Poesias

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O DIA EM QUE O BRASIL INTEIRO ...

Terça-feira, véspera de um memorável feriado

Honorável Nove de Julho de 1932
Dia da Revolução Constitucionalista
Onde soldados paulistas lutaram por um sonho de revolução

Quantas mortes sofridas,
Quanto sangue derramado,
Quantos sonhos desperdiçados
Memórias esquecidas, vidas escondidas e não sabidas
Celebradas em novel monumento em forma de Obelisco

Soldados abandonados
Lutando sós contra um ditador empedernido
Luta inglória, mas nunca vã
Por que nos brindou com uma Constituição, ainda que tardia
Nos idos tempos de 1934

Pois bem, tarde de Oito de Julho de 2014
Dia inesquecível para todos os brasileiros
Mesmo para aqueles que não prezam tanto o futebol

Nesta tarde, em um jogo contra a Germânica Seleção
O Brasil se deixou levar pelo desespero
A falta de confiança, nos fez nossos próprios adversários

E dominados pelo medo e falta de confiança
Deixamos-nos contagiar pelo clima de nervosismo
E a novel Seleção Germânica nos goleou ...

Foi um gol, seguindo de um segundo gol,
Um terceiro gol que balançou a rede,
Um quarto gol nos chocou,
Caso ainda não estivemos bastante chocados,
Com a insólita situação

E mais um gol, ainda no tempo primeiro
No Jogo da Seleção
Terra Brasilis, no estado das Minas Gerais, do ouro do Brasil
Dos tempos coloniais,
Ontem palco, de uma disputa desportiva
Cenário de tantas penas,
Palco de tão grande desdita

A pátria de chuteiras se quedou apática
Numa aparente pendurada de chuteiras

Nem a torcida pode acreditar em tal cenário
Pessoas chorando, crianças desoladas, desconsoladas
Gente abandonando o Estádio

E a apatia a acompanhar todo o jogo

No segundo tempo,
A Teutônica Seleção, ainda nos brindou com mais dois gols
Fina ironia

Júlio César, a atuar como jogador, chutando a bola no campo,
Mais parecendo campo de batalha,
E a defender
A tentar defender,
E novamente ser acusado de frangueiro,
Quando pouco poderia fazer para impedir o desastre

Quanta tristeza e perplexidade
Mal pude acreditar!

Mas a incredulidade pela goleada,
Só não suplantou a minha surpresa pela apatia

E um gol brasileiro só veio,
Ao final do segundo tempo

Inacreditável, é a palavra que me vem a mente
Mas não a única,
Decepção vem depois

Até o momento, não consegui entender o que se passou
Seria medo, insegurança?
O que terá sido então?
Não consigo entender

Mesmo assim, este será um dia,
Que não mais vou esquecer
O dia em que o Brasil inteiro não acreditou no que via
E chorou a desdita
E a Seleção Canarinha se despedia,
De seu sonho de ser Hexacampeão,
Na Eterna Pátria de Chuteiras
Amada Terra Brasileira
Terra das palmeiras e dos sabiás!

A tristeza que aqui se abateu,
Nunca mais será esquecida, onde quer que se vá
Ou será que nossa vida sofrida,
Nos ensinou a levantar,
Sacudir a poeira, e dar a volta por cima

Enfim, o sonho acabou,
Ao menos por enquanto
Mas sempre que o sonho acaba,
Sempre existe,
A possibilidade de encontrá-lo em uma próxima esquina
Ou quem sabe, em outra padaria
Fina ironia,
Quem vai saber?

A nós só resta torcer

E o tempo a amainar a dor e a tristeza
Do Dia Em Que O Brasil Inteiro ... Chorou,
Desesperou-se, Não acreditou ...

E a Seleção a jogar melhor
Ou nunca mais sentiremos a agradável sensação,
De ganhar um título

É só o que eu espero!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

Vagas

Uma boa ideia perdida, não regressa mais
Voa para longe, em busca de campos mais férteis
E voos mais duradouros

Um texto perdido, um tema perdido
Não tem retorno
Permanece no campo morredouro

Ou talvez parta para novos rumos,
A ser trabalhado por melhores mãos
Uma boa ideia, não volta nunca mais

Para sempre perdida
Sempre lembrada
Embora não se saiba exatamente como

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

1 TERRAS DO PASSADO

Em passeios por terras do passado
Ficar a contemplar lindas telas enamorado
Quanta virtude, energia e beleza em vigorosas pinceladas
Imponentes esculturas em bronze,
Ou materiais diversos
Da impressionante construção de tijolos a vista
Que ocupam a visão, os olhares do passeio
De largas ruas e corredor de coqueiros
Do jardim que já serviu de cartão postal para histórias

De pessoas com suas roupas domingueiras a passear
Em família pelo bonito jardim
Em suas ruas de plantas, os bancos
A emoldurar muitas histórias de amor
A serem fotografados em máquinas e chapas a soltarem fumaça
Nas câmaras do tempo e da saudade

Pinturas abstratas, portraits, naturezas mortas
Desenhos e gravuras
As escadarias da mármore,
As esculturas a enfeitarem as passagens
E o tempo passado a nos trazer,
Pequenos fragmentos de momentos distantes
Em portraits, retratos de presidentes, de famílias de escol

A bela moça de cabelos médio, levemente anelados
Qual teria sido seu passado?
Teve vida ditosa? Foi feliz?
Vivente em tempos passados,
A mostrar seu semblante em retrato

Pinacoteca do Estado
Morada eterna de Brecheret’s, Décios e Dário Villares,
Almeidas Junior, Anitas Malfatis, entre tantos outros
Entre diversos passeios, disperso
Museu de meus passeios, de minhas viagens ao passado
Pois nos caminhos do templo,
Em seus corredores, e em seus amplos salões
Muitas histórias para se imaginar

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

TERRAS DO PASSADO

Em passeios por terras do passado
Ficar a contemplar lindas telas enamorado
Quanta virtude, energia e beleza em vigorosas pinceladas
Imponentes esculturas em bronze,
Ou materiais diversos
Da impressionante construção de tijolos a vista
Que ocupa a visão, os olhares do passeio
De largas ruas e corredor de coqueiros
Do jardim que já serviu de cartão postal para histórias
Encontros e despedidas
Abraços e sorrisos, das pessoas
Viandantes, viajores do tempo

De pessoas com suas roupas domingueiras a passear,
Em família pelo bonito jardim
Em suas ruas de plantas, os bancos
A emoldurar muitas histórias de amor
A serem fotografados em máquinas antigas,
E cujas chapas ficavam a soltar fumaça
Branca fumaça a eternizar momentos belos, felizes, fugazes
Nas câmaras do tempo e da saudade

Muitos vestidos rendados, jóias, colares, pulseiras
As belas damas, adornadas com pequenos chapéus
Mocinhas melindrosas de cabelos channel e luvas,
Soltos vestidos longos
Os cortes dos cabelos a se alongarem,
E os cabelos a se cachearem
As mulheres de vestidos, longas saias rodadas
Homens engravatados e de terno, chapéus

Os tubinhos, sapatos de salto, as maquiagens pesadas
Olhos negros, delineados
O tempo a ditar as regras e as modas
As carruagens que a circundar ficavam o parque,
Lugar deram a carros luxuosos, caros
E mais tarde, veículos menos sofisticados,
Populares a todos, simples carros

Dos tempos em que se fazia o footing e se andava de bonde
Primeiramente puxados por cavalos, e depois, elétricos
Do Parque da Luz,
Confrontado com a centenária Estação Férrea
Majestático cenário!

E na magnífica Pinacoteca
Pinturas abstratas, portraits, naturezas mortas
Desenhos e gravuras
Prodígios de engenho e arte
As escadarias de mármore,
As esculturas a enfeitarem as passagens
E o tempo passado a nos trazer,
Pequenos fragmentos de momentos distantes
Em portraits, retratos de presidentes,
De famílias de escol

Telas a exporem as histórias de nossos tempos
Retratos de famílias, bustos, pinturas
E a bela moça de cabelos médios, levemente anelados
Com seu semblante enigmático,
Nos leva a pensar:
Qual teria sido seu passado?
Teve vida ditosa? Foi feliz?
Vivente em tempos passados,
A mostrar seu semblante em retrato
Fiel aos modismos de seu tempo

Pinacoteca do Estado
Morada eterna de Brecheret’s, Décios e Dário Villares,
Almeidas Junior, Anitas Malfatis, Portinaris, entre tantos outros
Entre diversos passeios, dispersos
Museu de meus passeios, de minhas viagens ao passado

A imaginar festejos e bailados,
Com a mais fina flor da sociedade paulistana!
Bailes nos clubes da cidade
Com seus crooners a entoarem belas canções do rádio
Todos a usarem trajes de gala
Lindas moças elegantemente vestidas em seus longos,
Senhores repletas de jóias e luxo
E os homens de fraque
A dançarem ao som das lindas canções
Dançando e vivendo emoções

Revistas antigas, fotografias amareladas,
Retratos em preto e branco
A contar nossos melhores momentos
A esconder nossas dores
Dores, velhas dores do mundo,
As quais nunca mudam de forma,
Apenas mudam de lugar!

E as moças e os moços a sonhar ...
E as moças a imaginarem,
Como seriam os rostos de seus cantores queridos
Emoções advindas das ondas de uma estação de rádio
Objeto de fortes freqüências,
De madeira, imponente, imenso,
A parte fazerem, do cotidiano das pessoas

Pinacoteca querida!
Tantas histórias tenho para contar-te
Das minhas impressões pessoais
Pois nos caminhos do templo,
Em seus corredores, e em seus amplos salões
Muitas histórias para se imaginar
Muitas pinturas e esculturas para se admirar
Depositário das memórias de nossas gentes,
De nosso povo,
Orgulho de São Paulo!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

Sem título

I
Caos, trânsito,
Superpopulação, superlotação
Transportes públicos transbordantes de gentes,
Empurra empurra,
Integração e baldeação demais
Linhas de transportes extintas,
Sob alegação de que as estações não as comportam

E nós, quanto suportamos?
Até quando teremos que suportar tanto descaso?

Pensando nisto,
E na classe política que em grande parte,
Só pensa em seus próprios bolsos,
Chega-se a seguinte conclusão:

O bom senso adverte;
Viver em sociedade, faz mal a saúde!

II
Pensamentos políticos:
Gostaria de escrever versos políticos
Destes que servem para as pessoas pensarem,
Refletirem sobre suas realidades!

Como que a mostrar,
O quanto a política interfere em nossas vidas
Em nossas práticas cotidianas,
Sem que sequer percebamos

Por onde começo?
Pelas bombas, atentados terroristas?
Campos de refugiados?

Nos campos de refugiados
Pessoas acorrem em desespero
Lugar onde pessoas e crianças famélicas,
Esperam ajuda humanitária

E voluntários procuram fazer o melhor
Na precária situação em que se encontram

Gente desamparada rumando sem rumo
Estrangeiros sem pátria,
A fugirem das guerras de seus países de origem
Da fome e da miséria

O sonho de uma vida melhor,
Onde a dor e o sofrimento
Não o habitem,
Fazendo dele a sua morada

Triste esperança, quase sem esperança
Vida muitas vezes,
Sem perspectiva e sem futuro

Comento o drama,
Das minas terrestres em países da África?
Contingência de guerras civis
Pessoas mortas ou mutiladas

Os vivos, que precisam retomar suas vidas
Na sua esperança de a guerra ser longínqua
Retomada de esperança, em tempos de paz

Digo de nossas tristes mazelas?
Por qual delas começo?
Os tributos, as taxas?

