E a conversa na sala, entre as visitas animadas.
O tio a tentar demonstrar a sobrinha, o quanto as composições atuais são incompletas, com suas compositores a fazerem letras inconclusas.
A sobrinha a desdenhar das palavras do parente, como a dizer que tudo aquilo não passa de bobagem. Pura implicância.
Os rapazes conversam alto, animados.
Um dos moços parece não tirar os olhos da moça.
A garota a conversar com o tio, não percebe os olhares.
Os demais convivas por sua vez, parecem entretidos demais em fazer comentários sobre tudo, pequenas bobagens, e não percebem a intenção do moço.
A certa altura, o olhar permanece no ar, tão insistente, que se torna impossível não notá-lo.
Mas Clarissa se incomoda com isto.
Todos dizem ser o moço boa gente, o que não é o bastante para convencer a moça.
Clarissa procura olhar para outra direção.
A certa altura retira-se da sala.
Os olhares acompanham a moça até a mesma sair da sala.
Clarissa percebe os olhares a acompanhando.
Sente-se incomodada.
A sós com os irmãos da moça, Cássio começou a perguntar sobre ela. Quem era.
Inácio respondeu-lhe mal humorado, que era sua irmã e que ele tirasse os olhos dela, ou teria problemas com Seu Flaviano, o pai da jovem.
Sem graça, Cássio mudou rapidamente de conversa.
Mas sempre que a moça aparecia na sala, o moço aproveitava para observá-la.
Clarissa fingia não perceber.
Como as visitas se tornassem constantes, Clarissa passou evitar permanecer muito tempo na sala.
Não gostava do moço, e sua presença a incomodava.
Com o tempo, o rapaz angariou a simpatia de Flaviano, que passou a convidá-lo a ir mais vezes a sua casa.
Era colega de faculdade de Flávio, irmão mais velho de Clarissa.
Clarissa por sua vez, após muito conversar com o pai, auxiliada por Cristiano, finalmente conseguiu convencer o homem a deixá-la estudar para o vestibular.
Flaviano, acreditando que a moça não conseguiria obter êxito no vestibular, concordou finalmente.
Clarissa agradeceu-lhe oferecendo-lhe um abraço e um beijo.
O homem, comovido, pediu para que deixasse de bobagem.
A moça agradeceu também a Cristiano, que ajudou-a na tarefa de convencer o viúvo turrão.
Clarissa na volta do trabalho, aproveitava para estudar.
Dedicada acabou passando no vestibular da faculdade de letras da capital, para desgosto do pai, que não contava que a filha fosse de fato conseguir aprovação.
Contudo, como já havia empenhado sua palavra, não podia voltar atrás.
E assim, depois de algumas boas conversas de Flaviano com Cristiano, a moça finalmente conseguiu autorização para se matricular.
Feliz, passou a frequentar as aulas.
Animada, por algum tempo, chegou a esquecer da presença incomoda de Cássio.
Afinal de contas, quase não permanecia em casa, possuindo pouco tempo e probabilidade de encontrá-lo.
Cássio por sua vez, ao se aproximar de Flávio, passou a frequentar cada vez mais a casa da família.
Em razão da amizade, por diversas vezes passaram as tardes estudando juntos.
A certa altura as visitas passaram a escassear. Cássio argumentava que estava trabalhando em um escritório de advocacia.
Flaviano ao saber disto, parabenizou-o.
Perguntou-lhe onde estava trabalhando e o moço revelou.
O homem então disse-lhe que estava seguindo a direção certa, e que com afinco poderia se tornar um bom causídico.
Fato este que fez Cássio sorrir agradecido.
E assim, por algum tempo, o moço ficou sumido.
Clarissa por sua vez, seguia sua rotina, faculdade no período da manhã e trabalho na parte da tarde.
