Poesias

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Mares Guia; ou as Madrugadas aos Mares

Madrugada de céu estrelado
Meia lua ainda mal apontada
Mal adormecida
Em céus de uma cidade escurecida,
Na madrugada adentro
Longa jornada

Madrugadas por hora cedem
E em seu lugar dão hora a luz do dia
E a jornada de trabalho a se cumprir
Para após, um merecido descanso dispôr

E assim, a vida segue
Com suas obrigações
E seus pequenos shows de cantores,
A transportarem contentamento por fios sutis
A nos ligarem os sons maviosos, aos ouvidos atentos
Gravações registradas nos HD's de nossos computadores
Remanso e descanso de nossos tédios
A nos impulsionar para o trabalho
Odisséia sem fim!

Estrelas a luzirem num céu de escuros véus
A desvendar os pequenos mistérios do dia
Dia-a-dia descamando as fibras da vida
A contar os passos dos homens
Através de seu relógio singelo de brilho e esplendor

Para enfim desfrutar
Passeios por entre mares azul esverdeados,
Ou melhor,
Esverdeantes azuis
Entrecortado de furibundas ondas
Brancas ondas
De ondulante espuma branca
Ondas de mar e mergulhos
Amplo mar, lindo mar

Ao lado de estonteante montanha
Serra verde, oculta por entre nuvens
Mistérios por desvendar
Amplos cenários

Em Torre de TV,
Acenas para uma verde vista alegre
Das casas a acompanhar
Tendo o mar como elemento, ao fundo

As ruínas de uma antiga igreja
E suas pedras por revelar
Um tempo de padre jesuítas
Índios por escravizar
E brancos senhores de terras

Caminhar por caminhos deslumbrantes
Casas imponentes, e coqueiros a dançarem
Na cadência e balanços dos ventos bravios do mar

Quiosques a servirem bebidas e iguarias
Água de coco saboreada à beira-mar
Esculturas na areia
E o sol a tocar a pele
Mudando o tom de suas cores

Corpo a molhar, ao tocar as águas do mar
Divertir-se e nadar,
Repousar em suas fortes águas
As águas a tocarem os pés, no ir e vir das vagas
O corpo a se banhar, nas águas em movimento

Barcos ancorados, em um Porto sossegado
A aguardar o movimento dos peixes e crustáceos
Vendidos em uma Peixaria de brancos e azuis

Barcos a singrarem os mares
A luzirem na escuridão das noites
De longe observados
Como se fora acenos de quem passa,
E acompanha os movimentos da vida

Madrugadas afora dando lugar ao lindo dia
Imponente sol a raiar
E as águas do mar, sempre a brilhar

Vida!
Longa vida a ti, ó deus dos mares
Longa vida a ti, que tanto de tua paz nos traz
Ó mar!
Mar dos mares!
Farol, Porto e abrigo dos meus melhores dias!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

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