Poesias

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Férias

Neste instante recordo me de antigas férias que tivemos. Sempre conhecendo ou revisitando as praias. Conhecemos Ilha Bela, no litoral de São Paulo, quando então fizemos vários passeios de balsa pela região. Infelizmente, não tivemos a fortuna de conhecermos as várias cachoeiras que fazem parte de sua natureza, e que segundo fontes, são mais de trezentas. Também dizem que existem propriedades rurais na ilha, além de pousadas, belas praias em seu lado mais escondido, além de casas para alugar na época de temporada. Do lado mais visitado da ilha, as praias não são tão vistosas, a maioria repleta de algas em conseqüência do grande número de iates e veleiros que resolvem ficar neste lugar. Mas independente disto é um belo lugar, onde existem ótimas construções, tanto para serem alugadas para  os veranistas, quanto para morada dos ilhéus. Alguns provavelmente, só vão para lá em época de temporada. Mas também deve haver moradores fixos nessas residências. 

Existem ainda outras férias. Fomos duas vezes para Florianópolis, onde nos encantamos com as exuberantes dunas existentes em algumas de suas praias. Coisa que nunca imaginei existir na região Sul do Brasil, somente no Nordeste. Ficamos em um chalé nas duas vezes em que lá fomos. Nosso ponto fixo lá foi ficarmos na Praia dos Ingleses, onde ao final, estavam as dunas, as quais viamos através da varanda de nosso chalé. Antes de chegarmos lá, ficamos dez horas dentro de um carro.  Apesar da longa viagem, avistamos lindas paisagens durante o trajeto de São Paulo, até o estado de Santa Catarina. Muitas áreas verdes, campos, algumas cachoeiras, lagoas, riachos, animais pastando, plantações. Ao longo da estrada muito verde. Por não se tratar de São Paulo, não havia muitos estabelecimentos comerciais margeando a estrada. As rádios da Capital Paulista ao qual eu estava sintonizada, a algum tempo de percurso,  lá se foram com sua transmissão de curto alcance. Vieram as rádios locais.

Nisso se seguia a viagem, até avistarmos a ilha, não sem antes passar por Curitiba, no estado do Paraná, e constatar que não é toda aquela maravilha que dizem. Na região da cidade que atravessamos, havia favelas que enfeiavam-na. Durante o percurso da viajem avistamos placas para Joinville, se não me engano, Blumenau, além de vários nomes alemães impronunciáveis. Enfim,  chegamos a Ilha de Florianópolis, no estado de Santa Catarina.  Ao vermos a ilha, já demos de encontro com o cartão postal da cidade, a famosa Ponte que lhe dá acesso. Na primeira vez que fomos para lá, ficamos esperando durante muito tempo alguém para nos conduzir até o lugar onde ficariamos hospedados. O nosso guia deu tanta volta, que antes mesmo de nos alojarmos, já conheciamos praticamente toda a cidade. Percebemos então que ela é bem menos habitada do que qualquer cidade do Grande ABC, região onde moramos. Na segunda vez que fomos para lá, já sabiamos onde ficar.

Dito e feito, assim que chegamos no nosso chalé, deixamos nossos pertences nos quartos onde iríamos dormir e mais tarde e tratamos de sair e darmos uma caminhada pela orla marítima.

Nos dias posteriores podemos então curtir um pouco mais a praia. Tomei muitos banhos de mar, além de outros banhos no chuveiro do chalé. Caminhamos pelas Dunas. Conhecemos a Lagoa da Conceição. Essa lagoa é tão rasa que, para se encontrar um bom lugar para ficar, é preciso entrar uns cinqüenta metros lagoa adentro. Próximo dali, alguns artesanatos de renda ficavam expostos para venda. Circundando a lagoa, muitas árvores conhecidas como chapéus-de-praia, além de coqueiros.  Todas elas ofertando sombra ao lugar. Depois de algum tempo nos divertindo nas águas da lagoa, fomos a um restaurante defronte a esta, onde comemos um  saboroso salmão.

Em outra oportunidade em que fomos para Floripa, não deu para entrar na Lagoa da Conceição, por que havia chovido muito no dia anterior e suas águas estavam lamacentas, sem contar o horrível cheiro de peixe que empesteava o lugar. Nessa oportunidade, a única coisa que deu para fazer foi dar um passeio pela região. Conhecemos a duna que esconde a Praia da Joaquina, é imensa. Não dá nem para se ter uma idéia de como deve ser essa praia.

Na segunda vez que visitamos a cidade deu para conhecer melhor o lugar, paramos em alguns mirantes e até tiramos algumas fotos do lugar.

Também chegamos a dar algumas caminhadas próximas do lugar onde nós estavamos hospedados. Como já foi dito antes, andamos pelas dunas próximas do local onde estamos. Imensas dunas, que a certa altura, nos dava a impressão de estarmos cercados de areia.

Fizemos um passeio de Escuna. Trata-se de uma embarcação com capacidade para umas cinqüenta pessoas, ou até mais. Serve para que se possa fazer passeios e conhecer os arredores da região, por via mar. No meio da viagem chegamos até a avistar golfinhos. Paramos em uma ilha onde havia um restaurante onde comemos camarão frito, arroz e tomamos refrigerante. Cheguei até a brincar dizendo que a cadeira estava mui baja.

Prosseguindo-se o passeio, paramos então em outra ilha, pagamos um ingressso  e juntamo-nos a uma guia de turismo e passamos a conhecer como detalhes a história da ilha. Aquela ilha fora um forte. Em tempo de guerra, canhões protegiam a ilha. O guia ironizou dizendo que os canhões não protegiam a ilha. Disse que existia um  árvore para o enforcamento, entre outras coisas curiosas.    

Nessa ilha haviam várias construções, uma delas era o forte, outra era a prisão, além de haver uma escadaria que levava até essas construções. Havia ainda um túnel, que o guia afirmava que quem o atravessava mudava de sexo. Novamente a escuna de aproximou da ilha. E assim prosseguimos a viagem. Depois de um dado momento, a escuna se aproximou de uma outra ilha. Como o terreno era pertencente a marinha, não se pode dizer que era propriedade particular, mas sim que a ilha fora cedida a  um particular. Segundo a guia que nos acompahava a enfiteuse fora renovada por mais noventa anos. Na escuna, havia muitos argentinos e algumas crianças pelejando. La abuela dos leos niños, preguntou:
- Porque están pelejar?
Nessa última parada as pessoas podiam nadar no mar. A quatro ou cinco metros de profundidade. Não pude nadar aí, porque, dada a profundidade, eu não quis me arriscar. Aliás, no que se refere a isso não teve problemas, porque quando a escuna retornou, ficamos uma hora brincando na praias. Tudo porque pegamos a escuna que partira uma hora antes da nossa. No final do passeio voltamos com a mesma turma com a qual partimos.

Luciana Celestino dos Santos
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