Impostos a nos sobretaxarem por tantos meses
Onerando nossa economia,
Nossa paciência,
E nossa folha de pagamento
Não se refletindo em serviços de qualidade

Pois tudo o que precisamos,
Necessitamos pagar à parte
Saúde, educação, segurança

E quem não quer sofrer,
Em transporte de má qualidade
Paga seu carro, caro
Sem contar o preço dos imóveis na estratosfera

Nossos políticos,
Cada dia mais desmascarados em suas falcatruas
A ladroagem correndo a descoberto

Elevação do preço das passagens de transporte
O qual anda cada vez mais abarrotado de gente

Tranquilidade somente ao descer do coletivo
Poucos passos para se chegar em casa

E ao ligar a tevê,
Mais notícias trágicas
Atentados na Síria,
Político convalescente,
A demonstrar possuir um coração,
De maneira indiscutível!

Eleições na França,
A hipocrisia a condenar alguém por ter dinheiro

Mas por que?
O mal não é o dinheiro honesto que do bolso sai,
E sim, o dinheiro escuso que o penetra

Berthold Brecht a dizer
Que o preço do pão, de nossa escova, etc.,
E tantos serviços colocados a nossa disposição,
São resultado de um processo político

E que se trata de um tolo,
Quem diz com isto não se importar
Afinal,
Como não se importar com o próprio viver?

O preço do combustível, dos dentifrícios,
Dos cosméticos, dos produtos de higiene,
Do transporte, da água e do esgoto, da luz,
Do telefone, da internet, da tevê a cabo,
Dos alimentos, das bebidas, sucos, refrigerantes,
Do álcool, da palha de aço,
Dos produtos de limpeza, etc.

Enfim, o preço dos produtos,
E serviços que nos cercam,
Bem como da guerra e da paz
Tudo é resultado das decisões políticas!

Majorados pelos impostos,
E suas alíquotas definidas por leis
Oriundas de processos legislativos

Nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas,
Câmara dos Deputados, Senado,
Unidos no Congresso Nacional

São eles, os políticos,
Que ditam leis majorando alíquotas de impostos,
Que aumentam o preço dos produtos
Onerando o custo de vida

Vez por outra, os criam ou os extinguem,
Ora criam leis isentando-os

São os homens da vida pública,
Os quais decidem em grande parte,
Pela guerra e pela paz!

Muito embora a guerra,
Não faça parte de nossa realidade
Pelo menos não a declarada
Muito embora ocorram muitas outras silenciosas

Rezemos então por nossos irmãos que sofrem,
Neste ou em outros continentes,
Ajudemos no que for preciso!

Mas voltemos aos políticos ...
São eles que através dos impostos, taxas e tarifas,
Interferem no preço das mercadorias e dos serviços

Não bastassem as estiagens e demais problemas,
Decorrentes de chuvas ou da falta delas,
A elevar o preço dos produtos agrícolas

Aumento de tributo muitas vezes,
Sem nenhum proveito para nós!

São os mesmos políticos,
Que argumentam ser impossível,
Aumentar aposentadorias,
Em razão do impacto,
Na folha de pagamento da Previdência
Mas que aumentam seus próprios salários,
Em que pesem o impacto em nossa folha de pagamento,
Já onerada por tantos impostos

Milhões retirados de possíveis investimentos sociais
Sem falar nos milhões, bilhões desviados dos cofres públicos,
Das mais diversas e criativas formas
Novamente sem proveito para nós

Mas então,
Por que ao abordar tão espinhoso tema?
Não se é possível se apegar a platitudes, afinal?

Por que platitudes são inúteis
Por que a vergonha assoma,
E os descaso por vezes incomoda
Em que pese a aparente indiferença,
Usada apenas como forma de se sobreviver,
Em um mundo cão!

E nisto a insatisfação prossegue
A eterna mania de em tudo,
Querer levar vantagem
A impunidade a grassar,
A falta de interesse em fiscalizar

E tudo a mudar para continuar como se está
Mudam os nomes das obras,
Para nada se modificar!

Gostaria de escrever versos
Que finalmente pudessem as coisas mudar
E as pessoas em pensando
Procurassem com isto,
Escolher melhores representantes

E que com isto, as coisas mudassem
Revolução silenciosa
A se operar apenas com o poder do voto!

É Pena! Que Pena!
Por que as coisas não podem ser assim?

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

IDEIAS

I
Entre deliberações
A livre escolha
Do azo livre
Liberdade, alvedrio
Arraso

II
Pensamentos por vezes me distraem
Conclusões que se esvaem
Pelos desvãos do pensamento
Decisões inconclusas que em perdem
Na contagem rara do momento

Idéias pouco claras
A navegar em mar de ideias
Lento e sequioso de alento

Por que a resposta não nos chega?
Desalento em cada vão momento
Arremedo de pensamento

Saudade de um tempo das mais belas conclusões
A enfeixar um pensamento
Quanto desidério

Perguntas sem respostas
Angustias sem consolos
E a dúvida a abismar:
Por que assim é o mundo?

Em triste cenário absurdo
Tento me confortar
E pairar por entre abismos
A me admirar dos paroxismos

A lua bela,
Sempre branca e redonda lua,
A me encantar

Em cenários de claridade
Pouca escuridão
Nas madrugadas a ausência de luz
A nos trazer confusão

A de pé esperar pela condução
Que quase sempre chega,
Ou sempre nunca chega

Caos, problemas, confusão
Pessoas em profusão
E a gente a tentar sobreviver em meio ao caos

Triste a solidão das multidões sempre vazias
E eu a ler meus surrados papéis e apostilas
Quem sabe na vã esperança
De fazer de meu tempo,
Algo melhor do que uma desconsolação
E um tédio mortal

A observar sempre as mesmas coisas
Olhares vazios, cenários vazios
Vida vazia de significado
Cenário triste e desolado
Habitáculo de seres de passagem
Em uma triste e penosa viagem

Há! Quantos caminhos por devassar
Cordões e correntes a se arrebentar

Pois a vida não há de ser um oceano,
De emaranhados pensamentos aprisionados
E das ideias puras
Pensamentos puros, acrisolados

Mas e essa tal liberdade
Por onde andará?
E a vida será que algum dia,
Enfim, diferente será?

A podermos deliberarmos livremente
E vivermos conforme o que queremos
Ou seremos sempre autômatos seres?

III
Borboletas rareiam a vagar
Em pleno jardim de maravilhas

E eu a caminhar
Divagando em diletante
Doce e sonora amante das canções
Beletrismo a nos compor os dias
Nas mais belas poesias

IV
Nas setas, nas retas
E nas curvas
Nos intrincados caminhos

Nas confluências e entroncamentos,
Com os mais variegados movimentos gesticulares
Deslindes sem deslizes,
Ou acidentes de percurso

V
Estudantados dias
Em cujos ditosos anos
Conhecimentos formoseiam

A dilapidarem mais,
E novos conhecimentos

Em mundo em ebulição,
Convulsionado em revoluções,
Resoluções, faltas e soluções,
Sem nada resolver

Mas estudantes,
Sempre aplicados a aprender
Em seus passeios da ditosa escola da vida
A novos conhecimentos adquirirem

A acompanhar a transformação das coisas,
Da história e da própria vida,
A conhecerem novos lugares

A visualizarem vivos seres pulsáteis,
Seguindo o sentido das marés,
Ou a deitarem-se nas areias a se deixar levar,
Em suas gelatinosas e coloridas formas

Vibrantes descobertas
De um tempo sem igual

Na escola da vida,
A aplicar os conhecimentos adquiridos em aula

VI
Altares ricamente decorados
A ilustrar santas vidas em seu retábulos

Painéis ricamente adornados,
A enfeitarem os altares das igrejas
Com colunas, imagens e ornamentos

Dedicados artistas a esculpirem obras de vulto
Em altíssimo nível e inestimado valor
Raro esplendor

VII
Frases de efeito
A seguir os passos e os pensamentos
Odores, licores e sabores
Albores de novos tempos

Idas e vindas de ideias insuladas
Isoladas em si mesmas

Sonhos nababescos
Jardins suspensos
Modesta morada

DICIONÁRIO:
paroxismo /cs/
substantivo masculino MEDICINA 1. espasmo agudo ou convulsão.
2. momento de maior intensidade de uma dor ou de um acesso.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

MULHER

I
Ser de mil dons encantado
De posse de sortilégios adornado
A possuir a inteligência de se saber delicada
E a seguir e decidir as regras de sua vida

Com seus mil dons, a tecer delicadeza, cor e beleza
Na trama da vida,
Com suas mil teias cinzas, pretas, coloridas
E de toda a tristeza e miséria extrair um rico ornato
A lembrar a delicadeza das flores

Flores com mil formas, com mil cores e cheiros
A trazerem beleza e encantamento para seus dias
Dias diários, corridos, atarefados

Donas de mil rótulos, preconceitos
Aos poucos aprendendo a desbravar a dura vida
E a superar as incompreensões, covardias e injustiças

Não se aviltando por baixezas e vilanias cotidianas
E a tecer seu caminho de belezas diário
Em que em nada se desfaz de ordinário

Existência extraordinária,
Por trazer a vida outros seres
E a tornar tudo melhor, quando o quer
Só poderia mesmo ser você,
Mulher

II
Entre tramas de rendas coloridas,
De mil modos feitas,
Delicados bordados

Unhas enfeitadas com brilho e cores,
De esmaltes variados
Cabelos arrumados,
Feitos com inúmeros penteados

Corpo aromatizado,
Composto de variegados matizes,
Odores de perfume

Seres que enfeitam os pés de saltos:
Agulha, anabela, meia-pata, sapatilhas

Roupas que mil formas contém,
Mil corpos tocam e abraçam

Com suas saias, calças, blusas,
Casacos, luvas e vestidos
Lenços coloridos a enfeitar

Falares e dizeres discretos,
Ou espalhafatosos,
Ou não!
Que dizer então?

Senão, parabéns por um dia, apenas
Quando em todos deveria ser lembrada e respeitada,
A você, mulher!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

SAMBAQUIS

Li em algum lugar
Sobre a ancestral existência de estruturas antigas
Feitas por povos indígenas que habitaram o litoral brasileiro
Muito antes da nobre raça existente
Em razão de sua culinária, seus hábitos e seus costumes
Muito diferentes dos tupi guaranis

Os quais deixaram inscritos em sambaquis,
Sua origem e sua história

E esses monumentos arqueológicos
São denominados: concheiros, cascaqueiros ou, berbigueiros
Nada mais sendo, que depósitos de materiais calcários
Empilhados pela ação humana,
Desses antigos homens

A sofrerem com a ação do tempo,
A serem fossilizados quimicamente
Sofrendo mudanças em suas estruturas originais
Os quais passaram por intempéries,
Que deformaram a estrutura dos moluscos, mariscos, ostras,
Das conchas e dos ossos enterrados,
E demais materiais

Os quais foram calcificados e petrificados
Transformando-se em paredes com vários metros
Algumas com até trinta metros

Construções algumas muito antigas,
A se iniciarem nos tempos das pirâmides
A abrigarem história e admiração,
Das pessoas que hoje apreciam,
E estudam os sítios arqueológicos

De onde surgiram templos religiosos,
Cujas ruínas mostram sua origem, e seus materiais

Sambaquis, origem de depósitos indígenas

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

RUÍNAS

Li há pouco tempo, simples matéria em um jornal
Onde contada a história
De uma antiga igreja erigida
Em imemoriais tempos

Hoje tornada ruína,
Com preciosos sambaquis
E em uma pia batismal, ainda original
Líquido recolhido pelos fiéis e devotos
A renovarem sua crença e devoção
Em um Deus de poder e mistérios

Com pessoas a se guiarem por um caminho de matas
Diariamente
Pescadores a viveram em isoladas praias,
A acessarem o íngreme caminho
Lindo cenário de beleza
Onde circularam povos indígenas
Provavelmente construtores do templo

Com pessoas a dizerem
Que a antiga igreja,
Ainda resistiu intacta até os tempos de antanho,
Década de cinquenta

E o tempo, sempre implacável a tudo consumir
Transformando a antiga igreja,
Restando apenas algumas paredes de pedras

Caminhos do litoral
Seguem os passos
De um tempo assaz distante
Tempos de antigas vilas, capitanias, governos gerais
Construções coloniais, prédios, igrejas
Hoje apenas ruínas de um tempo remoto

Prédios históricos, alguns resistem
A acenarem a memória de um tempo distante
Arquitetura de variados ornatos, esculturas, vitrais

E assim, ao ler a delicada notícia
Lembro-me das ruínas de uma antiga igreja
Erguida em elevado morro,
Com escadaria de pedras, quase toda tomada pela grama
E as meias paredes em pedra
Aberturas, e a visão do mar e de bairros
Sítio arqueológico, com suas áreas demarcadas, delimitadas

Quanto a pia batismal,
A mesma fora levada há tempos,
Para o mais paulista dos museus,
Museu do Ipiranga

Igreja, onde provavelmente foram celebradas missas aos nativos do lugar
Circundada por inúmeras árvores
Hoje enfeitadas de bromélias coloridas
Ponto turístico do lugar

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.

