Poesias

domingo, 23 de agosto de 2020

Francisco Morato e Franco da Rocha: Breve Histórico das Cidades

O professor emérito da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco é a origem do nome da cidade.
A cidade surgiu com o nome de povoado de Vila Belém. O povoado era a sede da Cia Fazenda Belém na época da construção da E.F. Santos a Jundiaí na segunda metade do século XIX. Posteriormente as terras foram compradas pelo Barão de Mauá e utilizadas como acampamento para os operários que trabalharam na construção do túnel sob a serra que liga a cidade de Francisco Morato com o Município de Campo Limpo Paulista.
O nome da cidade se deve a FRANCISCO ANTÔNIO DE ALMEIDA MORATO, paulista nascido em 17 de outubro de 1868, na cidade de Piracicaba. A sugestão foi dada pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde o professor Francisco Morato havia lecionado. Histórico - Câmara Municipal de Francisco Morato - www.camarafranciscomorato.sp.gov.br › site › historico

O lugarejo de Vila Bethlem era um acampamento dos operários, que construiram os túneis da São Paulo Railway (Estrada de Ferro Santos a Jundiai), e sediava a Companhia Fazenda Belem, que após a conclusão das obras, fornecia eucaliptos (lenha) para a ferrovia. 
Datas 
• 21/03/65 – Emancipação 
• 21/03 - Feriado Municipal 
• Dia do Padroeiro - Sagrado Coração de Jesus - (data móvel) 
Companhia Paulista de Estradas de Ferro Descalvado KM 223,773 Inaugurada a 07/12/1881 
Uso atual: divisão da Prefeitura do Município de Descalvado 
Em 1874, a Paulista começou a se interessar pela vila de Bethlem do Descalvado, por sua quantidade enorme de cafezais. 
Depois de várias idas e vindas, a Cia. finalmente resolveu levar os trilhos para lá apenas em 1880, quando se concretizou o fato de que ela não poderia cruzar o Rio Mogi em Porto Ferreira. 
A construção se iniciou nesse mesmo ano, mas demorou bastante, devido às chuvas torrenciais.
Somente em meados de 1881, é que se decidiu o local da estação, fora da cidade, em terreno doado por Manoel Batista da Cruz Tamandaré, proprietário da fazenda Boa Esperança. 
Primeiro foi construído o armazém de cargas, cujos tijolos vieram de Pirassununga, e que abrigaria provisoriamente também o terminal para passageiros; a alvenaria ficou a cargo do sub-empreiteiro José Pera. 
Para não confundir com outras duas estações que também se chamavam Bethlem, uma na S.P.R. (atual estação de Francisco Morato), e outra na E. F. Dom Pedro II, a estação foi denominada somente Descalvado. 
Somente em 1883 é que se construiu o prédio definitivo para passageiros, prédio este que recebeu o Imperador Pedro II, três anos depois, honra máxima para uma cidade, na época. 
A Família Imperial hospedou-se numa casa na cidade, que já foi inexplicavelmente demolida. 
Uma reforma na estação, nos anos 10, deu-lhe o aspecto atual. 
Desde 1891, ela tinha duas plataformas, a menor delas para embarcar os trens do Ramal Descalvadense, construído por particulares com bitola de 60 cm, e vendido à Paulista nesse ano. 
Ele era conhecido com o "trenzinho", em comparação com o "trenzão", da Paulista, e seguia por treze quilômetros até a estação de Aurora, passando no meio de fazendas de café. 
O trenzinho foi desativado em 1960. 
O trenzão saiu pela última vez de Descalvado em 31 de julho de 1976, deixando somente trens de carga, que foram mingüando até acabarem, cerca de dez anos depois, deixando a estação fechada e abandonada até 1995, quando se iniciaram as obras para sua restauração pela Prefeitura. 
Em 1996, os trilhos foram retirados de dentro da cidade. (Ralph Mennucci Giesbrecht – do seu livro "A Estrada do Mogy-Guassú – A História dos ramais ferroviários de Descalvado e de Santa Veridiana")
Colaborador: Luíz Carlindo A. Kastein - Prefeitura Municipal de Descalvado Junho de 2003 26/09/1882 – NOMEAÇÃO PELA CÂMARA DA COMISSÃO DE HOMENS PARA DESENVOLVIMENTO DA FESTA INAUGURAL DA ESTAÇÃO: Dr. Ângelo Pires Ramos, Tenente Antonio Leocádio de Matos, Antônio de Camargo Campos, Tenente Coronel José Ferreira de Figueiredo, Capitão Francisco José de Araújo Lima, Dr. Vítor Meyer, Major Arthur Horácio D’Aguiar Whitaker, Tenente Antonio José de Araújo, José Elias de Toledo Lima, Antonio Franco de Arruda, Antonio Gonçalves Correia de Meira, Frederico Eduardo de Aguiar Whitaker, Francisco de Paula Carvalho, Gabriel Amâncio Lisboa, José Nunes da Costa, Bernardino de Sena Mota Magalhães, Manoel Martins de Oliveira, Dr. João de Cerqueira Mendes, Antonio Augusto Bezerra Paes, Dr. Francisco José Gonçalves Agra, Dr. Manoel Joaquim da Silva Filho, João Baptista Pereira Marques, Bernardo José da Cunha, José Honório Pereira de Castro, Jorge Blackburn, Joaquim Pedro Teixeira, Severiano João da Cruz e Zacarias Pereira de Souza.) 
07/11/1882 – Chegada do primeiro trem da Cia Paulista de Vias Férreas e Fluviais, por linha férrea de bitola larga (1,60 metros) na estação de Descalvado, que foi construída em terreno doado pelo Dr. Manoel Batista da Cruz Tamandaré, proprietário da Fazenda Boa Esperança (Tamandaré). 
A ferrovia ligava Descalvado a Capital paulista em trajeto de 285 km, que era percorrido em 5 horas e 8 minutos. 
01/10/1886 – Constituição da Comissão de Honra para recepcionar o Imperador D. Pedro II (Composta por Dr. João de Cerqueira Mendes, Coronel Rafael Tobias de Oliveira, Capitão José Elias de Toledo Lima, Capitão Sebastião de Oliveira Penteado, Tenente Antonio Leocádio de Matos, Tenente Coronel José Ferreira de Figueiredo, Dr. Cândido Augusto Rodrigues, Dr. Salvador Meyer de Vasconcellos, Francelino de Almeida Lisboa, Dr. Amâncio Guilhermino de Oliveira Penteado, Capitão Evaristo de Cerqueira Leite, Olímpio Catão, Dr. João dos Santos Paraíba, Dr. Antonio de Cerqueira Lima).
31/10/1886 – Visita de D. Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina (Conto de Luiz Carlindo Arruda Kastein). 
A visita do Imperador Pedro II a Descalvado foi rápida. 
O motivo: era necessário conter o crescimento do Partido Republicano no Município, que na época era o terceiro maior produtor de café da região de Ribeirão Preto, com 400 mil arrobas, além de produzir o afamado fumo “Tomé”. 
Chegaram de trem. 
O dia estava muito quente, e a Imperatriz não quis visitar a cidade devido o calor e seu problema no andar, sendo recepcionada por uma comitiva de senhoras no próprio vagão imperial. 
Em nome da comitiva a garota Maria Grassi, entregou flores à Imperatriz dando as boas vindas. 
O Imperador e comitiva subiram a atual Avenida Guerino-Oswaldo, até atingir o centro da cidade onde visitaram a Igreja Matriz. 
O único documento oficial registrando a visita de Pedro II, encontra-se às folhas 80 do 2º Livro do Tombo da Paróquia de Nossa Senhora do Belém: 
“Aos 31 de outubro de 1886, às 2 ½ horas da tarde, chegaram a esta Vila, suas Majestades Imperiais. Da estação (onde ficou Sua Majestade a Imperatriz), o Imperador, dirigiu-se à esta Matriz, elegantemente adornada, em cujo vestíbulo foi recebido pelo respectivo Pároco, Cônego Braga, que conduziu-o à Capela do Santíssimo Sacramento, onde o augusto Soberano fez oração; e retirou-se, deixando entregue ao Vigário a quantia de cem mil réis, para ser distribuída entre os pobres desta Vila.
Neste mesmo dia, suas Majestades Imperiais, foram pernoitar na cidade de Araras. 
E para constar lavro o presente termo. 
O Vigário Cônego Francisco Teixeira de Vasconcellos Braga.” 
A Câmara Municipal estranhamente, nada registrou nos seus anais sobre a visita, com toda certeza prevaleceu nos edis da época, os princípios republicanos, tanto é verdade que nenhum deles, nem mesmo o seu Presidente, e, que pela Constituição da época, acumulava o cargo de Prefeito: Major Artur Horácio D’Aguiar Whitaker, fez parte da comissão de honra, que recepcionou os Imperadores na estação ferroviária. 
Era Presidente do Partido Republicano, que ganhava força política na cidade, o cartorário Antonio Augusto Bezerra Paes. 
Conta a tradição que por um de seus empregados, mandou entregar ao Imperador, na estação, um cacho de banana, como que a insinuar ser D. Pedro II, o Rei dos Macacos. 
Pedro II mantinha uma tradição em todas suas visitas: libertar um preso, e conceder a um cidadão ilustre um título de nobreza. 
Na cadeia pública que ficava logo atrás da Igreja Matriz, encontrou um único preso. 
Era um escravo que havia decepado a cabeça de seu feitor. 
Irritado não o libertou. 
Dirigiu-se então à residência do Capitão José Elias de Toledo Lima, que ficava ao lado da Matriz, onde hoje é a Sede Social da Paróquia. 
Ali descansaria por alguns minutos. 
Conta a tradição, que na sala principal da casa do Capitão havia um grande quadro do Imperador, coberto de pó e teia de aranha. 
Quando este perguntou do motivo, recebe de imediato a resposta: “colocado naquela parede o retrato de Sua Majestade, jamais, para perpetuar-lhe a lembrança, mãos humanas lhe tocaram.”
Sensibilizado e engrandecido o Imperador, que já conhecia os antecedentes de Toledo Lima, pela sua generosidade, projeção social e econômica, prometeu conceder-lhe o título de Barão do Descalvado, o que realmente aconteceu em 23 de dezembro de 1887. 
Despedindo-se, caminhou rumo à estação, dando uma rápida entrada na residência do Dr. Anastácio Vianna, atual Rua Barão do Descalvado altura do nº 300, onde tomou café. 
Depois embarcando no trem, dirigiu-se à cidade de Araras onde pernoitou. 
TRENZINHO DA AURORA 
Construído pela bolsa fazendeira de Descalvado - 14 km em bitola estreita (0,60 m), ligando Descalvado ao Pântano e à Aurora; 
Em 1910 o ramal da Aurora foi vendido à Companhia Paulista de Estradas de Ferro, sendo desativado no início da década de 60; 
FEPASA - Em 1960 o ramal da Paulista passou para a FEPASA, Ferrovias Paulistas S/A; 
ÚLTIMO TREM - Em 1972 partia o último comboio de passageiros com destino a São Paulo. 
Alguns anos mais tarde, era desativado completamente o ramal ferroviário. 
HISTÓRIA DA FERROVIA: (Gerson Álfio De Marco) 
A Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais vinha avançando para os grandes cafezais de além Campinas e, em 1882, atingiu Descalvado, então Belém do Descalvado. 
Organizado com capital proveniente quase que todo dos cafeicultores da Província, tinha, entre seus acionistas descalvadenses, no tempo, Antonio Augusto de Bezerra Paes, José Rodrigues Penteado, Dr. Manoel Batista da Cruz Tamandaré, o Coronel Rafael Tobias de Oliveira e o Dr. Valentim Tobias de Oliveira. 
No dia 7 de novembro de 1882, Descalvado recebia, pela primeira vez, entre grandes festejos, um comboio da Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais. 
Evento de suma importância, no tempo. 
Era o fim das velhas tropas transportadoras do café abundante do município, caminho de Santos, exportador. 
O trem de ferro seria, desde então, o grande, fácil, rápido meio de transporte para a produção agrícola do município, e para as viagens intermunicipais de sua gente. 
Com a chegada do primeiro comboio, inaugurava-se também, a estação da ferrovia e que fora construída em terreno cedido pelo acionista Dr. Manoel Batista da Cruz Tamandaré, proprietário da Fazenda Boa Esperança, também conhecida por Fazenda Tamandaré, em razão do nome de seu dono, de tradicional família brasileira com ligação com o patrono de nossa Marinha de Guerra, o Almirante Tamandaré. 
Na sessão da Câmara Municipal de Descalvado efetuada no dia 26 de setembro de 1882, o Legislativo houve por bem nomear a seguinte comissão de homens influentes da cidade, para programa e desenvolvimento da festa inaugural: Dr. Ângelo Pires Ramos, Tenente Antônio Leocádio de Matos, Antônio de Camargo Campos, Tenente-Coronel José Ferreira de Figueiredo, Capitão Francisco José de Araújo Lima, Dr. Vítor Meyer, Major Arthur Horácio D’Aguiar Whitaker, Tenente Antônio José de Araújo, José Elias de Toledo Lima, Frederico Ernesto de Aguiar Whitaker, Antônio Franco de Arruda e Antônio Gonçalves Correia de Moura, pela lavoura; Francisco de Paula Carvalho, Gabriel Amâncio Lisboa, Bernardino de Sena Mota Magalhães, José Nunes da Costa e Manoel Martins de Oliveira, pelo comércio; e, pelas outras atividades, Antônio Augusto Bezerra Paes, Dr. João de Cerqueira Mendes, Dr. Francisco José Gonçalves Agra, Dr. Manoel Joaquim da Silva Filho, João Batista Pereira Marques, Bernardino José da Cunha, José Honório Pereira de Castro, Jorge Blackburn, Severiano João da Cruz e Zacarias Pereira de Souza. 
O Poder Legislativo, nesse ano, estava assim constituído; Major Rafael Tobias de Oliveira, Presidente; Tenente Antônio Leocádio de Matos, Tenente Antônio José Soares Fagundes, Alferes Frederico Lima, Alferes Ananias Pereira de Carvalho, Joaquim Cândido de Almeida Leite e Antônio de Camargo Neves. 
Nota-se que um dos edis era integrante da grande comissão de festejos: Tenente Antônio Leocádio de Matos. 
À chegada do trem inaugural, espoucaram foguetes e as bandas marciais Santa Cecília e Recreio da Mocidade (uma, do Partido Liberal; e outra do Partido Conservador) encheram os ares de músicas festivas. 
Presentes na estação ferroviária, além da edilidade, dos membros da comissão, outros homens de influência do município, fazendeiros, comerciantes, membros das classes liberais, artesãos, rurícolas, escravos, os alunos do Colégio Catão, de Olímpio Catão; os primeiros imigrantes italianos, toda a urbe, enfim. 
Houve os discursos de hábito, todos inflamados e a focalizarem o significado do transporte ferroviário, fator irrecusável de progresso, e o grande banquete no Clube da Lavoura e o Comércio, à rua Bezerra Paes, entre as ruas José Bonifácio e Barão do Descalvado, naqueles tempos ruas do Descalvado, de Boa Vista, e das Flores, respectivamente. 
Participaram do festivo banquete não somente as pessoas de expressão de Descalvado, como também os inúmeros visitantes, vindos pela ferrovia, políticos regionais e homens da administração da companhia. 
À noite a Sociedade Dramática Aurora apresentava, em sua sede, à Avenida Guerino-Oswaldo, então rua do Comércio, uma das peças de seu repertório. 
Era o encerramento dos grandes festejos de inolvidável jornada, já retornado o comboio que havia inaugurado a fase ferroviária de Descalvado. 
Anos mais tarde, a bolsa fazendeira de Descalvado, iria lançar par ao sul do município, os trilhos menores de sua própria companhia. 
Era o aparecimento do “trenzinho da Aurora”, moroso, menor, mas que foi um elemento de alta valia para o transporte do café. 
Mais tarde a própria Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais adquiriu este ramal, incorporando-o a seu acervo. 
Eram 14 quilômetros de via férrea partindo da sede urbana e alcançando a estação terminal da Aurora, com parada obrigatória na estação do Pântano. 
O RAMAL DE DESCAVADO (Ralph Mennucci Giesbrecht) Ramal de Descalvado – 223,773 – P/RD-12 Cia Paulista de Estradas de Ferro (1881-1971) FEPASA ( 1971 -1976) 
