Poesias

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Tédio

Tediosas manhãs a se locupletarem de lentas tardes
Horas que não passam
Tempos que não andam
Procuro me ocupar
Lamento das horas desperdiçadas!

Trem da minhas horas
Este é o trem de minhas horas,
De minhas esperas
Sento-me em um banco na cobertura
Tendo a lua minguante, em sua clareza curva e branca,
Diante de mim
Atenta, contemplo o espetáculo da natureza

Ônibus
Da janela do coletivo,
Ao se contemplar a cidade ainda não desperta
Em meio ao breu da madrugada
É possível contemplar uma lua em seu contorno,
A enfeitar o céu

Trólebus
Estando à espera de condução
Para ao lar regressar
Contemplo em fila extensa
Uma lua cheia,
A contrastar com a seriedade do lugar
Lindo e belo luar

I
Quando finalmente o trólebus vem
Sento-me em um dos bancos
Para os meus pés finalmente descansarem

Longa viagem fizeste
Em direção a importante cidade
Para agora ansiosamente,
Regressar ao lar

Trem
A espera na plataforma
A chegada tardia do trem
Carros cheios
Procuro um lugar para ficar
Movimentos contrários das gentes
E sempre a buscar um abrigo
Dura luta dos dias

Luciana Celestino dos Santos 
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 


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