QUEM UM CONTO CONTA, UM CONTO AUMENTA

Melopéias de uma tarde tristonha
A despedir-se dos mil sóis,
De uma tarde fagueira
Belos luscos-fuscos,
Emoldurados por coloridos raios
Amarelos, laranjas,
E um céu azulado e violeta

As estrelas a enfeitarem o firmamento
Cintilando a cobertura celeste de brilhos

E a triste tarde
A contrastar com todo este esplendor
E o céu a despejar suas águas,
Das brancas e vaporosas nuvens

As gotas de chuva a correr pelas vidraças
Janelas salpicadas das águas que caem das alturas
Chuva de vento, que a tudo revolve
Pensamentos que a mim e a todos envolve
Muitas e boas idéias a fervilharem a mente
E o som no rádio, e na rede,
A fascinarem nossos ouvidos
E a tarde que se despede,
E a noite se faz por chegar

Saudades de uma rede vermelha
Para nas tardes, me balançar

E o pensamento vagueia
Percorrendo mil idéias desconexas
Tempos de infância
A recordar-se de inúmeros contos de fada

Com suas belas e delicadas princesas
Jovens moças que entoam maviosas canções
Tristes e suaves melopéias
Com seus olhares profundos e puros

E seus príncipes valorosos, a enfrentarem feras
E a erguerem espadas, altivos
Portando imensas e exuberantes capas

Em ingênuas narrativas
Em que sapos viram príncipes
Donzelas adormecem por cem anos,
A espera de um beijo de amor
Ou então, presas estão, no alto das torres,
A espera de um príncipe para salvá-las

Em contraponto,
Um conto de fadas, nada convencional
Onde o interior dos seres
Mais conta do que a beleza exterior
Beleza das mensagens, das vivências
Mil e lindas experiências

E a tarde cai, os pensamentos vagueiam
As idéias, aos poucos rareiam
E os pensamentos pululam as mentes
Edificantes posturas

Em contraste a isto, tristes histórias
Lembranças dos que se foram
Partindo desta vida
Mas nunca de nós se separando
Ao menos não em definitivo

Nisto, procurando se distrair
A ouvir novas canções
E a triste tarde a se despedir
Sorrateira, dando lugar a noite e ao luar

E aqueles que tão cedo partiram,
Apressados, antes de nós,
Nunca de vós esqueceremos!

Pois entre nós viveram
E antes de partir,
Deixaram entre nós seus melhores pensamentos,
Os seus nobres ensinamentos
E também as coisas menos edificantes,
Que para trás deixaremos

Que todos sigam suas trajetórias
Em todos os planos espirituais
Temporais, e atemporais
E que os contos a serem contados,
Um conto aumentem,
Na conta de todos nós, endividados!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Por-se ao Sol

Avistar lindas paisagens,
Dispersas por entre a ramagem,
Da selva de concreto,
A assolar as cidades

E um por do sol alaranjado
Com sol amarelado,
Envolvido em tons laranja,
Desfalecendo

O astro, luminoso satélite
A se esconder, em meio a construções
As feias construções,
Ao longo do lugar,
A obstaculizar o acesso,
A tão lindo espetáculo!

Entre uma passagem e outra,
A se revelar aos poucos,
Em todo o seu esplendor
A certa altura,
Depois de brincar de aparecer e se esconder,
A por completo desaparecer

E o azul a predominar no cenário
A noite pouco a pouco a tomar conta do lugar
Paisagem sem lua,
Com uma estrela imponente a brilhar

Árvores secas,
Com suas folhas abandonadas,
A contrastar com a escuridão da noite,
Revelando suas formas sutis

Mil tarefas a cumprir,
Atividades a desempenhar,
No novo dia que irá chegar

Distração e lazer,
Nas poucas horas que se tem,
Para enfim poder descansar

Tevê, internet,
Um mundo inteiro para se devassar,
Coisas novas para se saber,
A vida inteira para se descobrir,
Entre músicas, melodias, escritos,
Encantamento
Quanto deslumbramento,
A vida nos traz
Surpresas inigualáveis,
Lindas posturas, gestos, vozes,
Desempenho

E a presença da inventividade humana,
Esta força avassaladora,
Que a tudo constrói,
E que a tudo pode destruir

Uma vida interior para se criar
E assim a melhorar a atmosfera ao redor
Tornando nossa existência,
Algo melhor para contar!

Colocar-se diante da vida,
Por-se ao sol,
Apreciando lindos cair da tarde,
Amanheceres de novas esperanças,
Melhores alentos

Em um por-do-sol,
Amarelo alaranjado,
Com um sol deitado,
A exibir em todo seu esplendor,
Sua arredondada forma,
Enfeitando um cenário de parcas árvores

Verde área, ladeada por alguns ciprestes
A natureza a brigar por seu espaço
A mostrar que o concreto,
Não predominar deve,
Em meio ao cenário citadino
Neste meio também havendo espaço,
A plantas e flores,
No passeio de carros e ônibus

E o por-do-sol,
A se acompanhar!
Lindo espetáculo da vida!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Por um instante

I
O azedume das pessoas a se fazer assaz distante
Palavras duras, ideias preconceituosas
Gentes que em vão criticam
Sem ao menos conhecer o objeto de seus malefícios

Palavras ferinas proferem, sem o saber da causa
E sem caírem em si, e sem ao menos darem-se conta,
De que estão a falar de si mesmos,
Quando pensam estar a falarem dos outros

E assim, após chegar a esta conclusão
Nunca mais tempo perdi,
Com pessoas e coisas que não valem a pena

Por que a pena, é valiosa demais,
Para se deixar levar por leviandades
E por que o todo é válido,
Se a alma for grande o suficiente para se aperceber disto

E assim, tento fazer por merecer,
Este belo pensamento em forma de poesia ...

II
Se todos ouvissem antes de falar
Se todos pudessem ler as palavras que escrevo
Quem sabe de lição serviria para todos nós,
Que falamos sem pensar!

Fica aqui o recado:
Antes de invejar e criticar,
Procure fazer sua parte, procure fazer melhor!

III
Tempos frios,
E o sol a dardejar seus louros raios de sol
Por um horizonte lúgubre de sombras e nuvens
Tímido sol por entre a tarde chuvosa

Céu azul triste e chuvoso
Ventos bravios percorrem a costa,
A devassar os mares
Mares de águas azuis, quase límpidas
E a revirarem sombrinhas

Tempos frios, de muitas águas
Chuvas perenes, quase a fazer parte da paisagem
Eternais!

Muito embora não sejam as de março
Chuvas a regarem os jardins
As plantas, as flores de manacás repleto de botões

Chuva que nos faz ficar introspectivos, pensativos
A curtir, sons e alegrias de novas melodias
Novas canções e novos jeitos de se ver a vida
Com cada artista imprimindo seu jeito próprio de fazer as coisas
Beleza em forma de poesia

Passeios de guarda-chuvas, pés molhados, capas de chuva
Poças d’água, plantas regadas por águas celestiais
Manancial de vida, fertilidade, providencial
E o dia a findar-se,
Com os tímidos raios louros do sol, por se afastar

IV
Mais tempo para se pensar na vida
Refletir, trazer a tona, o que traz dentro de si
Reverberar para fora, o que se traz ínsito em si

Deixar para trás as mágoas e os rancores
Deixar quem se pensa vítima do mundo, de lado

Cada qual com seus traumas e medo
Que eu também tenho os meus para cuidar
Minhas feridas para curar,
Já que ninguém cuidará delas para mim

Já que não importa o que faça,
Não fará diferença para muitos,
Então, ao menos que o faça para mim

Que eu seja feliz,
Apesar dos olhares maldosos,
Das palavras maldosas,
Dos pensamentos maldosos

Não vim ao mundo,
Com a obrigação de agradar gregos e baianos
Vim ao mundo apenas com a obrigação de ser feliz

E se puder,
Contribuir de alguma forma para melhorá-lo
Assim como tantos outros,
Que nasceram com esta destinação
E que ainda não se aperceberam disto

Pensar na vida, como forma de fazê-la melhor
Não para cuidar da vida dos outros
Pois quem assim age é frustrado

E eu que ainda tenho tantos sonhos para correr atrás
E quem sabe alcançá-los e com eles caminhar,
E quem sabe ao lado deles ser feliz e me realizar

Refletir, pensar, reverberar,
Os pensamentos e sonhos bons que tenho na vida
As boas coisas que trago em meu peito
Que por vezes chora em prantos
De dor, de tristeza e de revolta
Mas que também é capaz de chorar de alegria

V
Acompanhar lindas apresentações,
Na tela do computador
Como a da jovem moça ...

A cantora, envolta em atmosfera de brumas
Como se em nuvem estivesse a pisar
Com as projeções do telão, a mostrar folhas em planta a crescer
Impressão causando, de leve voo
Estando a cantora, a certo momento a pousar

Como uma cenografia em pedras
A singela cantora, com sua imponente voz,
Sentada neste cenário, tendo ao fundo, imagens de cachoeira
Linda, com seu top rebordado em brilhos, calça jeans justa
Cintura delicada, delgada,
Mais assemelhada a uma sereia

Em outra parte do show a dar lugar a uma menina do interior
Caipirinha, a cantar suas próprias canções,
Entre sucessos de muitos cantores de antanho
Em cenário a lembrar as festas juninas
A recordar em fotografias,
Seus tempos de criança

Cabelos repartidos em dois longos rabos de cavalo,
Violão enfeitado de fitas coloridas e encapado de flores
Forró e sertanejo a se misturarem
Com muito gingado
E o bailado a reinar animado

Em dado momento, com um vestido longo amarelo,
A moça canta a bordo de uma lua prateada
Sentada em sua curva, tendo ao lado seu violão
Cantando mais uma bela canção

Muitos efeitos especiais,
Telão a frente do palco, e outro logo atrás
Mergulho a bordo de um lindo e simples vestido branco

Em outro momento do espetáculo
Floresta de árvores secas no telão
Capuz e postura estática a cantar mais uma canção
Para ao final da apresentação,
Lançar a capa com o capuz ao chão

E logo em seguida,
Adotar uma nova postura e entoar canções mais animadas
Até o fim, ao som especial, a bordo
De um “Pássaro de Fogo”
Com belas imagens de um cavalo, e flores ao fundo

Lindo dom de encantar!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Poéticas

I
As flores claras iluminam os dias
E as flores de matizes escuros, clareiam o luar
A escuridão dissipa as flores e os tons
Obumbra os limites, as divisões
Sinto saudades das canções
E da sutileza dos detalhes

II
A alegria chama imensurável felicidade

III
Passadas na areia, a molhar os pés na água azul do mar
Mar azul profundo, de ondas brancas, a revolver o fundo, as areias
Areias que tingem de escuro, as águas revoltas do mar
E gelam os pés dos caminhantes da sua margem
Ir e vir das ondas, as vagas
Os desenhos das águas a recortarem as areias de azuis ondeantes
Areias ondulantes, envoltas em água e espumas
Lindo sol a brilhar no mar
A contrastar com o vento a gelar os corpos dos passantes
Tempo inconstante
Passeios constantes, em meio as frias águas da praia

IV
Ninguém é feliz o tempo inteiro e tampouco infeliz a todo o momento
A vida se compõe de venturas e desventuras afinal

V
As pessoas não são somente felizes,
Muito menos inteiramente tristes
E quem ó é, pobre miserável!
Não sabe o que é a vida,
E tampouco entende a vida que tem!