Seu tio Cristiano havia conseguido uma colocação de meio período, como recepcionista em seu consultório odontológico. Para desgosto de Flaviano, o qual só concordou com o trabalho se o mesmo não prejudicasse a preparação para ensino clássico da moça.
Flaviano queria ver sua filha ostentando o diploma de professora, assim como suas irmãs mais velhas, todas casadas.
Dizia que Clarissa era mais estudiosa e aplicada que todos os seus outros filhos, e que muito embora o interesse da moça pelos estudos fosse motivo de apreensão, também era motivo de orgulho.
Certo dia, ao confidenciar isto ao irmão, pediu para que ele não contasse isto a moça, ou ela ficaria muito convencida.
Cristiano prometeu não fazê-lo, muito embora achasse graça na precaução.
E assim, aos dezesseis anos, lá se foi a moça trabalhar.
Dizia querer ganhar seu próprio dinheiro para poder comprar suas coisas. Não queria depender do dinheiro do pai.
Foi o bastante para Flaviano ser censurado.
Certo dia, irritado com as repreensões dos filhos e dos amigos, comentou que a filha estava trabalhando e que isto não era nenhum crime. Isto por que, havia muitas moças trabalhando no comércio.
Muito rebateram dizendo que ela tinha posses e que não havia necessidade de trabalhar fora.
Flaviano respondia dizendo que ele autorizou que após o fato, Clarissa se tornou mais responsável com seus horários, passou a cuidar bem de seu tempo de estudos. Disse até que assim, ela tinha menos tempo para botar caraminholas na cabeça como muitas dessas moças deslumbradas.
Foi o bastante para muitos se calarem.
De vez em quando Clarissa também ouvia críticas, mas também não ligava.
Cristiano por seu turno, estava satisfeito com o trabalho da moça. Educada, atendia aos clientes mais exigentes com calma e paciência.
E assim, mesmo com a faculdade, a moça continuou com o trabalho no consultório do tio.
Ia para a faculdade e para o trabalho a pé ou de bonde.
De manhã, seguia para a faculdade, no horário do almoço, seguia para o lar, e após o almoço lá se ia para o consultório do tio.
Cristiano e uma secretária agendavam as consultas na parte da manhã.
A tarde Clarissa ocupava o posto de recepcionista.
E assim a moça seguia sua rotina.
Em idas e voltas do trabalho e da faculdade, a moça por vezes, teve a impressão de que alguém seguia seus passos.
Por vezes, voltou-se pra trás, sem nada notar.
Certo dia, estando seu tio em casa, o mesmo notou um sujeito envolto em uma capa.
Comentou com o irmão, que era um tipo muito estranho.
Flaviano não deu importância ao comentário, mas respondeu que um dos irmãos iria acompanhá-la na ida e na volta do trabalho. Durante a manhã, comentou que ele mesmo levaria a moça para a faculdade.
E assim foi feito.
O estranho, ao perceber que a moça não estava desacompanhada, sumiu.
Neste período Cássio voltou a frequentar a casa.
Certo dia, estando Flávio ausente, Flaviano intimou Clarissa a fazer sala para o moço.
Contrariada, a moça argumentou que tinha matéria da faculdade para estudar. Perguntou-lhe por que ele mesmo não fazia sala para o moço.
Flaviano argumentou que Cássio era jovem demais para se ocupar de alguém velho como ele. Argumentou que ele teria mais assunto para conversar com ela, do que com ele.
Clarissa reticente comentou que seria muito pouco provável que tivessem algum assunto em comum.
Flaviano então, tentando usar de diplomacia, comentou que ela tinha condições de conduzir uma boa conversa com o moço. Nisto o homem mencionou que não havia criado uma filha tão educada apenas para si e sim para o mundo.
Clarissa comentou que ele parecia o irmão, falando.
Sem alternativa, a moça foi fazer sala para Cássio.
O moço ao ver a bela jovem, levantou-se. Perguntou-lhe com ia.
