I
As flores claras iluminam os dias
E as flores de matizes escuros, clareiam o luar
A escuridão dissipa as flores e os tons
Obumbra os limites, as divisões
Sinto saudades das canções
E da sutileza dos detalhes
II
A alegria chama imensurável felicidade
III
Passadas na areia, a molhar os pés na água azul do mar
Mar azul profundo, de ondas brancas, a revolver o fundo, as areias
Areias que tingem de escuro, as águas revoltas do mar
E gelam os pés dos caminhantes da sua margem
Ir e vir das ondas, as vagas
Os desenhos das águas a recortarem as areias de azuis ondeantes
Areias ondulantes, envoltas em água e espumas
Lindo sol a brilhar no mar
A contrastar com o vento a gelar os corpos dos passantes
Tempo inconstante
Passeios constantes, em meio as frias águas da praia
IV
Ninguém é feliz o tempo inteiro e tampouco infeliz a todo o momento
A vida se compõe de venturas e desventuras afinal
V
As pessoas não são somente felizes,
Muito menos inteiramente tristes
E quem ó é, pobre miserável!
Não sabe o que é a vida,
E tampouco entende a vida que tem!
VI
A vida só gosta de quem gosta dela
E nós somente amamos, a quem verdadeiramente gosta de nós
Ao menos, deveríamos lutar, para assim sermos
Amarmos a vida para que ela a nós ame,
Como no sábio adágio,
E devotarmos nossos afetos, apenas a quem bem merecê-los
Nada de lamentações inúteis,
De nos ocuparmos do que não nos interessa
Entender o feio, o triste, o desagradável
Mas não deixar que as veleidades nos contaminem
E assim, amarmos a vida, não só no que tem de belo,
Mas ainda assim, amarmos, pois só assim ela nos mostrará o belo
VII
Em sendo a dor inevitável,
Muitas vezes também é preciso vivenciar o sofrimento
Deixar que ele se desenvolva,
Nasça, cresça e morra, dentro de nós
Para que não mais volte a nos assombrar
A fuga, melhor opção não é
E o sofrimento pode ser opcional,
Mas nem sempre, empreender fuga, produz bom resultado
VIII
O sol nasceu para todos,
Mas a sombra é somente para quem bem merecê-la
São os dizeres graficamente dispostos nos muros da vida
IX
Como já dizia, melodiosa canção
De repente, as coisas mudam de lugar
E quem perdeu, pode ganhar
A velha máxima do mundo que muitas voltas dá
E quem no poder agora está,
Amanhã não mais poder terá
No ostracismo posto serás, se o bem merecer
E reconhecido pela história, se o bem fizer
Nos ciclos enfindos da vida
X
Faças o melhor que puder com a vida que tiveres,
Pois o melhor dos mundos retornará para você
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
Poéticas
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