VI
A vida só gosta de quem gosta dela
E nós somente amamos, a quem verdadeiramente gosta de nós
Ao menos, deveríamos lutar, para assim sermos
Amarmos a vida para que ela a nós ame,
Como no sábio adágio,
E devotarmos nossos afetos, apenas a quem bem merecê-los
Nada de lamentações inúteis,
De nos ocuparmos do que não nos interessa
Entender o feio, o triste, o desagradável
Mas não deixar que as veleidades nos contaminem
E assim, amarmos a vida, não só no que tem de belo,
Mas ainda assim, amarmos, pois só assim ela nos mostrará o belo

VII
Em sendo a dor inevitável,
Muitas vezes também é preciso vivenciar o sofrimento
Deixar que ele se desenvolva,
Nasça, cresça e morra, dentro de nós
Para que não mais volte a nos assombrar
A fuga, melhor opção não é
E o sofrimento pode ser opcional,
Mas nem sempre, empreender fuga, produz bom resultado

VIII
O sol nasceu para todos,
Mas a sombra é somente para quem bem merecê-la
São os dizeres graficamente dispostos nos muros da vida

IX
Como já dizia, melodiosa canção
De repente, as coisas mudam de lugar
E quem perdeu, pode ganhar
A velha máxima do mundo que muitas voltas dá
E quem no poder agora está,
Amanhã não mais poder terá
No ostracismo posto serás, se o bem merecer
E reconhecido pela história, se o bem fizer
Nos ciclos enfindos da vida

X
Faças o melhor que puder com a vida que tiveres,
Pois o melhor dos mundos retornará para você

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Percorrendo Caminhos

Pedregosos caminhos
Ladeado por ondeantes águas marinhas revoltas
A bater em pedrarias

Pedras a formarem,
Os caminhos que nos levam as passadas da história
Mar bravio a bater,
Nas laterais das pedras que compõe o caminho

Hoje com passarela a facilitar a passagem
Onde outrora passou Anchieta a pregar e catequizar, confortar
E a escrever nas areias da praia
Lindos poemas que mais tarde foram escritos e impressos,
Sendo assim preservados das areias do tempo

Caminhantes em históricos caminhos
Lentos passos em direção a rochosa construção
Criada e esculpida por divinas mãos

Pedra a servir de leito
Apoiada em outras pedras
A servir de abrigo, como se fora gruta
Com cobertura

Anchieta recostado visualizando o mar ao lado
Tão próximo, em suas diversas formas,
Ora calmo, ora revolto
Cenário mágico de tempos de agora,
E de tempos de outrora

No alto, casas, construções, residências,
Onde antes fora seu Púlpito
Visão a se admirar

Praia afastada do Centro,
Movimentado, caótico
Mas a preservar algumas históricas construções,
Com adaptações, cores e releituras

Do outro lado da praça,
O Cruzeiro, e uma antiga Igreja,
Tendo ao lado, ruínas de pedra
Com linda visão do mar da cidade
Itanhaém, com seus murmúrios de pedra!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Outros Tempos

E a chuva que não para de cair
Janelas recobertas de brilhos efêmeros
E o dia escuro e triste

Odisséia para se chegar a algum lugar
Adequadamente paramentada para a frialdade dos tempos
Longo casaco negro, vestido de lã, blusa de lã, botas, luvas
Luta por um melhor lugar neste mundo inóspito
Selva de um ideal civilizatório

Saudades de um mar, de espumas brancas
Claro límpido
Com suas espumas a brilharem de azul em meio a noite nublada
O movimento das águas a espalhar partículas de luz azul
E o horizonte em tons marinhos

Belos momentos para se afastar dos falatórios
A só se pensar na beleza da vida
A se esquecer das maldades e competições
Esplendor

Gaivotas a voar
Superfícies de gramas, cobertas de água clara
Resultado das chuvas que não param de cair
A cidade em azul permanente
Peruíbe a mais parecer a cidade das águas
Águas que nunca cessam

E agora a chuva ...
Chuva novamente, não bastasse a semana de antanho
Igualmente chuvosa

As gotas na janela, a produzirem singelos brilhos
E eu a dedilhar as letras, em um velho teclado
Cadeira em desalinho
Estando em São Paulo

O prédio a frente, branco,
Com janelas quadriculas ovais
De aspecto soturno e abandonado
Estranho lugar
Por cá, estranhas paragens
Olhos sequiosos de belezas,
Em meio a fealdade das construções

A chuva, ora a chuva, continua a cair
Chuva perene,
A fazer-se dama de companhia para a tarde triste
A chorar a chuva constante
Lembrei-me de outra linda canção
Diante deste tempo terrível,
Dia taciturno e triste, tenso

Somente ao cair das horas,
A chuva junina se dissipou
Atenta, procurei partir

Regressei ao meu lar de novos modos
E percorrendo novos caminhos,
Descobri uma nova forma de as mesmas coisas fazer

Um horizonte de novas possibilidades
Novo ambiente
Ou um museu de grandes novidades,
Como diria Cazuza

Em tempo, ao chegar ao lar
Pude me ocupar de minhas coisas
Novos projetos realizei
Fotos finalmente pude apreciar

Lindas paragens de verdes paranaenses, sulistas, e peruibenses
Veredas mil, a compor este imenso e colossal
Vasto, varonil, meu Brasil!
E o tempo a passar ...

Nas manhãs madrugadeiras
Percorri os mesmos horizontes sob novo prisma
As brumas densas
A lançarem um quê de branco sobre a noite escura
E o frio a nos rondar

O trolebus a passar rapidamente,
O trem a andar no mesmo embalo
Cadente velocidade
Cheio das gentes em seu interior
O metrô linha verde, repleto como sempre

E eu entretida em minhas leituras
Agora a desbrava r a hermosa letra
De Federico Garcia Lorca
E seus poemas originais sobre o amor
Textos em espanhol, tendo ao lado sua tradução

E estando eu a ler,
E eu a decidir se o caminho fico a seguir
Pensei então descansada, em seguir até a Consolação

Ao lá chegar, atravessei longos caminhos,
Corredores extensos,
Cadenciados passos

O lado oposto a se avolumar
Para enfim, chegar a linha amarela
Com seus carros abertos
Podendo se passar de um lado para o outro

Muitas escadas para se acessar a linha vermelha,
Na estação a lembrar da coisa pública “res publica”
Enfim se chegar ao destino com folga

Trabalho para se realizar
Leituras diárias, notícias na internet
Raciocinar embalada por boas canções
A animar o trabalho

Outros tempos,
Pois na vida, há tempo para tudo
Trabalhar, estudar, ler, pensar, se divertir
Enfim, sobra um tempo até para sorrir

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Oratório


Em um singelo objeto de madeira trabalhado
Com uma bela imagem de santo adornado
Em seu abrir e fechar pendurado

Sacra imagem a simbolizar,
O abençoado lar
E a bons pensamentos lembrar
A todos os que ali ficam a passar

A passar e a contemplar,
A sagrada imagem a simbolizar,
Caritas e elevados pensamentos

Pessoas a passar,
Aqui e lá,
Lá e acolá

A passar e a penar,
E a duras penas a sofrer,
Diversas das asas leves de um pássaro,
A ágil voar,
Entrecortando os céus,
E os paramos do lugar
Vôo leve e sem dor!

Em contraponto a tão bela imagem,
A pairar em celestial cenário,
A miséria a nos assolar,
Mesmo quando dispostos não estamos,
A para ela olhar

Fica-se a pensar,
Em quanta miséria ainda no mundo há,
E o quanto de tristeza ainda existe para se eliminar!

Quantas tristezas sentidas,
Mágoas remoídas,
Lágrimas caídas

E a esperança de eterna renovação
Pois se diz que em todos os sofrimentos,
Há conforto e consolação,
E a inabalável esperança,
De que tudo irá melhorar

Afinal se como dizem:
Em ainda não estando bom,
É por que deveras,
Ainda não se chegou ao final!

Com isto, como que a inspirar,
Força e alento aos que sofrem,
Com a promessa das melhores esperanças
Um eterno esperar resignado

Como as imagens sacras,
Protegidas em um oratório de madeira
A olhar sempre para o mesmo lar abençoado,
Como que a todos pedir paz
Simbologia de uma religião,
Repositório de orações,
As mais breves e a mais inspiradas,
E que nestas preces seja sempre pedido,
Luz e paz, a nós todos

E que a miséria,
Um dia de nos seja arrancada,
Para que todos, iguais oportunidades,
Possam ter
Mas para tanto,
Devendo fazer por merecer,
A divina dádiva do bem viver!

E assim, nunca mais o sofrer
A tristeza a se afastar,
Diminuindo as duras penas do caminhar
Lentas passadas a dar,
E um melhor mundo para se conhecer!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Oradas

Orago¹ das horas vagas
Alvorada dos novos tempos
Floradas as plantas,
De um imenso jardim de maravilhas
A desabrocharem em beleza e esplendor,
As suas mais exuberantes formas,
Cores e ornatos
A se criar um universo particular,
De paz imensa

Mergulho em felicidade
Templo de profundo meditar
Onde se pode o mundo pensar
E boas vibrações passar
Para que assim boa energia se possa espalhar,
Pelos ares do lugar
E assim, a tudo envolver em bons pensamentos

E aos poucos afastar,
As tristezas do lugar
Singela oração das manhãs
Esplendor de um novo dia em maravilhas!

Quanta coisa nova por se descobrir
Tantos insondáveis mistérios,
Para se desvendar!

Tantas sombras para se dissipar
Amarguras para se minorar
Suave pássaro de asas coloridas,
A sobrevoar as paragens,
Levando para longe todas as tristezas,
E os plangentes ais!

Oração que a todos conforta,
Trazendo consolação
E a desesperação enfinda,
A se afastar,
Com suas negras asas,
A rumar, para distante lugar!

Mire as belezas de um mundo,
Sem igual
Abandone as tristezas
Dispa-se das amarguras

E as dores que parte fazem,
De um maior projeto,
Cedo ou tarde passarão
Pois a vida já demonstra,
Que as coisas assim são!

Pessoas que sofrem,
Umas, fuga empreenderão,
Outras a enfrentarem a vida aprenderão
Homens, jovens, crianças e mulheres
Cada um sente a vida a sua maneira,
Com suas alegrias, suas cores, amores
As mães a seus filhos embalar,
Ou a sonhar com o dia em que isto o farão
A distância a separar momentaneamente,
Não é com efeito, definitiva
Como da mesma forma, os problemas,
A se encaminharem, a uma solução

E aos que sofrem,
Confiança no futuro,
Que certamente melhor será!

Oração de esperança a todos dirigida
Como a direcionar,
Uma melhor vida ao mundo
Bons presságios! Bons augúrios!
Boa sorte!

Como um balão de variegadas cores,
A subir rasgando os céus
No céu imaginário,
Onde majestosos balões,
Não caem ao chão,
Não incendeiam casas, matas e construções
Antiga distração, hoje proibida

As bandeirolas coloridas a tremular
Nos céus de minha cambiante saudade,
Nas minhas cálidas lembranças
A criança com seus vestidinhos,
Cabelos presos, chapéu de palha,
Maquiagem,
E as danças, as quadrilhas, os ensaios
Festejos de felicidades!

Boas lembranças a afastar,
A tristeza das horas vazias,
Do sofrimento do mundo, das gentes,
E a confortar
Pois nem sempre,
Podemos algo fazer para ajudar
Sendo a dor individual,
Somente a desejar que tudo,
Um dia passe

E esperanças também a passar,
Para os que do sofrimento,
Ainda não desfizeram as vestes

Sim, abandonem o oceano de tristezas
E mergulhem em lago profundo de esperanças,
Oração das melhores intenções!
E nestas orações, todos enxerguem,
Um mundo melhor de realizações!
Longe das tristezas que assolam o mundo,
As dores sanadas, os problemas solucionados
Orago de nossas melhores intenções!

