I
Caos, trânsito,
Superpopulação, superlotação
Transportes públicos transbordantes de gentes,
Empurra empurra,
Integração e baldeação demais
Linhas de transportes extintas,
Sob alegação de que as estações não as comportam
E nós, quanto suportamos?
Até quando teremos que suportar tanto descaso?
Pensando nisto,
E na classe política que em grande parte,
Só pensa em seus próprios bolsos,
Chega-se a seguinte conclusão:
O bom senso adverte;
Viver em sociedade, faz mal a saúde!
II
Pensamentos políticos:
Gostaria de escrever versos políticos
Destes que servem para as pessoas pensarem,
Refletirem sobre suas realidades!
Como que a mostrar,
O quanto a política interfere em nossas vidas
Em nossas práticas cotidianas,
Sem que sequer percebamos
Por onde começo?
Pelas bombas, atentados terroristas?
Campos de refugiados?
Nos campos de refugiados
Pessoas acorrem em desespero
Lugar onde pessoas e crianças famélicas,
Esperam ajuda humanitária
E voluntários procuram fazer o melhor
Na precária situação em que se encontram
Gente desamparada rumando sem rumo
Estrangeiros sem pátria,
A fugirem das guerras de seus países de origem
Da fome e da miséria
O sonho de uma vida melhor,
Onde a dor e o sofrimento
Não o habitem,
Fazendo dele a sua morada
Triste esperança, quase sem esperança
Vida muitas vezes,
Sem perspectiva e sem futuro
Comento o drama,
Das minas terrestres em países da África?
Contingência de guerras civis
Pessoas mortas ou mutiladas
Os vivos, que precisam retomar suas vidas
Na sua esperança de a guerra ser longínqua
Retomada de esperança, em tempos de paz
Digo de nossas tristes mazelas?
Por qual delas começo?
Os tributos, as taxas?
Impostos a nos sobretaxarem por tantos meses
Onerando nossa economia,
Nossa paciência,
E nossa folha de pagamento
Não se refletindo em serviços de qualidade
Pois tudo o que precisamos,
Necessitamos pagar à parte
Saúde, educação, segurança
E quem não quer sofrer,
Em transporte de má qualidade
Paga seu carro, caro
Sem contar o preço dos imóveis na estratosfera
Nossos políticos,
Cada dia mais desmascarados em suas falcatruas
A ladroagem correndo a descoberto
Elevação do preço das passagens de transporte
O qual anda cada vez mais abarrotado de gente
Tranquilidade somente ao descer do coletivo
Poucos passos para se chegar em casa
E ao ligar a tevê,
Mais notícias trágicas
Atentados na Síria,
Político convalescente,
A demonstrar possuir um coração,
De maneira indiscutível!
Eleições na França,
A hipocrisia a condenar alguém por ter dinheiro
Mas por que?
O mal não é o dinheiro honesto que do bolso sai,
E sim, o dinheiro escuso que o penetra
Berthold Brecht a dizer
Que o preço do pão, de nossa escova, etc.,
E tantos serviços colocados a nossa disposição,
São resultado de um processo político
E que se trata de um tolo,
Quem diz com isto não se importar
Afinal,
Como não se importar com o próprio viver?
O preço do combustível, dos dentifrícios,
Dos cosméticos, dos produtos de higiene,
Do transporte, da água e do esgoto, da luz,
Do telefone, da internet, da tevê a cabo,
Dos alimentos, das bebidas, sucos, refrigerantes,
Do álcool, da palha de aço,
Dos produtos de limpeza, etc.
Enfim, o preço dos produtos,
E serviços que nos cercam,
Bem como da guerra e da paz
Tudo é resultado das decisões políticas!
Majorados pelos impostos,
E suas alíquotas definidas por leis
Oriundas de processos legislativos
Nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas,
Câmara dos Deputados, Senado,
Unidos no Congresso Nacional
São eles, os políticos,
Que ditam leis majorando alíquotas de impostos,
Que aumentam o preço dos produtos
Onerando o custo de vida
Vez por outra, os criam ou os extinguem,
Ora criam leis isentando-os
São os homens da vida pública,
Os quais decidem em grande parte,
Pela guerra e pela paz!
Muito embora a guerra,
Não faça parte de nossa realidade
Pelo menos não a declarada
Muito embora ocorram muitas outras silenciosas
Rezemos então por nossos irmãos que sofrem,
Neste ou em outros continentes,
Ajudemos no que for preciso!
Mas voltemos aos políticos ...
São eles que através dos impostos, taxas e tarifas,
Interferem no preço das mercadorias e dos serviços
Não bastassem as estiagens e demais problemas,
Decorrentes de chuvas ou da falta delas,
A elevar o preço dos produtos agrícolas
Aumento de tributo muitas vezes,
Sem nenhum proveito para nós!
São os mesmos políticos,
Que argumentam ser impossível,
Aumentar aposentadorias,
Em razão do impacto,
Na folha de pagamento da Previdência
Mas que aumentam seus próprios salários,
Em que pesem o impacto em nossa folha de pagamento,
Já onerada por tantos impostos
Milhões retirados de possíveis investimentos sociais
Sem falar nos milhões, bilhões desviados dos cofres públicos,
Das mais diversas e criativas formas
Novamente sem proveito para nós
Mas então,
Por que ao abordar tão espinhoso tema?
Não se é possível se apegar a platitudes, afinal?
Por que platitudes são inúteis
Por que a vergonha assoma,
E os descaso por vezes incomoda
Em que pese a aparente indiferença,
Usada apenas como forma de se sobreviver,
Em um mundo cão!
E nisto a insatisfação prossegue
A eterna mania de em tudo,
Querer levar vantagem
A impunidade a grassar,
A falta de interesse em fiscalizar
E tudo a mudar para continuar como se está
Mudam os nomes das obras,
Para nada se modificar!
Gostaria de escrever versos
Que finalmente pudessem as coisas mudar
E as pessoas em pensando
Procurassem com isto,
Escolher melhores representantes
E que com isto, as coisas mudassem
Revolução silenciosa
A se operar apenas com o poder do voto!
É Pena! Que Pena!
Por que as coisas não podem ser assim?
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Poesias
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
Sem título
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