Poesias

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

RUÍNAS

Li há pouco tempo, simples matéria em um jornal
Onde contada a história
De uma antiga igreja erigida
Em imemoriais tempos

Hoje tornada ruína,
Com preciosos sambaquis
E em uma pia batismal, ainda original
Líquido recolhido pelos fiéis e devotos
A renovarem sua crença e devoção
Em um Deus de poder e mistérios

Com pessoas a se guiarem por um caminho de matas
Diariamente
Pescadores a viveram em isoladas praias,
A acessarem o íngreme caminho
Lindo cenário de beleza
Onde circularam povos indígenas
Provavelmente construtores do templo

Com pessoas a dizerem
Que a antiga igreja,
Ainda resistiu intacta até os tempos de antanho,
Década de cinquenta

E o tempo, sempre implacável a tudo consumir
Transformando a antiga igreja,
Restando apenas algumas paredes de pedras

Caminhos do litoral
Seguem os passos
De um tempo assaz distante
Tempos de antigas vilas, capitanias, governos gerais
Construções coloniais, prédios, igrejas
Hoje apenas ruínas de um tempo remoto

Prédios históricos, alguns resistem
A acenarem a memória de um tempo distante
Arquitetura de variados ornatos, esculturas, vitrais

E assim, ao ler a delicada notícia
Lembro-me das ruínas de uma antiga igreja
Erguida em elevado morro,
Com escadaria de pedras, quase toda tomada pela grama
E as meias paredes em pedra
Aberturas, e a visão do mar e de bairros
Sítio arqueológico, com suas áreas demarcadas, delimitadas

Quanto a pia batismal,
A mesma fora levada há tempos,
Para o mais paulista dos museus,
Museu do Ipiranga

Igreja, onde provavelmente foram celebradas missas aos nativos do lugar
Circundada por inúmeras árvores
Hoje enfeitadas de bromélias coloridas
Ponto turístico do lugar

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

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