Data de construção do prédio – 1883 
Histórico da linha: 
Em 1876, a Paulista abria o primeiro trecho, partindo de Cordeiros até Araras, do que seria o prolongamento de seu tronco. 
Em 1880, a linha, com o nome de Estrada do Mogy-Guassú, atingia Porto Ferreira, na mesma época em que a autorização para cruzar o Mogi, e chegar a Ribeirão Preto foi indeferida pelo Governo Provincial, em favor da Mogiana. 
A linha, então, foi desviada para oeste, e atingiu Descalvado no final de 1.881, seu ponto final. 
Em 1916, as modificações da Paulista na área entre Rio Claro e São Carlos, na linha da antiga RioClarense, fizeram com que o trecho fosse considerado como novo tronco, deixando a linha a partir de Cordeiros como o Ramal de Descalvado. 
Desde o começo em bitola larga (1,60m), ele funcionou para trens de passageiros até julho de 1976 (Pirassununga-Descalvado), e até fevereiro de 1.977 (Cordeirópolis – Pirassununga). 
Trens cargueiros andaram pela linha até o final dos anos 80. 
Abandonado, o ramal teve os trilhos arrancados entre 1996 e 1997m, sobrando apenas o trecho inicial até Araras, com seus trilhos enferrujando ao tempo. 
A ESTAÇÃO: 
Em 1874, a Paulista começou a se interessar pela Vila de Bethlem do Descalvado, por sua quantidade enorme de cafezais. 
Depois de várias idas e vindas, a Cia, finalmente resolveu levar os trilhos para lá apenas em 1880, quando se concretizou o fato de que ela não poderia cruzar o rio Mogi em Porto Ferreira. 
A construção se iniciou nesse mesmo ano, mas demorou bastante devido às chuvas torrenciais.
Somente em meados de 1881, é que se decidiu o local da estação, fora da cidade, em terreno doado por Manoel Batista da Cruz Tamandaré, proprietário da Fazenda Boa Esperança. 
Primeiro foi construído o armazém de cargas, cujos tijolos vieram de Pirassununga, e que abrigaria provisoriamente também o terminal para passageiros; a alvenaria ficou a cargo do sub-empreiteiro José Pêra. 
Para não confundir com duas outras estações que também se chamavam Bethlem, uma na S.P.R. (atual estação de Francisco Morato), e outra na E.F. Dom Pedro II (a atual Japeri), a estação foi denominada somente Descalvado. 
Somente em 1883 é que se construiu o prédio definitivo para passageiros, prédio este que recebeu o Imperador Pedro II, três anos depois, honra máxima para uma cidade, na época. 
A Família Imperial hospedou-se numa casa na cidade que já foi inexplicavelmente demolida. 
Uma reforma na estação, nos anos 10, deu-lhe o aspecto atual. 
Desde 1891, ela tinha duas plataformas, a menor delas para embarcar os trens do Ramal Descalvadense, construído por particulares com bitola de 60 cm, e vendido à Paulista nesse ano. 
Ele era conhecido como o “trenzinho”, em comparação com o “trenzão”, da Paulista, e seguia por treze quilômetros até a estação da Aurora, passando no meio de fazendas de café. 
O trenzinho foi desativado em 1960. 
O trenzão saiu pela última vez de Descalvado em 31 de julho de 1976m, deixando somente trens de carga que foram minguando até acabarem, cerca de 10 anos depois, deixando a estação fechada e abandonada até 1995, quando se iniciaram as obras para sua restauração pela Prefeitura. 
Em 1996, os trilhos foram retirados de dentro da cidade. (Ralph Mennucci Giesbrecht – do seu livro “A Estrada do MogyGuassú – A história dos ramais ferroviários de Descalvado e de Santa Veridiana”) O CAPITAL DESCALVADENSE NA “PAULISTA” (Mário Joaquim Filla) 
A Companhia Paulista de Estradas de Ferro, depois FEPASA e, em seus inícios, Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais, teve, desde os seus primórdios, a participação do capital do então Belém do Descalvado, e concretizada na presença acionária de seus grandes cafeicultores. 
Assim, quando nossa cidade foi alcançada pelos trilhos dessa ferrovia, em 7 de novembro de 1882, esse capital mantinha-se na lista de acionistas e aumentado, certamente. 
Mas para trabalharmos com dados concretos, podemos enumerar os descalvadenses ou homens de presença descalvadense, que eram co-partícipes do imenso capital da companhia. 
No ano de 1893 (onze anos após ser ponto terminal da importantíssima via-férrea) possuía ações, na mesma, entre outros, José Rodrigues Penteado (o da rua homônima), comerciante e proprietário rural, com a sua Fazenda Santa Rita; Manuel Batista da Cruz Tamandaré, proprietário da Fazenda Tamandaré e doador do terreno para a ereção da estação da ferrovia, em nossa cidade; Coronel Rafael Tobias de Oliveira, proprietário rural de importância, com a sua Fazenda São Rafael e outras, e figura de relevância de nossa política, no tempo; Dr. Valentim Tobias de Oliveira, filho deste último, e também proprietário rural; Dr. Cândido Ferreira da Silva Camargo, grande cafeicultor; Elisário Ferreira de C. Andrade, proprietário da Fazenda Lagoa Alta; Luiz Antônio de Souza Queiroz, proprietário das Fazendas Palmeiras e Ibicoara; Nicolau de Souza Queiroz, proprietário das Fazendas Jaguarandi e Bela Aliança; e Dr. Francisco de Aguiar Barros, proprietário da Fazenda Santa Maria. Num total de 300.000 ações integralizadas e por integralizar, eram 4.214 ações a perfazerem 1,4% de todo o capital da Paulista, quase 1,5%, número muito significativo, se lembrarmos que, entre os acionistas, figuravam, também, grandes fazendeiros da zona de Campinas, do Vale do Paraíba e do Vale do Rio Pardo, bem como diversos argentários da Capital do Estado e até alguns estrangeiros, todos com considerável número de ações, num total de 1.177 detentores dessas mesmas ações. 
E, nas assembléias gerais, o capital descalvadense se manifestava através de seus 312 votos. 
A propósito destes dados, é interessante lembrar-se que, no referido ano de 1893, participava da Diretoria da Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais, o Dr. Francisco Antônio de Souza Queiroz, já fazendeiro em Descalvado e que, na nossa primeira Câmara Municipal, em 1866, ocupara o exaltador cargo de Presidente, como candidato mais votado nas eleições inaugurais de Descalvado emancipado. Nesse mesmo ano o Dr. Francisco Antônio de Souza Queiroz Filho era possuidor de 1.106 ações e tinha direito 60 a 67 votos! 
Concluindo, tudo isto (a nossa forte presença no capital da ferrovia), nas suas primeiras décadas, é uma afirmação incontestável da grandeza de nossa cafeicultura, naqueles idos. 
E prova cabal do afirmado, ao término do século XIX os fazendeiros de Descalvado construíram, por conta própria, o ramal de Aurora, depois integrado na rede da Paulista. 
Dinheiro, muito dinheiro, gotejado de nossos inumeráveis e frutuosos cafezais! 
E fazendo o progresso de São Paulo e do Brasil! 
O TRENZÃO E O TRENZINHO (Mário Joaquim Filla) 
Duas palavras constantemente pronunciadas na Descalvado dos fins do século XIX até fins dos anos cinqüenta: o trenzão era o trem da Companhia Paulista de Estrada de Ferro (a velha, tradicional Paulista), de bitola larga, 1,60 metros e que percorria o ramal de Cordeirópolis (antes Cordeiro), tendo nossa cidade por ponto inicial e, conseqüentemente, terminal. 
Trenzinho era o trem da Cia Agrícola Descalvadense, uma sociedade de fazendeiros que depois vendeu a ferrovia para a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, tinha bitola estreita, 0,60 metros, e que partindo da sede urbana, passava pela estação do Salto, depois Pântano, alcançava seu término na Estação de Aurora, no bairro do mesmo nome e que, na história social e econômica descalvadense, foi de altíssima significação, enquanto o café esteve em seu clímax e, com ele, o Descalvado agrário. 
O trem grande atingiu Descalvado no dia 7 de novembro de 1882, conseqüência direta de nosso fastígio agrícola no tempo e que reclamava esse meio de transportes (o grande meio de transportes do tempo) para os seus produtos agrícolas, e em especial o café. 
Falemos, agora, no trenzinho, do poético trenzinho. 
Eram quatorze quilômetros de extensão, percorridos, diariamente, entre os dois pontos extremos: Descalvado e Aurora e com uma estação intermediária de importância: a do Pântano. 
Esta distava cerca de 9 quilômetros, ferroviariamente, da sede municipal. 
O trenzinho, o nosso famoso “trenzinho da Aurora” (que assim o chamava o descalvadense) partia da Aurora, em hora antimeridiana e atingia a estação urbana, em sua parte leste, minutos antes da partida do trem grande, do trenzão da nossa diferenciação vocabular. 
E, somente após a chegada de outro comboio de bitola larga, de outro trenzão, (parte oeste) é que o comboio menor partia para nova viagem e isto em hora post-meriadiana. 
A linha férrea Descalvado-Aurora foi construída às expensas dos proprietários rurais de Descalvado, pelos anos finais do século XIX. 
A produção de café dessa zona sul, suleste e sudoeste de nosso município, a maior dele, com as Fazendas Monte Alverne, Santa Maria, Ibijuba, Bela Aliança, Barão, Santa Rita, Monte Alegre, Graciosa, Monte Olímpio, São Miguel, São José, entre outras a carregarem milhares de arrobas para os embarcadouros, foi que fez nascer essa ferrovia particular, entre nós. 
Só mais tarde, por volta do fim da primeira década deste século, é que a mesma foi vendida à Companhia Paulista de Estradas de Ferro, que compreendeu a importância da mesma, para o seu sistema ferroviário. 
Devemos lembrar, a propósito do itinerário do trenzinho que no seu percurso, entre a estação da cidade e a do Pântano, ele fazia uma rápida parada nas pequenas estações intermediárias de São José (Fazenda São José) e São Miguel (Fazenda São Miguel). 
Ai, havia sempre quem quizesse embarcar ou quem iria desembarcar e, sempre, uma pequena carga para ser colhida ou para ser deixada. 
Não resta a menor dúvida que o trenzinho da Aurora é hoje uma grande saudade para os que o conheceram, cheio de rurícolas a irem e a virem, cheio de urbanistas a irem, especialmente, ao Pântano, para um ligeiro turismo no Salto Dom Lino. 
Na Aurora e no Pântano, havia, então, afreguezados armazéns de secos e molhados; na primeira, o famoso armazém de Cândido Chaves dos Santos, o Cândido Baiano. 
No Pântano o conhecidíssimo armazém que foi, a princípio de Inácio Ajan, um sírio muito benquisto em todo o município; e, que mais tarde, passou a pertencer aos irmãos Marcial e Ari Vilela.
Descrevemos para recordar, uma viagem do trenzinho das muitas saudades: Ei-lo a partir da cidade, conduzido por Jesus Gonçalves, seu conhecidíssimo maquinista. 
Lá vai o comboio levando gente e levando carga para as estações de seu destino e vai margeando as águas plácidas da Rosária (Córrego da Prata) e onde nadava, bulhentamente, o rapazio do tempo; lá vai ele margeando as chácaras do Carvalhinho, do Cipriano, atingindo a Fazenda São José, passando a Fazenda São Miguel, com seu engenho fazendo açúcar, melado, rapadura e garapa; parando, para “tomar água”, logo após São Miguel, mostrando a bocaina do Pântano, chegando na Estação do Pântano; parando, partindo; atingindo as primeiras casas da Aurora, parando, em definitivo, na Estação da Aurora. 
Era mais uma viagem do maquinista Jesus e do trenzinho da Aurora. 
Da velha, decantada Aurora do armazém do Cândido Baiano, onde trabalharam, às ordens do dono e do filho do dono, Segismundo Chaves dos Santos (Dudu Baiano), por muito tempo, em diversos períodos, Manoel Ferreira Gaio, Abílio Ferreira Ruivo, Gumercindo Dutra, Guilherme Pierobon, Ezequiel Gomes, Atílio Gomes, Sebastião Adão, José Manzotti (carroceiro); Serafim Brandt de Lima (motorista); Argemiro Machado e Wolfgang Nothling (guarda-livros); e os irmãos João Vicente Adorno (Jango), Joviano Vicente Adorno e Antônio da Conceição Vicente Adorno, este último, depois Secretário da Prefeitura Municipal. 
Ah, trenzinho da Aurora, quanta coisa para contar, quanta coisa que nos faz lembrar, marcha de nossa história, no chão dadivoso de Descalvado! 
E também aqui, um lamento profundo, deve ser registrado para a posteridade; não tivesse o trenzinho sido retirado de circulação quando da extinção da bitola estreita, com boa planificação, seria um pitoresco e atraente meio de locomoção para visita ao “Salto do Pântano” que, cedo ou tarde, tem que se preparar, a contento como atrativo turístico. 
Colaborador: Luíz Carlindo A. Kastein - Prefeitura Municipal de Descalvado. 
Breve Histórico de Franco da Rocha Até o século XIX, Franco da Rocha era um lugarejo que servia de caminho dos bandeirantes que seguiam em direção a Minas Gerais. 
Nesse período, a cidade, chamada de Juqueri (vinda de uma planta encontrada facilmente no local) constituía-se em sua maior parte de terras por fazendas. 
Foi a partir das intervenções da São Paulo Railway, responsável pela construção de várias estações ferroviárias, dentre as a Estação Franco da Rocha – Juqueri, inaugurada em 1º de fevereiro de 1888, que a região começou a se desenvolver. 
Em 1886, Filoteo Beneducci chegou na cidade com o firme propósito de descobri ouro em grande escala, em um lugar que na época era conhecido como Pedreira, atualmente a Quarta Colônia.
Entretanto, não existia a quantidade suficiente do minério que justificasse um grande investimento, e Beneducci resolveu dedicar-se simplesmente à extração de pedras, enviadas a São Paulo pela Estrada de Ferro, tornando-se a partir daí a primeira atividade industrial local. 
O fato mais importante na história do município, certamente, foi a instalação do hospital psiquiátrico, que contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento da cidade. 
Isso ocorreu porque os locais que atendiam os doentes mentais de São Paulo (Hospitais de Alienados, na capital e em Sorocaba, e a Chácara Ladeira do Tabatinhguera), não comportavam mais o número de pacientes, que aumentava a cada dia. 
Com o objetivo de aliviar essa superlotação, em 1895 começo a ser construída, com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, a Colônia Agrícola Juqueri. 
Em uma área de 150 hectares foram iniciadas as obras para a construção da Colônia Agrícola do Juqueri. 
Foi então que o médico Francisco Franco da Rocha, a serviço do Governo do Estado, foi designado para administrar o mais novo e famoso hospital psiquiátrico do Brasil. 
Inaugurado com capacidade inicial de 800 leitos, o hospital ocupava um terreno de à margem da linha férrea, próximo à estação Juqueri. 
Posteriormente, contudo, as fazendas Cresciúma e Velha foram incorporadas ao patrimônio do hospital e , no ano de 1916, o Governo do Estado adquiriu as terras da 4ª Colônia que tinham pertencido a Beneducci e a Ângelo Sestini, e as linhas e máquinas para abrigar uma usina elétrica do hospital, que durante alguns anos, forneceu energia para a estação e para todo o povoado. 
A usina forneceu Luz a Estação do Juqueri até 1939. 
Foi em 1908 iniciou-se a construção da igreja matriz em louvor a Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município. 