Oração a cintilar os brilhos do mundo,
A beleza das puras mentes,
A doçura das melodiosas vozes
Anjos e seres celestes a nos envolver!
E a tudo simbolizar,
Uma singela expressão:
Amém!

Das oradas, mensagens direcionadas,
A nós todos

DICIONÁRIO: 1 Orago - Oráculo.     

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Odisséia Africana

Em remotas plagas
Esquecido continente
Origem de tão bela criação
Berço civilizatório

Há milhares, talvez milhões de anos
Eis que surgem
As primeiras humanas criações
Adequadas as condições ambientais
Da inóspita paragem

Seres robustos
Tez dourada
Nutrida com os mil sóis do lugar
Fortaleza imensurada
Corpos preparados
Adaptados a aridez local
A dureza da vida cotidiana
Origem das primeiras civilizações
Guerreiros de tão inóspito lugar

A lutar com instrumentos rudimentares
Artefatos de pedra
Lascados de início, e após,
Burilados, polidos

A insculpirem em paredes de pedra
Cavernas escuras
Mal iluminadas
Rudimentares desenhos
Retratos da vida cotidiana
Da faina diária
Isolados de início,
A formarem comunidades
As sociedades primeiras

Soberana raça
A se espalhar pelo mundo
Heróico povo sofrido
A escrever as páginas primeiras de nossa história,
Neste planeta

A formarem bravos povos
Egípcios, árabes, persas, entre outros tantos
Roma a se expandir
Nobres negros a serem escravizados

Mais tarde, nova invasão as terras
Reis sendo destronados e apartados de seus pares
Levados para tão distantes plagas
Tão longínquos continentes
A enfrentarem tão longos reveses
Humilhados, aviltados, vilipendiados
Diminuídos, de todas as inumanas formas
Coisificados
Ó dura história!

Quanta tristeza trazes, acorrentadas ao peito
Um passado imenso de dores
De luta!

Acorrentados em navios
Amontoados em seus porões
Vendidos como animais
Expostos aos olhares curiosos e impiedosos
Até que aos poucos, foram sendo libertados
Os grilhões se rompendo
E os homens, abandonados a sua própria sorte
Novamente necessitados de construírem uma nova história

Muitos a se estabelecerem em morros
Distantes de seus labores
Marginalizados
A construírem grandezas
A sofrerem com guerras internas em seus países
A terem suas terras invadidas,
Por brancos
África do Sul separada,
Apartheid,
Ku Klux Klan,
Poder Negro,
Sambistas menosprezados

Esta é minha origem
Um de meus berços
Negras raízes

Escravos,
Diante da impossibilidade
De fazê-lo, com os nativos do lugar
Índios adaptados ao ambiente
Indóceis aos desmandos do homem branco
Eis que surge negra força
A atender o desidério de homens inescrupulosos

Opróbrio
Vilipendiados seres
Agora por igualdade lutam
Em tão longínqua terra
Inóspita paragem
Inferno verde

Ao viver no Brasil
Bela jovem, negra audaz
Altiva e severa
A conhecer louro português
De quem se enamorou
E a quem veio a desposar
O jovem, tão jovem
A enfrentar autoritário pai
Que maltratava os negros libertos

Juntos viveram
Casal desventurado
Filhos tiveram
Português sofrido
Aos poucos, debilitado, cego
A perder a luz da alma
Cego de um dos olhos
Luzeiro sem luz
Perda de uma das pernas

Ao morrer deixaste,
Numerosa prole
Sob o jugo do impiedoso avô
A expulsar a mulher e os filhinhos
Homiziados, fugidos correram

Com as roupas do corpo se despediram,
Abruptamente do lugar
Mulher de dura têmpera
A bordar lindas e delicadas rendas
Em seu bilro,
A tramar as rendas belas
Teceu a família e tramou a vida dos filhos
Criou os filhos
Entre eles, brancos filhos,
Mulatos, mestiços
E um mulato sertanejo

Homem que conheceu
Branca e pequena jovem
Triste e sozinha
A malhar na dura lida diária
A carregar fardos, pesos
Realizando pesados misteres

Ainda criança, tornou-se órfã
A mãe, a casar-se novamente
Sendo tão pequena criança
Submetida ao jugo do padrasto
Branca jovem, filha de índia
Mais tarde, a perder o contato com a mãe
Mulher que aventurou-se no mundo
Sem deixar rumo
Onde terá ido?
Flor branca, delicada
Franzina

Em contraponto a aparente fragilidade
Muita força no trabalho, na lida diária
A casar-se com o valoroso sertanejo
Dono de terras em território baiano
Tiveram numerosa prole

Mas antes de tudo isto
Tudo fora vendido
Nas nordestinas plagas
Vindo o casal rumar para São Paulo,
Viveram em um sítio
Interior do estado
Amendoim plantavam
Em uma casinha viviam
Vidinha dura levavam
Na morada ladeada por um pomar
Árvores frutíferas a enfeitar
O singelo ambiente
Em Eneida, heróica vila
Criaram os filhos
A cursarem o primário
Iniciados nas letras primeiras
Do mundo das palavras

Uma das crianças, imaginativa
A conhecer o mundo dos livros
Maravilhosas histórias de espadachins,
Guerreiros orientais,
Déspotas, verdugos, tiranos
Lindas princesas, heróis valorosos
Mundo de delicadezas

Em contraste a dura lida na roça
A plantarem, abrindo buracos no solo
Depositando sementes
Preparando a terra
Arar, semear, colher
Sol escaldante, marmita

Crescido, o menino rumou para a cidade
A dividir morada com um irmão
Nova vida a enfrentar
Vivida de forma independente
Trabalhos diversos
Estudos, supletivo, provas, faculdade
Uma vida inteira de sonhos pela frente
Namoros, encontros, relacionamentos
Em dado momento a encontrar,
Bela moça,
Filha de humilde e simplório ser

A lembrar mítico caipira
A dormir com sua melhor roupa
Tudo para economizar tempo para se arrumar para sair
Alegre e contraditório ser
A ajudar estranhos
E a negar ajuda a família
A esconder dinheiro em um colchão
Carinhoso e futuro, avô caipira

Vida em fazenda
Mãe a trabalhar em criações
A cuidar de frangos
A fazer farinha
Imagens e sensações de coisas passadas
A noite, homens a arrastarem tristes correntes
Chinelos a arrastar
Criança a se assustar
Histórias, muitas histórias a serem contadas
Com simpática idosa, a contar histórias de fantasmas

Crianças a brincar de mil formas diferentes
A escorregarem ladeiras
Lindos rostos de caras sujas
Banhos semanais
Pescarias, brincadeiras no riacho
Estando a mãe a lavar roupas
Grupo escolar
Crianças de diferentes idades
A juntas estudarem
Nômade família
A viverem de cidade em cidade

Uma das crianças a conhecer
Professora de modos delicados,
Perfumadas mãos
Lembrança etérea
Miúda e franzina criatura, a criança
A se encontrar, passado e presente no mesmo enredo

Voltando ao passado
Os meninos a brincarem com os moleques do lugar
A jogar bola
Roupas domingueiras para a esporádica missa
Doces na cidade, em suas raras idas ao lugar
Trabalhar em alheias propriedades para guardar dinheiro
A pescar, às vezes apenas tendo as mãos como instrumento

Faculdade a cursar
Não podendo completar o curso
A vida a enfrentar

Ao se casar com bela morena de branca pele,
Verdes olhos
A vida se transformou
Em um almoço de comemoração
Simples refeição
Macarronada e frango
Vaporoso vestido azul
Fotos no jardim em frente a igreja
Trajando tão elegante vestido azul

Casamento
Linda cerimônia celebrada
Branco vestido, buquê
Na saída da igreja
Partida em um fusca
Casal feliz a acenar da janela do carro
Ambos olhando para trás
Para trás deixavam um modo de vida

Na casa, muitos presentes
Objetos até hoje conservados
Com o tempo, os filhos a nascer
Brincadeiras, travessuras
Choros e castigos
Festinhas, aniversários, presentes
Inesquecíveis lembranças
Amigos secretos
Trocas de presentes
Coleguinhas
De coelhinho a se fantasiar
Brincadeiras em amplo quintal
Igual a ele, não há

Piscina de plástico
Pinheirinho, Dama da Noite, rosas
Profusão de rosas
Delicioso aroma das flores da noite
A Dama da Noite
Cheiro de infância

Pipas, brincadeiras em balanço montado na garagem
Estrutura de concreto
Inacabada, a servir de cenário
As maiores fantasias
De uma criança sonhadora
Sonhar de fazer sucesso
De se realizar

Fantasia de tule e folhinhas vermelhas
Confetes para jogar
No carnaval de minhas lembranças ditosas
Brincar no quintal ainda não concretado
Azulejos no barro
A criar mil mundos na imaginação

Muita coisa para se aprender
Faculdade, estudos
Um mundo novo a se descortinar

Tardiamente aprendendo a pedalar
Passeios na praia
A relaxar na rede
Adulta, a me enamorar de um mundo repleto de desafios,
Alegrias e dissabores
No mundo onde até o céu deixou de ser o limite

Filmes, músicas, histórias antigas
Lindas narrativas a contemplar
Outras para criar
Livros para ler
Poesias a se elaborarem
Ante meus olhos maravilhados
Quantas maravilhas, a serem criadas
Outras tantas a serem descobertas

Negros e afro descendentes,
A buscarem
A se colocarem no mundo
Elidem as desigualdades
Em que pese o mundo
Ser ainda tão injusto, desigual
Óh, nobre raça!
Guerreiros outrora, hoje e sempre
A humana raça!

A cor é apenas um processo de adaptação,
As locais condições
Um brinde a todos os povos!
Que se faça a igualdade
Como se fizera a luz!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Oceano Doce em Maravilhas!

A branca lua a brincar no firmamento
A colorir de luz o ambiente
As estradas,
A refletirem o brilho dos faróis dos carros

A despedir-se de um sol a pino,
Anterior contraste,
A dourar as gramíneas, as ramagens,
As flores e as árvores

Estrada que tem uma imponente represa ao fundo,
Azul profundo a desfilar,
Serpenteando as matas
E em todos os lugares,
A formar braços d'água,
Orlado de verdejantes matas,
Grandes árvores!

Impressionante represa,
Ladeada por estradas sinuosas,
Estreitos caminhos

Tendo o verde, e simpáticas construções,
Por companheiras
Passeio por histórica vila,
Debruada de galpões,
Pequenas construções em madeira,
De vermelho pintadas

Em contraste a casa altaneira,
A elevar-se por sobre a mata,
Por intermédio de caminhos,
Acessados por escadas com degraus de pedra,
Íngreme inclinação

Saída por descida em meio as árvores, gramas e plantas
Tendo por destino, caminhos diversos,
Vagos, esparsos
Pequenas estradas a levar,
Para pontos diversos da vila

Imponente construção assobradada,
De madeira erigida, e de marrom pintada
Com suas tramas de madeira,
A abrigar detalhes do passado

Sendo o oposto das ruínas,
E das construções abandonadas do lugar
A nascente, em uma das passagens da vila,
A descortinar em suas tímidas águas
Uma fonte com água a brotar,
Em delicado e ornado desenho,
Para o encantamento dos passantes!

A bruma a tudo invadir
Galpões em madeira,
Tendo outros feitos, em tijolos à vista

Próximo dali,
Velhas locomotivas abandonadas,
Ao longo de férrea estrada desativada
Consumidos pela voragem dos tempos,
A decomporem seu passado e memória,
Invadidos por gramíneas,
Monumento ao abandono!

