I
O azedume das pessoas a se fazer assaz distante
Palavras duras, ideias preconceituosas
Gentes que em vão criticam
Sem ao menos conhecer o objeto de seus malefícios
Palavras ferinas proferem, sem o saber da causa
E sem caírem em si, e sem ao menos darem-se conta,
De que estão a falar de si mesmos,
Quando pensam estar a falarem dos outros
E assim, após chegar a esta conclusão
Nunca mais tempo perdi,
Com pessoas e coisas que não valem a pena
Por que a pena, é valiosa demais,
Para se deixar levar por leviandades
E por que o todo é válido,
Se a alma for grande o suficiente para se aperceber disto
E assim, tento fazer por merecer,
Este belo pensamento em forma de poesia ...
II
Se todos ouvissem antes de falar
Se todos pudessem ler as palavras que escrevo
Quem sabe de lição serviria para todos nós,
Que falamos sem pensar!
Fica aqui o recado:
Antes de invejar e criticar,
Procure fazer sua parte, procure fazer melhor!
III
Tempos frios,
E o sol a dardejar seus louros raios de sol
Por um horizonte lúgubre de sombras e nuvens
Tímido sol por entre a tarde chuvosa
Céu azul triste e chuvoso
Ventos bravios percorrem a costa,
A devassar os mares
Mares de águas azuis, quase límpidas
E a revirarem sombrinhas
Tempos frios, de muitas águas
Chuvas perenes, quase a fazer parte da paisagem
Eternais!
Muito embora não sejam as de março
Chuvas a regarem os jardins
As plantas, as flores de manacás repleto de botões
Chuva que nos faz ficar introspectivos, pensativos
A curtir, sons e alegrias de novas melodias
Novas canções e novos jeitos de se ver a vida
Com cada artista imprimindo seu jeito próprio de fazer as coisas
Beleza em forma de poesia
Passeios de guarda-chuvas, pés molhados, capas de chuva
Poças d’água, plantas regadas por águas celestiais
Manancial de vida, fertilidade, providencial
E o dia a findar-se,
Com os tímidos raios louros do sol, por se afastar
IV
Mais tempo para se pensar na vida
Refletir, trazer a tona, o que traz dentro de si
Reverberar para fora, o que se traz ínsito em si
Deixar para trás as mágoas e os rancores
Deixar quem se pensa vítima do mundo, de lado
Cada qual com seus traumas e medo
Que eu também tenho os meus para cuidar
Minhas feridas para curar,
Já que ninguém cuidará delas para mim
Já que não importa o que faça,
Não fará diferença para muitos,
Então, ao menos que o faça para mim
Que eu seja feliz,
Apesar dos olhares maldosos,
Das palavras maldosas,
Dos pensamentos maldosos
Não vim ao mundo,
Com a obrigação de agradar gregos e baianos
Vim ao mundo apenas com a obrigação de ser feliz
E se puder,
Contribuir de alguma forma para melhorá-lo
Assim como tantos outros,
Que nasceram com esta destinação
E que ainda não se aperceberam disto
Pensar na vida, como forma de fazê-la melhor
Não para cuidar da vida dos outros
Pois quem assim age é frustrado
E eu que ainda tenho tantos sonhos para correr atrás
E quem sabe alcançá-los e com eles caminhar,
E quem sabe ao lado deles ser feliz e me realizar
Refletir, pensar, reverberar,
Os pensamentos e sonhos bons que tenho na vida
As boas coisas que trago em meu peito
Que por vezes chora em prantos
De dor, de tristeza e de revolta
Mas que também é capaz de chorar de alegria
V
Acompanhar lindas apresentações,
Na tela do computador
Como a da jovem moça ...
A cantora, envolta em atmosfera de brumas
Como se em nuvem estivesse a pisar
Com as projeções do telão, a mostrar folhas em planta a crescer
Impressão causando, de leve voo
Estando a cantora, a certo momento a pousar
Como uma cenografia em pedras
A singela cantora, com sua imponente voz,
Sentada neste cenário, tendo ao fundo, imagens de cachoeira
Linda, com seu top rebordado em brilhos, calça jeans justa
Cintura delicada, delgada,
Mais assemelhada a uma sereia
Em outra parte do show a dar lugar a uma menina do interior
Caipirinha, a cantar suas próprias canções,
Entre sucessos de muitos cantores de antanho
Em cenário a lembrar as festas juninas
A recordar em fotografias,
Seus tempos de criança
Cabelos repartidos em dois longos rabos de cavalo,
Violão enfeitado de fitas coloridas e encapado de flores
Forró e sertanejo a se misturarem
Com muito gingado
E o bailado a reinar animado
Em dado momento, com um vestido longo amarelo,
A moça canta a bordo de uma lua prateada
Sentada em sua curva, tendo ao lado seu violão
Cantando mais uma bela canção
Muitos efeitos especiais,
Telão a frente do palco, e outro logo atrás
Mergulho a bordo de um lindo e simples vestido branco
Em outro momento do espetáculo
Floresta de árvores secas no telão
Capuz e postura estática a cantar mais uma canção
Para ao final da apresentação,
Lançar a capa com o capuz ao chão
E logo em seguida,
Adotar uma nova postura e entoar canções mais animadas
Até o fim, ao som especial, a bordo
De um “Pássaro de Fogo”
Com belas imagens de um cavalo, e flores ao fundo
Lindo dom de encantar!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
Por um instante
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