Franco da Rocha
Franco da Rocha foi elevado a distrito do município de Mairiporã, em 21 de setembro de 1934, e em 30 de novembro de 1944, Franco da Rocha tornou-se município autônomo. 
Quem foi Franco da Rocha 
Em 1864 nasceu Francisco Franco da Rocha, na cidade Amparo. 
Filho do médico Joaquim Franco da Rocha e da dona de casa Maria Isabel Galvão Bueno Franco da Rocha, o médico que posteriormente deu origem ao nome da cidade, estudou o primário e o ginásio em São Paulo. 
A faculdade de Medicina foi cursada no Rio de Janeiro, assim como a residência médica na Casa Eiras, considerada até então, o melhor centro psiquiátrico do país. 
Em 1893, já conhecido, foi admitido no Hospital de Alienados da capital paulista. 
Como o local não comportava adequadamente o número de pacientes, e nem oferecia assistência médica de qualidade, Dr. Franco da Rocha começou aspirar por um grande hospital, em uma área que fosse possível um melhor tratamento aos doentes mentais do estado. 
Foi então a partir das idéias e metas do médico, que a cidade passou ser um centro de referência psiquiatria mundial. 
De acordo com a publicação: Resumo da História de Assistência a Psicopatas no Estado de São Paulo, do médico Mário Yahn, Dr. Franco da Rocha lutou contra problemas sérios como falta de água, iluminação, falta de verbas para a contratação de pessoal competente, e tantos outros, porém não se entregou. 
Pelo contrário, preocupou-se ainda mais como o aspecto médico-assistencial dos internos, atendendo pessoalmente a maioria dos doentes. 
Por isso, até hoje Franco é conhecida como cidade ciência e ternura. 
Ainda segundo a publicação, a presença do Dr. Franco da Rocha para a construção e direção do hospital, não significou apenas uma substituição administrativa, mas sim o alvorecer de um sistema de assistência moderna, uma visão social avançada, e a própria psicanálise, cuja a Psicopatologia teve sua devida importância, e tornou-se uma lei básica do mais recente modo de compreensão das concepções psiquiátricas. 
Já idoso e doente, e após dirigir o hospital Juqueri por cerca de 30 anos, Dr. Franco da Rocha, que também pertenceu à Academia Brasileira de Letras, aposentou-se da vida pública em 1923. 
No entanto, devido ao grande bem que fez pela psiquiatria mundial, e pelo avanço e progresso da cidade, seu nome ficará parta sempre marcado, de alguma forma, no coração da comunidade local.

Texto extraído de matérias da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Lembranças do Império – São Paulo

Grande número de ruas da região, embora muitos moradores não saibam, leva o nome de fatos e pessoas ligadas à Independência, ou ao Império, e ajuda a trazer à memória a história do País. 
A Silva Bueno, por exemplo, homenageia o deputado brasileiro Antonio Miguel da Silva Bueno, indicado e eleito pelo Governo Provisório da Província, quando D. João VI, forçado pela rebelião lusa, concordou em elaborar e jurar uma Constituição, para o Reino Unido de Brasil e Algarves. 
Na época, da guarda de honra do imperador, fazia parte Antonio Marcondes Homem de Mello. 
Ele assistiu ao ato da Proclamação da Independência, que teve em Cipriano José Barata de Almeida – homenageado em placas do Ipiranga – um dos seus principais líderes. 
A defesa desses princípios, ainda motiva o tributo presente na Rua Leais Paulistanos – homenagem à comunidade que demonstrou a D. Pedro I, sua absoluta lealdade. 
Aliás, o imperador – na verdade Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Cipriano Serafim de Bragança e Bourdon – merece referência na principal avenida do bairro, e na Rua do Fico, que lembra a célebre frase: 
“Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto, diga ao povo que fico”. 
Seu reinado, porém, não passou sem citações. 
Isso pode novamente ser observado nas denominações das ruas, sobretudo a dos Sorocabanos – que lembra o episódio em que Rafael Tobias de Aguiar comandou os rebeldes de Sorocaba, que desejavam abolir a autoridade absoluta de D. Pedro I, e só foram vencidos pela intervenção do Duque de Caxias – e a do Manifesto – referência ao manifesto à Nação, publicado em 8 de abril de 1831 pela Assembléia Geral, dando conta do que era feito, e do que se pretendia fazer após a abdicação do imperador.
Políticos e denominações curiosas 
A rua que corta vários bairros da região, a Vergueiro, também tem ligações com o Império, uma vez que homenageia o advogado e fazendeiro Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, nascido na cidade de Bragança, em Portugal, em 1778. 
Formou-se na Universidade de Coimbra, e se estabeleceu em São Paulo logo depois. 
Representou a Província de São Paulo nas cortes portuguesas em 1822, na Constituição Brasileira de 1823, e na primeira legislatura. 
Em 1828, foi eleito senador por Minas Gerais. 
Chegou a ocupar a pasta da Fazenda e Justiça. 
Integrou a regência provisória, que se seguiu à abdicação de d. Pedro, mas acabou acusado, de promover a revolução de 1842. 
Morreu no Rio de Janeiro, em 1859. 
Já a antiga Estrada da Água Funda recebeu o nome de Miguel Estéfano, comerciante nascido na Líbia, que veio ainda jovem para o Brasil, no início do século passado. 
Como parte da colônia árabe, se estabeleceu na Rua 25 de março, mas morou por longa data no Sacomã, onde ficou conhecido por comprar várias propriedades e, às vezes, quarteirões inteiros.
Adquiria terrenos, construía casas e as vendia. 
Comprou também vários lotes na cidade do Guarujá, onde a avenida principal leva seu nome. 
No rumo inverso, vale ressaltar que o santista Antônio Manuel da Silva, nascido em 1790, e alvo de homenagem semelhante na região, ocupou vários cargos políticos no começo do século 19. 
Não assinou a Constituição, porém, por achar contrária aos interesses do País. 
Com isso, viu-se obrigado a ir para Inglaterra, ao lado de deputados brasileiros. 
Morreu em Campinas, em 1838. 
Depois de sua morte, ganhou destaque a atual Estrada das Lágrimas, que marca o ponto de várias partidas. 
A figueira onde se despediam viajantes e soldados brasileiros que foram para a Guerra do Paraguai, ficou conhecida por árvore das lágrimas e, posteriormente, deu nome ao local. 
Mais uma denominação curiosa envolve uma lenda, segundo a qual na Rua Bom Pastor, uma via pública derivada, da Rua Teresa Cristina na direção da Rua Silva Bueno, um certo garoto desamparado, que por ali caminhava com muita fraqueza, caiu sobre um tufo de folhagem. 
Quando mal conseguia abrir os olhos, surgiu ali a figura de Jesus Cristo, que o ergueu e lhe disse que era um Pastor de Almas e, em nome do Pai, fazia tudo pelas crianças e iria interceder por ele para que os homens, tocados no coração, erguessem um asilo nas imediações, para as crianças desamparadas.
Com o passar do tempo, criou-se naquele caminho o Asilo do Bom Pastor. 
Conforme os registros históricos, a rua recebeu este nome em homenagem à Congregação do Bom Pastor, que desenvolveu por mais de 70 anos esse trabalho assistencial, com crianças abandonadas e jovens desajustados, chegando a abrigar até 300 crianças por dia. 
PARA SABER MAIS 
Em 19 de maio de 1999, o prefeito Celso Pitta regulamentou a Lei 12.659/98, que determina a manutenção de sessões de memória e história regionais, nas bibliotecas públicas da cidade de São  Paulo. 
De acordo com a mesma norma, cabe às Secretarias Municipais de Educação e Cultura, criar programas que incentivem o conhecimento, e a preservação das histórias dos bairros. 
O conde solidário 
A história do Conde José Vicente de Azevedo se confunde com o Ipiranga. 
Nasceu em Lorena, no interior de São Paulo, em 7 de julho de 1859. 
Quando tinha 10 anos, seu pai morreu, e ele sentiu as dificuldades da orfandade. 
Passou a vender doces nas ruas, feitos por sua mãe. 
No meio de tantas dificuldades, definiu que quando crescesse e tivesse condições, ajudaria as crianças menos favorecidas. 
Anos depois, formou-se em direito, além de ser jornalista, professor, deputado e senador por São Paulo.  
Quando completou 31 anos, deu início a construção do projeto de sua vida. 
Comprou 46 hectares de terras no Ipiranga e, a partir dessa época, começou a construir diversas instituições. 
O aglomerado de concreto, com 110 mil metros quadrados, na Rua Dom Luís Lasagna, 300, é um marco. 
Sua construção teve início em 1891, e foi concluída em 1896. 
O projeto foi do engenheiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo, que era amigo do conde, e elaborou o croqui em 1891, do Asilo de Meninas Órfãs de Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga. 
A responsabilidade pela edificação, coube ao escritório Guilherme Krug e Filho. 
Além disso, Azevedo abriu o Instituto Cristóvão Colombo, na Rua Doutor Mario Vicente, em 1891, para servir como orfanato de meninos. 
O Instituto Sagrada Família, na Avenida Nazaré, 470, foi construído em 1895, e serviu como ponto de encontro de ex-escravos e parentes, em busca de asilo e socorro. 
O Grupo Escolar São José, datado de 1924, que ocupa a esquina da Avenida Nazaré, com Rua Moreira de Godói; o Instituto de Cegos Padre Chico, fundado em 1928, do outro lado da esquina; o Juvenato Santíssimo Sacramento, datado de 1929, localizado na Rua Dom Luís Lasanha; e mais outros oito imóveis, fazem parte da herança deixada por José Vicente de Azevedo. 
Segundo a doutora em educação Ana Maria Navajas, que integra o projeto de pesquisa do curso de pós-graduação Educação, Administração e Comunicação da Universidade São Marcos – e estuda a vida do conde –, Azevedo de fato dedicou a sua vida às pessoas mais necessitadas. 
“Todas as casas, prédios e imóveis que ele deixou, pertencem à Fundação Nossa Senhora Auxiliadora, criada por ele, e só podem ser alugados para fins educacionais.” 
Em 1935, ele foi nomeado Conde Romano, pelo papa Pio XI, em razão das obras assistenciais que mantinha. 
Morreu nove anos depois. 
Estima-se que tenha auxiliado pelo menos 10 mil jovens, somente no internato.

