tecelagem Artesanal de Goiás.
Nesses circuitos, índios do Tocantis e do Xingu, dão aulas sobre a própria cultura e participam da organização da mostra.
Entre as duzentas e dezessete peças expostas, estão cerâmicas, cestas, esculturas, canoas, arte plumária e fragmentos de fotos sobre arqueologia.
No dia seguinte, os cinco turistas foram conhecer o Museu Pedro Ludovico. Lá, as memórias do fundador da cidade, estão guardadas na casa salmão de estilo art-decô, onde viveu.
Entre elas estão fotos, porcelanas, cristais, pratarias e documentos que detalham a história de Goiás e de Goiânia.
No Bosque dos Buritis, os cinco rapazes, conheceram um patrimônio paisagístico no centro da cidade, com cento e quarenta e um mil metros quadrados, de coqueiros, buritis e árvores nativas de grande porte.
Aos domingos, ‘Domingo é Dia de Bosque’, é o programa musical que rola no parque.
Neste bosque, é inevitável o convite para o cooper matinal.
No local há ainda, lanchonetes, sanitários e o Museu de Arte de Goiânia.
O museu, composto de obras de quinhentos e sessenta e sete artistas brasileiros, é um convite a arte.
Neste acervo estão obras de Tomie Othake, Carlos Scliar, Siron Franco, Guido Viaro e Humberto Espíndola.
Com isso, Fábio, Lúcio, Agemiro, Flávio e Felipe, passaram todo o dia no parque.
Também, com tantas atrações num só lugar, dedicar um dia exclusivamente ao Bosque dos Buritis, era indispensável.
Porém, no dia seguinte, aproveitaram para visitar vários lugares.
Assim, visitaram o Bosque Mutirama.
O lugar, com um viveiro de plantas de noventa e oito mil metros quadrados, criado por biólogos, encanta os passantes.
Além disso, o parque de diversões, em meio a angicos, perobas, flamboyants e quaresmeiras, é um colírio para os olhos, não só das crianças, como dos adultos também.
Depois, visitaram o Jardim Botânico Chico Mendes.
Os cem hectares do jardim, abrigam um lago e uma reserva biológica com árvores frutíferas, plantas usadas em tinturaria, orquídeas e bromélias.
Ademais, a trilha sonora do lugar, é o som das aves do cerrado.
Circulando pelas ruas da cidade, os cinco viajantes puderam ver, pintados na fachada de oito prédios, oito pinturas de tucanos, boiadas do cerrado e desenhos abstratos, numa espécie de mini-galeria a céu aberto.
O projeto era dessas pinturas chegarem até os coletivos, porém com a crise, somente algumas linhas mantém suas obras e cores ambulantes.
Os turistas, encantados com as belezas do lugar, resolveram visitar também, a Feira da Lua, realizada sábado a noite na cidade.
Lá havia de tudo, desde quitutes caseiros a incensos.
No dia seguinte, visitaram outra feira, onde visitaram barracas de artesanato, comida natural e roupas.
A seguir, conheceram a Feira Hippie, onde, entre as seis mil barracas, havia uma imensa variedade de brincos, pulseiras, roupas e brinquedos.
Á tarde visitaram a Feira do Sol, onde há artesanato de couro, madeira e pedras.
Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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