Clarissa respondeu-lhe que ia bem. Indagou se Flávio não havia lhe dito não estaria em casa naquela tarde.
Cássio sem jeito, argumentou que ele talvez houvesse dito alguma coisa, mas que ele em sua distração, provavelmente se esqueceu. Nisto procurou desculpar-se perguntando se não estava causando nenhum incomodo.
Clarissa não respondeu.
O moço então, observando o jardim da casa, comentou que eles tinham um espaço todo especial.
Argumentou que morava em prédio e que sempre que podia observar um jardim bonito como aquele, não perdia a oportunidade.
Uma das irmãs da moça, ao entrar na sala, vendo o moço a conversar com Clarissa, resolve se afastar.
Flaviano, ao descer as escadas, sugere a filha que leve o rapaz para o jardim.
Ao ouvir a palavra jardim, Clarissa fica contrariada.
Discretamente, Flaviano insiste.
Clarissa indica ao moço o jardim.
Nisto, o homem desce a escadaria, e ao ver a filha perto da porta, a convida a passear.
No jardim, o moço fica a observar o canto das aves, as árvores.
Comenta que tudo é muito bonito.
Clarissa pouco fala.
O moço por sua vez, ao perceber que todos permanecem na sala, convida a moça para um passeio. Diz que seria inaugurado um parque nas proximidades do bairro, e que precisava de alguém para acompanhá-lo.
Clarissa respondeu-lhe que provavelmente alguma moça aceitaria o convite.
Cássio então lhe perguntou se ela aceitaria o convite.
A moça espantada, disse que não poderia.
Cássio insistiu.
Como a jovem dissesse que precisava estudar, o rapaz persistiu na pergunta.
Flaviano a certa altura, interrompeu o moço. Perguntou-lhes se não gostariam de comer ou beber algo.
Clarissa então respondeu que estava com fome.
Cássio aborrecido, teve que concordar. Acompanhou a todos em uma pequena ceia.
Por fim, em conversar com Flaviano, Cássio comentou sobre o novo parque e que havia convidado Clarissa para acompanhá-lo.
Flaviano ficou feliz com o convite, mas ao perceber que a moça recusara, resolveu auxiliar o moço, dizendo que ela havia se recusado receosa de desagradá-lo.
Clarissa, ao ouvir os dizeres do pai, tentou interrompê-lo, sem êxito.
Por fim, só restou-lhe aceitar o convite.
E assim, ajustados, na data combinada, a moça acompanhou o moço no jardim.
Flaviano, por precaução, pediu a um dos irmãos, que acompanhasse a moça.
E lá se foi Inácio, contrariado, servir de vela.
Aborrecido o moço foi resmungando acompanhar o casal.
Cássio se esforçava para se mostrar simpático com a moça.
Inácio ao ver uma jovem sentada sozinha em um banco, resolve se aproximar.
Foi a deixa para Cássio segurar a mão da moça. Disse-lhe que precisava buscar algo que esquecera em seu carro.
Clarissa respondeu-lhe que não poderiam ficar sozinha com ele. Argumentou que esperaria o moço voltar.
Cássio insistiu, disse que não poderia deixá-la sozinha, tendo em vista que Inácio estava distraído flertando uma garota.
Como a moça resistisse a ideia, Cássio desistiu de seu intento.
Caminharam a beira do lago e mais tarde, o trio seguiu para a casa de Flaviano.
Ilana e Irene insistiam em fazer perguntas do encontro, mas Clarissa contrariada, dizia não ter sido nada demais. Dizia que só havia ido ao encontro por insistência paterna.
...
Clarissa agora entendia que tudo fazia parte da caminhada, de um longo processo de entendimento e de conhecimento pelo qual precisava passar. Caminhos que precisava percorrer.