Texto extraído de matérias da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Historia de Embu Guaçu e Embu das Artes SP

Por volta do século XIX, em mais uma de suas andanças pelos sertões paulistas, o sertanista José Pires de Albuquerque, deparou-se com a região que hoje compõem o município de Embu Guaçu, e impressionado com a beleza natural do lugar, resolveu voltar mais tarde e fixar residência. 
Construiu a primeira casa que hoje faz parte do patrimônio da Palquima Indústria Química Paulista S.A., construção esta levantada com mão de obra escrava, de taipa, como eram as construções no período colonial. 
Com o passar dos anos, foram chegando novas famílias: os Roschel, os Creim, os Schunck, os Domingues, e outros que constituíram as famílias pioneiras da região. 
Por mais de meio século, a região apresentou um crescimento populacional, econômico e social bastante moroso, porém com a chegada dos trilhos do ramal ferroviário Mairinque- Santos, da Estrada de Ferro Sorocabana - atual FEPASA, em 1932, a região começou a crescer em todos os sentidos. 
1932 Embu-Guaçu é elevado à condição de Vila 
1944 É elevado à categoria de distrito pelo Decreto Lei nº 14.334/44 
28/03/1965 Emancipa-se de Itapecerica da Serra, de onde era distrito 
A cidade de Embu tem suas origens na antiga aldeia M'Boy, criada pelos padres da Companhia de Jesus na primeira metade do século XVII. 
M'Boy, Boy, Bohi, Bohu, Emboi, Alboy, Embohu. 
Diversas grafias foram registradas por Sérgio Buarque de Holanda, para a palavra indígena que nomeava a extensa região onde surgiu a aldeia. 

"Embu Guaçu
"No final do século XIX, em uma de suas andanças pelos sertões paulistas, o casal de sertanistas José Pires de Albuquerque e Emília Pires de Moraes Pedroso chegou à região onde, atualmente, está localizado Embu-Guaçu. Impressionados com a beleza natural da região, decidiram fixar residência e erguer a primeira casa, feita de taipas e mão de obra escrava, próximo ao Rio Santa Rita (hoje, patrimônio da família Svartman, fundadora da primeira indústria do município: a "Indústria Química Paulista S/A").
O povoado cresceu no início de 1900, com a chegada de imigrantes e novas famílias como os Roschel, os Creim, os Schunck, os Domingues, entre outros que constituíram as famílias pioneiras da região. Em 1920, José Pires de Albuquerque constrói a primeira indústria de farinha de mandioca.
Em 1932, Embu-Guaçu é elevado à condição de Vila, onde Benedito Roschel de Moraes inaugura a primeira casa comercial.
Estação Ferroviária de Embu Guaçu em meados da década de 1950
Por mais de meio século, a região apresentou um crescimento populacional, econômico e social bastante moroso, porém, com a chegada dos trilhos, a região começou a crescer em todos os sentidos. Em 1927, começaram as difíceis e demoradas obras de construção da ferrovia da Estrada de Ferro Sorocabana, com o ramal Mairinque-Santos, que desceria a Serra do Mar cruzando Embu-Guaçu, onde a obra chegou por volta de 1929. 
Em 1937, o novo ramal da ferrovia foi inaugurado.
A antiga Estrada de Ferro Sorocabana (1934-1971) transportava o café produzido no interior paulista para o porto santista. 
Nela, havia uma estação inaugurada em 5 de abril de 1934, onde houve tráfego de passageiros entre Embu-Guaçu e Santos até novembro de 1997. 
O nome da ferrovia foi, posteriormente, alterado para Ferrovia Paulista Sociedade Anônima (FEPASA: 1971-1998). 
Hoje, é administrada pela Rumo Logística, que opera o alto tráfego de trens de carga que cruzam o município,
Em 1944, Embu-Guaçu Guaçu foi elevado à categoria de distrito pelo decreto-lei nº 14.334/44, com uma área de 171 km², mas ainda sendo parte do município de Itapecerica da Serra.
Emancipação
O município Itapecericano detinha um sério problema de repasse de verbas devido sua grande extensão territorial, sendo incapaz de manter toda sua área. 
Em decorrência desta dificuldade, movimentos emancipacionistas ganharam força e Embu-Guaçu foi emancipado, a partir da Lei estadual nº 8 092, 20 de fevereiro de 1964. 
As eleições municipais foram convocadas para o dia 7 de março de 1965.
Em 28 de março de 1965, Embu-Guaçu foi elevado à categoria de município, ocorrendo, então, a primeira legislatura, com posse do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, e conquistando definitivamente sua emancipação político-administrativa.
A comissão do movimento Pró-Emancipação, que trabalhou no sentido de que toda documentação e exigências da Lei Orgânica do Município fossem apresentadas à Assembleia Legislativa do Estado, era composta por: presidente, Sr. Fioravante Francisco; quatro vices-presidentes, Alexandre Rodrigues Nogueira, Antônio Albuquerque Filho, Valdomiro Pereira Rodrigues, Walter dos Reis; Secretário Geral, Benedicto Roschel de Moraes; e quatro secretários, Nilton Higino Martins, Francisco O. Martins, Luiz G. Ávila de Macedo, Rafael Cau; Tesoureiro Geral, Antônio Roschel de Moraes; e quatro tesoureiros, Angelo Flose, Kyiotoschi Morita, Antenor Hervelha e Pedro Júlio da Rocha."" https://pt.wikipedia.org/wiki/Embu-Gua%C3%A7u

"Embu das Artes
Fundada pelos jesuítas provavelmente em 18 de julho de 1554, a aldeia de Bohi, hoje Estância Turística de Embu das Artes, só começou a ser uma cidade independente a partir de 18 de fevereiro de 1959, data em que foi criado o município de Embu, desmembrado de Itapecerica da Serra e Cotia. 
Até o século XVI, a região era habitada pelos índios tupiniquins. 
Como todas as missões jesuíticas no interior do Brasil de então, esta tinha objetivos missionários e pretendia catequizar os índios locais, aproveitando-os também como força de trabalho para as fazendas que se foram criando na região.
Em 1607, as terras da aldeia passam para as mãos de Fernão Dias (tio do bandeirante Fernão Dias, o Caçador de Esmeraldas), mas, poucos anos mais tarde, em 1624, foram doadas à Companhia de Jesus. Em 1690, o Padre Belchior de Pontes iniciou a construção da Igreja do Rosário, transferindo, ao mesmo tempo, o núcleo da aldeia original. 
Já no século XVIII, entre 1730 e 1734, os jesuítas construíram a sua residência anexa à igreja, formando um conjunto arquitetônico contínuo de linhas retas e sóbrias. 
Mas, em 1760, por ordem da Coroa Portuguesa, os jesuítas foram expulsos do Brasil. 
A região fazia parte do antigo município de Santo Amaro, e posteriormente do município de Itapecerica da Serra. 
Embu foi elevada à categoria de município em 1959, quando se emancipou de Itapecerica da Serra." https://pt.wikipedia.org/wiki/Embu_das_Artes
"Elevado à categoria de município com a denominação de Embu, pela Lei Estadual n.º 5.285, de 18-02-1959, desmembrado dos municípios de Itapecerica da Serra e parte dos distritos das Sede dos municípios de Itapecerica da Serra e Cotia. 
Sede no antigo distrito de Embu. 
Constituído do distrito Sede.
IBGE | Cidades@ | São Paulo | Embu das Artes | História ...
cidades.ibge.gov.br › brasil › embu-das-artes › historico"

Diz a lenda que o nome M'Boy - cobra em tupiguarani - foi dado para homenagear um índio que salvara da morte, o padre Belchior de Pontes, figura fundamental na história da aldeia. 
Pouco depois, o índio morreu picado e envolvido por uma grande serpente. 
Segundo Leonardo Arroyo, o termo M'Boy vem de Mbeîu, que significa cousa penhascosa, agrupamento de montes, coisa em cachos ou cacheados. 
De qualquer modo, era nessas terras montanhosas, que ficava a fazenda de Fernão Dias Pais - tio do famoso bandeirante caçador de esmeraldas - e Catarina Camacho, sua mulher. 
Em 24 de janeiro de 1624, o casal doou a propriedade aos jesuítas, incluindo os muitos índios que aldeara em torno da sede. 
Duas condições foram impostas por Catarina Camacho para efetivar a doação: o culto ao Santo Crucifixo e a festa de Nossa Senhora do Rosário, a quem a pequena capela da fazenda era dedicada. 
A doação era bem conveniente aos jesuítas, que, atacados por índios na aldeia de Maniçoba, próxima de Piratininga (vila que deu origem à cidade de São Paulo), procuravam um lugar mais seguro para prosseguir com sua missão de catequizar o gentio. 
A nova aldeia, além de estar mais afastada do núcleo de Piratininga, ficava na confluência dos caminhos que levavam ao mar e ao sertão, um ponto estratégico. 
Uma vez instalados, os padres iniciaram o trabalho de catequese dentro dos moldes de outros aldeamentos jesuíticos. 
O princípio básico era fixar os índios em torno das igrejas e colégios, protegendo-os da escravidão. 
Em troca, o gentio tinha que se submeter à nova disciplina que, na maior parte das vezes, entrava em choque direto com a cultura indígena. 
Além de se adequar à moral religiosa católica, que permitia um único casamento, os índios transformavam-se em agricultores sedentários. 
Talvez por problemas de adaptação dos indígenas ao novo modo de vida, no fim do século XVII e início do XVIII, o padre Belchior de Pontes, então diretor da aldeia, resolve mudá-la para outro lugar não muito distante. 
Segundo relata o padre Manuel Fonseca no livro 'A Vida do Venerável Padre Belchior de Pontes', a nova aldeia ficava assentada num plano cercado de riachos, que produziam peixes miúdos em tal quantidade, que podiam ajudar muito a sustentação dos índios. 
No novo local, o padre Belchior de Pontes ergueu também uma nova igreja, maior que a anterior, conservando a invocação a Nossa Senhora do Rosário. 
Em meados do século XVIII, a aldeia contava com 261 índios e apresentava sinais de prosperidade, destacando-se entre as demais. 
Já havia sido construída a residência dos jesuítas, com ajuda dos índios. 
Além da mandioca, trigo e legumes, produzia-se algodão, que era fiado e tecido ali mesmo pelas índias.
Há registros de exportações para Rio de Janeiro e Bahia em 1757. 
Uma outra peculiaridade da aldeia, era a existência de uma banda de música, bastante respeitada na região. 
Composta de índios guaranis, que dedicavam duas horas da manhã e duas horas da tarde aos ensaios, e a corporação musical, participava de missas e procissões, se apresentando em localidades próximas. 
Em 1760, os jesuítas foram expulsos do Brasil por ordem do Marquês de Pombal, e a igreja do Embu passou para os cuidados do clero diocesano. 
A população indígena começou a se dispersar e, em 1873, restavam apenas 75 índios e mestiços habitando o lugar. 
Desde o início do século XIX, a aldeia já estava em franca decadência. 
Permaneceu na obscuridade até nos anos 20 deste século, quando Duarte Leopoldo e Silva determinou a primeira recuperação da igreja. 
Em 1939 e 1940, o conjunto jesuítico - que compreende a Igreja Nossa Senhora do Rosário e a residência dos jesuítas - foi considerado Patrimônio Nacional e restaurado pelo SPHAN (atual IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). 
Capela Nossa Senhora do Rosário 
O conjunto jesuítico Nossa Senhora do Rosário é formado pela igreja, e pela antiga residência dos padres, conjugadas numa mesma edificação. 
O desenho das portas e janelas cria uma delicada movimentação da fachada. 
Trata-se de um dos mais importantes e preservados remanescentes das construções jesuítas em São Paulo, caracterizadas pela simplicidade das linhas retas. 
A igreja começou a ser construída por volta de 1700 pelo Padre Belchior de Pontes, em substituição à antiga capela da fazenda de Catarina Camacho, situada não muito longe dali, também dedicada a Nossa Senhora do Rosário. 
A nova igreja teria suficiente capacidade para que os índios e vizinhos pudessem comodamente, observar os preceitos a que estão obrigados, como registrou o Padre Manuel da Fonseca no livro 'A Vida do Venerável Padre Belchior de Pontes'. 
Museu de Arte Sacra 
Em meados do século XVIII, após a morte do Padre Belchior, teve início a construção do convento anexo à igreja Nossa Senhora do Rosário, onde atualmente funciona o Museu de Arte Sacra.
Localização: Largo dos Jesuítas – Centro. 
Capela de São Lázaro 
A origem da Capela de São Lázaro está ligada à uma imagem do santo esculpida em madeira, pelo artista Cássio M'Boy, nos anos 20. 
O São Lázaro, de Cássio M'Boy, começou a atrair um grande número de devotos e, em 1934, decidiu-se construir uma capela para abrigar a imagem, e seus adoradores. 
Em 1969 a capela foi restaurada, aproximando-a das linhas da arquitetura jesuítica da Igreja Nossa Senhora do Rosário. 
Localização: Rua da Matriz, s/nº. 
Embu também é conhecida como Terra das Artes ou, simplesmente, Embu das Artes. 
O nome surgiu nos anos 60, quando aconteceu na cidade um forte movimento, caracterizado pela arte primitiva, e pela influência da cultura hippie. 
No entanto, podemos dizer que a tradição artística da cidade remonta ao tempo dos jesuítas. 
Sabe-se que os padres da aldeia M'Boy aceitavam encomendas de santos. 
Segundo o padre Manuel da Fonseca, foi o próprio padre Belchior que esculpiu a imagem de Nossa Senhora do Rosário, presente na Igreja. 
Do padre Macaré, podem ser vistas no Museu de Arte Sacra uma Santa Ceia, com 13 imagens de roca, e um Senhor Morto, além de outras peças. 
Esta tradição de santeiros foi retomada, nos anos 20, pelo artista Cássio M'Boy, que fixa residência em Embu. 
Em 1937, ele ganha o primeiro grande prêmio, na Exposição Internacional das Artes Técnicas, de Paris.
Aos poucos, outros artistas começam a chegar a Embu, formando um grupo que iria movimentar a cidade nos anos 60. 
Um deles foi o lavrador japonês Tadakiyo Sakai, que mais tarde seria chamado de Sakai do Embu. Reconhecido internacionalmente como escultor em terracota, Sakai iniciou-se nas artes em 1951, sob orientação de Cássio M'Boy, e dos escultores Bruno Giorgi e Victor Brecheret. 
Em 1959, atraído pelos nomes de Cássio M'Boy e Sakai, o escultor Claudionor Assis Dias, ou Assis de Embu, também vem para a cidade. 
No seu atelier, o Barraco do Assis, começa a dar aulas de escultura em madeira, pedra e bronze, transformando-o num verdadeiro núcleo de produção de arte. 
Ali nasceria o Movimento do Embu, que ganha força a partir de 1961, com a chegada ao Barraco do Assis, do poeta, pintor, teatrólogo e folclorista Solano Trindade e sua companhia Teatro Popular Brasileiro, formada por mais de vinte pessoas. 
O movimento pretendia popularizar a arte. 
Nas palavras do próprio Solano, a idéia era 'mostrar, incentivar e desenvolver as artes populares tradicionais do povo brasileiro, a dança, a música, a escultura, a poesia, e todas as manifestações folclóricas'. 
As festas promovidas pelo grupo, com suas danças afro-brasileiras e exposições de arte, começam a chamar a atenção da intelectualidade paulista, que passa a freqüentar a cidade. 
Em 1964, acontece o 1° Salão de Artes Plásticas do Embu. 
Nesta época, os cerca de quarenta artistas que freqüentavam o Barraco do Assis começam a expor seus trabalhos no chão das ruas centrais da cidade. 
Artesãos hippies que costumavam expor na Praça da República em São Paulo, viriam reforçar a incipiente feira de Embu nos finais de semana, convidados pelos artistas locais. 
A partir de 1969, a Feira de Arte e Artesanato começa a ser realizada todos os fins de semana, atraindo um grande número de visitantes. 
Aos poucos, mais e mais ateliers foram aparecendo na cidade, acompanhados de antiquários, lojas de artesanato, e de móveis rústicos e restaurantes. 
Tudo isso, aliado ao charme do casario colonial do centro da cidade, transforma Embu numa agradável opção de passeio, para quem está em São Paulo. 
Feira de Artesanato de Embu Ocupando toda a área central da cidade, a feira convida o visitante a passear entre o casario típico, do período colonial brasileiro. 
Os 940 expositores se dividem nas seções de artes plásticas, artesanato, plantas ornamentais e comidas típicas. 
Além das barracas, os ateliers e lojas de decoração, também abrem suas portas nos dias de feira. 
O CAT, Centro de Informação ao Turista, possui relação de todas as lojas, galerias, antiquários e ateliers da cidade, para distribuir aos interessados. 
Localização: Largo 21 de Abril, Largo dos Jesuítas e ruas centrais da cidade.

