Elis, ao se ver livre novamente, tornou a correr. Desesperada, não se preocupava mais com os carros que passavam. Por conta disso, quase foi atropelada duas vezes. A caminho da igreja, Elis só pensava em se esconder de Aliomar.
Foi então que Lourival, ao vê-la correndo, desesperado, gritou seu nome.
Elis ao vê-lo, tornou a olhar para trás. Ao perceber que Aliomar se aproximava, tornou a atravessar a rua sem olhar os carros que passavam.
Correndo, ao chegar à metade da rua, foi atropelada por um carro. Sem poder contar com a sorte desta vez, a moça se machucou seriamente.
Lourival ao vê-la caída no chão, mais uma vez gritou seu nome. Desesperado, ao ver o atropelamento, acorreu imediatamente em sua direção.
Aliomar por sua vez, ao ver a moça desacordada, percebendo que aquele acidente poderia lhe trazer complicações, exclamou:
-- Menina! Por que você fez isso?
Em seguida, saiu dali. Penalizado, lamentou que tudo tivesse que se encerrar daquela maneira.
Todavia, o pior estava ainda por vir.
Conforme Lourival chamava o nome de Elis, mais desesperado ficava. Isso por que, desacordada, a moça não respondia. Angustiado, ao perceber que o acidente fora sério, tentou de todas as maneiras possíveis despertá-la.
Com isso, depois de passar intermináveis minutos chamando-a, balançando seu rosto e segurando-a nos braços, Elis finalmente acordou. Lourival ao ver a moça abrindo os olhos, abraçou-a e quase chorando, respondeu:
-- Que bom que você acordou! Pensei que nunca mais abriria os olhos!
Mas a alegria durou pouco.
Elis, seriamente machucada, ao perceber que sua vida chegava ao fim, perguntou tristemente:
-- Por que você fez isso comigo?
Lourival ao ouvir a pergunta, respondeu quase chorando:
-- Eu não pensei que ele fosse ser tão covarde ao ponto de te perseguir por isso. Eu juro Elis. Eu juro, eu tentei pagá-lo. Quando eu amealhei dinheiro suficiente para saldar minha dívida, eu tentei pagá-lo. Mas ele não aceitou. Dizendo que eu já havia feito um acordo, Aliomar se recusou a receber meu dinheiro.
Magoada, Elis perguntou:
-- Foi então que você pensou em oferecer como compensação. Não é mesmo?
Lourival, tentando se explicar, disse:
-- Não Elis. Não é nada disso. Eu não deixaria ele passar uma noite com você. Eu só concordei com isso, para ganhar tempo.
-- Tempo? – perguntou a moça novamente, quase sem voz.
-- Sim, tempo. Eu só queria sair daqui. Fugir e te proteger. Isso por que, com a desculpa do casamento, poderíamos sair da cidade sem levantar suspeitas... Eu só queria te fazer feliz. – respondeu o rapaz, emocionado.
Elis, ao ouvir as explicações do moço, respondeu que acreditava nele. Segundo ela, muito embora seu modo de fazer as coisas fosse um pouco torto, não havia por que não acreditar em suas palavras.
Lourival, ao ouvir isso, respondeu chorando que a amava.
Elis então, se despedindo da vida, disse:
-- Eu acredito que sim. Eu também gosto muito de você. Só lamento que tudo tenha que terminar assim. – respondeu ela entristecida.
Lourival, desesperado, respondeu que nada iria terminar. Dizendo que ela se recuperaria do acidente, respondeu que eles seriam ainda, muito felizes.
A moça ao ouvir estas palavras sorriu.
O rapaz então, alegando que pediria socorro, comentou que sairia dali por alguns minutos.
Elis, aflita, pediu para que ele não a deixasse sozinha.
Aturdido, Lourival concordou em ficar ali lhe fazendo companhia. Abraçando-a novamente, prometeu a ela que tudo acabaria bem.
Elis então, ao perceber que era chegado o momento da despedida, respondeu que o perdoava por tudo o que havia feito.
Lourival aflito, agradeceu o perdão e dizendo que nunca mais a magoaria, respondeu que faria de tudo para que ela continuasse a seu lado.
A moça ao ouvir isso, respondeu que era tarde demais para fazer promessas.
Lourival respondeu então, que não, ainda era tempo de se arrepender.
Nisso Elis, pendendo a cabeça para trás, encerrou sua vida.
O rapaz ao perceber que a moça cerrava os olhos, implorou para que ela não o fizesse. Elis porém, exausta, já não tinha mais forças para resistir. Assim, acabou falecendo.
Lourival, ao notar que Elis não mais respirava, deu um último grito de desespero. Chamando por seu nome, ao perceber que seus sonhos se desfizeram, Lourival chorou sobre o peito de Elis.
Seus tios, que partiram em seu encalço, minutos depois dele haver saído da igreja, ao verem-no sentado no chão, no meio da rua, com Elis nos braços, penalizados com a situação, constataram que o pior havia acontecido.