Necessário se fazia o constrangimento, mas também importante se fazia saber se impor, em que pese ser impossível naquele momento de irracionalidade, impor sua vontade. Sobrepujar seu entendimento por sobre a ignorância prevalente de quase toda a maioria dos demais, inclusive de boa parte de sua família. Quase todos lhe opuseram obstáculos. Diziam-lhe que o melhor seria casar-se com seu ofensor, e esquecer de vez aquele incidente desagradável que maculava a todos da família.
Clarissa se sentia oprimida e sufocada.
Não tinha escolhas, ou permanecia onde estava, e se casava contra sua vontade, apenas para acobertar uma infâmia, ou se arriscava a partir para longe. Começar tudo do zero. Sofrer sozinha, não sofrer o jugo e a recriminação de todos. Sofrer pelas consequências de algo que ocorrera sem que tivesse culpa, muito embora nestes casos, a culpa sempre caiba a vítima.
Assim, para fugir a um futuro ainda mais cruel do que era seu passado, Clarissa partiu.
Arrumou pegou uma mala emprestada, arrumou com todo o cuidado seus pertences e colocou tudo na mala.
Por ser uma região de intenso calor, não se fazia necessário muitas malas. Conseguiu arrumar suas roupas, alguns sapatos e livros em uma mala.
Precisava fugir. Afinal, não conseguiria se casar com Cássio. Tinha verdadeiro horror a ideia de passar o restante de seus dias a seu lado.
Seu pai porém, estava irredutível.
Não aceitava o fato de sua filha não lhe revelar o que ocorrera naquela tarde, em que pese todos deduzirem o que se sucedera.
Clarissa também estava cansada dos olhares.
Seu tio, era o único que parecia se importar com a tristeza da sobrinha.
Razão pela qual tentou inúmeras vezes conversar com o irmão Flaviano, com vistas a tentar demovê-lo da ideia de forçar a moça a casar-se com Cássio.
Mas o homem não se convencia.
Dizia que o maior tesouro de uma mulher por aquelas paragens era sua honra, e que a mesma havia sido manchada.
Com efeito, quando a moça regressou do encontro forçado com o moço, trancou-se em seu quarto, não queria conversar com ninguém.
Flaviano e seus irmãos não compreendiam o que estava acontecendo.
Cássio após o encontro, advertiu a moça para que nada dissesse a respeito do ocorrido.
Clarissa chocada, tentava a todo o custo, se desvencilhar do carrasco.
Com isto, quando Cássio se distraiu, Clarissa investiu contra ele.
Empurrou-o com toda a força e saiu correndo dali.
Sua saia rodada, estava rasgada e suja de lama.
Tremendo, desesperada, a moça conseguiu se esconder em meio a plantas e árvores.
Cássio por sua vez, ao perceber que a moça fugia, partiu em seu encalço.
Clarissa então, conseguiu descobrir um lugar para se esconder. Assustada, só saiu do lugar após ter a certeza de que Cássio não a espreitava.
Nervosa, apavorada a moça percorreu ruas e avenidas sem dar por si.
Ao chegar nas proximidades de sua casa, se apercebeu que estava um pouco descomposta. Cabelo desarrumado, saia suja e rasgada.
Foi então que percebeu que algumas pessoas a olhavam com espanto e perplexidade.
Aflita, não conseguia parar de chorar. A todo o momento pensava em que desculpa daria para justificar os trajes, e os modos.
Diante disto, passou a mão no rosto, tentou enxugar as lágrimas.
Ao passar por um comércio pediu licença. Disse que fora assaltada e que reagira.
A dona do comércio perguntou-lhe se o ladrão não estava por perto, Clarissa lhe disse que estava correndo do meliante a cerca de meia hora.
Aliviada, a mulher indicou-lhe o banheiro, disse que penteasse os cabelos, arrumasse suas roupas.
Clarissa agradeceu.
Ao trancar-se no banheiro, voltou a chorar. E assim, entre lágrimas e tristeza, penteou os cabelos, lavou o rosto. Tentou lavar a saia para disfarçar a sujeira e o rasgo.