Texto extraído de matérias da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Mogi das Cruzes - História

Origem do Nome: Denominada M'Bogy pelos índios, que significa "rio das cobras", era como os selvagens se referiam ao Tietê. 
Com o passar dos anos, alterou-se, primeiro para Boigy, depois a Mogy e finalmente a Mogi. 
A Vila foi criada, em 1611, foi chamada de Sant'Anna, tinham como costume dar o nome de seu padroeiro às vilas. 
Acrescentou-se, também Mirim que na língua dos índios queria dizer pequeno, obviamente devido ao tamanho do povoado. 
Ficou sendo então Santa Anna de Mogi Mirim. 
Oficialmente e conforme o que vem sendo comemorado - a fundação remonta a 1560, e o fundador é Brás Cubas. 
No entanto, em torno da data de fundação e do nome do fundador de Mogi das Cruzes, ainda existem séries divergências. 
Estudos feitos em documentação descoberta por volta de 1932, apontam Gaspar Vaz como fundador, e fazem crer que a localidade nasceu por volta de 1600. 
Os partidários do nome de Brás Cubas, têm como argumento fundamental o registro de que em 1560 o bravo fidalgo, obteve uma sesmaria que vinha até as terras hoje ocupadas por Mogi. 
E concluem que, recebendo a gleba, Brás Cubas estabeleceu uma fazenda, a fim de tomar posse efetiva das terras que lhe haviam sido doadas. 
Esta fazenda teria sido a semente de que nasceu Mogi das Cruzes. 
Os que não concordam com essa versão, baseiam-se no Foral respectivo, que contém um requerimento datado dos primeiros dias de abril de 1611. 
Nesse documento, Gaspar Vaz e outros, pediam ao Governador Dom Francisco de Souza, que elevasse a povoação à categoria de Vila. 
O processo recebeu pareceres favoráveis das demais vilas e do Capitão Gaspar Conqueiro e, finalmente, a 17 de agosto de 1611, o pedido teve despacho favorável pelo Governador, sendo a nova unidade oficialmente instalada, sob denominação de "Santa Anna de Mogi Mirim", no dia 1º de setembro de 1611. 
A ata lavrada na ocasião, registra que os moradores da Vila ali residiam, há cerca de dez anos. 
E, apesar da divergência quanto ao ano de fundação e o nome do fundador, todos entretanto concordam que o aniversário de Mogi das Cruzes deve ser comemorado a 1º de setembro. 
Mogi das Cruzes
Gaspar Vaz foi o fundador de Mogi das Cruzes no ano de 1560. 
Abriu o primeiro caminho de acesso a São Paulo, dando início ao povoado, que foi elevado à Vila, em 17 de agosto de 1611, com o nome de Vila de Sant'Anna de Mogi Mirim. 
A oficialização ocorreu em 1º de setembro, dia em que se comemora o aniversário da cidade. 
Antes da fundação da cidade, o bandeirante Braz Cubas havia se embrenhado pelas matas do território mogiano, às margens do Rio Anhembi, hoje Tietê - o maior rio do Estado de São Paulo, à procura de ouro. 
Mogi é uma alteração de Boigy que, por sua vez, vem de M'Boigy, o que significa "Rio das Cobras", denominação que os índios davam a um trecho do Tietê. 
Quando a Vila foi criada em 1611, devido ao costume de adotar o nome do padroeiro, passou a ser denominada "Sant'Anna de Mogy Mirim". 
Na língua indígena, Mirim quer dizer pequeno. 
Provavelmente, uma referência ao riacho Mogi Mirim. 
A linguagem popular tratou de acrescentar o termo "cruzes" ao nome oficial da Vila. 
Era costume dos povoadores sinalizar com cruzes, os marcos que indicavam os limites da Vila, de acordo com tese de Dom Duarte Leopoldo e Silva, confirmada pelo historiador e professor Jurandyr Ferraz de Campos, atual secretário municipal de Cultura e Meio Ambiente. 
DATAS E FATOS 
1560  Ano que marca a fundação de Mogi das Cruzes 
1601* Não há mais tribos indígenas. 
Fica pronta a primeira ligação entre São Paulo e Mogi das Cruzes, favorecendo o trânsito de paulistanos, como Gaspar Vaz, fundador do município, que deixou suas atividades para dedicar-se à formação do povoado de Mogi Mirim (Boigy). 
1611 Surge oficialmente a Vila de Sant'Anna de Mogy Mirim, em 17 de Agosto (oficializada em 1º de setembro), como sítio de grande importância no projeto de povoamento do Brasil. 
Até a metade do século XVI, existiam 14 vilas já criadas todas no litoral, com exceção de São Paulo de Piratininga. 
1822 Mogi recebe o Príncipe Regente D. Pedro, em 9 de setembro, após a Proclamação da Independência. 
Hospeda-se no Convento do Carmo -propriedade dos carmelitas instalados na cidade desde 1633, com a construção da Igreja de Ordem 1ª do Carmo. 
Depois, segue viagem levando um documento dos mogianos, que reitera apoio à Independência do Brasil. 
1865 Em 13 de março - Elevação à Cidade 
1874 Em 14 de Abril - Elevação à Comarca. 
1º DE SETEMBRO Comemora-se o aniversário da cidade. 
* Há historiadores que entendem ser 1601 o ano de fundação de Mogi das Cruzes. 
Oficialmente, considera-se o ano de 1560. 
Mogi da década de 40: Rua Dr. Deodato Wertheimer - a ligação norte-sul e um dos principais corredores comerciais da cidade, no trecho hoje transformado em calçadão -, traz à esquerda a Igreja do Rosário, que deu lugar a um hotel, e em frente a popular Praça João Pessoa (Gogelis, 1949). 

Música: Raulindo Paiva Júnior 
Letra: Raulindo Paiva 

Foi tanspondo a serra do mar 
Que Bráz Cubas teu solo pisou 
E nos deu a razão de amar 
Esta terra que ele fundou 

II 
Situada às margens do Rio Tietê, aos pés do Itapeti 
Habitada por gente de brio 
Que sorrindo sempre vela por ti. 

III 
Teu brasão, de teus filhos estampa 
A história, heroísmo, os feitos 
Bandeirantes que nos deram de herança 
Nossa origem, nosso grande conceito 

IV 
Do trabalho, teu povo é amante 
Braços fortes,coragem imorredoura 
Te fundiram, nesta gigante 
Nesta terra tão encantadora 

V (Estribilho cantado duas vezes) 
Por ti, minha Mogi querida Das Cruzes, o símbolo cristão 
Darei a minha própria vida 
De todo o meu coração 

VI 
Foi lutando com fé e amor 
Que na guerra teu filho brilhou 
E voltou só ferido da dor 
Dos irmãos que lá ele deixou 

VII 
Na Itália, distante Itália 
Em Pistóia, bem longe do Anhembi 
Recobertos com louros e glórias 
Conquistadas por heróis de Mogi. 

VIII 
O saber, de tua gente é pujança 
Tua indústria e lavoura um encanto 
Patriotismo é a nossa esperança 
Liberdade nosso tema de canto. 

IX
Salve! Salve! 
1º de setembro 
Nobre data em que foste fundada 
Te saúdo e cumprimento 
Minha terra,sempre sempre amada 

X (Estribilho cantado duas vezes) 
Por ti, Minha Mogi querida Das Cruzes, o símbolo cristão 
Darei a minha própria vida 
De todo o meu coração 

Fonte: Retirado de capa de disco distribuído gratuitamente,Coral e Banda Sinfônica da Polícia Militar de Sâo Paulo. 
Promoção da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes Lei nº 2414 de 04/12/78. 

