Poesias

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

DIVAGAÇÕES

Hoje de manhã a madrugar
Na caminhada contemplar
Uma noite escura a tudo envolver
A lua envolta na copa das árvores,
A se esconder em meio a folhagem

Para depois, se revelar por inteiro
Em meio ao negro firmamento
Plena em sua exuberância
Que outrora branca,
Agora amarela se faz

O ouro de um progresso,
Que se amontoa na atmosfera
Traduzindo-se na transformação,
Das mais naturais manifestações
A natureza que a tudo conforta,
E a tudo encanta,
Afasta a tristeza,
Da noite, que vem aos poucos chegando

Trânsito, congestionamento,
Uma imensidão de carros,
A varar ruas e avenidas com seus faróis,
Suas buzinas
O espaço invadido,
A demorar em se chegar,
Ao rumo desejado,
Ao destino esperado
Paciência, remédio para muitos em falta

E a música acompanhando o trajeto,
Ajuda a compor o cenário
Trabalho em meio a música,
Ocupando-me, as canções a ouvir
A música faz parte de minha vida
Outrora foste incompreendida,
Hoje aproveita os ensinos,
Para sua realidade modificar
Para frente caminhando,
Não se importando com o que os demais,
Tem a falar, comentar

Tristeza e lamento dos que o tempo perdem,
Com a vida dos outros a se ocupar
E a conjecturar sobre coisas,
As quais não conhecem
E a sempre fazer julgamentos equivocados!

Pessoas em si, não más,
Mas equivocadas em sua forma de pensar!
Acaso, se temos nós, a nossa individualidade
Por que não respeitarmos,
Quem diferente pensa de nós?

Afinal, nem todos querem viver a mesma vida,
E tampouco todos possuem os mesmos sonhos
A beleza da vida,
A residir fica,
Na sua individualidade,
Todos usufruindo-a,
Conforme melhor lhe aprouver,
Sem prejudicar os demais

Viver a vida, é o mundo conhecer
Mas nem todos descobrem o mundo da mesma forma
Isto posto, diferentes formas,
Há de se viver,
E de se entreter com as passagens da vida
Gosto da vida,
Descobrir novos ares,
Novas culturas conhecer,
Longos passeios fazer

Sinto que não tenho grandes débitos com a vida,
Em que pesem contrários pensamentos
A vida me segue leve,
Sempre na medida em que isto,
É possível!

Tardes quentes, álacres, festivas,
Noites alegres
Passeios, aconchego do lar,
Não tenho que prantear,
O objeto ainda não alcançado
Trata-se apenas questão de tempo,
E tudo sairá a contento

E neste ponto, a vida das gentes,
Pouco se difere
Semelhanças e diferenças se entrechocam
Neste eterno viver e reviver histórias
A vida de nós todos é assim
Um ir e vir, chorar e rir, Sem fim!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

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