Ladeado com objetos a lutarem,
Em brava e dura luta,
Pela preservação de uma memória,
De um passado que não se faz assim,
Tão distante!

Museu a homenagear,
A saga de homens que a serra desbravaram,
Para o sistema funicular edificar
E a trabalhar ficaram,
A riqueza e passageiros transportaram!

Singela vila inglesa,
Em meio a verdejante mata,
Envolta a serra,
Obscurecida pelas brancas brumas,
Afamado lugar: de onde se vê o mar,
Em propício dia ensolarado!
Nome conferido pelos índios,
A passarem pelo local!

Cenário de shows
O espetáculo da vida!
Nas modestas casinhas,
Venda de artesanato,
Pequenos restaurantes

Várias ruas, tendo por nomes estrangeiros,
Outros nacionais nomes,
Sofisticado clube,
Outrora palco dos encontros sociais,
Dos moradores primeiros da vila!

Cenário de bailes e valsas,
Homens garbosos, mulheres donairosas
Encontros e desencontros,
Amores e desamores,
Amizades, convivência,
Com os vizinhos do lugar!

A ladeira de pedras, a descortinar,
O esplendor do cenário!
Descida para a vila histórica

Na entrada da vila,
Um pequeno cemitério,
Estando ali próxima, uma igrejinha
Ainda, a parte alta da cidade,
Com suas construções contemporâneas,
Em contraposição as casinhas históricas,
Construções em madeira,
A homenagear um tempo a distar!

O relógio da torre,
Os trilhos diversos,
Dispersos em meio ao gramado
A velha locomotiva com sua fumaça,
A lembrar,
Os tempos primeiros da vila,
Os pioneiros operadores dos trens!

Nos tempos primeiros:
As pessoas com suas melhores roupas
Na estação a esperar,
E para todos os que partiam, acenar
Mocinhas a balançarem seus lencinhos brancos;
Os homens de terno e chapéu,
Com seus reluzentes sapatos;
As mulheres com seus vestidos, suas luvas,
Seus cabelos elaborados, sapatos de salto,
Perfumadas!

Saudades sinceras de um tempo,
Que não volta mais!
Quantas histórias perdidas,
Em meio a férreo cenário:
Amores partidos, saudades sentidas,
Lágrimas caídas,
E o cálido retorno,
De alguém muito esperado,
Que um dia partiu!

Estação, palco de encontros e desencontros
Num antigo sistema de cordas,
Utilizado para subir as serras,
Processo abandonado posteriormente
Fato este, que deixou a memória da vila,
Em sono plangente

A até um dia despertada ser,
De seu histórico valor,
Braço da história de uma Santo André,
Deveras querida!

E assim, a vida se manifesta,
Em seus pequenos detalhes
As brumas a deixarem os limites,
As casas, as construções, as moradas,
Todos indivisos,
A tudo dificultar o divisar

Casinhas de pinho de riga,
Pintadas de vermelho,
Geminadas
Tendo da casa altaneira,
Um senhor sisudo e observador,
A tudo vigiar

Por fim, o sol a se despedir,
Dando ensejo,
Ao frio da tarde invernal
A passarela por cima dos trilhos
E os passantes a circular,
No antigo cenário histórico!

No regresso, despedida, forte neblina
A envolver os carros,
Na estrada sinuosa,
E a bela represa a emoldurar o cenário,
Imenso oceano de água,
A agitar-se ao sabor do vento

Canto, alento,
De uma jornada,
Que ainda não teve fim
Tendo-se em vista, muitas outras paragens
Para se descobrir!

E ao em casa chegar,
Me encanto ao me deparar
Com majestoso ipê,
A exibir lindas flores roxas,
E a expor um magnífico tapete de flores,
Deitadas sobre o chão
Onírico cenário de beleza e encantamento
Exuberância das flores do jardim da vida!

Ao longe, mas não muito longe dali,
Os brilhos das cidades ao luar,
Emolduradas por exuberante lua cheia,
De um céu sem estrelas

As luzes dos faróis dos carros,
Tristes a acenar para as ruas,
Que já começam a adormecer!

O movimento das ruas diminuí,
Para no dia vindouro,
Tudo novamente recomeçar!

Ao longe, as luzes das casas, dos prédios,
Do comércio das cidades,
Das plagas,
Tudo a embelezar a noite de lua,
E mais encantador e misterioso,
A tudo tornar!

Por fim, a represa, com suas águas azuis,
Um vasto cenário a emoldurar,
Oceano Doce em Maravilhas!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

No Teatro da Vida

Num céu azul de nuvens brancas
Adornada por um universo de águas
O contorno do mar
E o ir e vir das vagas
Água limpa, espuma branca
E o céu azul intenso,
Em vários tons, gradações, nuances
Cenário de sonhos

Com lindas construções praianas
Coqueiros a delimitar a orla de areia
E o dia sem sol
Crianças correndo em direção ao mar
E mesmo ante, fria chuva
Corrente de água fria a cair do céu
O passeio diário,
Em capas de chuva transparentes

Caminhar a beira d’água, a molhar os pés e algo mais
Gaivotas enfrentando o vento e a chuva
O mar indo e vindo,
Em seus canais,
A afundar em meio a profundidades desconhecidas
Músicas de gosto duvidoso
E o teatro da vida a descortinar,
Ante nossos olhos maravilhados!

Garoa fina, chuva grossa
Novas flores a comporem o jardim,
Lindas flores a desabrochar
Morangos a medrarem no jardim

E as cantigas da vida
As danças do mundo

A chuva correr janela afora
Preenchendo os dias, completando as horas
Tempo para se pensar, meditar
E as horas, e os dias, a passar

Fitas coloridas, cantigas, toadas, danças diversas
Imponentes pensamentos a vagar
E amor, decepções e desilusões a nos acompanhar
E em sua constância,
Os momentos de alegria
As viagens fagueiras

Nos trens de muitas viagens interiores
E no exterior, as paisagens,
E muitas lembranças a preencherem as memórias e a alma

E no teatro da vida,
Muitas histórias nos são contadas
Nos livros, nas novelas, nos filmes, nas canções
Poesias e pensamentos,

Também construímos nossas histórias
Também escrevemos nossos enredos
A todos os momentos, presenciamos cenas teatrais
E vislumbramos muitas festas, vesperais

Para viajarmos, precisamos de vontade
Para com malas e bagagem,
Conhecermos a vida,
Desbravarmos o mundo,
Como os bandeirantes, outrora fizeram,
Com as terras brasileiras:
Terra Brasilis,
Pindorama – eterna terra dos papagaios;
Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz
Brasil, meu Brasil brasileiro!

E assim começam as viagens,
Pelas terras de um Brasil sem fim:
Paraty com seu casario,
Datado dos tempos do Brasil império
Calçamento de pedras;
Com suas belas igrejas;
Batentes de portas e janelas coloridos
Mar e pedras, e trilhas
Mil passeios por lá
Um fora feito, anos antes, de carro

Outro realizado, em casa de pessoa querida!
Passeios de balsa por Ilhabela
Os verdes das serras, as montanhas, os mares,
Balsas a transportar carros e viandantes

As escunas,
Santa Catarina, e sua Praia dos Ingleses,
Imensa duna na Joaquina,
Imensa e rasa Lagoa da Conceição
Linda paragem!
Cenário de muitas dunas,
Embora tão distante do nordeste!

E voltando ao Desterro, Nossa Senhora,
Atual Santa Catarina,
Em sua formosa ilha, Florianópolis
Passeio por ilha, apreciar salmão,
Avistar a cidade de um mirante!

E a voltar para linda Ilhabela ...
O carro pousado na estrutura metálica,
A percorrer lentamente os mares
As praias repletas de pedras e algas
Em Ilhabela, litoral paulista!

Nas auríferas terras mineiras:
Passagens por caminhos em paralelepípedos,
Morros vários
Históricas e coloniais construções
Igrejas monumentais, passeios, pontes, cruzeiros
Lindas casas com seus beirais, avarandadas
Grandes janelas, com seus vidrinhos

Passeio pela história de meu Brasil imenso, varonil,
Saltada dos livros de história,
Sentida, vivificada!

Em sonhos distantes, se pode contemplar
As mulheres com seus longos vestidos, e anáguas
Corpetes e mangas, com suas blusas ajustadas
Sombrinhas rendadas,
Sapatos delicados
E o caminhar pelo calçamento de pedras

Algumas a andarem em liteiras
Carregadas em uma cobertura fechada,
E segura por quatro escravos, um de cada lado
No campanário a aguardar com suas famílias,
O início da missa

Ali as famílias seguiam juntas,
Rumo ao interior da igreja
E os fidalgos a ocuparem os melhores lugares
E os moradores pobrezinhos,
Das casas simples, sem beirais
A ocuparem os assentos menos nobres
Pobres sem eira nem beira!

Isto a se passar Ouro Preto,
Antiga Vila Rica
Mas poderia ser no Arraial do Tijuco,
Atual Diamantina,
Ou qualquer outra paragem

Em Mariana:
Uma igreja ladeia a outra,
Que ficam frente a frente em imponente cenário,
E outras históricas construções, fazem par
Um trem de longe apita, percorrendo os caminhos
Trem perdido,
Em meio a tantas andanças!

As janelas exuberantes
Paisagem da janela,
A compor uma linda canção inesquecível,
Criação de um poeta inspirado!
Berço de muitas imagens de um passado remoto,
Mas tanto quanto possível, presente!

Tiradentes:
Com suas charretes e cavalos a circundarem,
Uma acolhedora praça repleta de coloniais construções;
Restaurantes diversos
Muitas construções coloniais, janelas e portas coloridas
E como em toda cidade histórica mineira,
Muitas ladeiras,
Paralelepípedos, pedras
Construções assobradadas, solares, varandas coloridas
Igrejas, muitas igrejas, sinos
Mineiras cidades,
Suas praças, com seus banquinhos acolhedores,
E seus jardins cuidadosamente criados

Em Congonhas:
A Romaria circular,
Com seu Museu de Mineralogia;
Portas e janelas com batentes pintados de azul
Mais a frente, restaurantes e pousadas,
Lojinhas com esculturas, cestarias,
Terços e outras lembranças

Museus mais:
Igreja de Bom Jesus de Matosinhos,
E as magníficas esculturas dos doze profetas,
Do eminente Antonio Francisco Lisboa,
Mais conhecido como Aleijadinho;
Com escadarias para se chegar,
A imponente cenário a circundar a igreja;
Em seu interior, imagens sacras;
Com suas lindas pinturas de teto;
Seus anjos e seus panos!

Os Passos da Paixão,
Esculturas, em pequenas casinhas com detalhes em azul,
Fechadas!

E o promontório a mostrar a paisagem da região
Como paisagem a se admirar,
Na entrada da cidade de Ouro Preto
Com sua paisagem verde,
Suas igrejas vistas de longe,
Suas construções coloniais,
Diminutas construções, quando vistas de longe!

São João Del Rey:
Com sua estação férrea,
E seu trem que leva a Tiradentes;
Seu coreto de dois andares
Com construções antigas,
Dos tempos do Brasil Império,
E outras contemporâneas,
Ponte de Pedra,
A compor imponente cenário!

Mineiras cidades:
Repletas de históricas construções
Restaurantes aconchegantes,
Com comida caseira e forno a lenha
Charretes aos montes, contornando a praça central
Igrejas magníficas, ladeiras e calçamento de pedra
Fonte e escultura do mítico Tiradentes
Herói inconfidente,
Que jamais cometera qualquer inconfidência,
Sendo apenas vítima de uma,
Cometida pelo infame Joaquim Silvério dos Reis;
Pobre mártir Joaquim José da Silva Xavier,
Alferes, humilde militar
E o mais pobre de todos os inconfidentes,
A pagar com sua vida pelo sonho de liberdade
Libertas quae sera tamem!

Liberdade ainda que tardia,
Lembrada nos tempos de escola
Será que algum dia, ainda a teremos?
Quem sabe!
Tiradentes,
Tendo este nome para homenagear,
Triste herói do país!