MOGI-DUTRA BR- 481 No Plano Nacional de Viação: 
F I N A L I D A D E S: 1 - Incremento com a capital do Estado, Rio de Janeiro e outros estados da União, propiciando o ativamento do mercado produtor e consumidor locais, nos setores da indústria, comércio e agricultura. 
2 - Integração de uma considerável parcela do território do município, de aproximadamente 250 m² situados entre a Serra do Itapeti e a Via Presidente Dutra, permitindo a implantação de indústrias e de grandes propriedades agrícolas. 
Ano de 1950. Julho, 15. 
Inauguração do primeiro trecho da Via Presidente Dutra. 
Começa-se a pensar numa ligação. 
Ano de 1951. Janeiro, 19. 
Vereador Joaquim P. de Carvalho, em entrevista à "Folha de Mogi" cita, entre os dez maiores problemas de Mogi das Cruzes, a falta de uma ligação com a Via Dutra...
Em meados do ano, o doutor Lucas Nogueira Garcez, chefe da Casa Civil do Governador do Estado, respondendo à Câmara Municipal, informa que "Mogi terá, provavelmente, duas ligações com a Via Presidente Dutra, uma em Suzano e outra nas proximidades do km 79 da Estrada Estadual". 
Ano de 1952. Maio, 10. 
Protocola-se, na Assembléia Legislativa, uma indicação do deputado Derville Allegretti mostrando ao governador "a necessidade de interceder junto ao Departamento de Estradas de Rodagem no sentido de ser construída uma estrada de rodagem entre a Via Gaspar Dutra e a cidade de Mogi das Cruzes".
Agosto. 
A "Folha de Mogi" publica estudo do engenheiro Oscar Nascimento Siqueira - do Centro de Cultura desta cidade - referente à ligação com a Via Dutra. 
Apresentava, então, um projeto que "por exeqüível e econômico, poderá ser concretizado, sem mais demora". 
O projeto mostrava uma estrada de 16 km, reta, sem profundos cortes na serra, nem na construção de dispendiosos túneis e com rampa máxima de 12%. 
O deputado Allegretti se incumbiu de levar o trabalho, já aprovado pelo prefeito e vereadores, ao governador Lucas Nogueira Garcez... 
Secretário de Obras do Estado, doutor Nilo de Andrade Amaral e o governador Garcez se interessam pela obra, pois que a estrada facilitaria o tráfego entre a capital e Mogi, atenderia à rica zona de produção do Parateí, o que viria auxiliar o abastecimento da capital e da própria Mogi das Cruzes.
Dezembro, 19. 
Inclusão, no orçamento federal, de verba de seis milhões para a construção da ligação, por iniciativa do senador Euclides Vieira e do deputado Ulisses Guimarães. 
Ano de 1953. Maio. 
Verba de seis milhões é colocada à disposição do DER-SP. 
Ano de 1955... 
É executado, pelo DER, o projeto para ligação de Mogi das Cruzes a Arujá e, por conseqüência, à Via Presidente Dutra. 
É o projeto J. Azem. 
Firma-se convênio com o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, pelo qual êste faria a execução da obra. 
Ano de 1959. Julho. 
Audiência da deputada Ivete Vargas com o presidente da República. 
Assunto: liberação de verba de 20 milhões para a Mogi-Dutra. (e dez milhões para a Mogi-Bertioga).
Todavia, as verbas do orçamento da União estão incluídas no Plano de Contenção de Despezas do Governo. 
Autorizada a verba, o DNER a colocaria à disposição do DER-SP Novembro. 
Prefeito Rodolfo Jungers teria ido a Capital Federal para tratar das verbas para a Mogi-Dutra (e também Mogi-Bertioga). 
Providências decisivas quanto à Mogi-Dutra (e Mogi-Bertioga) é um dos pontos principais da plataforma política do senhor Nenê Lopes. 
Ano de 1960. Janeiro. 
Liberação de verbas, pelo ministros da Viação e da Agricultura, no valor de 20 milhões para a Mogi-Dutra (e 10 para a Mogi-Bertioga) 
Fevereiro. 
Câmara Municipal aprova voto de louvor ao deputado Cunha Bueno por ter obtido junto ao Govêrno do senhor Juscelino Kubitschek, a liberação das verbas acima mencionadas. 
Março. 
Doutor Allan de Paula Fernandes, engenheiro-chefe do 8º Distrito rodoviário Federal do DNER determina o ... INÍCIO DA MOGI-DUTRA 
Ainda no mesmo mês, o senhor Dercilidas de Almeida chefia os serviços de topografia do DNER num trecho de cinco km da Mogi-Dutra. 
Junho, 4. 
Chegam as máquinas para a abertura da estrada. 
Junho, 16. 
No sítio dos irmãos Adolfo e Antônio Figueiredo, na Ponte Grande, o prefeito Rodolfo Jungers oferece um churrasco aos funcionários do DNER pelo início das obras. 
A estrada teria, então, 24 km a serem abertos num prazo de 12 meses. 
Constava do projeto uma ponte com duas pistas de dez metros de largura por 60 de comprimento. 
Era o fruto de um convênio entre União, Estado e Município. 
Todavia, as obras não foram além de três quilômetros. 
Ano de 1962... 
Em princípios do ano o ministro dos Transportes envia ao presidente do Conselho de Ministros, uma exposição de motivos solicitando a liberação de verba de 21 milhões para conclusão e pavimentação da ligação Mogi das Cruzes - Via Presidente Dutra. 
Ano de 1963. Agosto, 10. 
"Vinte milhões jogados fora" - Era a manchete de "A Gazeta", da capital, ao anunciar a paralização das obras que não foram além de alguns quilômetros. 
Novembro, 5. 
O diretor geral do DNER informava ao vereador Nesclar Faria Guimarães que os orçamentos da União consignavam 10 milhões (para 1962), e 15 milhões (para 1963) para a Mogi-Dutra, dotações essas incluídas, todavia, no Plano de Economia. 
Dezembro, 27. 
"A Gazeta", da capital, publicava esclarecimentos quanto à paralização das obras, fornecidos por fonte oficial do DNER. 
"A estrada de ligação Mogi das Cruzes com a Via Dutra não é considerada de caráter prioritário no País, daí a paralização das obras já iniciadas". 
O jornal defendia então a ligação, afirmando ser incrível desconhecer-se a importância do tráfego entre Mogi e a Dutra, quando era notório o volume de caminhões carregados de produtos mogianos com destino à Guanabara. 
Ano de 1964. Janeiro, 27. 
Ainda "A Gazeta" publicava reportagem do mesmo assunto onde o diretor do DNER fazia um apelo para que Mogi se dirigisse ao Estado, através do Plano de Obras do DER, a fim de que se concluísse o trecho rodoviário. 
Maio,... 
Em fins do mês o prefeito mantém contactos com o governador visando o pronto início do Anel Rodoviário nesta região. 
Uma ligação, através do Anel, entre Jundiapeba e Arujá supriria, de algum modo, a Mogi-Dutra.
Novembro, 28. 
Câmara dos Deputados em comunicação ao vereador Nesclar Faria, informa que o deputado Cunha Bueno, está tomando providências quanto à possibilidade do reinício das obras. 
Ano de 1965. Janeiro, 15. 
DNER informa da impossibilidade do reinicio das obras porquanto o Plano de Aplicação de Recursos da Autarquia se destina apenas às rodovias incluídas no Plano Preferencial de Obras Rodoviárias.
Fevereiro, 2. 
Presidente da Câmara Municipal, vereador José Pinheiro Franco, em contacto pessoal com o diretor Geral do DNER solicitando-lhe o auxílio para o reinício das obras. 
Todavia como a ligação não estava nos planos do Governo Federal é mister se recorrer ao Govêrno do Estado. 
Maio, ... 
É feito o apelo ao Governo do Estado pelas autoridades mogianas no sentido da execução do empreendimento. 
Ano de 1966. Junho, 10. 
Durante visita a nossa cidade, o presidente Humberto de Alencar Castelo Branco recebe, das mãos do historiador Isaac Grimberg, um abaixo-assinado de industriais, comerciantes, avicultores, agricultores, representantes de sindicatos e de classes, autoridades etc., solicitando conclusão das obras. 
Ano de 1967... 
Em resposta ao ofício do prefeito Carlos Alberto, que solicitava esclarecimentos relativos à ligação Mogi-Dutra na esfera estadual, o secretário do Interior, senhor Hely Lopes Meirelles afirma que, consultado o DER, este anunciava o atendimento no corrente exercício, pois constava do programa de obras fixado pelo Decreto 47.487 de 31.12.66. 
Fevereiro,... 
Deputado Francisco Franco encaminha propositura com a finalidade de obter verba de 1 bilhão constante no orçamento vigente. 
Abril, 6. 
Deputado federal Manoel Bezerra de Mello faz um apêlo à construção da Mogi-Dutra e da autoestrada pelo Vale do Aricanduva, em carta dirigida ao presidente da República e ao ministro Mário David Andreazza. 
Abril, 13. 
Em requerimento de informações nº 1.967 o deputado Bezerra de Mello solicita ao Poder Executivo, através do coronel Mario Andreazza, do Ministério dos Transportes, informações sôbre a nossa ligação com a Via-Dutra. 
Junho.... 
Vereador Jair Salvarani pleiteia a construção da estrada em ofício enviado ao DER. 
Julho, 1º. 
Prefeito Carlos Alberto examina uns quatro km da Mogi-Dutra. 
Informa que até o fim do ano concluirá mais outros quatro, ficando ainda uns sete km a serem construídos pelo Govêrno Federal. 
Agosto, 22. 
Prefeito Carlos Alberto afirma na imprensa local, após insistentes pedidos ao Govêrno Estadual, que tinha "possibilidades de proceder a continuação dos trabalhos de ligação rodoviária MogiDutra, pelo traçado já há tempos iniciado, caso o Estado não cumprir a promessa feita de realizá-los". 
Agosto,... 
Deputado Francisco Franco declara à imprensa da capital a necessidade do Governo do Estado colaborar com as prefeituras da Grande São Paulo, citando como exemplo a Mogi-Dutra, incluída com prioridade no Plano Rodoviário dos Governos Carvalho Pinto e Laudo Natel. 
Setembro, 11. 
Autos 10.270/DER/1 942-13º prov. Assinado pelo senhor Argemiro Lagatta, oficial de gabinete da Secretaria de Estado dos Negócios dos Transportes, em resposta ao ofício PD-167/67, que solicitava projeto da ligação Mogi-Dutra, informava que a referida estrada não pertencia ao DER e sim ao DNER.
Setembro, 14. Ofício PD-241 solicita à Secretaria de Estado dos Negócios dos Transportes o antigo projeto da ligação, elaborado pelo DER. 
Setembro, 25. Ofício GC-819 do senhor Fernando Dória - chefe de gabinete da Secretaria dos Transportes, enviando as plantas do projeto Mogi-Dutra. 
Outubro... 
Em fins do mês fonte da Secretaria do Interior do Estado anuncia que a ligação está programada pelo DER, tendo sido incluída no Plano de Obras do Estado pelo governador Laudo Natel, devendo ser iniciada ainda neste ano. 
Consignada verba de 1 bilhão de cruzeiros a ser empregada num trecho de cinco km. 
Outubro, 27. 
Na II Reunião do Conselho de Desenvolvimento da Grande São Paulo, realizada no Palácio Bandeirante, o secretário dos Transportes, Firmino da Rocha Freitas, informa que aquela Secretaria estava empenhada naquela ligação, devendo ser executada no próximo ano (1968) 
Outubro,... 
O engenheiro Codro, do 8º Distrito do DNER, sediado em Vila Maria, afirma que a execução do trecho restante da rodovia é inviável, pois o regulamento do Fundo Rodoviário Nacional não permite aplicação de verbas, para ligação desta natureza. 
No setor de Projetos e Obras da Secretaria de Transportes, realmente, não existia qualquer determinação superior para a realização da citada rodovia. 
Como o DER é uma autarquia, a execução da estrada depende diretamento do diretor geral - Miguel Melhado de Campos. 
Logo deve ser feito novo projeto. 
Novembro,... 
Na Assembléia Legislativa a indicação nº 2.381, de autoria do deputado Solon Borges dos Reis, solicita a ligação Mogi-Dutra. 
Novembro, 21. 
"À Secretaria de Transportes - atender com toda prioridade. 
Trazer para o próximo despacho. 
Sodré...... 21-11-67". 
Era o despacho do governador à solicitação do deputado Solon Borges. 
Ano de 1968. Janeiro, 21 e 28. 
A "Fôlha de S.Paulo" publica artigos sôbre a importância da ligação. 
"Enfim estudos, pesquizas, soluções existem. 
Parece que falta apenas um pouco de boa vontade das autoridades estaduais". 
Janeiro, 23. 
Firmino Rocha, dos Transportes, oficia ao secretário de Obras, Eduardo Rioney Yassuda, sugerindo se utilize as marginais do Rio Tietê, já retificado, como auto-pistas da Rodovia Expressa São Paulo-Mogi, chegando até Ponte Nova. 
Fevereiro, 2. 
O secretário dos Transportes, engenheiro Firmino Rocha, em entrevista à "Fôlha de S. Paulo" manifesta "serem completamente destituídas de fundamento as alegações de que os motivos políticos estariam impedindo a construção da Rodovia Mogi-Dutra" e assegurava que esta obra seria construída ainda neste ano. 
Abril, 5. 
Vereador Sylvio da Silva Pires faz indicação nº 1.428 para que seja oficiado ao prefeito Carlos Alberto no sentido de que se concretize o convênio com o Estado para execução da obra que custaria cerca de 4 milhões. 
Na mesma noite, em jantar festivo no Rotary Clube de Mogi das Cruzes, Firmino Rocha afirmava que os obstáculos financeiros da execução da Rodovia poderiam ser resolvidos através de um convênio da Prefeitura Mogiana com o Estado. 
Abril, 18. 
Indicação nº 1423, de autoria de Placido Campolino, para que o prefeito municipal entre em entendimentos com o engenheiro chefe do DER local para os estudos de possibilidade de a MogiDutra ser feita pelo bairro do Botujuru, aproveitando-se estrada lá existente. 
Maio, 6. 
Através do ofício 1019-Gp é enviada a minuta para convênio com o Estado através do DER, na pessoa de seu diretor geral substituto, engenheiro Miguel Melhado Campos. 
Maio, 13. 
Ofício 4742-GP ao doutor Miguel Melhado enviando estudo de nova minuta de convênio a ser firmado com o DER. 
Maio, 14. 
Ofício DGD/EXT-684, do engenheiro Melhado, afirmando estar de acôrdo com a minuta de convênio a ser celebrado entre a prefeitura e o Estado, através do DER. 
Maio, 23. 
Chegam 30 funcionários da Divisão de Obras Novas do DER-SP. 