Por fim, tentando se acalmar, lavou novamente o rosto.
Ao sentir-se segura, saiu do banheiro.
A comerciante perguntou-lhe se estava bem.
Clarissa balançou a cabeça afirmativamente.
A mulher encheu-lhe de perguntas. Indagou onde se sucedera o assalto, do por quê reagir. Argumentou ser isto muito perigoso, e se o moço estivesse armado? Pensou. Repreendeu-a chamando-lhe de irresponsável. Por fim, perguntou-lhe se havia ido a delegacia dar parte.
Clarissa atordoada, respondeu que assim que pudesse o faria.
Ainda perdida, agradeceu o auxílio.
Prestativa, a mulher perguntou-lhe se não gostaria que alguém a conduzisse até sua casa.
Clarissa disse que não precisava.
Afastou-se da loja.
Parecia um fantasma caminhando pelas ruas e avenidas. Por fim, chegou em casa. Esgueirando-se, adentrou a sala do imóvel, e sem que dessem por sua presença, adentrou seu quarto onde se trancou.
Quando Flaviano percebeu que a moça já havia chegado a casa já era quase noite.
Aflito, ficava perguntando a todos se sua filha havia chegado.
Todos respondiam que não a tinham visto ainda.
Clarissa em seu quarto, encolhida em sua cama, tremia e chorava.
Flaviano por seu turno, ao percorrer os quartos do amplo imóvel assobradado, ao tentar abrir a porta do quarto da moça, percebeu que a porta estava trancada.
Ao notar isto, começou a bater na porta insistentemente. Chamou a moça pelo nome. Perguntou-lhe o que estava fazendo trancada.
Clarissa estava muda.
Impaciente o moço aguardou alguns minutos e tornou a bater insistentemente.
Clarissa permanecia inerte.
Não fosse a intervenção de Cristiano e o homem permaneceria junto a porta.
Tentando acalmá-lo, o moço sugeriu que ambos descessem e fossem conversar a sós.
Flaviano comentou com Cristiano que aqueles não eram modos de uma moça de família. Argumentou que parecia mais uma garotinha mimada.
Cristiano perguntou-lhe então, onde a moça estava.
Flaviano mencionou que autorizou um passeio da moça com Cássio. Argumentou que não havia nada de mais, já que o jovem se mostrara interessado na moça.
Cristiano comentou que Clarissa não gostava dele.
O homem retrucou que aquilo era uma bobagem e que com o tempo Clarissa veria as qualidades do moço.
Cristiano não gostava do modo como o moço olhava para a jovem. Dizia que ele parecia hipnotizado quando a via. Mencionava que aqueles modos lhe despertavam atenção e inspiravam preocupação.
Flaviano retrucava dizendo que tudo aquilo não passava de uma grande bobagem. Pura implicância.
Mas o tempo lhe mostraria que o irmão mais novo estava certo.
Com o passar dos dias, Cássio passou a rondar a casa da moça.
Clarissa no dia seguinte, ao despertar, estava febril.
Flaviano aflito, ao notar que a filha não jantara com os irmãos e o tio, aborreceu-se.
Ao perceber o suposto descaso da moça, ameaçou ir a té seu quarto tomar satisfações.
Impaciente, disse que estava cansado de chamá-la sem obter retorno.
Cristiano disse que iria chamá-la em seu lugar.
Clarissa por sua vez, nada respondia.
Aflito pensou que a moça estava aborrecida com o passeio.
Ao perceber que no dia seguinte, a moça não respondia aos apelos de seu pai, Cristiano preocupou-se.
Chegou a dizer que a moça não costumava agir daquela forma.
Flaviano impaciente, gritou dizendo que se ela não abrisse a porta, ele iria abri-la a pontapés.
Cristiano então chamou a sobrinha.
Nada de Clarissa responder.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Metamorfose
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