Abalados, ao saberem da morte da moça, choraram desesperados.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Foi então que Lourival, ao vê-la correndo, desesperado, gritou seu nome.
Elis ao vê-lo, tornou a olhar para trás. Ao perceber que Aliomar se aproximava, tornou a atravessar a rua sem olhar os carros que passavam.
Correndo, ao chegar à metade da rua, foi atropelada por um carro. Sem poder contar com a sorte desta vez, a moça se machucou seriamente.
Lourival ao vê-la caída no chão, mais uma vez gritou seu nome. Desesperado, ao ver o atropelamento, acorreu imediatamente em sua direção.
Aliomar por sua vez, ao ver a moça desacordada, percebendo que aquele acidente poderia lhe trazer complicações, exclamou:
-- Menina! Por que você fez isso?
Em seguida, saiu dali. Penalizado, lamentou que tudo tivesse que se encerrar daquela maneira.
Todavia, o pior estava ainda por vir.
Conforme Lourival chamava o nome de Elis, mais desesperado ficava. Isso por que, desacordada, a moça não respondia. Angustiado, ao perceber que o acidente fora sério, tentou de todas as maneiras possíveis despertá-la.
Com isso, depois de passar intermináveis minutos chamando-a, balançando seu rosto e segurando-a nos braços, Elis finalmente acordou. Lourival ao ver a moça abrindo os olhos, abraçou-a e quase chorando, respondeu:
-- Que bom que você acordou! Pensei que nunca mais abriria os olhos!
Mas a alegria durou pouco.
Elis, seriamente machucada, ao perceber que sua vida chegava ao fim, perguntou tristemente:
-- Por que você fez isso comigo?
Lourival ao ouvir a pergunta, respondeu quase chorando:
-- Eu não pensei que ele fosse ser tão covarde ao ponto de te perseguir por isso. Eu juro Elis. Eu juro, eu tentei pagá-lo. Quando eu amealhei dinheiro suficiente para saldar minha dívida, eu tentei pagá-lo. Mas ele não aceitou. Dizendo que eu já havia feito um acordo, Aliomar se recusou a receber meu dinheiro.
Magoada, Elis perguntou:
-- Foi então que você pensou em oferecer como compensação. Não é mesmo?
Lourival, tentando se explicar, disse:
-- Não Elis. Não é nada disso. Eu não deixaria ele passar uma noite com você. Eu só concordei com isso, para ganhar tempo.
-- Tempo? – perguntou a moça novamente, quase sem voz.
-- Sim, tempo. Eu só queria sair daqui. Fugir e te proteger. Isso por que, com a desculpa do casamento, poderíamos sair da cidade sem levantar suspeitas... Eu só queria te fazer feliz. – respondeu o rapaz, emocionado.
Elis, ao ouvir as explicações do moço, respondeu que acreditava nele. Segundo ela, muito embora seu modo de fazer as coisas fosse um pouco torto, não havia por que não acreditar em suas palavras.
Lourival, ao ouvir isso, respondeu chorando que a amava.
Elis então, se despedindo da vida, disse:
-- Eu acredito que sim. Eu também gosto muito de você. Só lamento que tudo tenha que terminar assim. – respondeu ela entristecida.
Lourival, desesperado, respondeu que nada iria terminar. Dizendo que ela se recuperaria do acidente, respondeu que eles seriam ainda, muito felizes.
A moça ao ouvir estas palavras sorriu.
O rapaz então, alegando que pediria socorro, comentou que sairia dali por alguns minutos.
Elis, aflita, pediu para que ele não a deixasse sozinha.
Aturdido, Lourival concordou em ficar ali lhe fazendo companhia. Abraçando-a novamente, prometeu a ela que tudo acabaria bem.
Elis então, ao perceber que era chegado o momento da despedida, respondeu que o perdoava por tudo o que havia feito.
Lourival aflito, agradeceu o perdão e dizendo que nunca mais a magoaria, respondeu que faria de tudo para que ela continuasse a seu lado.
A moça ao ouvir isso, respondeu que era tarde demais para fazer promessas.
Lourival respondeu então, que não, ainda era tempo de se arrepender.
Nisso Elis, pendendo a cabeça para trás, encerrou sua vida.
O rapaz ao perceber que a moça cerrava os olhos, implorou para que ela não o fizesse. Elis porém, exausta, já não tinha mais forças para resistir. Assim, acabou falecendo.
Lourival, ao notar que Elis não mais respirava, deu um último grito de desespero. Chamando por seu nome, ao perceber que seus sonhos se desfizeram, Lourival chorou sobre o peito de Elis.
Seus tios, que partiram em seu encalço, minutos depois dele haver saído da igreja, ao verem-no sentado no chão, no meio da rua, com Elis nos braços, penalizados com a situação, constataram que o pior havia acontecido.
Abalados, ao saberem da morte da moça, choraram desesperados.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
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