 I N Í C I O  D A  M O G I - D U T R A 
Junho, 18. 
Prefeito Carlos Alberto envia à Câmara Projeto de Lei para liberação de CR$ 3.125.000,00 (dos quais CR$ 500.000,00 ainda no presente exercício) e para firmar convênio com o DER que fará os estudos e projeto de ligação. 
Julho, 22. 
Lei 1.733 dispõe sôbre a celebração de convênio com o DER para construção e pavimentação da Mogi-Dutra. 
Agosto, 23. Secretário do Planejamento, Onadyr Marcondes, afirma, em reunião de prefeitos (em Suzano) da Sub-Região Leste do GEGRAN, a impossibilidade total da obra além de se inverter capital muito grande beneficiam "somente" Mogi das Cruzes. 
Agosto... 
Secretário dos Transportes, Firmino Rocha, também parece achar impossível a realização da obra.
Agosto, 28. 
Ofício GSI/684 do secretário de Planejamento Onadyr Marcondes às autoridades mogiana dizendo NÃO à Mogi-Dutra em vista da abertura dos 26 km a serem feitos pelo Vale do Arivanduva, quando pela Mogi-Dutra seriam 48 km. 
Um dos ramais do Anel Rodoviário faria a ligação com a Dutra em paralela ao projeto atual.
Setembro... 
Deputado Francisco Franco reenceta a campanha visando a construção Mogi-Dutra. 
Em fins do mês a Comissão Municipal de Planejamento inicia novo movimento na esfera federal.
Pretendem ir ao ministro Mario Andreazza levando o antigo projeto elaborado pelo DER. 
Setembro, 10. 
Engenheiro Arnaldo Gomes, do DER, comunica pessoalmente, em visita ao Escritório Técnico do Plano Diretor de Mogi das Cruzes, ter recebido ordens para retirar de serviço a turma de locação e sondagem do DER. 
Setembro, 27. 
Ofício PD-467 sugere ao prefeito Carlos Alberto que o próprio município faça o empreendimento uma vez que a verba consignada na Lei nº 1.377/68 é suficiente para abrir os 20 km em estrada de terra compactada, num prazo de 42 meses. 
Novembro... 
Mogi-Dutra seria um caso encerrado. 
Dezembro, 31. Lei 1.771 autoriza o Poder Executivo a proceder a construção e pavimentação da Mogi-Dutra, bem como manter entendimentos com o Governo Federal (art.1º, § 2º) objetivando a pavimentação da mesma estrada. 
Ano de 1969. 
Março, 5. 
Audiência do prefeito Waldemar Costa Filho com o Governador Abreu Sodré: volta o assunto da Mogi-Dutra de maneira diferente. 
Ligação Capital-São Sebastião, através do Vale do Aricanduva passando por Mogi das Cruzes. 
Abril, 14. 
A Comissão Municipal de Planejamento, através de ofício 11/69 dirigido ao prefeito, dá parecer favorável ao empreendimento. 
Maio... 
Prefeito Costa Filho se dispõe a executar a obra com recursos do próprio município. 
Maio, 19. 
Asplan S/A - Assessoria em Planejamento e VASP - Aerofotogrametria S/A enviam ofício oferecendo proposta para estudos de viabilidade técnico-financeira e projeto final de engenharia. 
Junho, 4. 
Secrete S.ª Engenharia envia ofício oferecendo proposta para viabilidade da obra. 
Agosto, 4. 
Portaria 7681 cria Comissão Especial(Jamil Hallage, presidente, Frederico René de Jaegher e José Gil Rezende) para exame de duas propostas referentes a serviços técnicos pelas firmas Geotel, Sociedade Civil Ltda e Agriplan-Planejamento de Agrimensura Ltda, cuja licitação foi feita através de carta-convite. 
Agosto, 25. 
Lavratura de contrato com a firma Geotel para locação do antigo projeto elaborado pelo DER em 1955 e novamente reconhecido em 1968. 
Valor CR$ 140.300,00 
Término: 20.12.69 
Agosto, 26. 
Início dos trabalhos de reconhecimento pela Geotel. 
Setembro, 1º. 
Início dos trabalhos de levantamento topográfico pela Geotel. 
Setembro, 4. 
Re-ratificação do contrato com a Geotel. 
Setembro, 12. 
Ofício GP-5048 solicita ao ministro dos Transportes prioridade para a Mogi-Dutra. 
Outubro, 31. 
Jornalista Nicanor Paraguassu solicita, em carta ao Presidente da República, o asfaltamento da Mogi-Dutra. 
Novembro, 5. 
Ofício GP-5182 ao prefeito Benjamim Manoel, de Arujá, enviando minuta de ante-projeto que, aprovado pelo seu legislativo, lhe autorize a estabelecer convênio com Mogi das Cruzes, bem como providências e medidas financeiras. 
Novembro, 7. 
Portaria 8033 autoriza re-ratificação de contrato com a firma Geotel referente à locação de serviços profissionais necessários à elaboração do Projeto Mogi-Dutra. 
Novembro, 17. 
Edital de Concorrência nº 357 para a construção da Mogi-Dutra. 
No mesmo dia o ofício DG/10321 do senhor Luiz Carlos de Urquiza Nóbrega, chefe de gabinete do Diretor Geral do DNER, em resposta ao GP-5084 de 12.09.69, informava que se achava prevista a realização de concorrência pública para essa ligação no próximo dia 20 (de novembro), e início de obras para 5 de janeiro de 1970, ficando a consignação de recursos para o próximo exercício na dependência de se introduzir pedágio na Via Dutra. 
Novembro, 18. Lei 1.847 altera §2º do art. 1º da Lei 1771 de 31.12.68 (fica o Poder Executivo autorizado a manter entendimentos com os Governos Federal e Estadual...). 
Dezembro, 5. 
Ofício GP-5230 ao prefeito do município de Arujá enviando documentação para posterior convênio. 
Dezembro, 10. 
Ofício GP-5247 solicita auxílio ao DNER para o empreendimento. 
Dezembro, 15. 
Lei 1863 aprova projeto elaborado pela Geotel e (art. 2º) autoriza o Poder Executivo a estabelecer convênio com o município de Arujá. 
Dezembro, 16. 
Portaria 8136 constitui Comissão Especial (Jamil Hallage presidente, Frederico rená de Jaegher e Antonio Bento de Souza) para julgamento das propostas. 
Dezembro, 19. 
Entrega das propostas e abertura das mesmas. 
Dentre as 17 firmas que se habilitaram, apenas as 7 seguintes apresentaram sua proposta: 
1) Almeida & Filhos Terraplenagens - Volta Redonda; 
2) Companhia Pavimentadora e Construtora "Copaco" - São Paulo; 
3) Construtora Pinheiro S.A - São Paulo; 
4) Conspauli S.A. Técnica Paulista de Construções - Botucatu; 
5) Sepavi, Engenharia e Comércio S/A - São Paulo; 
6) Sortino e Cia Ltda - Santo André; 
7) Rodocon Construções Rodoviárias Ltda - Niterói. 
Dezembro, 22. 
Geotel entrega relatório final dos trabalhos executados. 
Parece que na mesma data o secretário dos Transportes Firmino Rocha, em entrevista à imprensa paulista, teria se equivocado ao anunciar a inauguração, em 6 de março, da Rodovia Mogi-Dutra, cujos 15 km de obras tinham sido orçados em CR$ 1.796,00. 
Referia-se, provavelmente, aos serviços de reetificação e recapeamento da Mogi-Guararema.
Dezembro, 23. 
ETPD-584 remete ao Gabinete do prefeito Costa Filho a documentação referente à primeira doação de terras situadas na Fazenda Nossa Senhora da Conceição, no bairro do Itapeti. São terras da Igreja Católica, representadas por D. Paulo Rolim Loureiro. 
Dezembro, 26. 
Geotel (ofício c-159) oferece seus serviços técnicos para fiscalização das obras de abertura da Mogi-Dutra. 
Dezembro, 29. 
Edital 370 - julgamento de concorrência - aceitando os serviços da firma Almeida & Filhos Terraplanagens. 
Valor contratual: CR$ 6.658.900,00. 
Início: 05.01.70 
Término 15.04.71. 
Dezembro, 30. 
Decreto 3947 revigora crédito especial de R$ 500.000,00 (aberto pelo Decreto nº 3333). 
Na mesma data, ocorre a lavratura de contrato com a firma vencedora da concorrência para a construção da Rodovia. 
Ano de 1970. 
Janeiro, 2. C.O.V.S.M. expede a 1ª ordem de serviço para início das obras de abertura da Mogi-Dutra.
Janeiro, 5. Iniciam-se reconhecimento da área e serviços topográficos. 
É o ... I N Í C I O  D A  M O G I - D U T RA. 
Janeiro, 6. 
Ofício GP-5294 ao diretor geral do DER-SP, senhor Fernando Doria Passos, submetendo o projeto a sua apreciação para posterior entrega ao Estado. 
Ofício GP-5294 ao governador Abreu Sodré, solicitando asfaltamento. 
Janeiro, 30. 
Ofício procedente do DNER negando auxílio à obra por não estar a mesma incluída no Plano Prioritário do Governo Federal. 
Fevereiro, 4. 
Ofício GP-5348 solicitando ao ministro dos Transportes, senhor Mario David Andreazza, auxílio do Governo Federal. 
Fevereiro, 5. 
Início da limpesa do terreno na faixa da Mogi-Dutra. 
Fevereiro, 23. 
Leis 1.868 (autoriza a abertura de crédito suplementar de CR$ 4.000.000,00) e 1.869 (contrata um engenheiro e um topógrafo). 
Março, 2. 
Decreto 4038 autoriza abertura de crédito especial de CR$ 27.500,00 para as despezas com a contratação de um engenheiro e um topógrafo. 
Março, 3. 
Decreto 4044 autoriza crédito suplementar de CR$4.000.000,00 para as despesas de abertura da Mogi-Dutra. 
Março, 17. 
Ofício GP-5808 ao engenheiro chefe do Ramal de São Paulo da E.F.C.B com plantas relativas ao gabarito, são os os primeiros entendimentos com a Rede Ferroviária Federal com vistas à construção do Viaduto do Paratei. 
Março, 20. 
Ofício nº712 do município de Arujá, afirmando sua colaboração com a Mogi-Dutra. 
Portaria 8418 contrata, por 15 meses, o engenheiro Miguel Gemma para acompanhamento e fiscalização da obra. 
Março, 25. 
Chegada das máquinas que irão abrir a estrada. 
Abril... Jornalista Nicanor Paraguassu, lança campanha ao povo mogiano para que se escreva ao presidente Médici solicitando o asfaltamento da Mogi-Dutra. 
Abril, 1º. 
Decreto 4087 desapropria área de 13.629, 50 m². 
Abril, 7. 
Superintendente do DER, Fernando Dória, informava que a pavimentação não pertence ao Plano Rodoviário Estadual e sim ao Plano Nacional de Viação sob a sigla BR-481. 
Solicitar, portanto, sua pavimentação do 8º Distrito Rodoviário Federal. 
Abril, 20. 
Ofício GP-5457 ao engenheiro chefe do 8º Distrito Rodoviário Federal, solicitando o asfaltamento.
Abril, 23. Lei nº 242 do município de Arujá aprova projeto; autoriza convênio com Mogi das Cruzes; estabelece entendimentos com os Governos Federal e Estadual; escolhe representante para questões financeiras e promete auxílio nas desapropriações. 
Maio, 5. 
Primeira medição da Mogi-Dutra. 
Maio, 12. 
Ofício GP-5483 ao Assessor de Projetos da E.F.C.B em D. Pedro II, solicitando informações quanto ao gabarito de vão do Viaduto do Paratei. 
Maio, 15. 
Autorização da C.ºV.S.M. para a firma Almeida & Filhos instalar um paiol de explosivos próximo à estaca 140, condicionada à aprovação de autoridades superiores. 
Maio, 18. 
Decreto 4490 desapropria área de 16.920,00 m². 
Junho, 6. 
Ofício ETPD-226 ao engenheiro chefe do Ramal de são Paulo da E.F.C.B enviando 2 jogos de cópias de plantas referentes ao gabarito de vão do Viaduto do Paratei. 
Junho, 12. 
Decreto 4172 desapropria área de 11,811 ha. 
Julho, 1º. 
Lei nº 1903 altera art. 1º da Lei nº 1869 de 23.02.70 (de um topógrafo passa para 1 topógrafo "A" e 1 "B"). 
Ano de 1971. 
Fevereiro, 3. 
Lavratura de contrato com a firma Maubertec, Engenharia e Projetos Ltda para elaboração do projeto do Viaduto a ser construído no Paratei. 
Valor contratual: CR$ 13.000,00. 
Prazo: 55 dias.
Fevereiro, 18. 
Portaria 9641 autoriza firma Almeida & Filhos a subempreitar os serviços de plantio de grama entre as estacas 106-125. 
Fevereiro, 27. 
Almeida & Filhos solicita prorrogamento de prazo contratual. 
Março, 1º. 
Ofício G-155 do secretário de Transportes, Firmino Rocha de Freitas, negando auxílio solicitado (era uma verba de R$ 5.000.000,00) por não estar a verba prevista no Plano Rodoviário Estadual e também porque o DER, no seu orçamento, não comportava novos compromissos no corrente exercício. 
Abril, 15. 
Seria o dia para entrega da estrada, conforme prazo estabelecido no contrato celebrado em 30.12.69.
Abril, 16. 
Portaria 9782 autoriza prorrogação de prazo contratual para a firma Almeida & Filhos. 
Abril, 30. 
Ofício ETPD-138 envia ao senhor Rodrigues do Prado Filho, chefe da Estação da Rede Ferroviária Federal S/A de Mogi das Cruzes, duas cópias do projeto do Viaduto. 
Maio, 18. 
Decreto 4490 desapropria área de 16.920,00 m². 
Junho, 1º. 
Lavratura de contrato com a firma Radial-Construções e Comércio Ltda para construção do Viaduto sôbre os trilhos da E.F.C.B no bairro do Paratei. 
Valor CR$318.126,00. 
Prazo: 120 dias. 
O viaduto teria 40,60 m de extensão com pista de 8 metros. 
Dentro de uma largura total de 10,40m. 
O vão central de 27 metros com dois balanços de 6,80 metros. 
Junho, 9. 
Portaria 9901 ratifica contrato com a firma Radial Constr. E Comércio Ltda. para construção do viaduto. 
Junho ... 
Na segunda quinzena do mês, o início das obras de construção do Viaduto. 
Julho, 16. 
Decreto 4525 desapropria área de 58,30 m². 
Decreto 4526 desapropria área de 382,30 m². 
Decreto 4527 desapropria área de 151,00 m². 
Agosto, 27. Visita à Mogi-Dutra dos jornalistas Wilson José (presidente da A.P.M) e Celeste Boniatti de "A Gazeta" juntamente com os prefeitos Costa Filho e José Wuo. 
Outubro, 4. 
Portaria 10.296 reajusta preços unitários dos serviços prestados pela firma Almeida e Filhos.
Novembro, 23. 
Termo Aditivo ao contrato com a firma Radial acrescentando CR$ 97.500,00 e prorrogando por mais 90 dias, o prazo contratual para entrega do Viaduto. 
Dezembro, 3. 
Secretário de Transportes, Paulo Salim Maluf, visita a Mogi-Dutra. 
Dezembro, 13. 
Decreto 4632 desapropria área de 17.951,00 m². Ano de 1972.
Março, 9. 
Termo Aditivo ao contrato com a firma Almeida & Filhos, alterando em 25% o valor do contrato firmado em 30.112.69. 
Abril, 11. 
Portaria 10.859 autoriza lavratura de Termo Aditivo ao contrato celebrado com a firma Almeida & Filhos alterando para menos os serviços que por ela deveriam ser prestados, pois que o revestimento entre as estacas 512-662 serão executados pela própria municipalidade. 
Maio, 7. 
Inauguração da Mogi-Dutra.