Em Belô, muitas praças
E na Liberdade, muito verde, coqueirais,
Ladeada por históricas e coloniais construções,
Entre elas, o Palácio da Liberdade
Na cidade igrejas, e construções antigas

Num domingo, feira de artesanato,
E barracas e mais barracas repletas de:
Tecidos, bonecas, madeiras, entre outros objetos
Rico visual de objetos e curiosidades!

Para chegar a seu destino,
De mineiras paragens,
Viagem de nove horas,
Partindo de São Paulo, para viajar,
Entre paragens lindas, fazendas, e estradas sinuosas

Passeios em praias de Santos,
Mar exuberante, extensa faixa de areia
Mergulhar em suas águas convidativas
Almoçar em um bom restaurante da orla,
Comida boa,
Caminhada pela orla,
Mais tarde, lembranças de sobremesa

Sobremesa,
Sorvete de massa em quantidade,
Sabores em profusão!

Do alto de um prédio santista,
Um cenário de admiração e deslumbramento
Com árvores e jardins, banquinhos,
Pisos desenhados, fonte d’água com esculturas,
Bandeiras do estado, da cidade, a enfeitar a orla
Bela orla, repleta de edifícios e vários prédios inclinados!

Em passeios pelo cerrado:
Floresta de eucaliptos,
Fazendas de celulose,
Lindas árvores floridas,
Verdes folhagens em meio a paisagem,
Incrivelmente viva, verde
De cerrado e plantações douradas!

Em Brasília, imponentes construções;
Esculturas em frente ao Palácio do Planalto;
Espelhos d’água em profusão
Peixinhos vermelhos e moedas,
No espelho d’água do Palácio da Alvorada,
Tendo ao fundo,
Um lindo cenário do Lago Paranoá
Oceano de águas azuis
Em meio a Ponte Estaiada em homenagem a JK

A vislumbrar a cidade da Torre da Tevê
Prédios modernos, futuristas,
O Lago Paranoá exuberante
Escultura dos Candangos,
Trabalhadores, construtores de Brasília
Catedral de vitrais coloridos, desenhos abstratos
Na entrada,
Os quatro evangelistas e a cúpula da catedral,
Simbolizando o vinho

Amplas quadras, verdes espaços,
Construções espetaculares;
Grandes avenidas, onde letras e números as compõe;
UNB, com suas construções
Ônibus a circular pela universidade
Passeios em ônibus circulares
A passear de condução pela cidade de Paranoá
Margeada pelo lindo lago,
E em certa parte, coberta de mansões
Muitas árvores, muito verde, muita natureza!

Em Goiânia, cidade arborizada,
Com letras e números,
A compor nomes de ruas e avenidas
A passear pelas históricas cidades,
Goiás Velho, Vila Boa de Goiaz,
Antiga capital da cidade!

Local aprazível,
Com seus calçamentos de pedras;
As namoradeiras a enfeitar as janelas coloridas,
Das construções e casas coloniais
Imponentes construções caiadas de branco,
E seus batentes pintados de cor;
O cocho dos animais na praça em frente a igreja;
Coreto da praça

A casinha com batentes de portas e janelas,
Pintadas de verde;
A ponte e a Casa de Cora Coralina
Igrejas e mais igrejas, lojinhas de artesanato

Em Pirenópolis:
Esculturas de um boi, com chifres exuberantes
Artesanato a enfeitar a toda a cidade,
Namoradeiras a enfeitar as casas,
E os paralelepípedos, a enfeitarem as ruas da cidade;
Coreto na praça

Lindas e históricas construções!
Cenário de procissões e de cavalhadas
Goiás Velho e Pirenópolis!

Em Caldas Novas:
Suas águas quentes, convidativas
Belo jardim repleto de flores e árvores
Com uma piscina de águas quentes
Em meio a tantas árvores frondosas,
Uma construção assobradada,
Com ampla varanda,
E sagüis a fazerem companhia
Na térreo, algumas mesinhas,
E um café da manhã em meio a natureza

Em Rio Quente:
Imponente Hot Park,
Com piscinas com fundo repleto de conchas;
Águas quentes, piscina com ondas
Mil e uma atrações
Comida boa e farta, passeios sem fim
Linda viagem inesquecível!

Em passeios por Peruíbe,
Caminhadas por chuvas e tempo frio,
De guarda-chuva
Na cidade da eterna juventude,
Com sua bandeira azul, seu lema
E sua chuva persistente!
A montanha, encoberta por brumas,
Escondida!

Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa:
Paisagem deslumbrante,
Praia de Copacabana;
Forte de Copacabana com suas canhoeiras,
Fortificação cravada em meio a pedras,
E o mar a compor o cenário;
Copacabana Palace,
Imponente construção pintada de branco,
Cenário a abrigar grandes estrelas internacionais,
Dos áureos tempos de Hollywood,
Glamour!

Avenida Atlântica,
Com sua feira de artesanato noturna;
Ruas amplas, arborizadas;
Marina da Glória,
Com seus barcos e iates,
O mar salpicado de branco;
Parque do Flamengo,
Com seu jardim em estilo francês,
Seu banquinho de praça
Lindo cenário!

Cinelândia com seus prédios históricos,
Esculturas imponentes,
Fachada do Teatro Municipal,
Biblioteca Municipal, tantos prédios,
E tantas coisas para serem vistas!

Do Pão de Açúcar,
Cenário da pequena Praia Vermelha,
Com seus coqueirais
O morro feito de pedras
A visão da Marina da Glória,
Vista do alto

A vista da Ponte Rio Niterói,
O mar imenso
No Corcovado,
Um Cristo Redentor de braços abertos,
Nos recebe
Do alto, avista-se a Lagoa Rodrigo de Freitas,
A Ponte Rio Niterói, o Maracanã,
Entre outras tantas maravilhas,
De uma cidade que tem por alcunha,
O nome de maravilhosa!

Caminhadas por entre o Leblon,
Passeio pela orla de Ipanema,
O Arpoador
Calçadão de pedras em formato de ondas,
Extensa faixa de areia
Petrópolis:
Cidade monumento,
Abrigo do Museu Imperial,
Pintado em tons róseos,
Com abrigo para carruagens,
Locomotiva, a compor o cenário

Em casa, berço de herdeiros da coroa
Coroa incrustada de esmeraldas,
E outras gemas preciosas
Canetas caras, roupas, louças,
Mesa luxuosa,
Com suas cadeiras imponentes de alto espaldar
Ambientes diversos,
Gabinetes,

Mesas de trabalho, cadeiras, poltronas
Objetos de toucador, penteadeiras,
Móveis trabalhados, com entalhes,
Objetos pessoais

Estufa com flores,
Helicônias, bromélias, orquídeas ...
Espelho d’água

Caminhadas pela Casa de Santos Dumont,
Suas escadas alternativas, suas rampas,
Seu chuveiro criativo,
Construção toda pensada e planejada

Hotel da cidade imenso,
Denominado Quitandinha,
Colossal, em estilo normando

Em Gramado:
Lindas construções em estilo enxaimel
Com suas rótulas,
E símbolos embandeirados
Mini mundo de castelos, igrejas e locomotivas,
Lindo cenário para as crianças se divertirem
Mas que encanta mais os adultos,
Do que as crianças propriamente

Araucárias, muitas árvores
Construções baixas em estilo alemão
Hotel grande e sofisticado,
Com detalhes em azul, toldos
Estilo normando, e germânico
Para atravessar as ruas, os carros param
Não há faróis,
Não há semáforos

Muitas lojas, espelhos d’água com seus peixes
Pisos em madeira,
Bancos com estrutura em pedra
Com parque, espelho d’água
Floresta Negra, com sua Lagoa Negra,
Escurecida, e repleta de pedalinhos
Linda cidade turística!

Em Porto Alegre – POA
Centrão com seus arranha céus,
Ruas largas, mendicância
Museus:
Casa de Mário Quintana,
Com sua fachada rosada, seus arcos,
Museu Militar; Igrejas
Parque aberto, ladeando o Rio Guaíba

Construções margeadas pelo Guaíba,
Estádio Beira-Rio;
Chaminés e portuárias edificações,
Mercado Municipal, com suas ervas, seus víveres

Gaúchos piuchados,
Bombachas, botas, lenço, chapéu
Cuias de chimarrão para vender, grãos
Construção colonial em amarelo

Passeio de trem por cidade da Serra Gaúcha:
Pessoas observando,
O trem a percorrer lentamente os trilhos,
A acenar para os viajores
Passeio por entre o verde,
A admirar o céu do Sul
Parada em algumas estações,
Onde é servido vinho, suco de uva e champagne
Embalada por muita dança e alegria,
Cantoria e humorismo

Passeio de ônibus por uma vinícola
Caminho por entre um passeio de pedra,
Entremeado por camélias vermelhas
Um carro antigo habita o ambiente
Lá são servidas graspa,
Uma espécie de cachaça de uva;
Vinhos; e um delicioso suco de uva, concentrado
Vinícola familiar, artesanal
Em outra, o procedimento é industrial
Com imensos tonéis de madeira,
Que outrora abrigaram muitos hectolitros de vinho
Com torneira, e pequena portinhola;
Vinho hodiernamente abrigado,

Em imensos tonéis de alumínio,
E as explicações técnicas:
A qualidade do vinho,
Depende do tempo de maturação das uvas,
Seus componentes;
Um vinho é uma combinação de boas uvas,
Um bom processo de fermentação,
E combinação de elementos diversos
Há vinhos com compostos de pêssego;
Frutas vermelhas, gostos cítricos;
Entre outros agradáveis elementos,
Por estes fatores, possuí um buquê,
E cada qual, um aroma característico!

Lindo passeio,
Por parreirais com as uvas colhidas,
A preencher campos inteiros,
De estruturas em madeira,
Prestes a abrigar novas uvas
Passeio sensorial, sons, sentidos,
Cores e imagens,
A permear memórias afetivas!

Gramado:
Com igreja de pedra;
Canela a poucos quilômetros dali,
Com sua linda catedral de pedra;
Seu comércio aconchegante,
Um poncho vermelho em uma loja,
Construções em estilo germânico

POA – Porto Alegre:
Com seus gaúchos piuchados,
Pessoas a andarem para lá e para cá,
Em seus ponchos imensos
Cidade com seus detalhes feios,
Mas também dotada de belezas

Regresso ao Sul, com seu povoado de Missões,
Construção em ruínas
Igreja pertencente a mais famosa das reduções jesuíticas
Próximo dali,
Exposição das esculturas feitas,
Provavelmente pelos índios,
Que habitavam a redução!

Esculturas entalhadas em madeira,
Pintadas, lindos objetos de arte,
De anônimos autores

Lugar de natureza exuberante,
Com extensas áreas verdes,
Muito gado, com vaquinhas pastando solenes
Muito próximas dos passantes,
Árvores floridas, monumento ao passado

Em Foz do Iguaçu:
O encontro das águas
Cataratas imponentes, festival das águas
Borboletas azuis,
A trazer a simbologia dos números, em suas asas
Com a inscrição dos números oito e oito
Quedas d’água imensas,
Com mirantes em vários lugares,
Para que se possa apreciar melhor o espetáculo!

Parque das Aves,
Com suas espécies exuberantes,
Itaipu, binacional,
Que produz energia para o Sudeste

Curitiba:
Com seu teatro em estrutura vítrea e metálica,
Ópera de Arame,
Palco de espetáculos mil;
Parque Tanguá,
Com seu impressionante espelho d’água,
Seu jardim de flores,
Ladeado pelo Parque Tingui,
Fazendo parte de um complexo;
Centro Histórico,
Com seu casario antigo,
E sua feira de artesanato;
Jardim Botânico,
Com sua estrutura de arame,
Coqueiros em sua estrutura, flores e plantas
Do lado externo, jardins em estilo francês

Em Maringá:
Muitas árvores, parque com lago;
Catedral em estilo cônico,
Com vitrais coloridos em seu interior,
Com um grande Cristo esculpido em madeira,
Imenso, com vários metros
Cidade com muitos prédios,
Muito verde, árvores e flores
Muita beleza!