Texto extraído de matérias da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Itaquaquecetuba

População: 300.000 habitantes 
Área: 83 Km2 
Coordenadas Geográficas: Longitude: 46º 22’ Latitude: 23º 30’ Altitude: 471 m. 
Distância da Capital: 33 km 
Clima: Temperado 
Topografia do Município: Acidentada 
Atrações Turísticas: Parque Ecológico Municipal e Igreja Nossa Senhora D’Ajuda Itaquaquecetuba (Do tupi, takûa(ra)-kysé-tyba). 
O município de Itaquaquecetuba remonta a uma das 12 aldeias, fundadas pelo padre jesuíta, José de Anchieta, em sua longa permanência no Brasil. 
Seu ano de criação é 1560, e foi estabelecida na beira do rio Tietê para catequizar os guaianases. 
Nas décadas de 10 e 20 do século XVII, entretanto, a aldeia ficou quase deserta já que, por ordem de Fernão Dias Paes, desejoso de ter um maior controle dos índios catequisados, a maior parte de sua população foi transferida para aldeia de São Miguel, mais próxima a São Paulo e onde havia sido erguida uma nova capela. 
A população recomeçaria a crescer apenas em 1624, quando o padre João Álvares, construtor da capela da Conceição de Guarulhos e também da de São Miguel, decidiu levantar em sua propriedade, localizada bem ao lado da aldeia de Itaquaquecetuba, um oratório em louvor a Nossa Senhora d´Ajuda, que em seguida tornar-se-ia capela. 
Este foi o marco inicial da povoação, que logo viria a se fixar em seu redor, com o nome, justamente, de Nossa Senhora da Conceição de Itaquaquecetuba, recuperando, assim, o topônimo do antigo aldeamento. 
A denominação reduzida para Itaquaquecetuba nasceu, somente, no século XX, com a elevação do lugarejo à categoria de município, quando se separou de Mogi das Cruzes. 
A rigor, o topônimo significa ajuntamento ou reunião de taquaras-faca (uma espécie de taboca ou taquara com cujos ramos, cortantes, se faziam facas), e é formado pela composição de takûara (taquara, taboca), kysé (faca) e tyba (ajuntamento, reunião, abundância) e se refere a um imenso taquaral que existia na aldeia, no tempo de sua fundação, margeando os rios Tietê e Tipóia. 
O i parece que é uma prefixação arbitrária, isto é, não vem do tupi, e talvez tenha sido motivado pela grande quantidade de topônimos formados pela palavra pedra em tupi, que é itá (ver ITATIBA, entre outros). 
Adjetivo pátrio – Itaquaquecetubense. 
Data de emancipação – 30/12/1953.

Texto extraído de matérias da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Mogi das Cruzes

Fundado em meados do século XVI, por Gaspar Cardoso, Capitão Mor de Mogi das Cruzes, no topo de uma colina circundada por montanhas, um aldeamento, que mais tarde tornou-se Arraial da Escada.
Nesse local em 1654 os frades capuchinhos, levantaram uma capela em Louvor a Nossa Senhora da Escada, segundo dizem porque havia uma escada entre a barragem do rio, e o lugar onde se ergueu a capela.
Devido o freqüente progresso o Arraial da Escada foi elevado a Freguesia da Escada pela Lei nº 09 de fevereiro de 1846.
Porém esse fato foi revogado pela Lei nº 06 de 23 de maio de 1850, pois o Arraial, foi definitivamente elevado a distrito de Paz. 
Seus primeiros dirigentes foram: Benedito Antonio de Paulo, Antonio de Mello Franco e Joaquim Alves Pereira. 
Como vigário da nova Paróquia que surgia, veio o Padre Miguel Piement, e a 03 de julho de 1872 a Capela de Nossa Senhora da Escada foi instituída canonicamente, e hoje faz parte do Patrimônio Histórico Nacional. 
Em 1875, Dona Laurinda de Souza Leite a fim de auxiliar uma ex-escrava Maria Florência, fez-lhe doação de um quinhão de terra situado as margens do Rio Paraíba, em lugar plano, distante 06 km do Arraial da Escada, pouco acima do Ribeirão Guararema. 
Levada por sentimentos religiosos, Maria Florência deliberou construir numa parte do terreno recebido, uma capela para o santo padroeiro de sua devoção São Benedito. 
Com o auxilio de outras pessoas e algumas economias suas, Maria Florência em pouco tempo conseguiu terminar a construção da Capela de São Benedito. 
Aos poucos foram se estabelecendo outros moradores nos arredores da capela, formando-se um vilarejo que recebeu o nome de GUARAREMA (do tupi-guarani (Pau D´Alho), devido a abundância dessa árvore naquela região. 
Em julho de 1876 inaugurou-se o trecho da E.F.C.B. entre Mogi das Cruzes e Jacareí com passagem da estrada de ferro pela Vila, esta se desenvolveu rapidamente, e por Decreto Lei de 08 de janeiro de 1890, a sede do distrito de Paz de Escada, foi transferido para povoado de Guararema, que foi elevado à categoria de Município pela Lei 528 de 03 de julho de 1898, e como tal foi instalada a 19 de setembro de 1899. 
A lenda da Escada 
Índios praticavam ritual para o enterro de seus mortos, e seguindo a velha lenda aprendida de seus antepassados, erigiam grande escada ao pé-da-cova – para que os falecidos pudessem alcançar o céu. 
O local conserva, hoje, o nome de Freguesia da Escada. 

ZANZ-BANDA ZANZ BANDA é energia pura, muita musicalidade e bom gosto. 
Repertório variado, anos de estrada, profissionalismo e alto astral, são a receita desta Banda que tem seu nome escrito na história musical da Região, tocando em locais próximos, e outros tantos como Minas Gerais, São Paulo e Portugal, onde a Banda se apresentou por três meses, fazendo uma média de seis shows por semana. 
Composta por Celso voz, artista de um grande carisma ompetência, Benigno Jr. no baixo, que empresta um swing preciso balanço da ZanZ, Fabio Ferreira segurando todas na bateria, Eli (do Sandy e Jr.) nos teclados e Djane Borba (ex - s o vocal feminino da banda trazendo ao todos os anos, na bagagem uma temporada na Itália e estudos de canto em Nova York, a banda se apresenta algumas vezes com formações diferentes, incluindo metais e bailarinos. 
Para o ano 2001 a ZanZ prepara surpresas mexendo no repertório e nas apresentações. 
A ZanZ acústica, com MPB de primeira qualidade: novos quadros durante os Shows com o o Túnel do Tempo: 35 inserções de clássicos das pistas de dança; Anos 60, 70 e Pop; e o já conhecido toque de Axé que leva 12.000 para o Carnaval de Guararema, Ferreira, o "Celsão" na guitarra e na Banda Évora, ex - Mr.& Lady), que assumiu há dois anos.

"Brás Cardoso foi o sogro do fundador de Mogi das Cruzes Gaspar Vaz Guedes. Brás Cardoso casou com Francisca da Costa natural de São Paulo no ano de 1580.

História:
Gaspar Vaz deu o início ao povoado, que foi elevado à categoria de vila em 17 de agosto de 1611, com o nome de "Vila de Sant'Ana de Moji-Mirim", antes chamada de Sant'Ana das Cruzes de (M'Boigi) ou Boigi Mirim

Seu filho Gaspar Vaz Cardoso, obteve uma sesmaria e fundou o aldeamento da Escada, para onde foram levados índios já catequizados onde hoje e o município de Guararema

O Convento do Carmo com licença para a fundação em 3 de março de 1629 pelo capitão-geral Diogo Luís de Oliveira em nome de sua Majestade. 
As terras foram doadas por José Preto e sua esposa Catarina Dias, filha de Gaspar Vaz Guedes e neta de Brás Cardoso, pelo então vigário de Mogi, padre Gaspar.

José Preto faleceu em 1653 na cidade de Mogi das Cruzes.

Silva Leme descreve sua família no volume VIII - página 537 capítulo 2.º (Título Vaz Guedes) da sua «Genealogia Paulistana»." Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Texto extraído de matérias da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Ferraz de Vasconcelos

Ferraz de vasconcelos tem a mais remota origem na história de Itaquaquecetuba, que se inicia, em 1560, com a sua fundação pelo Padre José de Anchieta. 
Ferraz de Vasconcelos é constituído de terras pertencentes a Dada de Terra de Padre João Alvares, que foi registrada na Capitania de São Vicente, em 03 de Setembro de 1635. 
Esta dada, possuía sua sede no hoje município de Itaquaquecetuba, que teve seu início com o aldeamento de índios Guaianases, vindos das aldeias de Guarapiranga e Carapicuíba. 
Os aldeamentos tinham a função de proteger os índios dos bandeirantes, que os caçavam, para submetê-lo á mão-de-obra escrava. 
Pois, nesta época, os índios eram a principal riqueza para a agro-indústria de açúcar do nordeste. 
"Os Índios, sob a regência do Padre, eram "encapelados"; isto é estavam a serviço da igreja; nem escravos, nem absolutamente livres, cultivavam a terra; faziam as primeiras telhas de barro que cobriam as primeiras casas da Vila de São Paulo; submetiam-se ao Regimento baixado por D. João III em 1548". 
Por mandando do Capitão e Procurador dos índios Fernão Dias Paes Lemes, a partir de 1622, grande parte da população de Itaquaquecetuba foi transferida para São Miguel, onde havia sido construída uma nova igreja. 
Em Itaquaquecetuba, Padre João Alvares formou propriedade, em 1624, e construiu a capela sob invocação de Nossa Senhora da Ajuda, que foi o núcleo da provação. 
Lá também o venerável Padre João Alvares, "em 2 de setembro de 1635 fundou o "aldeamento" da Capele Curada de Nossa Senhora da Ajuda de Itaquaquecetuba, que, por um edito Real, se tornou o Primeiro Reduto da América, onde todos os homens eram livres, MESMOS ESCRAVOS que adentrassem as suas divisas, sendo vedada a passagem sequer de preadores ou capitães de matos."
Informa o historiador Azevedo Marques, que Itaquaquecetuba: 
"Foi elevada a freguesia em tempos anteriores que desconhecemos exautorada por decreto de 21 de março de 1832 e de novo restabelecida por lei provincial de 28 de fevereiro de 1838."

BIOGRAFIA DE JOSÉ FERRAZ DE VASCONCELOS 
José Ferraz de Vasconcelos nasceu em Santa Luzia de Carangola, Minas Gerais, em 1880. 
Transferiu-se para cidade do Rio de Janeiro em 1891, na época, já engenheiro da Estrada de Ferro Central do Brasil, como ajudante da Segunda Divisão. 
Para defender o regime constituído, foi destacado para superintender a circulação de tropas, durante a revolução de 1924, em São Paulo. 
Assim participou de operações militares, sob o comando do então general Portiguará. 
Em sua biografia, de fonte ignorada, consta, simplesmente, que terminada a revolução, estava debilitado e doente, vindo a falecer na Capital de São Paulo, aos 44 anos de idade. 
No entanto, talvez para dar maior peso ao seu nome, que além da estação ferroviária, também passou a nomear o município, na cidade correm três outras versões sobre sua morte. 
Umas delas, sem maiores detalhes, diz que foi baleado no comprimento do seu dever de ferroviário, quando da revolução de 1924, o fato este que justificou a homenagem, que a Estrada de Ferro Central do Brasil, lhe prestou, batizando a estação com seu nome. 
Em uma outra versão, muito mais heróica e rica de Mogi das Cruzes, quando dirigia a locomotiva, substituindo o maquinista, que se encontrava doente. 
A terceira versão diz que o Engenheiro Ferraz de Vasconcelos foi vitima de um estilhaço, em 1924, e tombou no cumprimento do dever. 
O NOME DE FERRAZ DE VASCONCELOS PARA A CIDADE 
Com a criação da estação, o povo começou a dizer: “ – Vou a Ferraz. –Moro em Ferraz. – Sou de Ferraz”. 
Assim, em pouco tempo, o nome da estação se sobrepõe ao da Romanópolis, que ficou restrito a apenas um bairro do município.

DICIONÁRIO: 
preador - substantivo: aquele que prende ou agarra.

Texto extraído de matérias da internet.
Luciana Celestino dos Santos