Em Londrina:
Passeio pelo Lago Iguapó,
Com três partes segmentadas
Em uma delas,
Circundado por muitas mansões,
Uma bonita reserva verde
Passeio por um centro de ruas largas,
Grandes prédios, e mendigos
Durante o passeio pelo sul,
Entre Paraná e o Rio Grande,
Estradas estreitas, sinuosas;
E no Paraná, esburacadas, precárias!
Assim como na Grande São Paulo!

A noite, o brilho das estrelas,
A companhia da lua,
A despontar no horizonte;
Plantações de trigo, entre outras culturas;
Muitas estrelas,
E a cidade de portal exuberante,
Esculpido ao lado da estrada,
Com imagens de figuras históricas
Recanto escondido,
E repleto de pontos de ônibus, confeccionados em alvenaria
Cidade de grandes campos verdes,
Dedicada a agricultura
Com lindo hotel, construído com tijolos à vista!
És São Miguel das Missões!

A noite, espetáculo de som e luzes,
A contar a história da redução
A expulsão dos índios e jesuítas,
A resistência,
A morte e a expulsão dos índios subjugados
Triste mancha em nosso passado!

Pelas estradas e caminhos,
Tachos de cobre, utensílios de alumínio,
Cuias e pilões em madeira,
Redes coloridas,
E bancos de tecido e revestimento,
Com franjas, coloridos
Muitos postos de parada no caminho
Em um deles,
Lindas namoradeiras expostas
Comércio em forma de castelo,
Abeirar os caminhos, na estrada
Em Peruíbe,
Pássaros com peito amarelo, pequeninos
E as flores mais e mais belas
A mini rosa vermelha a desabrochar,
E o dormir e o despertar em linda cama espaçosa
Confortável em quarto arejado
Sentir-se em casa,
Tendo a mais completa sensação de lar
Árvore de Natal imponente, exuberante,
Enfeites delicados,
Caixas de presentes, papais noéis voadores,
Bolas douradas foscas e brilhantes,
Pisca-piscas coloridos,
Com seus brilhos, a enfeitar a sala espaçosa
Casa cada dia mais, com cara de casa
Minha casa, lar doce lar

Um quartinho delicadamente mobiliado,
Com cama de casal, mesinha, com enfeites
Três cisnes em rosa,
Ladeados por dois vidrinhos repletos de conchas,
E mais pedras e conchas,
Em formatos diversos
Aparador em vime,
Emoldurado por uma toalha verde,
Revestida com uma trama de renda branca,
Em plástico
Com um abajour metálico
Cama de casal com recoberta,
Por um lindo edredon,
Dois travesseiros,
E duas almofadas em coração
Com um banco comprido em tom rosa escuro
Espelho e quadro pendurado no quarto
Penteadeira, com duas gavetinhas
E suas duas latinhas decoradas,
Tendo em seu interior brincos, colar, broche
E seu conjunto de peças de toucador
Muitos enfeites, armário em alvenaria

Roupas, muitas roupas
E uma casa de sala ampla,
Com sofás e poltrona,
Sala de jantar com mesa em madeira nobre
Bufet a abrigar aparelho de som e CD’s,
Além de diversos enfeites,
Casa espaçosa, arejada
Quarto com objetos guardados, revistas, livros
Redes para se balançar, nas tardes fagueiras
De brisa suave, tempo quente
A contemplar a beleza do jardim

Mini rosas desabrochadas,
Dipladênias a dardejarem de amarelo,
O jardim de uma casa,
Que mais parece um sol
Tendo em sua entrada, um lindo jardim
Onde borboletas passeiam
Lindos seres,
E lindas flores de mini rosa vermelha,
Enfeitam o ambiente

Embu das Artes:
Com seus tapetes de serragem
A estamparem imagens sacras
Cidade da feirinha artesanal
Coreto na praça, exposição de quadros, banco

Centro Histórico,
E muitas barracas com artesanato em exposição
Igreja e Museu Sacro, Largo histórico
Cidade a abrigar diversas lojas de móveis rústicos

Em passeios diversos
Pirapora do Bom Jesus
Com seus magníficos tapetes de serragem
A enfeitar quarteirões
Museu religioso
Mirante as margens, do sofrido e poluído Rio Tietê
Rio coberto de espumas
Cidade pequena e simpática!

Em Santana de Parnaíba:
Casario colonial,
Com suas construções coloridas,
Seus tapetes de serragem
A cidade em si é um espetáculo!
Seus tapetes coloridos,
Feitos de serragem e outros materiais,
São um espetáculo à parte!

Em Aparecida:
Um templo dedicado a oração
Um alto em circulo,
Circunda os corredores imensos da catedral

Em passeios por Peruíbe,
A descoberta de casas e imensos quintais
Lindas áreas verdes,
Construções imensas, imponentes
Sobradinhos construídos,
Nos fundos de terrenos imensos

Casas com quintais repletos de flores
Jardim de flores, na rua fronteiriça as casas
Chapéus de Praia com copas imensas,
Imensos terrenos por construir,
Pousadas simpáticas, hotéis
Chalés em forma triangular,
Com telhados inclinados
Chalezinhos de alvenaria,
Ladeados um por um

Casas com piscinas, e quintais expostos
Primaveras folhudas e muito floridas
Casas bonitas,
A lembrarem pequenas chácaras,
Repletas de plantas e flores
Sobrados, casas de três andares, casas térreas
Casas sem verdes áreas
E o mar para nos acompanhar, coqueiros para balançar,
Árvores com galhos retorcidos
Hibiscos, dipladênias, primaveras,
Flores de cera lindas,
Exuberantes, a ocuparem muros de casas,
Camélias brancas,
Muitos hibiscos simples brancos, róseos, vermelhos
Espirradeiras, pés de pinha, goiabeiras,
Chuchus, pés de maracujá, lixias
E muitas hortênsias, dipladênias,
Bom-dias e boa-noites, entre outras espécies,
Maciços de beri,
Corujas

Lindas casas,
Com namoradeiras e galos, de adornos
Piscina,
E uma bela área verde com mesa de sinuca,
Sobrado, bela composição!

Construções de tijolos à vista,
Com muitas janelas
A lembrar que quanto mais janelas,
Mais status para seus moradores
Simbologia de poder,
Como as mesas para refeições de antanho,
A abrigarem gavetas,
Com um tampo sobreposto,
Onde eram colocados objetos sobre a mesa
Heranças de nosso passado colonial

Pássaro com peito vermelho
Diversidade natural
Muitas chuvas, parcos passeios de bicicleta
Caminhadas na chuva, com capa de plástico,
A água a molhar os olhos
E o mar a molhar os pés

Passeios em meio ao céu azul
E no palco da vida
A deixar de expectadora ser,
E a se tornar parte do espetáculo!

Atriz sendo da vida,
Apreciando os espetáculos naturais,
A beleza e a singeleza das pequenas coisas
Carpe Diem!
Aproveitar o dia,
A caminhar, passear, ouvir música, e sonhar, sonhar ...

Na casa do planalto,
Armário repleto de roupas, livros, papéis,
Objetos de toucador, sapatos, perfumes
Computador, televisão,
Aparelho de som, circulador de ar,
Rádio relógio,
Cama de solteiro, com lindas roupas de cama
Almofadas verdes,
Bolsas e outras quinquilharias diversas

Compras e mais compras,
Eterna busca por entendimento,
Compreensão
Filmes, muitos filmes,
Músicas de estilos diversos, danças, novelas,
Livros, poemas, documentários
Passeios de trem

Paranapiacaba:
Com suas casas em pinho de Riga
Castelinho, construção altaneira e soberana,
Ponto estratégico de observação,
De outras moradas do lugar
Museu Funicular,
Com suas placas de orientação,
Roupas e brasões antigos, objetos ferroviários,
Cartão de ponto
Construção de tijolos à vista,
Vista enevoada em meio a antiga locomotiva
Tapiocas, passeios pela Praça Central,
Ruas com nomes estrangeiros
Passarela, e Torre com relógio, a lembrar o Big Bang
Cemitério visto do alto,
Parte Alta, Parte Baixa
Em passeios vários,
De um vila encantadora,
A morar em meu coração!

Passeios por museus diversos,
Museu Paulista,
Também conhecido como Museu do Ipiranga,
Em estilo neoclássico,
A abrigar, carruagens, pinturas,
Como o famoso quadro da independência

Solar da Marquesa de Santos,
Páteo do Colégio, Pinacoteca,
Museu da Língua Portuguesa, MASP,
Torre do Banespa com seu deslumbrante mirante,
Estação Pinacoteca, Centro Histórico de São Paulo,
Oca, MAM, Museu Afro,
Bienais de Arquitetura e do Livro,
Fundação Oscar e Maria Luisa Americano,
MIS, Museu da Casa Brasileira,

Bom Retiro com suas compras,
Parque da Luz
Muitos móveis, muito luxo,
Imagens de santos, louças, prataria, objetos de toucador
Passeios rápidos, passagens rápidas,
Repletos de conhecimento e cultura
Caminhadas pelo Parque Central,
Pelos shoppings da região do ABC
Nos Natais e Reveillon’s,
Ruas decoradas, guirlandas,
Imensas árvores de natal do shopping,
Casinhas enfeitadas, neves, bolas com brilhos,
Laços, fitas verdes, vermelhas, douradas,
Clima natalino

Viagens para Ubatuba:
Acomodados em aprazível chalezinho de madeira, e
Telhados íngremes

Caraguatatuba;
Bertioga: com seu Museu Indígena,
E seus vários objetos,
Confeccionados em penas, bambu,
Muita vida, muitas cores
Estátua de Cunhambebe,
Ampla praça arborizada, com poço
E lembranças de uma era ancestral

Passeios e ensinamentos, conhecimento
A vida aproveitada em seus menores detalhes!

Em Holambra:
Passeio antigo, em terra de flores
Imagens antigas

E Peruíbe, a terra dos sonhos,
Ruínas do Abarebebe,
Com seus fragmentos de igreja antiga
Mirante da Torre da Tevê,
Onde se pode avistar boa parte da cidade
Praça da cidade, onde a noite,
Funcionam barracas com produtos artesanais
Compras de anéis de variados ornatos,
A enfeitar singela caixa de veludo

Sonho de namoradeira,
Caixinha de música, relógio de parede
Aprendizados diários
Muita chuva, muita lição!

Muito viver,
Muita crítica
Mas quem muito critica,
Faz críticas a si mesmo
Isto por que, suas palavras refletem o que vai na alma
E seus dizeres, servem para si mesmo,
Como se fora uma progressão de si

Pois a raiva e o rancor,
São como copos repletos de veneno,
Que tragado é pela própria pessoa irada
Esta o ingere,
Esperando que o adversário morra!
Sim, a pessoa se revela naquilo que diz
E a boca fala,
Aquilo de que está repleto o coração!

Mas não deixar a vida passar
A vida a correr pela janela,
E deixar o tempo andar
Aproveitar a vida,
E mesmo que o tempo passe
Sentir que o tempo não passou à toa
E que mesmo ante as maiores dificuldades,
Aproveitou a vida!
Pois o tempo passará,
Ainda que não façamos nada com ele
E se queres algo que nunca teve,
Faças o que nunca fizestes antes!

No palco da vida,
Atores diversos,
Contracenam entre si
Uns atuam bem, outros nem tanto,
Uns aproveitam o palco,
Para desempenhar melhor seu papel
Outros são canastrões,
e outros tantos, preferem sentar-se na platéia

No palco da vida,
Quem faz o espetáculo somos nós
E neste teatro,
As melhores cenas deverão ser nossas!
A assistir muitos filmes,
A acompanhar histórias diversas,
Sendo que a melhor e a com cenário mais bonito,
É a nossa!

Luciana Celestino dos Santos
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